Sarna Demodécica

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Demodex 
Ciclo Biológico
O ciclo todo desse parasita ocorre em
um só hospedeiro. A fêmea faz a
ovipositura de 20 a 25 ovos no folículo
piloso, após um tempo os ovos eclodem
e liberam as larvas, as larvas mudam
para ninfa, as ninfas são carregadas
pelo sebo para fora do folículo piloso
onde atingem a maturidade. O ciclo
todo se completa em até 24 dias.
Todos os animais possuem o ácaro
Demodex em quantidades minímas na
pele, compondo a microbiota cutânea.
Quando o ácaro Demodex prolifera-se de
forma descontrolada acaba ocasionando
a doença. Essa proliferação
descontrolada pode ocorrer por conta da
imunidade baixa ou por conta de fatores
genéticos, visto que a maioria dos
animais acabam adquirindo esse
parasita da mãe durante a fase da
amamentação
Esse parasita possui o corpo longo e
achatado. Seu corpo é dividido em dois
segmentos: Prossoma e o Opistossoma.
Contém oito pernas e tem um par de
espiráculos na face ventral. Medindo de 
 100 a 400 µm de comprimento esse
parasita possui um espinho no dorso.
Morfologia
A Sarna Demodécia, conhecida popularmente como Sarna
Negra, é causada pelo ácaro Demodex. Esses ácaros vivem
próximos aos folículos pilosos, de maneira comensal
compondo a microbiota cutânea, quando se proliferam
excessivamente causam a doença. Essa sarna não é
considerada uma zoonose, visto que não acomete o
homem. Não tem cura, mas possui tratamento para
controlar os sintomas e avanço da doença.
Sinais ClínicosTransmissão
TratamentoDiagnóstico
Ana Livia Guatura 
O tratamento pode ser feito com
shampoos a base de cetoconazol e
clorexidina ou aplicação de outros
produtos acaricidas. Pode ser
administrado no animal Bravecto de três
em três meses. Tratamentos clássicos
como banhos, avermectinas ou injeções
podem demorar para controlar a
sintomatologia ou podem até mesmo
intoxicar o animal. Antibióticos podem
ser utilizados para tratar infecções
secundárias. É necessário fornecer ao
animal vitaminas e nutrição adequada.
O diagnóstico pode ser feito através de
um tricograma ou um raspado de pele
profundo (para alcançar os folículos
pilosos), onde pode-se visualizar a
presença do parasita. Caso através
desses dois exames não seja possível a
visualização do parasita não deve-se
fechar o diagnóstico, mas sim realizar
uma biópsia de pele das lesões.
Os sinais clínicos são os seguinte:
eritema, descamação, alopécias com
hiperpigmentação nas áreas que não
possuem pelos, perda de peso, febre,
linfonodos aumentados, formação de
crosta e feridas. O prurido pode ocorrer de
forma moderada, Sarna Negra não
provoca coceiras intensas como a Sarna
Sarcóptica. Estro, imunidade baixa,
nutrição inadequada e consumo baixo de
colostro podem favorecer para o
desenvolvimento da doença
 
Sarna Demodécica ou Sarna Negra