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Ciclo Vital - trabalho de revisao bibliografica

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3
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO SUPERIOR DE PSICOLOGIA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDRIELLE DOS SANTOS
BRENDA MARQUISIO DE SOUZA
JÉSSICA OTAVIANO TOMAZI
SIMONE FERREIRA 
 
 
 
HIV NA TERCEIRA IDADE: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SÓCIO-HISTÓRICA SOBRE OS COMPORTAMENTOS DE RISCO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 	 
Gravataí
 
2018/1 
Introdução
O sexo na terceira idade é visto como um tabu para a maioria dos idosos, perante a sociedade atual, eles são por diversas vezes considerados de certa forma assexuados, essa percepção se dá por diversos fatores, como mudanças fisiológicas naturais do envelhecimento, religiosidade, viuvez e fatores socioculturais
Com o passar do tempo ocorrem mudanças fisiológicas que são naturais da idade, como a disfunção sexual nas mulheres e a disfunção erétil nos homens, que acaba ocasionando a diminuição da libido sexual. Já não bastassem todas essas mudanças fisiológicas que a idade traz, os idosos ainda vivem uma espécie de segunda infância que se trata da troca de papeis entre pais e filhos, que não sabem lidar com a sexualidade dos pais na idade avançada. 
De acordo pesquisas do Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais - Ministério da Saúde, o número de casos de HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), entre pessoas acima dos 50 anos dobrou na última década. Segundo os últimos dados, cerca de 4% a 5% da população acima de 65 anos são portadores do vírus HIV, um aumento de aproximadamente 103%.
O aumento da qualidade de vida associado aos avanços tecnológicos em saúde, como os tratamentos de reposição hormonal e medicações para impotência, geraram recursos que permitem ao idoso a prolongação de sua vida sexual. Entretanto, a ocorrência de práticas sexuais inseguras contribui para que essa população se torne mais vulnerável às infecções pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). 
A maioria dos idosos não procuram profissionais da saúde quando enfrentam algum problema relacionado à sexualidade como a disfunção erétil por exemplo, pois é ignorado por eles o fato de que a pessoa na terceira idade tenha uma vida sexual ativa. Já quando o assunto são as campanhas de prevenção as DSTs o público alvo são os jovens, talvez por isso esteja aumentando o número de idosos com doenças sexualmente transmissíveis principalmente a aids.
Justifica-se a extrema relevância deste assunto, pois visa identificar quais são os comportamentos de risco adotados pela população idosa e por quais razões esses comportamentos são manifestados em um contexto biológico, psicológico, social e cultural. 
Discussão
O envelhecimento é um direito assegurado pela legislação brasileira. De acordo com a lei federal n° 10.741, de 1º de outubro de 2003, destinada a garantir os direitos das pessoas com idade a partir de 60 anos. É dever do Estado e da sociedade a garantia da saúde física e mental do idoso, em condições de dignidade.
A população brasileira vem envelhecendo cada vez mais. Das principais razões que contribuem para esse envelhecimento está o aumento da expectativa de vida e a diminuição da mortalidade da população. Ainda tem os avanços na área da saúde, melhor alimentação, melhorias de higiene entre outros fatores.
Com o aumento da expectativa de vida da pessoa idosa, a sua vida sexual também acaba sendo prolongada. A melhora da qualidade de vida somada aos avanços tecnológicos em saúde, incluindo reposição hormonal e medicamentos para impotência, garantem ao idoso viver a sua sexualidade de uma forma mais plena. Porém a prática sexual sem proteção acaba deixando essa população vulnerável a doenças sexualmente transmissíveis (DST), e principalmente ao vírus da imunodeficiência humana (HIV).
A falta de informação pode ser um fator para que o idoso não tenha o devido cuidado com a proteção na hora do sexo. O sexo não era um assunto muito discutido com essa população na sua juventude, tudo era aprendido na prática. Ainda hoje pouco se fala com essa população sobre o assunto, pois se acredita que o idoso não tenha uma vida sexual ativa. O serviço de saúde também não trata os idosos de maneira adequada, ignora que esse indivíduo ainda seja sexualmente ativo, acabam não recomendando o uso de preservativos e também não pedem exames que identifique o vírus HIV, alguns sintomas iniciais do HIV são confundidos com manifestações da idade, exemplos disso são a perda de peso, problemas de memória, fadiga, menor resistência física e outros, isso acaba atrasando o diagnóstico.
Também contribui para a falta do uso de preservativos, dificuldade para colocar o preservativo, estabilidade no casamento, submissão ao companheiro, e que muitos idosos não se consideram em risco e não tem consciência das complicações dessas doenças. Ainda a falta de programas que incluam essa população como faixa de risco, as campanhas publicitarias focam em conscientizar os jovens e ignoram completamente os idosos, pois os tratam como assexuados.
Com tudo, vemos que a principal causa do crescimento do HIV na população idosa é falta do uso de preservativos, pelos motivos já citados, os idosos acabam não utilizando a camisinha, e normalmente quando infectados pelo vírus é por meio do ato sexual.
Metodologia
Trata-se de uma revisão de literatura científica que visa estudar os comportamentos de risco dos idosos que estão levando a um aumento da taxa de contaminação de HIV nessa faixa etária. Na pesquisa estão inclusos homens e mulheres a partir de sessenta anos.
Os artigos pesquisados foram retirados dos bancos de dados Scielo e Google Acadêmico. Foram analisados cinco artigos, sendo os descritores: idosos, doenças sexualmente transmissíveis e sexualidade na terceira idade.
Os critérios para a escolha dos artigos foram por meio da avalição dos títulos realizado por quatro pesquisadoras acadêmicas, utilizando o ano de publicação a partir de 2008 e assuntos relevantes ao problema de pesquisa. Dos artigos pesquisados foram utilizados cinco, os demais foram descartados por serem considerados de menor relevância ao propósito do trabalho em questão. 
Considerações finais 
A partir do tema discutido neste trabalho percebemos um aumento de DST em idosos. Embora a sociedade atual, em sua grande maioria, acredite que o envelhecimento diminui o desejo sexual, sabe-se que indivíduos nessa faixa etária permanecem sexualmente ativos, fato que aliado a práticas sexuais inseguras, coloca essa população diretamente em risco de contrair DST.
Entendemos que a percepção dos idosos acerca da sexualidade possui algumas limitações, desde a juventude até a atualidade. Perpassa por aspectos ligados ao conhecimento do próprio idoso, como a não distinção entre sexo e sexualidade, podendo reduzir esta ao ato sexual. Visão equivocada que vem desde a juventude representada pela pouca informação sobre as doenças sexualmente transmissíveis e métodos preventivos na época. 
Apesar de ser evidente o aumento das DST em indivíduos com mais de 50 anos e dos vários tipos de desafios encontrados nessas situações, nota-se que esse grupo de pessoas está, em grande parte, excluído das políticas públicas de promoção da saúde no contexto das DST. A falta de reconhecimento da sexualidade faz com que todos os esforços de prevenção, diagnóstico e tratamento sejam voltados para populações mais jovens e naquelas percebidas como mais vulneráveis. Existe, portanto, a necessidade de conscientização de profissionais de saúde, serviços de DST, serviços geriátricos e governos, acerca das mudanças de comportamento e perfil epidemiológico na população de idosos
Os resultados apontados nesta pesquisa não encerram a discussão sobre o tema sexualidade em idosos, mas apontam para necessidade de se estudar diversos aspectos inerentes à sexualidade. 
Referências 
Lazzarotto, A. R., Kramer, A. S., Hadrich, M., Tonin, M., Caputo, P., & Sprinz, E. (13 de Junho de 2008). O conhecimento de HIV/aids na terceira idade: estudo epidemiológico no Vale dos Sinos, Rio Grande do Sul,Brasil. Ciência e saúde Coletiva, pp. 1833-1840.
Neto, J. D., Nakamura, A. S., Cortez, L. E., &Yamaguchi, M. U. (20 de Dezembro de 2015). Doenças sexualmente transmissíveis em idosos: uma revisão sistemática. Ciência e Saúde Coletiva, pp. 3853-3864.
Saldanha, A. A., Felix, S. M., & De Araújo, L. F. (janeiro-Junho de 2008). Representações sobre a Aids na velhice por coordenadoras de grupos da terceira idade. Psico-USF, pp. 95-103.
Silva, U. A., Costa, A. M., De Araújo, A. V., De Lima, A. C., & Confessor, M. V. (s.d.). Doenças sexualmente transmissíveis na terceira idade. Congresso Internacional Envelhecimento Humano, pp. 1-6.
Uchôa, Y. D., Costa, D. C., Junior, I. A., De Silva, S. d., Freitas, W. M., & Soares, S. C. (7 de Novembro de 2016). A sexualidade sob o olhar da pessoa idosa. Geriatr.Gerontol, pp. 939-949.

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