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JURISDIÇÃO - 2016 - meu


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O material ora apresentado ao aluno é mero auxilio as aulas ministradas 
em sala. Não tira, portanto, do aluno, a responsabilidade de estudar em 
outras fontes de informação, tais como as doutrinas indicadas pela 
Docente que serão também exigidas em provas. 
 
JURISDIÇÃO 
 
1- CONCEITO: Uma das funções do Estado, este se substitui aos titulares dos 
interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do 
conflito que os envolve, com justiça. 
Não são todos os conflitos de interesse que se compõe de por meio da 
jurisdição, mas apenas aqueles que configuram a lide ou o litigio. 
Há conflito de interesse quando mais de um sujeito procura usufruir o 
mesmo bem. (ex: contrato de locação – mesmo bem da vida disputado pelo 
locador e locatário). 
Há litigio quando o conflito surgido na disputa em torno do mesmo bem 
não encontra uma solução voluntária ou espontânea entre os diversos 
concorrentes. (ex: um contratante exige o cumprimento do contrato e 
outro contratante resiste ou não vê razão para o cumprimento). 
o Estado de Direito não tolera a justiça pelas próprias mãos dos 
interessados caberá à parte deduzir em juízo a lide existente e requerer ao Juiz 
que solucione na forma da lei, 
2- CARACTERISTICAS DA JURISDIÇÃO 
A jurisdição se apresenta como atividade estatal secundária, instrumental, 
declarativa ou executiva, desinteressada e provocada. 
É instrumental porque o objetivo principal outro é dar atuação prática às 
regras do direito 
Exercita, de tal sorte, a jurisdição vontades concretas da lei nascidas 
anteriormente ao pedido de tutela jurídica estatal feito pela parte no 
processo, o que lhe confere o caráter de atividade “declarativa” ou 
“executiva”, tão somente. 
2.1 – Unidade – função monopolizada dos juízes, será sempre o poder-dever de o 
Estado declarar e realizar o direito. 
2.2 – Secundariedade – a jurisdição é o derradeiro recurso, na busca da solução 
dos conflitos. 
A função jurisdicional é secundária no sentido de que só atuará em último caso, 
quando esgotadas todas as possibilidades de resolução do conflito instaurado. 
2.3 – Substituvidade – De modo geral, as relações jurídicas são formadas, geram 
seus efeitos e extinguem-se sem dar origem a litígios. 
O Estado ao exercer a jurisdição, estará substituindo, com atividade sua, a vontade 
daqueles diretamente envolvidos na relação de direito material, os quais 
obrigatoriamente se sujeitarão ao que restar decidido pelo Estado-juízo. 
 
3- IMPARCIALIDADE E DISPONIBILIDADE 
É, a jurisdição “atividade desinteressada do conflito” põe em prática 
vontades concretas da lei dirigida aos sujeitos da relação jurídica substancial 
deduzida em juízo. 
O juiz mantém-se equidistante dos interessados e sua atividade é 
subordinada exclusivamente à lei. 
Mesmo quando o juiz aprecia uma causa em que o Estado seja parte, a 
função jurisdicional foca a cargo de um organismo completamente 
estranho à Administração Pública e cujo único compromisso é com a ordem 
jurídica. 
no processo judicial, o juiz atua em nome de uma entidade que não 
representa o Estado- Administração, mas que tem como única função 
ocupar-se de apreciar relações jurídicas materiais travadas entre 
estranhos. 
4- OBJETIVO DA JURISDIÇÃO. 
O fim do processo é a entrega da prestação jurisdicional, que satisfaz à tutela 
jurídica, a que se obrigou o Estado ao assumir o monopólio da justiça. 
a) causa final: a atuação da vontade da lei, como instrumento de segurança 
jurídica e de manutenção da ordem jurídica; 
b) causa material: o conflito de interesses, qualificado por pretensão resistida, 
revelado ao juiz através da invocação da tutela jurisdicional; 
c) causa imediata ou eficiente: a provocação da parte, isto é, a demanda. 
 
5- EFETIVIDADE DA TUTELA JURISIDICONAL 
O que se deduz do inciso XXXV do art. 5º da C. F., é que nenhuma lesão ou 
ameaça a direito deixará de ser solucionada pelo Poder Judiciário, quando 
provocado pelo interessado, na forma legal. 
Essa tutela, não pode cingir-se a interpretar e aplicar o enunciado de lei 
pertinente. No moderno Estado Democrático de Direito é imperioso que 
isso se faça a partir, de sempre, dos valores, princípios e regras 
consagrados pela constituição. 
6- PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS 
- Principio do Juiz Natural: só pode exercer a jurisdição aquele órgão a que 
a Constituição atribui o poder jurisdicional. Não é dado ao legislador 
ordinário criar juízes ou tribunais de exceção, para julgamento de certas 
causas, tampouco dar aos organismos judiciários estruturação diversa 
daquela prevista na Lei Magna. 
- Principio da investidura- somente pode ser exercida por juízes 
regularmente investidos, providos em cargos de magistrados e que se 
encontram no efetivo exercício desses cargos. 
- Principio da Improrrogabilidade- os limites do poder jurisdicional, para 
cada justiça comum, são os traçados pela Constituição. 
- Principio da Ideclinabilidade o órgão constitucionalmente investido no 
poder de jurisdição tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional e não 
a simples faculdade. Trata-se do dever legal de responder a invocação da 
tutela jurisdicional assegurada pela constituição. 
- Principio da Indelegabilidade: não pode o juiz ou qualquer órgão 
jurisdicional delegar a outros o exercício a função que a lei lhes conferiu, 
conservando-se sempre as causas sob o comando e controle do juiz 
natural. 
- Principio da aderência territorial: todo juiz ou órgão judicial conta com 
uma circunscrição territorial dentro da qual exerce suas funções 
jurisdicionais, 
- Principio da Inércia: o acesso de todos à justiça é garantido pela Constituição 
(art. 5º, XXXV), mas o Poder Judiciário não pode agir por iniciativa própria, 
somente o fará quando adequadamente provocado pela parte. 
- Principio da Unidade: o poder judiciário é único e soberano, embora a 
partilha de competência se dê entre vários órgãos. 
7- JURISDIÇÃO CIVIL 
A jurisdição, como poder ou função estatal, é uma e abrange todos os 
litígios que se possam instaurar em torno de quaisquer assuntos de direito. 
O Direito civil, em seu âmbito é delineado por exclusão, de forma que a 
jurisdição civil se apresenta com a característica da generalidade. Aquilo 
que não couber na jurisdição penal e nas jurisdições especiais será alcançado pela 
jurisdição civil, pouco importando que a lide verse sobre direito material público ou 
privado. 
8- JURISIDIÇÃO CONTENCIOSA E JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA. 
Jurisdição Contenciosa é a jurisdição propriamente dita, isto é, aquela função 
que o Estado desempenha na pacificação ou composição dos litígios. 
Pressupõe controvérsia entre as partes (lide), a ser solucionada pelo juiz. 
Jurisdição Voluntária: é aquela em que o juiz apenas realiza gestão pública 
em torno de interesses privados, como se dá nas nomeações de tutores, 
nas alienações de bens de incapazes, divórcio e separação consensuais, 
etc. Aqui não há lide nem partes, mas apenas um negócio jurídico-
processual envolvendo o juiz e os interessados. 
A função do juiz é, portanto, equivalente ou assemelhada à do tabelião, ou 
seja, a eficácia do negócio jurídico depende da intervenção pública do 
magistrado. 
9- SUBSTITUTIVOS DA JURISDIÇÃO 
Sendo a jurisdição atividade estatal provocada, e da qual a parte tem 
disponibilidade, pode a lide encontrar solução por outros caminhos que 
não a prestação jurisdicional. 
A autocomposição pode ser obtida por meio de transação ou de conciliação. 
E a decisão da lide por pessoas não integradas ao Poder Judiciário ocorre mediante 
juízo arbitral. 
A transação é o negócio jurídico em que os sujeitos da lide fazem 
concessões recíprocas para afastar a controvérsia estabelecida entre eles. 
Pode ocorrer antes da instauração do processo ou na sua pendência. 
A conciliação nada mais é do que uma transação obtida em juízo, pela 
intervenção do juiz junto às partes, ou o conciliador ou mediador, em quehouver, antes de iniciar a instrução da causa. 
O Juízo Arbitral, importa renúncia à via judiciária estatal, confiando as 
partes a solução da lide a pessoas desinteressadas, mas não pertencentes 
aos quadros do Poder Judiciário. 
10- PROCESSO E PROCEDIMENTO 
10-1 -Processo e Procedimento – Conceito. 
Processo é o método, isto é, o sistema de compor a lide em juízo de uma relação 
jurídica vinculativa de direito público. 
Procedimento é a forma material com que o processo se realiza em cada caso 
concreto. 
È o procedimento que dá exterioridade ao processo, ou à relação processual, 
revelando-se o modus faciendi com que se vai atingir o escopo da tutela 
jurisdicional. É o procedimento que nos diferentes tipos de demanda, define e 
ordena os diversos atos processuais necessários. 
10-2-Características do Procedimento. 
- Objetivo- a multiplicidade de atos que necessariamente o compõem, todos 
coordenados numa verdadeira dependência recíproca, de modo que um provoca ou 
outro subsequentemente é legitimado pelo anterior, tudo com um objetivo final, 
que vem a ser a perseguição do provimento jurisdicional capaz de solucionar o 
conflito jurídico existente entre as partes. 
Subjetivo - só se estabelece por iniciativa de parte, só se desenvolve em 
contraditório com a contraparte definitiva da controvérsia, e, nome da autoridade 
estatal, só se legitima se respeitar fielmente a demanda e o contraditório, como 
situações inafastáveis desde a formação arte a exaustão do processo. 
10-3 Funções do Processo 
1- A de verificar a efetiva situação jurídica das partes (processo de cognição); 
2- A de realizar efetivamente a situação jurídica apurada (processo de 
execução); 
3- A de estabelecer as condições necessárias para que se possa, num ou 
noutro caso, pretender a prestação jurisdicional (condição da ação). 
10-4- Pressupostos Processuais 
Os pressupostos são aquelas exigências legais sem cujo atendimento o processo, 
como relação jurídica, não se estabelece ou não se desenvolve validamente. 
10.4.1 Pressupostos Subjetivos: 
-competência do juiz para a causa; 
- capacidade civil das partes; 
- sua representação por advogado. 
10.4.2 - Pressupostos Objetivos: 
- a demanda do autor e a citação do réu; 
- observância da forma processual adequada à pretensão; 
- inexistência de litispendência, coisa julgada, convenção de arbitragem, ou de 
inépcia da petição inicial; 
- inexistência de qualquer das nulidades previstas na legislação processual.