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EDUC AMBIENTAL AGENDA 21

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Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
Projeto Pós-graduação 
Disciplina Educação Ambiental e Interdisciplinaridade 
Tema Agenda 21 
Professor 
Fernanda Ferreira Borges de Oliveira; Daniela 
Janaína Pereira Miranda 
 
Introdução 
Olá! Vamos iniciar agora mais um tema do nosso estudo. 
Você conhece a Agenda 21? É exatamente sobre ela que você vai ver a 
partir de agora! Ela é um importante documento lançado na Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD – realizada 
em 1992 na cidade do Rio de Janeiro/Brasil. 
Vamos ver quais os objetivos da Agenda 21 escolas/infantil e a local, além 
de aprofundar no seu contexto histórico. 
Preparado? Então, para iniciar, acesse o material on-line e assista ao 
vídeo da Professora Daniela apresentando melhor este tema. 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
Histórico da Agenda 21 
A Agenda 21 é um importante documento lançado na Conferência das 
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD – realizada 
em 1992 na cidade do Rio de Janeiro/Brasil. A Conferência também é conhecida 
como Rio-92, Eco-92 ou Cúpula da Terra. A finalidade deste documento é 
sistematizar um plano de ações com o objetivo de alcançar o desenvolvimento 
sustentável. 
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e 
Desenvolvimento marcou a forma como a humanidade encara sua relação com 
o planeta. Nesta conferência foi feito um levantamento tanto dos problemas 
existentes quanto dos progressos realizados e como resultado, foram 
elaborados documentos importantes, os quais continuam sendo referência para 
as discussões ambientais, são eles: Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, Agenda 21, Princípios para a Administração Sustentável das 
Florestas, Convenção da Biodiversidade e Convenção sobre Mudança do Clima. 
Podemos perceber que a comunidade política internacional admitiu nesta 
conferência ser preciso conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a 
utilização dos recursos da natureza. 
O primeiro grande evento abordando a preocupação com os problemas 
ambientais e, tendo como premissa a necessária e urgente mudança 
comportamental para não agravar ainda mais a degradação do meio ambiente, 
ocorreu há algumas décadas, a Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, 
na Suécia. 
Após 20 anos desta importante conferência que integra a história dos 
movimentos ambientais no mundo, ocorreu no Brasil a Rio-92, marcando a 
história dos encontros internacionais, sendo considerado o mais importante e 
promissor encontro planetário deste final de século. Este evento contou com a 
presença maciça de inúmeros chefes de Estado ratificando, assim, a importância 
das questões ambientais no início dos anos 90. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
O ambiente político internacional da época favoreceu a compreensão, por 
parte dos países desenvolvidos, de que as responsabilidades pela preservação 
do meio ambiente e pela construção de uma equilibrada convivência com o 
planeta são diferentes, mas imensamente inter-relacionadas. 
Diante dessa realidade, ficou acordado que os países em 
desenvolvimento deveriam receber apoio tecnológico e financeiro para 
alcançarem outro modelo de desenvolvimento que seja sustentável, inclusive 
com a redução dos padrões de consumo. Com essa decisão, a união possível 
entre meio ambiente e desenvolvimento avançou superando os conflitos 
registrados nas reuniões anteriores patrocinadas pela ONU, como na 
Conferência de Estocolmo em 1972. 
A Rio-92 contou também com um grande número de Organizações Não 
Governamentais (ONGs), que realizaram de forma paralela o Fórum Global, 
aprovando a Declaração do Rio (ou Carta da Terra). Conforme esse documento, 
os países ricos têm maior responsabilidade na preservação do planeta e chegou-
se à conclusão de que é imprescindível agregar os componentes econômicos, 
ambientais e sociais. Se isso não for feito, não há como se garantir a 
sustentabilidade do desenvolvimento. 
Duas importantes convenções foram aprovadas durante a Rio-92: uma 
sobre biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas. Outro resultado de 
fundamental importância e foco do tema que estamos estudando, foi a assinatura 
da Agenda 21, um plano de ações com metas para a melhoria das condições 
ambientais do planeta. 
Vamos ver com mais detalhes o que foi a Rio-92? A seguir você terá o 
vídeo da Professora Daniela falando sobre isso, assim como a reportagem 
detalhando este acontecimento. Confira! 
 
 
http://oglobo.globo.com/economia/rio20/o-que-foi-rio-92-
4981033 
 
http://oglobo.globo.com/economia/rio20/o-que-foi-rio-92-4981033
http://oglobo.globo.com/economia/rio20/o-que-foi-rio-92-4981033
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
A Agenda 21, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, pode ser 
definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades 
sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de 
proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Consiste em um 
acordo estabelecido entre 179 países para a elaboração de estratégias que 
objetivem o alcance do desenvolvimento sustentável. 
Cabe a cada país a responsabilidade de elaboração de sua Agenda 21, 
resultando em documento pelo qual cada país deve ter o compromisso com os 
problemas socioambientais existentes no mundo, partindo das problemáticas 
particulares ou regionais até as gerais ou globais, possibilitando o 
desenvolvimento sustentável. 
Composta por quarenta capítulos, a Agenda 21 é um instrumento de 
planejamento participativo onde se admite de forma explícita a responsabilidade 
dos governos em impulsionar programas e projetos ambientais, através de 
políticas que visam a justiça social e a preservação do meio ambiente. 
Entretanto, não depende exclusivamente dos governos. As mudanças 
necessárias, em termos de valores e atitudes de modelos produtivos e padrões 
de consumo, configuram uma verdadeira revolução cultural. É preciso conquistar 
os corações e as mentes das pessoas para a causa ambiental, causa esta que, 
na verdade, não se restringe a questões exclusivamente ecológicas, mas 
engloba também desafios como a erradicação da pobreza, a firmação global e 
irrestrita dos direitos humanos e a consolidação da paz entre os povos. Esta é, 
portanto, uma obra de toda a sociedade. (Agenda 21). 
Os temas fundamentais da Agenda 21 estão tratados em 40 capítulos 
organizados em um preâmbulo e quatro seções: 
 
Seção I: Dimensões sociais e econômicas 
Seção II: Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento 
Seção III: Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais 
Seção IV: Meios de implementação 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
 Podemos destacar entre os principais temas da Agenda 21: 
 Combate à pobreza. 
 Cooperação entre as nações para chegar ao desenvolvimento 
sustentável. 
 Sustentabilidade e crescimento demográfico. 
 Proteção da atmosfera. 
 Planejamento e ordenação no uso dos recursos da terra. 
 Combate ao desmatamento das matas e florestas no mundo. 
 Combate à desertificação e seca. 
 Preservação dos diversos ecossistemas do planeta com atenção especial 
aos ecossistemas frágeis. 
 Desenvolvimento rural com sustentabilidade. 
 Preservação dos recursos hídricos, principalmente das fontes de água 
doce do planeta. 
 Conservação da biodiversidade no planeta. 
 Tratamento e destinação responsável dos diversos tipos de resíduos 
(sólidos, orgânicos, hospitalares, tóxicos, radioativos). 
 Fortalecimento das ONGs na busca do desenvolvimento sustentável. 
 Educação como forma de conscientização para as questões de proteção 
ao meio ambiente. 
 
No material on-line a Professora Daniela vai falar um pouco sobre a 
história da Agenda 21. Não deixe de acessar e assistir.CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
Agenda 21 Global 
A Agenda 21 Global é um programa de ações para o qual contribuíram 
governos e instituições da sociedade civil de 179 países com o objetivo de 
promover em escala global o desenvolvimento sustentável. O termo “Agenda 21” 
foi usado no sentido de intenções, desejo de mudança para esse novo modelo 
de desenvolvimento para o século XXI. 
Considera-se que o marco do processo de mudanças vivenciado pela 
sociedade contemporânea é o relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão 
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela Resolução 
38/161 da ONU, presidida pela Primeira-Ministra da Noruega, Gro Brundtland. O 
documento definiu o conceito de desenvolvimento sustentável, como: 
“desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a 
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. 
 Diante dessa definição, a Agenda 21 é considerada um marco histórico, 
pois é o início de uma nova ordem mundial em prol do desenvolvimento 
sustentável. É um plano de ação formulado internacionalmente para ser adotado 
em escala global, nacional, e, localmente, por organizações do sistema das 
Nações Unidas, pelos governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em 
que o meio ambiente é impactado por ações antrópicas. Constitui a mais ousada 
e abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo 
padrão de desenvolvimento no século XXI, conciliando métodos de proteção 
ambiental, justiça social e eficiência econômica. 
A Agenda destaca os objetivos a serem atingidos pelas sociedades para 
atingir a sustentabilidade. 
Vamos conhecer agora mais alguns detalhes da Agenda 21. 
 É um processo público e participativo para o planejamento e a 
implementação das políticas e ações para o desenvolvimento sustentável, 
sendo um importante instrumento de conscientização ambiental e da 
mobilização de cidadãos e cidadãs na formulação dessas políticas 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
7 
consolidando, assim, a responsabilidade social e o fortalecimento da 
participação ativa e democrática. 
 Foi estabelecida a importância de cada país em refletir global e localmente 
sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não 
governamentais e todos os setores da sociedade poderiam se organizar 
e cooperar na busca de soluções para os problemas socioambientais. 
 Resulta na análise da situação atual de um país, Estado, município, 
região, setor, e planeja o futuro de forma sustentável. Dessa forma, as 
sociedades e os governos possuem a oportunidade de definir prioridades 
nas políticas públicas, pensando nas questões ambientais, sociais e 
econômicas. 
 A Agenda 21 não está restrita às questões ligadas à preservação e 
conservação da natureza ao enunciar a indissociabilidade entre os fatores 
sociais e ambientais e a necessidade de que a degradação do meio 
ambiente seja enfrentada juntamente com o problema mundial da 
pobreza. 
 Os governos têm a responsabilidade e o compromisso de facilitar o 
processo de implementação em todas as escalas. Lembrando que a 
Agenda visa mobilizar todos os segmentos da sociedade, chamando-os 
de “atores relevantes” e “parceiros do desenvolvimento sustentável”. 
 É um processo social no qual todos os envolvidos participam e promovem 
novos hábitos e conceitos agindo de modo sustentável na busca de uma 
Agenda possível rumo a um futuro melhor. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
A agenda 21 é composta por 40 capítulos divididos em 4 seções. Confira 
a seguir quais são cada um deles: 
 
SEÇÃO I – DIMENSÕES ECONÔMICAS E SOCIAIS 
Capítulo 1 
Preâmbulo - Integração das preocupações relativas ao meio 
ambiente e desenvolvimento 
Capítulo 2 
Cooperação Internacional para Acelerar o Desenvolvimento 
Sustentável dos Países em Desenvolvimento e Políticas Internas 
Correlatas 
Capítulo 3 Combate à Pobreza 
Capítulo 4 Mudança dos Padrões de Consumo 
Capítulo 5 Dinâmica Demográfica e Sustentabilidade 
Capítulo 6 Proteção e Promoção das Condições da Saúde Humana 
Capítulo 7 
Promoção do Desenvolvimento Sustentável dos Assentamentos 
Humanos 
Capítulo 8 
Integração entre Meio Ambiente e Desenvolvimento na Tomada 
de Decisões 
SEÇÃO II - CONSERVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RECURSOS 
PARA O DESENVOLVIMENTO 
Capítulo 9 Proteção da Atmosfera 
Capítulo 10 Abordagem Integrada do Planejamento e do Gerenciamento dos 
Recursos Terrestres 
Capítulo 11 Combate ao Desflorestamento 
Capítulo 12 Manejo de Ecossistemas Frágeis: 
A Luta contra a Desertificação e a Seca 
Capítulo 13 Gerenciamento de Ecossistemas Frágeis: 
Desenvolvimento Sustentável das Montanhas 
Capítulo 14 Promoção do Desenvolvimento Rural e Agrícola Sustentável 
Capítulo 15 Conservação da Diversidade Biológica 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
Capítulo 16 Manejo Ambientalmente Saudável da Biotecnologia 
Capítulo 17 Proteção dos Oceanos, de Todos os Tipos de Mares – 
Inclusive Mares Fechados e Semifechados – e das Zonas 
Costeiras, e Proteção. Uso Racional e Desenvolvimento de 
seus Recursos Vivos 
Capítulo 18 Proteção da Qualidade e do Abastecimento dos Recursos 
Hídricos: Aplicação de Critérios Integrados no 
Desenvolvimento, Manejo e Uso dos Recurso Hídricos 
Capítulo 19 Manejo Ecologicamente Saudável das Substâncias Químicas 
Tóxicas, Incluída a Prevenção do Tráfico Internacional Ilegal dos 
Produtos Tóxicos e Perigosos 
Capítulo 20 Manejo Ambientalmente Saudável dos Resíduos Perigosos, 
Incluindo a Prevenção do Tráfico Internacional Ilícito de 
Resíduos Perigosos 
Capítulo 21 Manejo Ambientalmente Saudável dos Resíduos Sólidos e 
Questões Relacionadas com os Esgotos 
Capítulo 22 Manejo Seguro e Ambientalmente Saudável dos Resíduos 
Radioativos 
SEÇÃO III - FORTALECIMENTO DO PAPEL DOS GRUPOS PRINCIPAIS 
Capítulo 23 Preâmbulo 
Capítulo 24 Ação Mundial pela Mulher, com vistas a um Desenvolvimento 
Sustentável e Eqüitativo 
Capítulo 25 A Infância e a Juventude no Desenvolvimento Sustentáve 
Capítulo 26 Reconhecimento e Fortalecimento do Papel das Populações 
Indígenas e suas Comunidades 
Capítulo 27 Fortalecimento do Papel das Organizações Não-
Governamentais: Parceiros para um Desenvolvimento 
Sustentável 
Capítulo 28 Iniciativas das Autoridades Locais em Apoio à Agenda 21 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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Capítulo 29 Fortalecimento do Papel dos Trabalhadores e de seus Sindicatos 
Capítulo 30 Fortalecimento do Papel do Comércio e da Indústria 
Capítulo 31 A Comunidade Científica e Tecnológica 
Capítulo 32 Fortalecimento do Papel dos Agricultores 
SEÇÃO IV – MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO 
Capítulo 33 Recursos e Mecanismos de Financiamento 
Capítulo 34 Transferência de Tecnologia Ambientalmente Saudável, 
Cooperação e Fortalecimento Institucional. 
Capítulo 35 A Ciência para o Desenvolvimento Sustentável 
Capítulo 36 Promoção do Ensino, da Conscientização e do Treinamento 
Capítulo 37 Mecanismos Nacionais e Cooperação Internacional para 
Fortalecimento Institucional nos Países em Desenvolvimento 
Capítulo 38 Arranjos Institucionais Internacionais 
Capítulo 39 Instrumentos e Mecanismos Jurídicos Internacionais 
Capítulo 40 Informação para Tomada de Decisões 
 
Vamos ouvir o que a Professora Daniela tem a dizer sobre a Agenda 21 
Global? É só acessar o material on-line e assistir ao vídeo disponível lá. 
Agenda 21 Local 
Uma comunidade sustentável é aquela onde a qualidade de vida da 
população é priorizada. Logo, questões ambientais possuem o mesmo peso que 
as econômicas e sociais. Assim, essa comunidade garante a disponibilidade dos 
recursos naturais, vivendo em harmonia com seu meio ambiente. Os caminhos 
que os municípios devem seguir para a construção dessa sustentabilidade á a 
proposta de um novo modelo de desenvolvimento, pressuposto básicodos 
processos da Agenda 21 Local. 
Os processos da Agenda 21 Local buscam mostrar as convergências e 
interdependências, fomentando uma reflexão crítica sobre o modelo de 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
11 
desenvolvimento que se deseja e suas consequências, em termos de 
crescimento econômico, justiça social e preservação ambiental. 
É um instrumento de planejamento de políticas públicas que envolve tanto 
o governo quanto a sociedade civil em um processo participativo de consulta 
sobre os problemas ambientais, sociais, políticos e econômicos locais e o debate 
sobre soluções para esses problemas através da identificação, planejamento e 
implementação de ações concretas que visem o desenvolvimento sustentável 
local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 1 – Agenda 21 Local – Participação da sociedade civil e do governo 
 
A proposta é que cada cidade faça a sua Agenda, lembrando sempre de 
"pensar globalmente e agir localmente", adequando a sua realidade às suas 
diferentes situações e condições, sempre considerando os seguintes princípios 
gerais: 
 Participação e cidadania. 
 Respeito às comunidades e diferenças culturais. 
 Integração. 
 Melhoria do padrão de vida das comunidades. 
 Diminuição das desigualdades sociais. 
 Mudança de valores e atitudes. 
 GOVERNO AGENDA 
21 
LOCAL 
SOCIEDADE 
CIVIL 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
12 
 
O capítulo 28 da Agenda 21 global estabelece que "cada autoridade em 
cada país implemente uma Agenda 21 local tendo como base de ação a 
construção, operacionalização e manutenção da infraestrutura econômica, social 
e ambiental local, estabelecendo políticas ambientais locais e prestando 
assistência na implementação de políticas ambientais nacionais". Ressalta ainda 
a importância da cooperação e da participação das autoridades locais, pois 
vontade política é um dos fatores determinantes para o alcance de seus 
objetivos. 
A agenda 21 local é um documento que serve de referência para diversos 
setores como para Planos Diretores e orçamentos municipais, podendo também 
ser desenvolvida em distintos territórios por comunidades rurais, em bairros, 
áreas protegidas e também em bacias hidrográficas. Reforçando as ações já 
realizadas e muito bem-sucedidas em setores importantes como escolas e 
empresas. 
Os principais desafios da Agenda 21 Local são: 
 
 Planejamento voltado para a ação compartilhada na construção de 
propostas voltadas para a elaboração de uma visão de futuro entre os 
diferentes atores envolvidos. 
 Condução de um processo contínuo e sustentável. 
 Descentralização e controle social. 
 Incorporação de uma visão multidisciplinar em todas as etapas do 
processo. 
 
Desta forma, governo e sociedade estão exercendo suas funções em prol 
do desenvolvimento econômico, justiça social e equilíbrio ambiental e estão 
utilizando um valioso instrumento de planejamento estratégico participativo para 
a construção de cenários benéficos e consensuados, em regime de 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
13 
corresponsabilidade, que devem servir de subsídios à elaboração de políticas 
públicas sustentáveis. 
A agenda 21 local, além de atuar como um importante instrumento de 
gestão, também possui como objetivo aumentar a consciencialização dos 
cidadãos para as questões do desenvolvimento sustentável voltadas para a 
melhoria da qualidade de vida ao nível local. 
No link a seguir, o qual você pode acessar pelo material on-line, tem um 
texto abordando qual o papel da Agenda 21 local enquanto instrumento de 
gestão. Confira! 
 
http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/7058/1/O%20PA
PEL%20DA%20AGENDA%2021%20LOCAL_%20ESADR.
pdf 
 
 
A Professora Daniela vai mostrar um pouco mais dos pontos específicos 
da Agenda Local. Acesse o material on-line e assista ao vídeo que ela gravou. 
Processo de construção da Agenda 21 Local 
 
Primeiramente, é necessário a formação de um grupo de trabalho 
composto por: 
 Representantes da sociedade. 
 Governo (no caso de um município ou determinada territorialidade). 
 
Podendo ter a liderança de qualquer segmento da comunidade (governo, 
ONG, instituição de ensino, etc.), as atribuições desse grupo devem envolver 
desde a mobilização e a difusão dos conceitos e pressupostos da Agenda 21, 
até a elaboração de uma matriz para a consulta à população sobre problemas 
enfrentados e possíveis soluções, incluindo o estabelecimento de ações 
http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/7058/1/O%20PAPEL%20DA%20AGENDA%2021%20LOCAL_%20ESADR.pdf
http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/7058/1/O%20PAPEL%20DA%20AGENDA%2021%20LOCAL_%20ESADR.pdf
http://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/7058/1/O%20PAPEL%20DA%20AGENDA%2021%20LOCAL_%20ESADR.pdf
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
14 
sustentáveis prioritárias a serem implementadas no processo de construção da 
Agenda 21 Local. 
A criação de um fórum permanente de desenvolvimento sustentável local 
com o envolvimento real dos diferentes atores, é etapa seguinte e meta 
fundamental para a sustentabilidade dos processos. Este fórum terá a missão de 
preparar, acompanhar e avaliar um plano de desenvolvimento sustentável local, 
de forma participativa, a ser institucionalizado pelo Poder Executivo ou 
Legislativo. 
A principal função do fórum é definir os seus princípios e uma visão de 
futuro desejado pela comunidade, que represente os diferentes pontos de vista 
e desejos dos seus participantes. Essa visão deve ser traduzida em ações a 
serem incluídas nos processos de planejamento dos municípios e regiões 
envolvidos. 
Para a definição dessas ações, o fórum deverá escolher os temas críticos, 
capazes de catalisar a opinião pública e outros apoios, criando as condições 
para a formação do cenário de futuro desejável. Podemos citar como exemplo 
de eixos temáticos para a concretização das ações da Agenda 21: 
 
 Ações estratégicas para a proteção da atmosfera. 
 Ações estratégicas para a proteção do solo, da água e da diversidade 
biológica. 
 Ações estratégicas para a pobreza, saúde, igualdade social e 
assentamentos. 
 Acesso a serviços de informação. 
 Acesso a emprego. 
 Conscientização da população. 
 Educação para a Agenda 21 e troca de informações. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
15 
Para que os objetivos da Agenda 21 Local sejam atingidos, é necessário 
um processo que depende da sensibilização e do estágio de amadurecimento 
de cada comunidade na discussão dos temas públicos de forma participativa. 
Assim, observando as diferentes experiências de Agenda 21 no Brasil 
identificam-se diferentes estágios: 
 
 O da sensibilização, capacitação e institucionalização dos processos de 
agenda 21. 
 O da elaboração - definição de temas, elaboração de diagnósticos, 
formulação de propostas e definição de meios de implementação. 
 O estágio da implantação. 
 
A Agenda 21 Local tratará de assuntos específicos de cada 
territorialidade, abordando temas cujas decisões estão em sua esfera de 
atuação, contando com a participação ativa dos parceiros. Criando assim 
harmonia entre as competências e o apoio mútuo no diagnóstico, formulação e 
implementação de ações para o desenvolvimento sustentável. 
Agenda 21 Escolar 
A escola é um reflexo da comunidade em que está inserida, influencia não 
só o aluno que a frequenta mas toda a comunidade formada pelos respectivos 
familiares e moradores de seu entorno, extrapolando muito as divisas de seus 
muros e afetando diretamente a vida de pessoas extremamente maior do que o 
mero número de estudantes matriculados, sendo, por isso, também responsável 
pela avaliação crítica e física dos problemas sociais, econômicos, pessoais e 
ambientais existentes na comunidade e pela busca efetiva de soluções 
sustentáveis. 
 
CCDD – Centro de Criação e DesenvolvimentoDialógico 
 
16 
 
A escola é uma das responsáveis pela educação do ser humano e 
influenciará o aluno na vida pessoaprofissional, social e em sua convivência 
familiar. Ela está inserida em todos os movimentos do seu entorno, como 
festividades, violência familiar e social, decisões da coletividade, 
desenvolvimento agrário, industrial e comercial, entre outros. 
Nesse sentido, a escola possui um papel fundamental na sociedade, vista 
como um instrumento capaz de formar cidadãos reflexivos e atuantes no mundo 
em que vivemos, na busca de uma vida melhor, de um planeta melhor. É um 
local onde se cultiva sonhos, valores e se constrói relações que se sustentem. A 
partir de ações coletivas, tornam-se possíveis as transformações individuais, 
mudança de valores e atitudes e conscientização em relação aos problemas 
socioambientais, econômicos e políticos, em busca de soluções para um mundo 
sustentado. 
Com base nisso, a Agenda 21 escolar é um instrumento, um caminho e 
estímulo para as transformações necessárias e um ponto de partida para a 
construção de um futuro sustentável. É a formatação do texto base da Agenda 
21 Local para aplicação no meio de influência da escola, que inclui tanto o 
ambiente escolar em si, como o meio familiar e social onde tal influência é 
exercida. 
Instituições
• Autarquia
• Associações de 
moradores
• Organizações não-
governamentais
Estabelecimentos 
de Ensino
• Professores
• Alunos
• Pessoal não 
docente
Família
• Pais
• Outros familiares
• Amigos
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
17 
Da mesma forma que as demais agendas, a Agenda 21 Escolar visa a 
sustentabilidade social e econômica, atendendo às necessidades humanas para 
uma vida digna e a proteção do meio ambiente. Possui como principal objetivo 
transformar a escola em um espaço sustentável, que trate não apenas de 
questões ambientais, mas também de segurança, inclusão, promoção de valores 
e direitos humanos. 
Funcionando como um modelo simplificado da comunidade local onde se 
insere, a escola é um ambiente privilegiado para aplicar os princípios da Agenda 
21, pois consiste numa comunidade pequena que pode ter uma enorme 
capacidade para: 
 
 Debater abertamente os problemas existentes. 
 Tomar decisões conjuntas. 
 Propor ações adequadas para solucionar os problemas. 
 Monitorar e avaliar a execução dessas ações. 
 Testar processos e soluções educativas inovadoras que vão ao encontro 
dos princípios do desenvolvimento sustentável. 
 
As comunidades do entorno escolar podem, através da implementação da 
Agenda 21 Escolar, desempenhar um papel exemplar neste âmbito, com ações 
ambientais que irão contribuir para a promoção do espírito crítico, participativo, 
democrático e da tão desejada educação para a cidadania, onde a melhoria da 
qualidade de vida é o maior objetivo. 
Leia na reportagem a seguir como é a experiência da implantação da 
agenda 21 em ambiente escolar. Não esqueça de acessar pelo material on-line. 
 
http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/4133/A%20exp
eriencia%20da%20implanta%C3%A7%C3%A3o%20da%2
0agenda%2021%20em%20ambiente%20escolar.pdf?sequ
ence=1 
http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/4133/A%20experiencia%20da%20implanta%C3%A7%C3%A3o%20da%20agenda%2021%20em%20ambiente%20escolar.pdf?sequence=1
http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/4133/A%20experiencia%20da%20implanta%C3%A7%C3%A3o%20da%20agenda%2021%20em%20ambiente%20escolar.pdf?sequence=1
http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/4133/A%20experiencia%20da%20implanta%C3%A7%C3%A3o%20da%20agenda%2021%20em%20ambiente%20escolar.pdf?sequence=1
http://repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/4133/A%20experiencia%20da%20implanta%C3%A7%C3%A3o%20da%20agenda%2021%20em%20ambiente%20escolar.pdf?sequence=1
 
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 Requisitos Básicos da Elaboração da Agenda 21 Escolar 
 
A escolha e a adoção de uma metodologia de trabalho deverão ser 
encontradas por consenso entre representantes do estabelecimento escolar, dos 
alunos; da coletividade em sua área de influência; do poder público e de 
organismos não governamentais; voluntários; técnicos; líderes comunitários e 
religiosos, em reuniões previamente designadas para tratar o assunto. 
É imprescindível a realização de pesquisas para detectar os problemas 
existentes na área de atuação da agenda, englobando os problemas de saúde 
da população local; de degradação do meio ambiente ou riscos ambientais; de 
segurança; problemas sociais diversos como desemprego, alcoolismo, uso de 
drogas, entre outros. 
Através de reuniões deve-se verificar que será possível contratação de 
equipe técnica ou buscar parcerias na comunidade local para avaliar e propor 
soluções para estancar, reverter ou minimizar os problemas encontrados, 
buscando os meios de sustentabilidade econômica da população, a melhoria 
ambiental e consequentemente uma melhor qualidade de vida, tendo como 
princípio básico de todas as ações a educação socioambiental. 
Após elencar e priorizar as ações necessárias, é preciso verificar os 
respectivos custos e os meios de financiamento. Como já foi dito, é importante o 
envolvimento do poder público, através das negociações necessárias, para que 
solucione ou busque soluções para os problemas que são de sua exclusiva 
atribuição, e para que colabore na solução de outros que estejam dentro de suas 
possibilidades governamentais. 
Mobilizar os setores da sociedade que de alguma forma possam auxiliar 
na concretização dos projetos relativos à solução dos problemas detectados. 
Por fim, ressaltar a importância da continuidade de todas as ações 
avaliando como está o plano de ação implementado e, se necessário, incluir 
ações de ajuste/correção, monitorando as ações e os resultados obtidos ao 
longo do tempo. 
 
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A Professora Daniela vai explicar mais sobre os requisitos básicos para 
elaboração da Agenda 21 Escolar. Está no vídeo lá no material on-line. Confira! 
Agenda Habitat 
A partir da década de 60, com a crescente degradação da qualidade de 
vida, decorrente do acelerado processo de urbanização, principalmente nos 
grandes centros, colocaram em pauta diversas questões, entre elas moradia, 
infraestrutura, saneamento básico e meio ambiente. 
Em 1996, em Istambul, Turquia, foi realizada a Segunda Conferência 
Global para os Assentamentos Humanos – Habitat II. Os trabalhos da 
Conferência resultaram na Declaração de Istambul sobre os Assentamentos 
Humanos e na elaboração de um detalhado programa denominado Agenda 
Habitat. 
Esse programa é estruturado em quatro capítulos: 
 
 Primeiro capítulo – Preâmbulo 
 Segundo capítulo – Objetivos e princípios 
 Terceiro capítulo – Compromissos Assumidos 
 Quarto capítulo – Plano de Ação Mundial, que contem estratégias para 
sua implementação. 
 
Pela primeira vez na história das conferências oficiais promovidas pela 
Organização das Nações Unidas, setores não-governamentais tiveram 
participação oficial nas delegações nacionais, além de constituírem um fórum (o 
Fórum dos Parceiros, formado por governos locais, organizações não-
governamentais, movimentos populares, sindicatos, parlamentares e 
acadêmicos). O Habitat II consagrou a temática da descentralização e do poder 
local. 
A Conferência Habitat II ou Cúpula das Cidades foi a última de uma série 
de conferências das Nações Unidas que moldaram a agenda global de 
 
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20 
desenvolvimento para os anos seguintes, realizou-se vinte anos após a primeira, 
em Vancouver, Canadá, 1976. 
De acordo com Fernandes (2003), O Habitat II teve como preocupações 
principais o desenvolvimento de homens e mulheres em um meio ambiente 
saudável e estimulador das potencialidades. Dois objetivos foram adotados: 
 Moradias adequadas para todos. 
Desenvolvimento de assentamentos humanos sustentáveis em um 
mundo em urbanização. 
 
Portanto, o objetivo principal seria atualizar os temas e paradigmas 
fundamentais das políticas urbanas e habitacional, com vistas a reorientar a linha 
de ação dos órgãos e agências de cooperação internacional. Como resultado, o 
principal produto da Conferência seria a elaboração da Agenda Habitat. 
Em outras palavras, a conferência é um Plano de Ação Global, que tem 
por objetivo promover socialmente e ambientalmente o desenvolvimento 
sustentável dos assentamentos humanos diante do contexto mundial do 
acelerado avanço da urbanização. Os países, entre eles o Brasil, 
comprometeram-se a implementar, monitorar e avaliar os resultados do seu 
Plano Global de Ação. 
O Habitat II, enfatizando recomendações da Agenda 21, deveria 
expressar que a sustentabilidade do planeta passava necessariamente pela 
sustentabilidade de suas cidades, territorializando os temas abordados pelas 
conferências anteriores (AGENDA 21, CAP. 28). 
A Agenda Habitat foi aprovada por todos os países participantes da 
Segunda Conferência Global para os Assentamentos Humanos – Habitat II. Ela 
não trata das questões habitacionais isoladamente, mas de toda a questão 
urbana incluindo: 
 Moradia 
 Pobreza 
 
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21 
 Emprego 
 Educação 
 Saúde, etc. 
 
O programa contém uma declaração de princípios e objetivos, um 
conjunto de compromissos assumidos pelos governos e, finalmente, estratégias 
para a implementação do Plano de Ação. 
Dentre as principais prioridades dentro do Programa Agenda Habitat, 
podemos destacar sete delas: 
 Padrões insustentáveis de produção e consumo, particularmente nos 
países industrializados; 
 Alterar a demografia insustentável; 
 Pessoas sem moradia; 
 Desemprego; 
 A falta de infraestrutura básica e serviços; 
 A escalada de violência e insegurança; 
 O aumento da vulnerabilidade a desastres. 
 
Objetivos e princípios da Agenda Habitat: 
 
 Assentamentos humanos equitativos nos quais todas as pessoas tenham 
igual acesso à habitação, espaço aberto, serviços de saúde, educação, 
etc.; 
 A erradicação da pobreza no contexto do desenvolvimento sustentável; 
 A importância para a qualidade de vida das condições físicas e espaciais 
características das aldeias, vilas e cidades; 
 
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 A necessidade de fortalecer a família como célula fundamental da 
sociedade; 
 Os direitos e responsabilidades cívicas; 
 As parcerias entre países e dentro dos países em todos os setores; 
 A solidariedade com os desfavorecidos e vulneráveis; 
 Aumento dos recursos financeiros; 
 Cuidados de saúde, incluindo serviços de saúde reprodutiva, para 
melhorar a qualidade de vida. 
 
A formulação de novo papel para o Estado e novas formas de relação com 
os atores que constituem as cidades foi reflexo de questões básicas da agenda 
de política urbana e habitacional. Defendeu-se a constituição de um novo 
contrato social baseado em solidariedade, convivência democrática e pluralidade 
(ANTONUCCI et al., 2009) 
 
 
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Síntese 
Chegamos ao final deste tema, aqui você conheceu a Agenda 21? Viu 
que ela é um importante documento lançado na Conferência das Nações Unidas 
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNUMAD – realizada em 1992 na 
cidade do Rio de Janeiro/Brasil. Além de tomar conhecimentos dos objetivos e 
as variações que ela tema, como a Habitat e a Local, por exemplo. 
Para relembrar tudo o que vimos neste tema, acesse o material on-line e 
assista ao vídeo da Professora Daniela. Ela vai te ajudar a recapitular todos os 
tópicos estudados aqui. 
 
 
 
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24 
Referências 
Agenda 21 Local. http://www.mma.gov.br/responsabilidade-
socioambiental/agenda-21/agenda-21-local . Acesso em 13 jan. 2016 
 
AGENDA 21. Capítulo 28: Iniciativas das autoridades locais em apoio à 
Agenda 21. Disponível em: 
http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/agenda21.pdf. Acesso em 14 jan. 2016. 
 
ANTONUCCI D., KATO V. R. C., ZIONI S. E ALVIM A. B. UM. Habitat: 3 
décadas de atuação. Arquitextos, 2009. Disponível em: 
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.107/56. Acesso em 14 
jan. 2016. 
 
BRASIL. Ministério da Educação e Ministério do Meio Ambiente. Juventude, 
Cidadania e Meio Ambiente Subsídios para a elaboração de Política 
Públicas. Disponível em: 
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao10.pdf. Acesso em 14 jan. 
2016. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, 
Alfabetização e Diversidade. Formando Com-vida, Comissão de Meio 
Ambiente e Qualidade de Vida na Escola: construindo Agenda 21 na escola / 
Ministério da Educação, Ministério do Meio Ambiente. 2ª ed., rev. e ampl. – 
Brasília: MEC, Coordenação Geral de Educação Ambiental, 2007. 
 
Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente (1992: Rio de Janeiro, 
RJ). Biblioteca Digital da Câmara dos Deputados. Centro de Documentação e 
Informação Coordenação de Biblioteca 1995. Série ação parlamentar; n. 56 
Disponível em: http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/7706 . Acesso em 
10 jan. 2016. 
 
FERNANDES, Marlene. Agenda Habitat para Municípios. Rio de Janeiro: 
IBAM, 2003. Disponível em: http://www.ibam.org.br . Acesso em 10 jan. 2016. 
 
OLIVATO, D. Agenda 21 escolar: um projeto de educação ambiental para a 
sustentabilidade? Originalmente apresentado como dissertação de mestrado. 
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo: Universidade de 
São Paulo, 2004. 
 
SENADO FEDERAL. Agenda 21 - Conferência das Nações Unidas sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento. 3ª ed. Brasília: Senado Federal, 
Subsecretaria de Edições, 2001. 
 
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-local
http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-local
http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/agenda21.pdf
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.107/56
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao10.pdf
http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/7706
http://www.ibam.org.br/
 
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25 
Atividades 
 A Agenda 21 é um documento contendo uma lista de compromissos e 
ações a serem desenvolvidas no século XXI, em direção ao 
desenvolvimento sustentável. Foi assinada por mais de uma centena de 
países durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
ocorrida na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1992, a Rio-92. 
De acordo com a Agenda 21, analise as afirmativas abaixo: 
 
I. A Agenda 21 é um caminho a ser seguido para a construção do 
Desenvolvimento Sustentável e é considerado um dos mais 
importantes compromissos assumidos pelo mundo. 
II. Só poderá ser concretizada com a participação única e exclusiva 
do governo. 
III. Não existe um modelo universal de Desenvolvimento Sustentável, 
que possa ser aplicado para todas as sociedades, pois possuímos 
infinitas diferenças culturais e potenciais, nativas de cada região. 
IV. É um planejamento com ações de curto, médio e longo prazo. 
 
As afirmativas corretas são: 
a. I, II, III e IV. 
b. I, III e IV apenas. 
c. I e III, apenas. 
d. II, III e IV, apenas. 
 A Agenda 21 está organizada em 40 capítulos divididos em quatro seções. 
De acordo com as seções da Agenda 21 Global, assinale a sequência 
correta: 
 
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Seção I: Dimensões Econômicas e Sociais. 
Seção II: Conservação e gerenciamento de recursos para o 
desenvolvimento. 
Seção III: Fortalecimento do papel dos grupos principais. 
Seção IV: Meios de implementação. 
( ) 
 
De que forma os problemas e soluções ambientais são 
interdependentes daqueles da pobreza, saúde,comércio, dívida, 
consumo e população. 
 
( ) 
 
Inclusive financiamento e o papel das diversas atividades 
governamentais e não-governamentais. 
 
( ) 
De que forma os recursos físicos, incluindo terra, mares, energia e 
lixo precisam ser gerenciados para assegurar o desenvolvimento 
sustentável. 
 
( ) 
Inclusive os minoritários, no trabalho em direção ao 
desenvolvimento sustentável. 
 
Sequência correta: 
 
a. 2,4,3 e 1. 
b. 4,3,1 e 2. 
c. 3,1,2 e 4. 
d. 1,4,2 e 3. 
 
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 A Agenda 21 Local é um documento para alcançar os objetivos propostos 
na Agenda 21 Global publicada no ano de 2002. Com relação a este 
documento, analise as sentenças a seguir, assinalando V para as 
afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas. 
 
I. ( ) A Agenda 21 local possui como objetivo melhorar a qualidade de 
vida de toda a população, sem comprometer as gerações futuras, 
tornando os municípios e localidades mais humanas e saudáveis. 
II. ( ) Com a Agenda 21 Local a comunidade se organiza, aprende, 
discute, identifica suas potencialidades e dificuldades, e ainda propõe 
soluções com o objetivo de alcançar o desenvolvimento sustentável. 
III. ( ) A construção da Agenda 21 Local é uma tarefa somente do poder 
público, um compromisso com a qualidade de vida do bairro e da 
cidade, visando a sustentabilidade. 
IV. ( ) A Agenda 21 Local é um processo que vem sendo implementado 
em todo o mundo, respeitando as características e peculiaridades 
locais, mas conservando sua unidade de propósitos. 
 
Agora, marque a sequência correta: 
 
a. V, V, V, V. 
b. F, V, F, F. 
c. V, F, V, V. 
d. V, V, F, V. 
 A Agenda 21 Escolar é um processo em que a comunidade escolar busca 
o consenso na elaboração de um Plano de Ação visando a melhoria na 
 
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qualidade de vida no meio escolar. Assim como a Agenda 21 Local, a 
metodologia aplicada nas escolas segue cinco fases de implementação. 
Assinale a ordem correta das fases de implementação da Agenda 21 
Escolar. 
 
a. Motivação, reflexão, diagnóstico, ação e avaliação. 
b. Reflexão, motivação, diagnóstico, ação e avaliação. 
c. Diagnóstico, reflexão, motivação, ação e avaliação. 
d. Motivação, diagnóstico, ação, reflexão e avaliação. 
 A Agenda Habitat é um documento aprovado pelos países participantes 
da Conferência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos – 
Habitat II –, realizada em Istambul, Turquia, em 1996. A Agenda Habitat 
é uma plataforma de princípios capazes de nortear práticas para a 
redução da pobreza e para a promoção de desenvolvimento sustentável. 
De acordo com esse documento, analise as sentenças a seguir, 
assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas 
falsas. 
I. A Agenda Habitat foi o documento aprovado por consenso pelos 
países participantes do Habitat II e consiste em uma plataforma 
de princípios que deve se traduzir em práticas. 
II. As atividades desenvolvidas no âmbito do Habitat contribuem 
para um único objetivo: o objetivo das Nações Unidas de reduzir 
a pobreza. 
III. As inovações de caráter participativo e democrático do processo 
do Habitat II podem ser percebidas no documento Agenda 
Habitat. 
 
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IV. Para o futuro das cidades são irrefutáveis as obrigações e papel 
do Estado referente à garantia da cidadania, do direito à moradia 
e à cidade, democratização e descentralização do Estado. 
Agora, marque a sequência correta: 
 
a. F, V, F, F. 
b. V, V, V, V. 
c. V, V, F, V. 
d. V, F, V, V. 
 
Para consultar o gabarito das questões, acesse o material on-line.

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