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RESENHA - SOCIOLOGIA E TRABALHO: mutações, encontros e desencontros A Sociologia do trabalho enfrentou dificuldades na análise das novas relações alçadas dentro da sociedade. O maior desafio encontrado foi a nova forma de estudo necessário para que houvesse uma melhor compressão de como as relações de trabalho vinham influenciando o coletivo e consequentemente a sociedade contrariando o modelo de estudo antes adotado na sociologia do trabalho que tratava tal âmbito de forma separada de outros setores da sociedade não considerando a influência entre eles. A sociologia precisa, dessa forma, compreender a as mudanças e não se prender a modelos fixos que não englobem novos formatos de relacionamentos que vem surgindo. Os modelos antes adotados para analisar as relações empregatícias eram baseados principalmente nas grandes concentrações de funcionários assalariados presentes nas grandes indústrias Vale ressaltar que tais modelos são válidos e podem ajudar em novas análises mas aliadas a algumas modernizações imprescindíveis, haja vista que ainda prevalecem os princípios essenciais do capitalismo visando fundamentalmente o lucro, todavia, os modelos de interação no trabalho mudaram e acresceram variáreis para uma avaliação precisa destas tais como questões de gênero, novas tecnologias e formatos de empreendimentos, necessitando assim de modelos de estudos que consigam analisar as novas circunstancias e a dinâmica que atualmente fazem parte do mercado de trabalho. Ao longo do artigo são abordadas diversas mudanças que impactaram o relacionamento de trabalho tal como as questões de gênero regidos por preconceitos passados tradicionalmente surtem influência no ambiente de trabalho como pode ser observado na desigualdade salarial ainda persistente atualmente. Entretanto, analisando de forma conjunta é possível observar também a influência que a ingressão de mulheres no mercado de trabalho surtiu em conceitos antes tidos como verdades absolutas a respeito do papel e deveres a serem desenvolvido pelas mulheres que eram apenas vinculados a atividades domésticas e apresentados como algo natural mas através da inserção das mulheres no mercado de trabalho abre-se um novo espaço para questionamentos de espaços antes claros entre a divisão de trabalho por gênero e também em um novo formato familiar que antes continha apenas o papel masculino como provedor e passou a comportar a mulher também nesse papel acrescido às atividades domésticas que já desempenhava. A contínua evolução da tecnologia dentro das indústrias gerou drásticas mudanças através da alteração da mão de obra buscada pelo empregador, uma vez que as novas tecnologias passaram a desenvolver a atividade dos funcionários. Portanto, essa ascensão possibilitou novas relações entre empregador e funcionário favorecendo novas áreas como autônomos e o setor de serviço aonde se encontra grande parte dos vínculos empregatícios atualmente característica da terceirização enfrentada pela economia. Tal acontecimento é decorrente da terceira revolução industrial também conhecida como Revolução Técnico-Científica informacional que impactou inclusive a agricultura por meio da mecanização do campo que utiliza tecnologias que auxilia na produção agrícola. A partir desse ponto passou a haver cada vez mais exigências de qualificações para busca de empregos em decorrência das mudanças de necessidades das empresas. Outra mudança presenciada foi a flexibilização do trabalho mudaram o conceito de contrato empregatício permanente com as empresas. Hodiernamente é preferível tornando o meio mais dinâmico e acrescendo ainda mais lucro à empresa o lado negativo de tal artifício, entretanto, acaba contribuindo na perca de direitos trabalhistas. Logo, a sociologia do trabalho enfrenta não só a dificuldade de modernizar seus métodos de estudo de forma a acompanhar e compreender as mudanças vivenciadas pelas relações trabalhistas como também avaliar sua nova posição como parte de todo um conjunto social que influencia e é influenciado por diversos setores da sociedade.