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Monitorização Anestésica Acadêmicas Juliana M.Severo e Khadija Deodoro Outubro 2012 Introdução Avaliação objetiva por meio de parâmetros diretos. Introdução Pode ser: Invasiva: quando ultrapassa os limites da pele, atingindo tecidos ou vasos; Minimamente invasiva: eletrodos em cavidades para mensurar temperatura, por exemplo e Não invasiva: não ultrapassa os limites da pele. Oximetria de Pulso Mensuração não invasiva da saturação de oxigênio no sangue arterial. Obrigatório em procedimentos anestésicos. Oximetria de Pulso O oxímetro pode ser colocado na extremidade de um dedo da mão ou do pé, no lobo da orelha ou em qualquer outro tecido bem perfundido que possa ser transiluminado. O mecanismo baseia-se no fato de a hemoglobina saturada e a reduzida terem diferentes taxas de absorção da luz vermelha e infravermelha (sensor com fonte de calor). Pode não acusar intubação brônquica seletiva. Oximetria de Pulso Carboxi-hemoglobina e oxi-hemoglobina tem absorção de luz com o mesmo comprimento de onda cuidar com falsas leituras quando o paciente sofre de intoxicação por monóxido de carbono. Podem causar artefato: excesso de luz ambiente, azul-de-metileno, má posição do sensor, tipos de esmalte de unha e queda do débito cardíaco. O uso do sensor no lobo da orelha detecta mudanças na saturação mais rapidamente do que usando no dedo. Capnografia Avaliação da perfusão e ventilação pulmonar. Determina a concentração expirada final de dióxido de carbono (troca gasosa adequada). Indicam com rapidez e segurança se ocorreu intubação esofágica. Capnografia A hipertermia maligna causa elevação da taxa metabólica e pode levar a um aumento notório da quantidade expirada de CO2. O gradiente entre a quantidade expirada de CO2 e o CO2 arterial reflete a magnitude do espaço morto alveolar. Imagem: capnografia Análise de Gases Anestésicos Possibilidade de avaliar a concentração de gases anestésicos, nitrogênio, oxigênio e gás carbônico em unidade integral; Um fator limitante é o elevado custo. Técnicas: Espectrometria de massa; Espectroscopia de Raman e Técnica de absorbância de raios infravermelhos Eletrocardiografia Obrigatório em todos os pacientes submetidos a anestesia. O uso de 5 eletrodos permite a monitorização das seis derivações standard e de uma derivação precordial (geralmente a V5). Eletrocardiografia A seleção das derivações determina a sensibilidade do ECG às alterações: DII facilita o diagnóstico de disritmias e isquemia da parede inferior pois a onda P tem maior amplitude; V5 facilita o diagnóstico de isquemia de parede lateral e anterior; Combinação de DII + V4 + V5 confere sensibilidade de 98% na detecção de isquemia. Monitorização Não-Invasiva da PA Estimativa da perfusão tecidual dos diversos órgãos. Deve-se lembrar que a perfusão tecidual não depende exclusivamente da pressão arterial, depende também da resistência vascular do território envolvido O produto da PA pela frequência cardíaca reflete o nível de consumo de O2 pelo miocárdio (importante principalmente em pacientes coronariopatas). O mais adequado seria uma medida a cada três a cinco minutos. Monitorização Não-Invasiva da PA Palpação: manguito sobre artéria periférica e palpação digital (tende a subestimar a PAS). Sensor Doppler: semelhante à palpação, contudo um sensor de Doppler substitui o dedo. Ausculta: técnica habitual. Manguito + estetoscópio (sons de Korotkoff). Cristal piezoelétrico: sensores que detectam o movimento da parede das artérias. Monitorização Não-Invasiva da PA Oscilometria: mede a amplitude das oscilações da pulsação arterial conforme a pressão no manguito vai se modificando. Pletismografia: mudanças de volume nas extremidades (pletismógrafo de dedo) conforme modificação na pressão do manguito proximal. Tonometria arterial: avalia a pressão necessária para “achatar” uma artéria sobre superfície óssea. Pressão Arterial Invasiva Introdução de cateter de teflon na artéria (geralmente a radial – fazer teste de Allen). Pode-se usar também as artérias pediosa, femoral, ulnar, braquial, tibial posterior e axilar. Monitoramento em tempo real e preciso a cada batimento cardíaco. Pressão Arterial Invasiva Curva de pressão que fornece valores de PA, FC, efeitos da arritmia, da ventilação mecânica, da função ventricular e da volemia. Indicada quando cirurgias de grande porte, pacientes graves, previsão de grande perda de volemia e necessidade de múltiplas analises de gases arteriais. Pressão Venosa Central Pressão no Átrio D. determinada pelo volume diastólico final no Ventrículo D. Avalia indiretamente VE. e volemia (no coração sadio). Acesso venoso central Principal veia: Jugular Interna (Pode usar femoral e subclávia) Cateter introduzido até transição AD – VCS. Inspiração altera a PVC. Deve ser avaliada continuamente, não como fator isolado. Valor normal: 6 a 10 cmH2O ou 4 a 8 mmHg ONDA a: contração atrial; ONDA c: elevação da válva tricúspide no começo da contração ventricular; ONDA v: retorno venoso contra a válva tricúspide fechada; ONDAS x e y: ondas descendentes que ocorrem na sístole e quando a válva está aberta durante a diástole Cateterização da Artéria Pulmonar Estimar a pré-carga do VE, é mais precisa que a PVC e permite a coleta de sangue venoso misto; Determina indiretamente embolismo por ar e isquemia miocárdica (aumenta pressão capilar pulmonar) Indicação: Necessidade de avaliar o valor do índice cardíaco, pré-carga, volemia ou grau de oxigenação do SV misto Cirurgias com alto potencial de alteração hemodinâmica e paciente com instabilidade hemodinâmica. Contra Indicação: Bloqueio completo de ramo E Sínd. De Wolf-Parkinson-White Malformação de Ebstein Swan Ganz A ponta do cateter deve estar colocada a menos de 3-5 cm da linha média, na artéria pulmonar direita. Eco Transesofágico Avalia função cardíaca, valvar, presença de isquemia miocárdica e débito cardíaco Usado em cirurgias de grande porte Contra indicado em doenças esofágicas Contra indicação relativa para coagulopatias, anticoagulantes e mixoma de AE. Débito Cardíaco Reflete a função do sistema circulatório; Técnicas: Termodiluição Cromodiluição Ecocardio Transesofágico Bioimpedância torácica (não-invasiva) Princípio de Fick (cateter na A. Pulmonar) O2 consumido= (O2 arterial – O2 venoso misto). DC Temperatura Pode ser realizada em diversos locais: Membrana timpânica (reflete e temp. cerebral) Reto (pouca resposta a alter. rápidas de temp.) Nasofaringe Axila (correlação variável com a temp. central, dependendo da perfusão da pele) Procedimento <15 min não há necessidade de monitorar Hipotermia – risco no ato operatório, inclusive relacionado à anestesia: Potencial anestésico de inibir a termo regulação central História de, ou suspeita de Hipertermia maligna Hipotermia – efeitos fisiológicos Disritmias cardíacas resistência vascular periférica Desvio da curva de Sat. da Hb para a ESQUERDA Coagulopatia reversível da resposta ao estresse Piora do despertar anestésico função renal Débito Urinário Reflexo da perfusão e função renal. Limite inferior: 0,5ml/kg/hr Sondagem vesical; INDICAÇÕES: ICC, doença hepática avançada e choque; ROTINA: cir. cardíaca, aórtica ou de vasculatura renal, craniotomias, grandes cir. abdominais ou outras em que se espere grande perda de fluidos; Função Neuromuscular Sempre que submetidos à ação de relaxantes neuromusculares intermediários ou longos. É especialmente indicada em pacientes com disfunção renal ou hepática e doenças neuromusculares, nos quais se espera efeito dos relaxantes Feita por estímulo de nervo periférico A observação visual e tátil é a prática mais utilizada EEG Bispectral BIS (Bispectral Index): número obtido a partir do EEG, que varia numa escala de 1 a 100 100 = indivíduo acordado e consciente < 70 = sedação superficial < 60 = hipnose profunda Indicações: procedimentos com alto índice de despertar intranestésico (cir. cardíacas) e pacientes críticos, nos quais o limiar entre anestesia e despertar é muito estreito Bibliografia José Otávio Auler Júnior – Manual Teórico de anestesiologia para aluno de graduação
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