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Ao longo do processo de crescimento econômico que impulsionou o progresso da humanidade, o qual se iniciou a partir da revolução industrial, a sociedade passou a conviver com o crescente aumento da degradação ambiental, da poluição e do comprometimento dos recursos ambientais.
Os debates acerca desta temática acirraram‐se com a introdução do conceito de desenvolvimento sustentável pelo relatório que foi elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas em 1987, ganhando uma dimensão internacional a partir da conferência Eco‐92 (Rio‐92), realizada no Brasil, que teve como principal resultado a elaboração da Agenda 21 Global.
O objetivo da Agenda 21 é a preparação do mundo para os desafios do próximo século, através do compromisso político dos governos, incluindo cooperação internacional, para o planejamento da construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas mundiais, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. E com isso, os governos de cada país passaram a debater as estratégias para implantação dos programas necessários para cumprir as metas traçadas neste documento.
As organizações empresariais tiveram que repensar a forma de conduzir suas atividades, Desta forma, a fim de atender os anseios da sociedade, as empresas passaram a desenvolver uma nova postura, aliando o crescimento econômico, a equidade social e a conservação ambiental em prol do desenvolvimento sustentável. Esta mudança é pertinente com a Agenda 21 Brasileira, visto que a ecoeficiência e responsabilidade social das empresas é um dos objetivos do programa, o qual passa pela adoção de tecnologias menos poluidoras e/ou aperfeiçoamento do modelo de gestão empresarial.
Esse fato é bastante pertinente, visto que todas as atividades realizadas pelo homem causam alteração favorável ou desfavorável de algum componente ambiental, seja no meio físico, biótico e/ou socioeconômico, que afetam a qualidade de vida da sociedade, sendo necessário controlar e/ou minimizar os impactos adversos e potencializar os impactos benéficos. Assim sendo, para que as organizações cumpram o seu papel quanto ao desenvolvimento sustentável, a gestão ambiental passou a ser introduzida voluntariamente nas práticas empresariais como um elemento importante no processo de tomada de decisão.
O setor industrial foi quem primeiro aderiu a esta prática, na década de 90, a fim de reduzir o impacto ambiental negativo das suas atividades, e os bons resultados advindos da introdução da gestão ambiental na gestão empresarial agradou aos seguimentos internos e ao público externo, em função do uso e gestão racionais dos recursos, contagiando outros setores, como de comércio e serviços.
As atividades empresariais ao incorporarem os princípios e práticas de sustentabilidade na gestão administrativa por meio de ferramentas de gestão ambiental contribuem na redução de custos, principalmente aqueles relacionados aos aspectos ambientais como consumo de água, energia e materiais, além da redução na geração de resíduos, promovendo, portanto, o desenvolvimento de uma sociedade sustentável e justa, o que significa responsabilidade socioambiental.
Mais recentemente, o setor de serviços voltados à educação também foi envolvido pelo amadurecimento da consciência ecológica nas diferentes camadas e setores da sociedade, sendo que as Instituições de Educação Superior (IESs) responderam a este estímulo e vêm introduzindo novas competências e responsabilidades a fim de adequarem‐se à nova realidade.
As IESs têm importância fundamental no desenvolvimento da responsabilidade socioambiental nos seus discentes, docentes e funcionários, devido ao papel de promoção e disseminação do conhecimento.
Os exemplos de sustentabilidade oriundos das IESs influenciam positivamente a sociedade e a comunidade acadêmica, facilitando a compreensão sobre a questão socioambiental e servindo como fonte de motivação e qualificação para que alunos e egressos atuem de forma sustentável tanto na vida acadêmica quanto na profissional. A relevância deste aspecto é tal que o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) avalia a responsabilidade social e a proteção ao meio ambiente a fim de verificar o desempenho das IESs em todo o território nacional (BRASIL, 2004)
ANTES DO SLIDE: E sabendo que a Educação Ambiental é uma maneira de gerar mais consciência ecológica nos seres humanos, visto que nosso meio ambiente pede por ajuda cada vez mais. A preocupação principal é contribuir para mais oportunidades de conhecimento sobre as mudanças de comportamento que podem afetar a natureza.
Segundo o art. 2º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental, “a educação ambiental é uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social, que devem imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social e de ética ambiental.”
Portanto a educação ambiental deve ser inserida desde cedo sempre que possível, seja em escolas, em cursos, colégios, oficinas e principalmente em casa, na maneira como as famílias criam seus filhos.
Educação ambiental e sua prática
Sabendo que a melhor forma de realizar um trabalho de educação ambiental é sem dúvida algo em conjunto entre a família e a escola. A criança desde nova deve aprender a cuidar da natureza, sempre sendo lembrada da importância da conscientização e do cuidado com o ambiente natural que nos cerca.
Na escola, o professor pode incluir tópicos e hábitos na rotina do aluno, além de criar atividades extracurriculares como leitura, pesquisas e debates. Dessa forma, todo o pensamento necessário para a conscientização será construído e propagado.
A educação mais do que nunca precisa estar atenta à estes tópicos, pois a grande riqueza da sociedade está justamente nesta consciência de como nossos hábitos afetam o local onde vivemos antes mesmo de outros preocupações comuns nas grades curriculares.
O trabalho em conjunto, sem deixar tópicos importantes para trás, deve ser uma realidade presente em qualquer sistema educacional.
Uma linha de ação para a educação ambiental foi apresentada na carta de Belgrado, de 1975, apud Rebollo (2001) e nela encontramos os seguintes tópicos:
1. a) conscientizar os cidadãos de todo mundo sobre o problema ambiental;
2. b) disponibilizar o acesso a conhecimentos específicos sobre o meio ambiente;
3. c) promover atitudes para a preservação ambiental;
4. d) desenvolver habilidades específicas para ações ambientais;
5. e) criar uma capacidade de avaliação das ações e programas implantados;
6. f) promover a participação de todos na solução dos problemas ambientais.
Política Nacional de Educação Ambiental
A Lei 9.795 / 1999 sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
A Educação Ambiental compreende os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
São princípios básicos da Educação Ambiental:
I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo.
II – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade.
III – o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;
IV – a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais;
V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo;VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo;
VII – a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais;
VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
 São objetivos fundamentais da Educação Ambiental:
I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos;
II – a garantia de democratização das informações ambientais;
III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social;
IV – o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania;
V – o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação da integração com a ciência e a tecnologia;
VII – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
A Agenda 21 Global foi o Documento assinado em 14 de junho de 1992, no Rio de Janeiro, por 179 países, resultado da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92, podendo ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
Organizada por grupos temáticos em 40 capítulos, divididos em 4 seções, onde são apontadas as bases para ações, os objetivos, as atividades e os meios de implementação de planos, programas e projetos direcionados à melhoria da qualidade de vida e às questões relativas à conservação e gestão de recursos para o desenvolvimento sustentável.
Seção I: Dimensões Sociais e Econômicas
Seção onde são discutidas, entre outras, as políticas internacionais que podem ajudar a viabilizar o desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento; as estratégias de combate à pobreza e à miséria; a necessidade de introduzir mudanças nos padrões de produção e consumo; as inter-relações entre sustentabilidade e dinâmica demográfica; e as propostas para a melhoria da saúde pública e da qualidade de vida dos assentamentos humanos;
Seção II: Conservação e Gerenciamento dos Recursos para o Desenvolvimento
Diz respeito ao manejo dos recursos naturais (incluindo solos, água, mares e energia) e de resíduos e substâncias tóxicas de forma a assegurar o desenvolvimento sustentável;
Seção III: Fortalecimento do Papel dos Grupos Principais
Aborda as ações necessárias para promover a participação, nos processos decisórios, de alguns dos segmentos sociais mais relevantes.
Seção IV: Meios de Implementação
Discorre sobre mecanismos financeiros e instrumentos jurídicos nacionais e internacionais existentes e a serem criados, com vistas à implementação de programas e projetos orientados para a sustentabilidade.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável
Ao adotarem o documento “Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” (A/70/L.1), os países comprometeram-se a tomar medidas ousadas e transformadoras para promover o desenvolvimento sustentável nos próximos 15 anos sem deixar ninguém para trás.
A Agenda 2030 é um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade, que busca fortalecer a paz universal. O plano indica 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e 169 metas, para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta. 
São objetivos e metas claras, para que todos os países adotem de acordo com suas próprias prioridades e atuem no espírito de uma parceria global que orienta as escolhas necessárias para melhorar a vida das pessoas, agora e no futuro.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que ficou conhecida como Rio 92, reuniu mais de 100 chefes de Estado na cidade do Rio de Janeiro, em 1992, para discutir como garantir às gerações futuras o direito ao desenvolvimento. Na Declaração do Rio sobre Meio Ambiente, os países concordaram com a promoção do desenvolvimento sustentável, com foco nos seres humanos e na proteção do meio ambiente como partes fundamentais desse processo. 
20 anos depois, 193 delegações, além de representantes da sociedade civil, voltariam à cidade do Rio de Janeiro para renovar o compromisso global com o desenvolvimento sustentável. O objetivo da Rio+20 era avaliar o progresso obtido até então e as lacunas remanescentes na implementação dos resultados das cúpulas anteriores, abordando novos emergentes desafíos. O foco das discussões da Conferência era, principalmente: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza e o arcabouço institucional para o desenvolvimento sustentável.
A Declaração Final da Conferência Rio+20, o documento “O Futuro que Queremos”, reconheceu que a formulação de metas poderia ser útil para o lançamento de uma ação global coerente e focada no desenvolvimento sustentável. 
Aprendendo com os Objetivos do Milênio (ODM)
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) emergiram de uma série de cúpulas multilaterais realizadas durante os anos 1990 sobre o desenvolvimento humano. O processo de construção dos ODM contou com especialistas renomados e esteve focado, principalmente, na redução da extrema pobreza. A Declaração do Milênio e os ODM foram adotados pelos Estados-membros da ONU em 2000 e impulsionaram os países a enfrentarem os principais desafios sociais no início do século XXI.
Esses oito Objetivos foram o primeiro arcabouço global de políticas para o desenvolvimento e contribuíram para orientar a ação dos governos nos níveis internacional, nacional e local por 15 anos. Os ODMs reconheceram a urgência de combater a pobreza e demais privações generalizadas, tornando o tema uma prioridade na agenda internacional de desenvolvimento.
 Os ODS são o núcleo da Agenda e deverão ser alcançados até o ano 2030.
Os 17 Objetivos são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. São como uma lista de tarefas a serem cumpridas pelos governos, a sociedade civil, o setor privado e todos cidadãos na jornada coletiva para um 2030 sustentável. Nos próximos anos de implementação da Agenda 2030, os ODS e suas metas irão estimular e apoiar ações em áreas de importância crucial para a humanidade: Pessoas, Planeta,Prosperidade, Paz e Parcerias.
Ao combinar os processos dos Objetivos do Milênio e os processos resultantes da Rio+20, a Agenda 2030 e os ODS inauguram uma nova fase para o desenvolvimento dos países, que busca integrar por completo todos os componentes do desenvolvimento sustentável e engajar todos os países na construção do futuro que queremos.

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