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Vacina contra HPV Raul Rakit Etiologia da doença O HPV é uma doença infecciosa, de transmissão frequentemente sexual, cujo agente etiológico é um vírus DNA não cultivável do grupo papovavírus. Atualmente são conhecidos mais de 100 tipos diferentes de HPV. O período de incubação do HPV varia de três semanas a oito meses, com média de três meses, entretanto, as lesões podem permanecer anos na forma subclínica. As formas clínicas e os aspectos morfológicos dos diferentes papilomas ou condilomas causados pelos HPV são característicos e vão de verrugas vulgares, plantares dolorosas e outras, aos papilomas orais e laríngeos, condilomas acuminados, planos e invertidos. Fonte: Site Kasvi Verrugas vulgares Verrugas plantares Fonte: Site Julianatoma Papiloma oral Fonte: Site Tua Saúde Transmissão A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma de transmissão é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. Como muitas pessoas infectadas pelo HPV não apresentam sinais ou sintomas, elas não sabem que têm o vírus, mas podem transmiti-lo. FONTE: CHEN (2018). - Como é feita a vacina? Visando o combate da disseminação do vírus e o controle das lesões HPV induzidas, foram desenvolvidos dois tipos de vacinas contra o HPV, a profilática e a terapêutica. Terapêutica: É produzida a partir de proteínas que têm sido propostas como antígenos vacinais, principalmente E6 e E7. Essas proteínas estão envolvidas no descontrole da proliferação e transformação celulares induzindo a resposta celular do sistema imune, sensibilizando células imunocompetentes para combater à infecção viral. Profilática: É produzida a partir da identificação do gene que codifica o capsídeo viral, uma vez que o capsídeo dos papilomavírus humano contém duas proteínas, a L1 e a L2. Assim, através de tecnologia recombinante são produzidas as virus-like particles (VLP) ou "partículas semelhantes ao vírus", ou seja partículas análogas virais que se caracterizam com morfologia semelhante ao vírus sem, contudo, conter o DNA viral, responsável pelos danos da infecção por esse agente. Dessa forma, possuindo apenas a “capa” do vírus, é capaz de induzir resposta imune, com produção de anticorpos, sem nenhum risco de provocar a infecção produzida pelo vírus. → A vacina HPV quadrivalente (Gardasil®) que confere proteção contra HPV dos tipos 6, 11, 16 e 18. → A vacina HPV bivalente (Cervarix®) que confere proteção contra HPV dos tipos 16 e 18. Contexto histórico da vacina Ian Frazer era professor da Universidade de Queensland, na Austrália, e estudava o HPV, que causa o câncer de colo de útero. Em 1989, Frazer estava em um período sabático na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e lá conheceu o cientista chinês Jian Zhou, que também estava interessado em pesquisas sobre o HPV, usando técnicas de engenharia genética, eles conseguiram replicar a camada externa do vírus, dessa maneira, se no futuro a pessoa fosse infectada pelo HPV, o corpo o reconheceria e o eliminaria, impedindo assim que o vírus pudesse causar o câncer de cólo de útero.Os cientistas patentearam a descoberta e, logo depois, empresas farmacêuticas começaram a contatá-los. FONTE: BBC BRASIL. Quem deve tomar? Quando deve ser tomada a vacina? Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos + portadores de HIV de 9 a 26 anos • Se o esquema de vacinação não foi iniciado aos 9 anos, aplicar a vacina o mais precocemente possível. • O esquema de vacinação para meninas e meninos menores de 15 anos é de duas doses com intervalo de seis meses (0 - 6 meses). • Para adolescentes com idade ≥ 15 anos, não imunizados anteriormente, o esquema é de três doses. *Ambas as vacinas (HPV2 e HPV4) possuem maior indicação para meninas e meninos que ainda não iniciaram a vida sexual, uma vez que apresentam maior eficácia na proteção de indivíduos não expostos aos tipos virais presentes nas vacinas. Fonte: Site Movimento Saúde - Efeitos colaterais da vacina - (Yago) EFEITOS ADVERSOS EM GERAL : - LOCAIS X SISTÊMICOS Dor Febre, náusea, diarréia, vômito, tontura Edema Mialgia, Indisposição, artralgia Eritema (OMS- 2013) Coelho et al. Seguranca da vacina papillomavirus humano 6, 11, 16 e 18 (recombinante): revisão sistemática e metanálise. Revista Paulista de Pediatria, Volume 33, 2015,Pages 474-482. Efeitos colaterais da vacina Estudos abordando Efeito Adverso específico: Efeito Adverso Estudo Associação com a vacina Sd. Guillain-Barré 2011 - Souaya et al 2014- Ojha et al Possível ( estudos Notificação Passiva) Lupus Eritomatoso Sistêmico 2013- Gato et al Possível, mas inconclusivo ( Estudo de caso) Sd. Taquicardia Postural 2010- Blitshteyn et al Possível Eritema Multiforme 2010- Perez et al Possível Lipoatrofia 2014 Stéphan et al Possível Efeitos adversos associados à vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano: revisão bibliográfica / Mariana Cintra Roig Pesco. Rio de Janeiro: INCQS/FIOCRUZ, 2015 - Benefícios da vacina (Leon) ● Prevenção contra cânceres do tipo: ○ De Colo de Útero (16 mil casos e 5 mil óbitos por ano) ○ Vulvar, Vaginal ○ Anal (ambos os sexos) ○ Boca e orofaringe (ambos os sexos) (6º tipo de câncer mais frequente no mundo) ● Prevenção contra lesões pré-cancerosas ○ Lesões pré-cancerosas causam multiplicação celular descontrolada, displasia. ○ Aumentam o risco de desenvolver câncer ● Prevenção contra verrugas genitais e infecções desencadeadas pelo HPV. ● Aumenta a expectativa de vida de pessoas com HIV/AIDS, já que esse público está mais sujeito ao HPV. (Fonte: Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do Ministério da Saúde de 2014 e Ministério da Saúde) Referências: ALVES, A. S.; LOPES, M. H. B. M. Uso de métodos anticoncepcionais entre adolescentes universitários. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF, v. 61, n. 2, p. 170-177, 2008. ARCOVERDE, M. A. M.; WALL, M. L. Assistência “prestada ao ser” masculino portador do HPV: contribuições de enfermagem. DST – Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Rio de Janeiro, v. 17, n. 2, p. 133-137,2005. Instituto nacional do câncer, ministério da saúde. Quem pode ser vacinado contra o HPV? Disponível em: https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quem-pode-ser-vacinado-contra-o-hpv#:~:text=Meninas%20de%209%20a%2014,%2C %202%20e%206%20meses. Acesso em: 18 nov. 2020 Sociedade Brasileira de Imunização: Calendários de Vacinação, Atualizado em: 18/11/2020. Disponível em: https://sbim.org.br/calendarios-de-vacinacao. Acesso em: 18 nov. 2020 https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quem-pode-ser-vacinado-contra-o-hpv#:~:text=Meninas%20de%209%20a%2014,%2C%202%20e%206%20meses https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quem-pode-ser-vacinado-contra-o-hpv#:~:text=Meninas%20de%209%20a%2014,%2C%202%20e%206%20meses https://sbim.org.br/calendarios-de-vacinacao
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