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CUIDADO INTEGRAL A SAÚDE DO ADULTO II Maurício Rouvel Nunes Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos, distúrbios hidroeletrolíticos e balanço hídrico Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os dados epidemiológicos, etiológicos, fisiopatológicos e manifestações clínicas relacionadas aos distúrbios hidroeletrolíticos. Descrever as indicações e os procedimentos para as diálises e balanço hídrico. Demonstrar a Sistematização da Assistência de Enfermagem que aborda distúrbios hidroeletrolíticos e procedimentos dialíticos. Introdução As alterações do sistema hematopoético possuem repercussão em todos os órgãos e tecidos do corpo humano. O equilíbrio hidroeletrolítico é um processo dinâmico e crucial para a manutenção da homeostase do organismo. Neste capítulo, você vai conhecer os distúrbios hidroeletrolíticos, a etiologia, a fisiopatologia e a epidemiologia desses distúrbios, as in- dicações e os procedimentos dialíticos, bem como a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) do paciente que possui distúrbio hidroeletrolítico e necessita de terapia dialítica. Epidemiologia, etiologia, fisiopatologia e a clínica dos distúrbios hidroeletrolíticos Cerca de 60% do peso de um adulto consiste em líquido (água e eletrólitos). Os fatores que infl uenciam a quantidade de líquidos orgânicos são a idade, o sexo e o tecido adiposo corporal. O líquido orgânico localiza-se em dois compartimentos hídricos: espaço intracelular (LIC) — é o líquido dentro das células; espaço extracelular (LEC) — é o líquido fora das células. Os desvios entre esses espaços constituem os distúrbios ou os desequilí- brios hidroeletrolíticos e isso pode ocorrer em razão dos seguintes problemas (HINKLE; CHEEVER, 2016): hipotireoidismo; doenças hepáticas; câncer; alcoolismo; imobilidade; ingestão alimentar incorreta; queimaduras. Os eletrólitos nos líquidos orgânicos são substâncias químicas ativas, os cátions, que carregam substâncias com cargas positivas, e os ânions, com cargas negativas. Os cátions no organismo são: sódio, potássio, cálcio, mag- nésio e íons de hidrogênio; e os ânions: cloreto, bicarbonato, fosfato, sulfato e proteinato. A concentração dessas substâncias no organismo é expressa em miliequivalentes (mEq) por litro. As concentrações de eletrólitos no LIC diferem daquelas do LEC, conforme apresenta o Quadro 1. Eletrólitos mEq LEC (plasma) Sódio (Na+) 142 Potássio (K+) 5 Quadro 1. Conteúdo de eletrólitos nos líquidos orgânicos (Continua) Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...2 A regulação no compartimento orgânico ocorre de quatro formas (HINKLE; CHEEVER, 2016): osmose — o soluto desloca-se através de uma membrana semipermeável (no caso, a membrana plasmática celular) da região com concentração de soluto baixa para a concentração de soluto alta até que as soluções tenham concentrações iguais; difusão — íons e moléculas possuem uma tendência natural para mover- -se de uma área de maior concentração para uma de menor; filtração — ocorre por meio da pressão hidrostática nos capilares e que tende a filtrar o líquido para fora do compartimento intravascular, sendo o rim o órgão que realiza essa função, filtrando cerca de 18 litros de plasma por dia; bomba de sódio e potássio — move ativamente o sódio para dentro da célula. Os processos de ganho e de perda de líquidos são regulados pelos rins, pele, pulmões e trato gastrintestinal. As pessoas saudáveis possuem uma ingestão e excreção de líquidos idênticos. Quando há uma descompensação Fonte: Adaptado de Hinkle e Cheever (2016). Eletrólitos mEq LEC (plasma) Cálcio (Ca++) 5 Magnésio (Mg++) 2 Cloreto (Cl−) 103 Bicarbonato (HCO3 −) 26 Fosfato (HPO4) 2 LIC Potássio (K+) 150 Magnésio (Mg++) 40 Sódio (Na+) 10 Bicarbonato (HCO3 −) 10 Quadro 1. Conteúdo de eletrólitos nos líquidos orgânicos (Continuação) 3Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... dessas vias, é importante realizar o balanço hídrico, registrando todas as entradas de líquidos e descontando de todas as vias de perdas do organismo (HINKLE; CHEEVER, 2016). Conhecer as funções dos mecanismos homeostáticos é de vital importância para a compreensão clínica dos desequilíbrios hidroeletrolíticos. Os órgãos envolvidos na homeostasia incluem rins, pulmões, coração; e as glândulas suprarrenais, paratireoide e hipófise (HINKLE; CHEEVER, 2016). Os rins possuem funções extremamente importantes no processo de regulação, são elas: filtragem de 180 L de plasma por dia e excreção de 1 a 2 L de urina por dia, no adulto; regulação do volume e da osmolaridade do LEC por meio da retenção e da excreção dos líquidos orgânicos e da excreção de resíduos e substâncias tóxicas; regulação do pH por meio da retenção dos íons de hidrogênio no LEC. A ação de bombeamento do sangue que circula nos rins precisa ter uma pressão suficiente para possibilitar a formação de urina. Os pulmões, por meio da expiração, removem aproximadamente 300 mL de água diários no adulto normal — condições de hiperpneia (respiração aumentada) aumentam essa perda. A hipófise produz o hormônio antidiurético (ADH) que é liberado quando se necessita conservar a água corporal; a suprarrenal produz a aldos- terona que provoca retenção de sódio e perda de potássio; e a paratireoide regula o equilíbrio do cálcio e do fosfato influenciando a reabsorção óssea, a absorção de cálcio a partir do intestino e a absorção de cálcio nos túbulos renais (HINKLE; CHEEVER, 2016). Os desequilíbrios hidroeletrolíticos, dividem-se em: desequilíbrios de volume dos líquidos: ■ hipovolemia; ■ hipervolemia desequilíbrios eletrolíticos: ■ hiponatremia; Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...4 ■ hipernatremia; ■ hipopotassemia; ■ hiperpotassemia; ■ hipocalcemia; ■ hipercalcemia; ■ hipomagnesemia; ■ hipofosfatemia; ■ hiperfosfatemia; ■ hipocloremia; ■ hipercloremia. No Quadro 2, a seguir, estão retratados os distúrbios hidroeletrolíticos, suas causas e manifestações clínicas. Distúrbio Etiologia e fisiopatologia Manifestações clínicas Diminuição no volume de líquidos (hipovolemia) Na hipovolemia, ocorre perda de água e de eletró- litos, em situações com o vômito, diarreia, sudorese excessiva, queimaduras, perda de sangue, inges- tão diminuída de líquidos e em doenças como do diabetes insípido e melito descontrolado. Ocorre perda de peso, dimi- nuição do turgor cutâneo, oliguria, urina concentrada, diminuição da pressão ar- terial, sede e confusão. Nos achados laboratoriais, ocorre aumento de hemoglobina e de hematócrito e aumento de ureia e de creatinina. Excesso do volume de líquidos (hipervolemia) Ocorre quando os meca- nismos reguladores estão comprometidos; em do- enças como a insuficiência renal, insuficiência cardíaca e cirrose; terapia prolongada com corticoide. Ganho de peso agudo, edema periférico e ascite, veias jugulares distendidas, falta de ar, aumento da pressão arterial e aumento da frequência respiratória. Nos achados laboratoriais, percebe-se diminuição de hemoglobina e de hematócrito. Quadro 2. Distúrbios hidroeletrolíticos (Continua) 5Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... Distúrbio Etiologia e fisiopatologia Manifestações clínicas Déficit de sódio (hiponatremia) Sódio sérico < 135 mEq/L A hiponatremia ocorre no uso de diuréticos, na perda de líquidos gastrintesti- nais, na doença renal e na insuficiência suprarrenal. No ganho de água excessivo, como em pacientes que recebem água enteral via sonda nasoenteral e solução glicosada via intravenosa, pois na hiperglicemia ocorre perda de sódio. No traumatismo craniano e nos tumores pulmonares. As principais manifestações clínicas são: náuseas, vômi- tos, cefaleia, letargia, tontu- ras, confusão,convulsões, ganho de peso, edema, pele seca e contratura muscular. Nos exames laboratoriais, evidencia-se diminuição do sódio sérico e urinário. Excesso de sódio (hipernatremia) Sódio sérico > 145 mEq/L A hipernatremia ocorre em pacientes que são incapazes de ingerir água à vontade (pacientes em ventilação mecânica, alteração fonoau- diológica), quando não há suplementação de água nos pacientes que têm alimenta- ção enteral, nos casos de dia- betes insípido. Nos quadros de hiperventilação, diarreia, queimaduras e sudorese. Sede, temperatura corpo- ral elevada, língua seca e edemaciada, mucosas pegajosas, alucinações, irritabilidade, edema de pulmões, náuseas e vômitos. Na hipernatremia, evidencia- -se aumento do sódio sérico e diminuição do sódio urinário. Déficit de po- tássio (hipopo- tassemia) Potássio sérico < 3,5 mEq/L As causas da hipopotasse- mia estão relacionadas a quadros de diarreia, vômitos, aspiração gástrica, adminis- tração de corticosteroide, anfotericina B, bulimia e uso de diuréticos. Os pacientes apresentam fadiga, anorexia, náuseas e vômitos, poliuria, motilidade intestinal diminuída, fibrila- ção ventricular, parestesias, cãibras musculares, íleo paralítico, distensão abdo- minal. Na hipopotassemia, evidenciam-se alterações no eletrocardiograma (ECG): on- das T achatadas, depressão ST e intervalo PR prolongado. Quadro 2. Distúrbios hidroeletrolíticos (Continuação) (Continua) Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...6 Distúrbio Etiologia e fisiopatologia Manifestações clínicas Excesso de potássio (hiper- potassemia) Potássio sérico > 5,0 mEq/L Apresenta-se em pacientes com insuficiência renal, uso de diuréticos poupadores de potássio, uso de anti-in- flamatórios não esteroidais e ciclosporina. Fraqueza muscular, taqui- cardia, arritmias, parestesias, cólicas intestinais, cãibras, distensão abdominal e irritabilidade. Evidencia- -se no ECG: intervalo PR e QRS prolongados, ondas P ausentes e depressão ST. Déficit de cálcio (hipocalcemia) Cálcio sérico < 8,5 mg/dL Em doenças como o hipo- paratireoidismo, pancreatite e peritonite crônica. Quadro de diarreia crônica, insufici- ência renal, fístulas, queima- duras e alcoolismo. Apresenta quadros de dor- mência, formigamento dos dedos, convulsões, irritabili- dade, broncoespasmos e an- siedade. Evidencia-se diminui- ção do tempo de coagulação em exames laboratoriais. Excesso de cálcio (hipercalcemia) Cálcio sérico > 10,5 mg/dL A hipercalcemia, ocorre em situações de imobilização prolongada, acidose, uso de diuréticos tiazídicos, terapia com corticosteroide e suplementação de cálcio excessiva. Fraqueza muscular, consti- pação intestinal, anorexia, náuseas e vômitos, poliuria e polidipsia, dor óssea intensa, dor nos flancos e evidencia- -se bradicardia no ECG. Déficit de mag- nésio (hipo- magnesemia) Magnésio sérico < 1,8mg/dL Quadros de alcoolismo crô- nico, transtornos de má ab- sorção, cetoacidose diabé- tica, nutrição parenteral, uso crônico de laxativos, diarreia, infarto agudo do miocárdio, uso de gentamicina, cispla- tina e ciclosporina. Irritabilidade neuromuscu- lar, alterações de humor, anorexia e vômitos. No ECG, verifica-se intervalo PR pro- longado e QRS alargado. Excesso de magnésio (hipermagne- semia) Magnésio sérico > 2,7 mg/dL Fase oligurica da insuficiên- cia renal, cetoacidose diabé- tica e hipotireoidismo. Rubor, hipotensão, fraqueza muscular, sonolência, respi- rações deprimidas, parada cardíaca e coma. Em exames como o ECT, verificam-se taquicardia e bradicardia com QRS alargados. Quadro 2. Distúrbios hidroeletrolíticos (Continuação) (Continua) 7Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... Fonte: Adaptado de Hinkle e Cheever (2016). Distúrbio Etiologia e fisiopatologia Manifestações clínicas Déficit de fósforo (hipofosfatemia) Fósforo sérico < 2,5 mg/dL Cetoacidose diabética, alcalose respiratória e me- tabólica, diarreia e vômitos, nutrição parenteral, uso de diuréticos e antiácido. Quadros de parestesias, fraqueza muscular, dor torá- cica, confusão, insuficiência respiratória e convulsões. Excesso de fósforo (hiperfosfate- mia) Fósforo sérico > 4,5 mg/dL Insuficiência renal aguda e crônica, excesso de vitamina D, leucemia e linfomas tratados com agentes citotóxicos. Taquicardia, náuseas, vômitos, fraqueza muscular e calcificações nos tecidos moles nos pulmões, rins, coração e córnea. Déficit de cloreto (hipocloremia) Cloreto de sódio < 96m Eq/L Cetoacidose diabética não tratada, acidose respiratória crônica, sudorese excessiva, ileostomias funcionantes, insuficiência cardíaca e fibrose cística. Agitação, irritabiliade, tre- mores, cãibras musculares, convulsões, arritmias, coma e hipertonicidade. Excesso de cloreto (hipercloremia) Cloreto sérico > 108 mEq/L Infusões excessivas de clo- reto de sódio com perda de água, insuficiência renal, uso de corticosteroides, acidose metabólica e administração de diuréticos. Taquipneia, letargia, fra- queza, declínio do estado cognitivo, diminuição do débito cardíaco, dispneia, edema e taquicardia. Quadro 2. Distúrbios hidroeletrolíticos Em relação aos aspectos epidemiológicos dos distúrbios hidroeletróliticos, estima-se que 6% dos pacientes internados possuem hiponatremia, sendo sua terapêutica baseada na restrição hídrica, no uso de diuréticos e na infusão de soluções (GENTILE et al., 2010); a hipernatremia é mais comum em pacientes idosos e possui uma incidência de 1 a 3% dos pacientes. A hipopotassemia está presente, principalmente, no pacientes com insuficiência renal e que necessitam de diálise, possuindo uma prevalência de 13,6% nessa população e está associada a uma menor sobrevida e também à desnutrição nesses pacientes e em quase (Continuação) Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...8 40% dos pacientes internados (VAVRUK et al., 2012). A herpotassemia ou hipercalemia é um distúrbio grave e possui uma mortalidade de 50%, quando não tratada. Nos distúrbios do cálcio, a hipercalcemia possui prevalência de 3% no sexo feminino e 1% no masculino, e sofre influências, como sexo, idade e etnia e sabe-se que o aumento do cálcio sérico está relacionado ao aumento da mortalidade, especialmente nos pacientes que possuem doença cardiovascular (COSTA et al., 2008). Os distúrbios do magnésio sérico são comuns em pacientes hospitalizados. A hipomagnesemia é registrada entre 12–53% dos pacientes hospitalizados, principalmente naqueles internados nas unidades de terapia intensiva (UTI), e está associado ao estresse agudo das doenças de base. As disfunções do fosfato são mais raras, mas são encontradas principalmente nos pacientes com disfun- ção renal grave. Os distúrbios do cloro são comuns em pacientes diabéticos, com doenças renais, no pós-operatórios e internados. Em estudo realizado, verificou-se que, dos 488 pacientes internados, 16,6% tinham hipercloremia e, em torno de 9%, tinham hipocloremia, e a hipercloremia estava associada com o pior diagnóstico (SILVA JUNIOR et al., 2009). Balanço hídrico: procedimentos dialíticos e suas indicações A insufi ciência renal pode ser aguda ou crônica. Na insufi ciência renal aguda (IRA), há uma rápida perda da função renal em razão da lesão dos rins. Depen- dendo da duração da insufi ciência, podem ocorrer várias complicações desde desequilíbrios hidroeletrolíticos até mesmo a morte. O critério diagnóstico é realizado por meio do valor sérico de creatinina, que normalmente possui valores inferiores a 1 mg/dL e, na IRA, os valores estão 50% aumentados e podem ocorrer alterações urinárias como oliguria (menos de 500 mL/dia), e anuria (inferior a 50 mL/dia). Sua causa pode ser pré-renal (hipoperfusão renal), intrarrenal (lesão efetiva dos rins) e pós-renal (obstrução do fl uxo da urina), necessitando de terapia dialítica em casos de emergência. A insuficiência renalcrônica (IRC) é quando o paciente apresenta insu- ficiência renal sustentada ou suficiente para que ele tenha que ter uma terapia de substituição renal permanente. À medida que a taxa de filtração glomerular diminui, devido ao não funcionamento dos glomérulos, a depuração da cre- atinina diminui, e há aumento de creatinina e de ureia. O uso das terapias de 9Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... substituição renal se fazem necessárias quando os rins não são mais capazes de remover os produtos da degradação, de manter os eletrólitos e de regular o balanço hídrico (HINKLE; CHEEVER, 2016). A diálise é o processo pelo qual ocorre separação de duas dispersões por meio de uma membrana semipermeável, para que, após um certo tempo, possa haver regulação das concentrações. Os tipos de diálise podem ser he- modiálise, terapia substitutiva renal contínua e diálise peritoneal. A diálise pode ser dividida em: diálise com circulação extracorpórea — pode ser contínua e in- termitente; a intermitente é a hemodiálise e a contínua é a terapia de substituição renal contínua; diálise sem circulação extracorpórea — é a diálise peritoneal. As principais indicações de terapia substitutiva renal são as seguintes (HINKLE; CHEEVER, 2016): hipervolemia; hipercalemia; acidose metabólica; uremia; intoxicação exógena. Os objetivos da terapêutica buscam a depuração dos solutos, a correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, a homeostase acidobásica, o controle do balanço hídrico e a estabilidade cardiovascular. Hemodiálise A hemodiálise é utilizada em pacientes que necessitam de diálise de forma aguda, pois ela evita morte; porém, não trata das doenças renais. Grande parte dos pacientes que necessitam da terapia substitutiva crônica faz hemodiálise. Os pacientes, em geral, fazem a hemodiálise intermitente, que consiste no tratamento de 3 a 4 vezes por semana, com duração média de 4 horas em ambiente ambulatorial. Trata-se de uma terapia extracor- pórea e necessita de um acesso vascular, de força motriz (bombas que Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...10 impulsionem o sangue), de dialisador (fi ltro), de dialisante (banho) e de anticoagulação (Figura 1). Figura 1. Sistema de hemodiálise. Fonte: Hinkle e Cheever (2016). Existem duas modalidades de hemodiálise utilizadas amplamente nos serviços de saúde (HINKLE; CHEEVER, 2016): Hemodiálise convencional (HD) — é realizada duas vezes na semana e possui alta eficiência dialítica. Utiliza solução de diálise e o fluxo de sangue ocorre de 250 a 30 mL/min com anticoagulação de heparina. As principais vantagens são o custo acessível e o conforto para o paciente. Hemodiálise convecional estendida (SLED) — é um método híbrido que inclui a diálise intermitente e contínua. Tem duração de 6 a 12 horas, possui boa tolerância hemodinâmica e pode ser realizada à noite. 11Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... A hemodiálise se baseia em quatro princípios, que são apresentados no Quadro 3, a seguir. Fonte: Adaptado de Hinkle e Cheever (2016). Princípio Processo Difusão As toxinas e os produtos de degradação são removidos de uma área de maior concentração no sangue para uma de menor concentração no dialisado. É uma solução composta de todos os eletrólitos importantes para o indivíduo. Osmose Ocorre quando a água move-se de uma área de potencial de concentração baixo e o plasma para uma área de maior potencial de concentração: o banho do dialisado; Adsorção É a habilidade de adesão dos grandes solutos à superfície da membrana do dialisador. Ultrafiltração A água passa de uma alta pressão para uma baixa pressão. Esse processo é eficiente e ocorre pela aplicação de pressão negativa à membrana da diálise. Quadro 3. Princípios da hemodiálise O banho de diálise é um composto formado por água, por acetato ou bicarbonato e por eletrólitos. O tampão auxilia a neutralização dos ácidos gerados pelo metabolismo celular e excretados pelos rins, e a concentração de eletrólitos ajuda a criar um gradiente de concentração para remoção do excesso de eletrólitos. Para que ocorra a hemodiálise é necessário que se tenha um acesso vascular e que haja um bom fluxo de sangue, que permita a retirada e o retorno de 300 a 800 mL/min de sangue. Os principais acessos são: fístula arteriovenosa (FAV); acessos centrais duplo e triplo-lumens de caráter temporário; cateteres de Permcath. Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...12 A FAV é uma via definitiva e é o padrão-ouro de acesso vascular em diálise. É criada por meios cirúrgicos com a finalidade de unir uma artéria e uma veia, para que o segmento arterial da fístula seja empregado para o fluxo arterial ao dialisador e ao venoso, de forma que ocorra a reinfunsão do sangue dialisado. A FAV possui um tempo de amadurecimento, em torno de 2 a 3 meses, para que ocorra dilatação suficiente dessa anastomose. Possui maior durabilidade e permanece no paciente por anos. As principais complicações da FAV estão associadas ao sangramento e aos hematomas, ao aneurisma e à trombose. Os cuidados de enfermagem são fundamentais para manter o funcionamento da FAV, destacam-se os seguintes (HINKLE; CHEEVER, 2016): avaliar a presença de frêmito e de pulso; não verificar a pressão não invasiva no mesmo membro da FAV; atentar para sangramentos após punção e retirada da agulha; verificar a presença de hematomas e o aspecto da FAV. O acesso venoso imediato ocorre quando há uma urgência do paciente em iniciar a hemodiálise. Ele consiste na unção de um cateter nas veias subclávia, femoral ou jugular e é chamado comumente de Shilley. Ele pode ficar até 30 dias no paciente como uma via temporária. Há também os cateteres de Permcath que são de longa permanência. São dispositivos com cuff, inseridos em uma veia central e, em geral, possuem localização torácica. Ele é importante pois possui menor índice de infecção. Os cateteres necessitam de confirmação do posicionamento de sua localiza- ção, que é realizada por meio de raio X de tórax. Os principais cuidados de enfermagem com os cateteres de diálise são os seguintes: manter a permeabilidade dos cateteres, verificando o fluxo e o refluxo; verificar a resistência das vias (vermelha, azul e terceira via nos triplo-lumens); acompanhar e evoluir o aspecto da inserção do cateter; utilizar curativo adequado para reduzir o risco de infecção; heparinização do cateter quando não é utilizado; uso exclusivo para procedimento dialítico. 13Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... A Figura 2, a seguir, apresenta uma paciente em processo de hemodiálise. Figura 2. Paciente em hemodiálise. Fonte: khawfangenvi16/Shutterstock.com. Terapia de substituição renal contínua As terapias de substituição renal contínua (TSRC) podem ser indicadas para pacientes com insufi ciência renal que estão clinicamente instáveis para a reali- zação da diálise tradicional. São pacientes com sobrecarga hídrica secundária à insufi ciência renal oligúrica e para pacientes cujos rins são incapazes de atender as demandas metabólicas (HINKLE; CHEEVER, 2016). As TSRC são ampla- mente utilizadas em terapia intensiva. O Quadro 4 apresenta os tipos de TSRC. Tipo de TSRC Técnica Hemofiltração venove- nosa contínua (HVVC) O sangue é retirado por meio de um cateter venoso, passa por um hemofiltro e é devolvido ao paciente pelo mesmo cateter. Essa técnica possibilita a remoção lenta e contínua do sangue; por conseguinte, os efeitos são leves e mais tolerados pelo paciente. Hemodiálise venove- nosa contínua (HDVVC) Assemelha-se à HVVC e utiliza gradiente de concentração para facilitar a remoção das toxinas urêmicas e do líquido. Quadro 4. Tipos de TSRC (Continua) Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...14 Na prática clínica, em unidades terapia intensiva,o enfermeiro é o respon- sável pela instalação da diálise contínua, por isso é necessária a capacitação. Com o avanço tecnológico, as máquinas de diálise contínua são auto instru- cionais, mostram o passo a passo da instalação; no entanto, é necessário que o profissional tenha conhecimento clínico acerca do estado hemodinâmico do paciente para que a terapêutica seja efetiva. Na Figura 3, a seguir, é apresentada uma máquina de diálise contínua. Figura 3. Máquinas de diálise contínua. Fonte: zlikovec/Shutterstock.com. Fonte: Adaptado de Hinkle e Cheever (2016). Tipo de TSRC Técnica Hemodiafiltração veno- venosa contínua (HDFVVC) Remove os solutos por meio da convecção e da difusão, utilizando a solução de diálise e reposição. É indicada em insuficiência renal aguda associada à disfunção de múltiplos órgãos, para pacientes com ele- vado grau de catabolismo proteico e grande volume de distribuição de ureia em sépticos e queimados. É uma técnica amplamente manejada pelos enfermeiros intensivistas. Quadro 4. Tipos de TSRC (Continuação) 15Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... A anticoagulação do sistema é realizada pelo citrato, que é infundido com o cálcio e realiza a anticoagulação regional do sistema. Ao retornar o sangue para o paciente, existe uma solução de cálcio (infusão contínua de gluconato de cálcio) infundida de forma conjunta para suprir o cálcio que foi utilizado com o citrato. As vantagens da diálise contínua são a menor instabilidade hemodinâmica e a eficácia previsível; e as desvantagens são a imobilização prolongada do paciente e a hipotermia frequente. Diálise peritoneal Técnica pela qual infunde-se solução dialítica dentro da cavidade peritoneal por determinado tempo, com subsequente drenagem. Solutos e fl uidos são trocados entre os capilares sanguíneos e o fl uido intraperitoneal através da membrana biológica (peritônio). A diálise peritoneal (DP) pode constituir o tratamento de escolha para pacientes com insufi ciência renal que são incapazes ou que não têm vontade de se submeter à hemodiálise ou ao transplante renal. Os pacientes que são suscetíveis às rápidas alterações hidroeletrolíticas e metabólicas que ocorrem durante a hemodiálise exibem um menor número desses problemas em razão da velocidade mais lenta da DP. Além disso, em doenças como hipertensão grave, insufi ciência cardíaca e edema de pulmão que não respondem ao tratamento convencional, opta-se por essa técnica. Na DP, a membrana peritoneal atua como a membrana semipermeável; o líquido dialisado é introduzido na cavidade abdominal por um cateter abdomi- nal (cateter Tenckhoff) em determinados intervalos. Na cavidade peritoneal, ocorre a difusão e a osmose e os produtos de degradação movem-se de uma área mais concentrada da corrente sanguínea para uma menor que é o dia- lisado, através de uma membrana semipermeável que é o peritônio (Figura 4). Existem algumas modalidades de diálise peritoneal, que são as seguintes (HINKLE; CHEEVER, 2016): DP ambulatorial contínua (DPAC) — nessa modalidade, a cavidade abdominal fica com a solução dialítica de forma permanente, sendo realizadas quatro trocas por dia, o que é o mais adequado para a maioria dos pacientes; DP com cicladora — a cicladora regula a entrada e a saída da solução dialítica da cavidade peritoneal; DP intermitente — pode ser infundida de forma manual ou por cicla- dora e deve ser realizada em ambiente hospitalar; tem duração de 24 a 48 horas e é indicada 2 vezes por semana. Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...16 Figura 4. Diálise peritoneal. Fonte: Hinkle e Cheever (2016). O cateter de Tenckhoff é inserido por via abdominal no peritônio do paciente, assim, se faz necessária uma manipulação asséptica do cateter por parte da equipe de enfermagem para evitar uma das principais complicações da DP, que é a infecção bacteriana do peritônio. Balanço hídrico Para controle da efi cácia das terapias dialíticas, bem como dos distúrbios eletrolíticos, é realizada a medição do balanço hídrico, que é defi nido como a diferença dos líquidos que entram no organismo do paciente. Os líquidos absorvidos por via oral, assim como as medicações diluídas administradas são anotadas e somadas, e é diminuído desse valor o total de líquidos eliminados, de eliminações intestinais e vesicais e de drenagens de feridas e drenos. O cuidado aos pacientes com distúrbios hidroeletrolíticos é uma das prin- cipais funções do enfermeiro. O balanço hídrico é um importante aspecto na avaliação do paciente, por isso, ao avaliar o paciente, deve-se observar os padrões de perda para garantir a sua assistência. 17Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... Para saber mais sobre o cálculo do balanço hídrico, acesse o seguinte link: https://qrgo.page.link/JdKQe Sistematização da Assistência de Enfermagem nos distúrbios hidroeletrolíticos e nos procedimentos dialíticos A aplicação da SAE ocorre por meio do processo de enfermagem (PE), que é o instrumento metodológico privativo do enfermeiro e que orienta o cuidado de enfermagem e a documentação da prática profi ssional. Esse processo possui cinco etapas inter-relacionadas e interdependentes (GARCIA, 2016): coleta de dados ou histórico de enfermagem; diagnósticos de enfermagem (DE); planejamento de enfermagem; implementação de enfermagem; avaliação de enfermagem. Caso clínico: Sistematização da Assistência de Enfermagem no manejo de distúrbios hidroeletrolíticos e procedimentos dialíticos A nefropatia diabética acomete cerca de 30% a 40% dos pacientes com diabetes melito do tipo I e de 10% a 30% dos pacientes com diabetes melito do tipo II. Representa a principal complicação microvascular do diabetes, é a maior causa de insufi ciência renal no mundo e representa a maior causa de morbidade e mortalidade dos pacientes com diabetes do tipo I e II (MURUSSI et al., 2003). Paciente do sexo masculino, 42 anos, empresário, morador da zona urbana da cidade, deu entrada no pronto-socorro às 15 horas. Queixa-se de edema nas pernas há 30 dias. Paciente informa que a pressão arterial estava alta, mesmo com uso de medicamentos. Há 30 dias, percebe que o edema das pernas aumentou e que o volume urinário diminuiu. Informa que a urina está espumosa há mais de 1 ano. Refere fadiga muscular e astenia. Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...18 Informa ser diabético há 18 anos, com tratamento irregular. Tratava com antidiabéticos orais seguidos de insulinoterapia e fazia o controle glicêmico inadequado e hipertensão arterial sistêmica (HAS) mal controlada há 15 anos (HAS estágio II). Usa insulina NPH 15 U/dia e 15U/noite, lisinopril, 10 mg, uma vez ao dia. Relata que dorme cerca de 8 horas por noite e que não realiza atividade física. Alimenta-se de 4 a 5 vezes ao dia com padrão alimentar irregular; tem ingestão hídrica de, aproximadamente, 3 L/dia. Eliminações vesicais diminuídas (< 500 mL) e intestinais normais. Ao exame físico apresentou-se lúcido, orientado, comunicativo. Com quadro de fadiga e astenia. Ventilando em ar ambiente. Mucosas hidratas e coradas. RR, 2T, com sopro sistólico em bordo esternal esquerdo alto. Abdome normotenso, ruídos hidroaéreos presentes. Índice de massa corporal 33,4 (obesidade grau 2); eliminações vesicais e intestinais espontâneas. Oligúrico (< 400 mL); edema +3/+4 em região maleolar bilateral, estendendo-se até as coxas. Apresentou os seguintes sinais vitais: pressão arterial — 172 x 94 mmHg (HAS grau II); frequência cardíaca — 95 bpm; frequência respiratória — 16 ipm; temperatura — 36,4ºC. Foram solicitados exames laboratoriais (Quadro 5) completos e ECG. Exames Valor Valor de referência Glicemia 206 80–100 mg/dL Hemoglobina glicada 7,1 5,7 a 6,4% Ureia 121 15–45 mg/dL Creatinina 5,3 Até 1,0 mg/dL Potássio 5,0 3,5–5,5 mEq/L Fósforo 5,4 2,5–4,5 mEq/L Colesterol total 284< 170 mg/dL LDL 201 < 110 mg/dL HDL 30 > 45 mg/dL Quadro 5. Exames laboratoriais do paciente do caso clínico (Continua) 19Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... Aos exames laboratoriais, identifica-se uma lesão renal evidenciada pela ureia e creatinina e urina tipo I. Os exames de colesterol evidenciam altera- ções significativas associadas a um descontrole da glicemia. Nos eletrólitos, verifica-se hiperfosfatemia em razão do quadro acentuado de lesão renal e de alterações físicas, como astenia. O ECG demonstrou alteração de repolarização em derivações D1 e AVL. Após a realização do exame, o paciente fez a cintilografia miocárdica que evidenciou fração de ejeção do ventrículo esquerdo diminuída. O paciente foi diagnosticado com doença renal crônica e foi prescrito anti-hipertensivo. Paciente realizou FAV para tratamento dialítico. O Quadro 6, a seguir, demonstra o processo de enfermagem atribuído ao paciente do caso clínico. Exames Valor Valor de referência Urina tipo I pH — 7,35, proteína — 4+; hemácias — 5.000+; leucócitos — 5.000. pH — 5,5–7,5 e ausência de proteínas hemácias e de leucócitos. Quadro 5. Exames laboratoriais do paciente do caso clínico (Continuação) Diagnóstico de enfermagem Planejamento de enfermagem Intervenção de enfermagem Aprazamento Obesidade relacionada a comportamentos alimentares desorganizados e evidenciada por IMC > 30 kg/m 2. Autocuidado: alimentação. Determinar com o nutricionista as necessidades nutricionais diárias. Imediatamente. Oferecer a nutrição necessária, conforme prescrição médica. Às 8, 12, 16, 20 horas. Pesar o paciente pela manhã em jejum. Às 6 horas. Quadro 6. Cuidados de SAE ao paciente do caso clínico (Continua) Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...20 Diagnóstico de enfermagem Planejamento de enfermagem Intervenção de enfermagem Aprazamento Fadiga relacionada a estressores e evidenciada por cansaço e aumento dos sintomas físicos. Controle da fadiga. Informar e anotar se a frequência cardíaca for maior do que 100 bpm e a pressão arterial sistólica for maior do que 140 mmHg. Às 8, 14, 20, 2, 8 horas. Orientar o paciente a manter repouso no leito. SN Monitorar níveis anormais de eletrólitos séricos. Às 8, 14, 20 horas. Informar e anotar se tiver presença de esforço respiratório (tiragem intercostal e músculos acessórios) e frequência respiratória maior do que 20 ipm. Às 8, 14, 20, 2, 8 horas. Manter cabeceira elevada a 45°. Às 8, 14, 20, 2, 8 horas. Débito cardíaco diminuído evidenciado por edema e oligúria e alteração da pressão arterial. Perfusão tissular periférica. Informar e anotar se a frequência cardíaca for maior do que 100 bpm e a pressão arterial sistólica maior do que 140 mmHg. Às 8, 14, 20, 2, 8 horas. Realizar ECG, conforme prescrição médica. SN Quadro 6. Cuidados de SAE ao paciente do caso clínico (Continuação) (Continua) 21Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos... Diagnóstico de enfermagem Planejamento de enfermagem Intervenção de enfermagem Aprazamento Débito cardíaco diminuído evidenciado por edema e oligúria e alteração da pressão arterial. Perfusão tissular periférica. Aferir a pressão arterial em ambos os membros e anotar valores identificando o membro. Às 8, 14 e 20 horas. Controlar o balanço hídrico. Às 6, 13, 20, 24 horas. Observar e anotar as variações da pressão arterial. Às 8, 14, 20, 2, 8 horas. Medir edema em região de maléolo em membros inferiores e anotar valores identificando o membro. Às 8, 14 e 20 horas. Controle ineficaz da saúde relacionado à dificuldade de controlar um regime de tratamento complexo e evidenciado por dificuldade com o regime prescrito. Controle da saúde. Orientar sobre a importância de seguir a dieta prescrita com restrição de sódio e alimentos ricos em carboidratos, conforme prescrição médica. Às 8, 14 e 20 horas. Orientar sobre administração de antidiabéticos orais e insulinas: horário, aplicação e administração, conservação e armazenamento dos medicamentos. Às 8, 14 e 20 horas. Quadro 6. Cuidados de SAE ao paciente do caso clínico (Continuação) Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...22 COSTA, M. B. et al. Avaliação da hipercalcemia assintomática em pacientes ambula- toriais. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 44, n. 5, p. 329–335, out. 2008. GARCIA, T. R. 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Leituras recomendadas HOFFBRAND, A. V.; MOSS, P. A. H. Fundamentos em hematologia de Hoffbrand. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. JOHNSON, M. et al. Ligações entre NANDA, NOC e NIC. 3. ed. São Paulo: Elsevier, 2012. OLIVEIRA, S. K. P.; GUEDES, M. V. C.; LIMA, F. E. T. Balanço hídrico na prática clínica de enfermagem em unidade coronariana. Revista Rene, v. 11, n. 2, p. 112–120, abr./jun. 2010. SANTANA, S. S.; FONTENELLE, T.; MAGALHÃES, L. M. Assistência de enfermagem pres- tada aos pacientes em tratamento hemodialítico nas unidades de nefrologia. Revista Científica ITPAC, v. 6, n. 3, p. 1–11, jul. 2013. SILVA, F. S.; CARVALHO FILHA, F. S. S. Sistematização da assistência de enfermagem a pacientes dialíticos: dificuldades, desafios e perspectivas. Arquivos de Ciências da Saúde, v. 24, n. 2, p. 33–37, jul. 2017. 23Alterações do sistema hematopoético: procedimentos dialíticos...
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