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Rafael Barbosa Clínica de Cirurgia Jakelline Araújo da Silva Neumann modificada Trapezoidal (Ochsenbein) Partch (Semilunar) Incisão Corte cirúrgico em tecido. É utilizado para obter acesso ao objetivo cirúrgico, e possui alguns princípios que precisam ser seguidos. Manobras fundamentais: - Diérese - Hemostasia - Exérese - Síntese - Em arco (Concavidade para apical -Partsch / Concavidade para cervical - Pichler). Princípios da Cirurgia Corte único em 45° (distal para mesial - apical para cervical); Diérese Tipos de retalho Envelope Neumann (Em L) Em Y 1 Prevenção de perda excessiva de sangue durante a cirurgia é importante para preservar a capacidade de armazenar oxigênio do paciente. - O primeiro é auxiliando mecanismos hemostáticos naturais. Geralmente realizado utilizando uma gaze estéril para colocar pressão nos vasos que estão sangrando ou colocando um hemostático em um vaso. - Um segundo meio de obter hemostasia é pelo uso do calor para fundir a ponta dos vasos cortados (coagulação térmica). - O terceiro meio de ministrar hemostase cirúrgica é através de ligadura (suturas). - O quarto meio para ministrar hemostase é colocar no corte substâncias de vasoconstrição, tais como, epinefrina, ou aplicar pró-coagulantes, tais como trombina ou colágeno no corte. Exérese Remoção de objeto cirúrgico que foi objetivo da cirurgia. - Osteotomia - Desgaste ósseo - Ostectomia - Remoção de fragmento de osso - Curetagem - Avulsão (dentária, por exemplo) Síntese - Ato da sutura para obter uma cicatrização em primeira intenção; - Ponto simples Hemostasia Em 8 Contínua simples Frestonada 2 Afastamento Afastador de Minnesota Colchoeiro horizontal contínua Suspensória interrompida simples Em X (cruzada) Instrumentais Anestesia Seringa Carpule Incisão Cabo de bisturi Lâminas de bisturi Descolador de Molt Apreender tecido mole Pinça de Adson Hemostasia Pinça hemostática Remover osso Pinça goiva Brocas cirúrgicas As mais usadas são 557, 701, 702,703 e esférica 8 3 Usado para remover raízes Lima para osso Curetagem Cureta de Lucas Sutura Porta agulha Mayo Tesoura íris Pinça dente de rato Outros Cuba metálica, espelho clínico e pinça clínica, sugador cirúrgico, fio de sutura e seringa. Elevadores Fórceps 4 Qual fórceps usar? Como montar a mesa clinica? 5 Posição A: no mesmo nível que o 2º molar. Posição B: entre o plano oclusal e a cervical. Posição C: abaixo da cervical do 2º molar. Class. dos Terceiros Molares Classificação de Winter Pell & Gregory Borda anterior do ramo X Posição do dente Classe I: fora do ramo Classe II: parcialmente fora do ramo Classe III: completamente dentro do ramo Plano oclusal X Altura do dente - Aferir sinais vitais; - Conhecer o paciente realizar a anamnese e ter uma boa conversa; - Calculo anestésico; - Montagem do campo cirúrgico e paramentação com EPIs. Pré Operatório 6 Pontos que NÃO DEVEM SER ESQUECIDOS em um bom prontuário. Identificação do paciente; Queixa principal/duração; História da doença atual; Antecedentes hereditários; Situação familiar; Antecedentes mórbidos pessoais; Hábitos e vícios CLASSIFICAÇÃO DO PACIENTE Como classificar o nosso paciente em função do seu estado físico? PACIENTE SAUDÁVEL São aqueles que, de acordo com a sua história médica, não apresentam anormalidade! ASAI 7 ASAII PACIENTE COM DOENÇA SISTÊMICA LEVE OU MODERADA, SEM LIMITAÇÃO FUNCIONAL Pertencem a esta categoria os pacientes: ◊ extremamente ansiosos, com história de episódios de mal- -estar ou desmaio (síncope) na clínica odontológica; ◊ com mais de 65 anos; ◊ que apresentam obesidade moderada; ◊ que estão nos primeiros dois trimestres de gestação; ◊ com hipertensão arterial controlada por meio de medicação; ◊ portadores de diabetes tipo li, controlado com dieta ou medicamentos; ◊ portadores de desordens convulsivas, que estão controladas por meio de medicação; ◊ asmáticos, que ocasionalmente usam broncodilatador em aerossol; ◊ tabagistas sem Doença Pulmonar obstrutiva Crônica (DPOC); ◊ que apresentam angina estável, assintomática, exceto em ex- tremas condições de estresse; ◊ com história de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de seis meses, sem apresentar sintomas. Fonte: ASA Relative Value Guide, 2018. 8 ASAIII PACIENTE COM DOENÇA SISTÊMICA SEVERA, COM LIMITAÇÃO FUNCIONAL: ◊ obesidade mórbida; ◊ último trimestre da gestação; ◊ diabetes tipo 1 (insulino-dependente), com a doença controlada; ◊ hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 95-99 mmHg; ◊ história de episódios frequentes de angina de peito, com sin- tomas após exercícios leves; ◊ insuficiência cardíaca congestiva, com edema de tornozelos; ◊ Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (enfisema ou bronqui- te crônica); ◊ episódios frequentes de convulsão ou crise asmática; ◊ pacientes sob quimioterapia; ◊ hemofilia; ◊ história de infarto do miocárdio ocorrido há mais de seis me- ses, mas ainda com sintomas (ex.:angina ou falta de ar). Fonte: ASA Relative Value Guide, 2018. 9 ASAIV ACIENTE COM DOENÇA SISTÊMICA SEVERA, REPRESENTANDO RISCO DE VIDA CONSTANTE São classificados nesta categoria os pacientes: ◊ com dor no peito ou falta de ar, mesmo enquanto sentados, sem atividade; ◊ incapazes de andar ou subir escadas; ◊ que acordam durante a noite com dor no peito ou falta de ar; ◊ com angina, que pioram mesmo com a medicação; ◊ com história de infarto do miocárdio ou de acidente vascular encefálico no período dos últimos seis meses, com pressão arterial maior que 200/100 mmHg; ◊ que necessitam da administração suplementar de oxigênio, de forma contínua. Fonte: ASA Relative Value Guide, 2018. ASAV PACIENTE MORIBUNDO COM PERSPECTIVA DE ÓBITO EM 24 HORAS, COM OU SEM CIRURGIA. ◊ Paciente em fase terminal em que a expectativa de vida é menor que 24 horas. Aqui, os procedimentos odontológicos ELETIVOS estão contraindicados. ◊ Pertencem à essa categoria, os pacientes: ◊ com doença rena l, hepática ou infecciosa em estágio final; ◊ com câncer terminal. Fonte: ASA Relative Value Guide, 2018. 10 ASAVI PACIENTE COM MORTE CEREBRAL DECLARADA Nesta classificação, o paciente é mantido em ventilação controlada e perfusão, PARA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS. Quando o procedimento é considerado de emergência, acrescen- tar “E” à classificação ASA. Fonte: ASA Relative Value Guide, 2018. Interessante sempre ter em mente que o exame clínico-anamné- sico é a pedra fundamental sobre a qual vocês irão construir o plano terapêutico. É importante que o paciente esteja.... 11 Bebidas Alcoólicas: Recomenda-se não ingerir bebidas alcoólicas no mínimo 03 dias antes e 10 dias após a cirurgia (período relativo a cicatrização e a ingestão de medicamentos pós-operatórios). Cigarro: Deixe de fumar um mês antes da cirurgia. O fumo pode prejudicar a cicatrização. Boa alimentação É fundamental o paciente estar bem nutrido Infecções prévias: Antes da cirurgia, comunique ao cirurgião dentista caso tenha percebido algum tipo de infecção (furúnculo, foliculite, sinusite, dor de garganta, infecção urinária ou gripe, por exemplo). Medicamentos: Os medicamentos de uso continuo não devem ser suspensos sem autorização do cirurgião dentista ou médico responsável (remédios para pressão, tireoide ou calmante por exemplo). Se fizer uso regular anticoagulantes, medicamentos para osteoporose ou para emagrecer, comunique o profissional responsável com pelo menos uma semana de antecedência para obter as informações devidas. Alergia: Comunicar com antecedência ao profissional se for portador de qualquer tipo de alergia. 12 Exames Traga os exames laboratoriais e radiográficos relacionado ao seu tratamento. Higiene Escove os dentes e passe fio dental 1 hora antes do procedimento. Lave bemo rosto com água e sabão. Continuação.... Contatos Deixe sempre um telefone para que a equipe de assistência possa entrar em contato. Antes de qualquer procedimento cirúrgico devemos avaliar as condições sistêmicas do paciente, para que a cirurgia seja feita com segurança. Deve-se avaliado radiografias.. Observar também se o paciente realmente possui indicação para realização de EXODONTIA. Quais são as indicações para a EXODONTIA??? - Cárie dentária; - Doença periodontal avançada; - Indicação ORTODONTICA; - Dente mal posicionado; -Dente envolvido em fratura maxilares; - Dente fraturado etc. 13 A EXODONTIA é dividida por 3 técnica. 01- Técnica primeira; 02- Técnica segunda; 03- Técnica terceira. 01- Assepsia da cavidade bucal; 02- Anestesia; 03- Deslocamento c/ descolador de Molt; 04- Luxação c/ elevador; 05- Adaptação do fórceps; 06- Luxação; 07- Remorção do elemento dentário; 08- Hemostasia (controle de sangramento); 09- Sutura. 01- Assepsia da cavidade bucal; 02- Anestesia; 03- Deslocamento c/ descolador de Molt; 04- Luxação c/ elevador; 05- Adaptação da alavanca; 06- Luxação; 07- Remorção do elemento dentário; 08- Hemostasia (controle de sangramento); 09- Sutura. Feita com utilização de fórceps e seus movimentos. 01- Técnica primeira; Feita com utilização de alavanca e seus movimentos. 02- Técnica segunda; 03- Técnica terceira ou técnica aberta Quando ela é indicada??? Indicada para dente com ampla destruição coronária, dente retido, dente com grande dilaceração radicular, dente anquilosado e demais que não sejam possíveis de extração com técnica primeira ou segunda. 01- Anestesia (carpule, tubete de anestésico, agulha C/L); 02- Incisão (laminas mais utilizada por dentista é n° 15 padrão ouro p/ cirurgias oral menor e cabo de bisturi n°03); 03- Deslocamento (c/ descolador de molt); - Liberação dos tecidos moles aderidos à porção cervical do dente. 04- Luxação do dente com uma alavanca dentária; 05- Adaptação do fórceps ao dente. O fórceps propriado é, então, escolhido para o dente a ser extraído; 06- Luxação do dente com o fórceps, todos os movimentos; 07- Remoção do dente do alvéolo; 08-Hemostasia (controle do sangramento com compressa de gazes úmido. 09- Sutura (fio agulhado 3.0 ou 4.0 seda ou nylon e porta agulha); 14 Se fazendo a luxação com o fórceps e com a alavanca e mesmo assim o dente não saiu, vamos partir para outra etapa. Para dentes UNIRRADICULARES realizar a OSTEOTOMIA -Usar a broca para fazer o desgaste (Alta rotação, broca zecria, zecria L, 702, 702L, 702, 703, soro, seringa para irrigação); -Luxação c/ fórceps ou alavanca; -Retirar o dente. Para dentes MULTIRRADICULAR (diferença é que nessa etapa o dente vai ser dividido). -Após a tentativa de OSTEOTOMIA e o dente não saiu. -Realizo a ODONTOSECÇÃO onde divido o dente ao meio para facilitar a retirada do dente. -Após a ODONTOSECÇÃO com ajuda de um fórceps retiro o dente. Odontosecção : Alta rotação, broca zecria, zecria L, 702, 702L, 703 alavanca reta goiva ou seldin, soro, seringa para irrigação, sugador cirúrgico. Observações IMPORTANTE. OSTECTOMIA - indicada caso a luxação não seja suficiente. (pode ser usadas também as broca esférica n° 2, 4 ou 6. 15 Descolamento Luxação c/ alavanca Adaptação do fórceps Movimento de Luxação Observação- O ponto sempre começa pela vestibular e pela mesial. NÃO se remove a sutura, e sim, se remove os pontos. 16 Pós-Operatório Tabaco e bebidas alcoólicas Para os fumantes, deve-se evitar, a qualquer custo, o uso de tabaco antes e após o procedimento, para se obter uma cicatrização favorável, uma vez que o cigarro dificulta e tarda a recuperação da região, indica. A mesma proibição vale para bebidas alcoólicas. Repouso Após a extração de um dente, é imprescindível repousar e evitar calor do sol e forno/fogão por alguns dias para não estimular a circulação sanguínea no local operado e, consequentemente, acarretar problemas como sangramento e infecções. Compressa com gelo A compressa com gelo ou bolsa térmica gelada nas primeiras 24 horas também é muito importante para evitar ou diminuir o inchaço e hematomas provenientes da extração. A baixa temperatura, provocada pela aplicação do gelo, auxilia na contração dos vasos sanguíneos, que estão dilatados devido ao processo inflamatório causado pela cirurgia. Prefira alimentos pastosos ou liquido, frios ou mornos. Evitar alimentos muito quente pelo menos 24 hrs. Alimentos Evite canudos. A sucção pode fazer ferida sangrar. 17 Rafael Barbosa Jakelline Araújo da Silva Pacientes com Comprometimento Sistêmico Equipamentos de Proteção Individual (EPI's): Luva Estéril Máscara Óculos Gorro/Touca Face Shield Capote Cirúrgico Materiais Consumíveis: Anestésico Agulha Curta Agulha Longa Gaze Estéril Fio de Sutura Lâmina de Bisturi Soro Fisiológico Clorexidina Sugador Cirúrgico Seringa Para Irrigação 20 ml Agulha Para Seringa de Irrigação Instrumentais: Carpule Espelho Sonda Exploratória Nº 3 Pinça Clínica Descolador de Molt Afastador Minessota 1 Afastador Minessota 2 Cabo de Bisturi Alavancas Fórceps Brocas Peça Reta (701, 702, 703, Esférica) Brocas Alta Rotação (701, 702, 703, Zecrya) Micromotor Peça Reta Alta Rotação Pinça Kelly Porta Agulha Pinça Anatômica Cuba Cirúrgica Tesoura Iris Lima Óssea Alveolótomo Cureta de Lucas Nº 86 Checklist Cirurgia