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Revoluçao Francesa

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Centro Universitário Padre Anchieta
 Curso de Bacharelado em Direito
 
 Dayene Cristine de Oliveira Almeida, 1402596
 Disciplina Historia do Direito
 Profª: Fernanda Favre 
 
 
 Introdução
	Século XVIII, França, houve uma transformação na sociedade, revolucionários franceses queriam construir seus ideais, sobre pilares da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, mas do que isso queriam que todos os seres humanos tomassem aquela manifestação como exemplo, que fosse em busca dos seus objetivos, dos seus direitos fundamentais, que ações como esta ,fosse lembrada e relembrada em todos os séculos como estímulos, para profundas mudanças sociais , queriam serem isento de qualquer opressão política, livre de imposições por parte daqueles que detêm o poder dos governos. Não queriam ser obrigadas a seguir normas e leis injustas, nem ser intimidadas e presas por se opor ao governo, queria participar, opinar de alguma forma sobre as decisões que dariam rumo aquela sociedade. 										A revolução francesa marcou e marca pessoas do mundo inteiro, até os dias de hoje, vamos entender como a revolução se iniciou e porque tomou grande proporção e como foi o seu desenrolar na história.
A Revolução Francesa 
	Tudo se iniciou na primavera de 1.970, ninguém poderia prever os dias turbulentos que se aproximavam os salões dourados do palácio de Versalles, reluziam com as multidões da corte Real. Concluído em 1.682, Versalles, foi á obra prima do Rei Luiz XIV. Para se distanciar dos Súditos, ele transferiu a capital da França para esse vilarejo á dezenove quilômetros de Páris, onde construiu o mais magnifico Palácio de toda a Europa. Por cem anos foi a sede da intocável Monarquia Francesa, e agora era cenário de um importante casamento. O neto do Rei Luiz XIV, o príncipe herdeiro Luiz ,estava prestes a se casar.	Aos quinze anos de idade, Luiz era tímido, com poucas das qualidades que se esperam de um futuro Rei ou marido.		O casamento de Luiz era uma união politica, com a família Real Austríaca, o casamento simbolizava o fim de uma antiga rivalidade e o inicio de novos vínculos regionais.							A jovem noiva chega a França, era uma linda garota de catorze anos, loira e grandes olhos azuis, Maria Antonieta. Maria foi a França por um gesto politico, mas como adolescente pouco lhe interessava a politica. 	Na noite do casamento houve uma tempestade, mas do lado de dentro a gloriosa cerimonia iluminava o palácio, enquanto os recém-casados se se dirigiam ao dormitórios real, uma cerimonia que simbolicamente assegurava a concepção de um herdeiro, os cortezões estavam presentes, quando os constrangido casal real se deitava pela primeira vez. O entusiasmo e as expectativas eram grandes, mas ao cair das cortinas ficou claro, que o herdeiro não seria produzido tão facilmente, já que Luiz não tinha interesse nenhum em ser um governante. Anos passariam antes que o casamento fossem consumado. A falta de um herdeiro gerou fofocas pelo reino, perseguindo o casal por anos, a festa do casamento continuou por dias, mas fora dos portões de Versalles, havia poucos motivos para celebrar, anos de desgoverno monárquico, havia deixado o povo francês miserável.							Quase dez anos antes o Rei Luiz XV, perdeu a Guerra dos sete anos contra a Inglaterra, a guerra foi gerada por disputas de territórios da América do Norte. O mau sucedido conflito quase arruinou a França em termos de dinheiro e prestigio, deixando os cofres da nação vazios, embora sua população crescesse, pelo fato de não haver pragas, menos pessoas morriam, porém mais e mais estavam passando necessidades. A França cresceu de vinte milhões para vinte e seis milhões no século 18, após ter crescido só um milhão nos dois séculos precedentes. Quatro anos após o casamento Real, o Avô do Príncipe Luiz, estava com varíola, Luiz XV morreu como um Rei derrotado, que deixou o país a beira do caos. Em uma cerimonia, o jovem Príncipe Luiz ,herdou o trono e foi coroado o Rei Luiz XVI, apesar da grande festa gloriosa, que foi a sua coroação, o Rei Luiz XVI estava totalmente despreparado para a tarefa de governante, embora educado para ser rei, Luiz, sentia que o seu mundo desabava em cima dele.	Com o reino em crise Luiz XVI, era o pior homem a quem recorrer, o Rei de vinte anos se lamentava a Deus, pelo o reinado precoce. Em sua residência em Versalles, Luiz XVI e Maria Antonieta, dava início a nova fase de suas vidas, e de serem jovens monarcas. Enquanto em Páris, pronta para colidir com a própria monarquia, uma nova era de ideias surgia, a Era do Iluminismo.Com a chegada da realeza em Páris na Universidade de Luiz, O Grande, multidões de pessoas se agrupavam para ter boa visão da realeza, para dar boas vindas aos jovens Rei e Rainha, um estudante de Direito, fez questão em esta a frente para os recepcionar, Maximilien de Robespierre, lera um discurso para o jovem Rei Luiz XVI, que não deu a mínima atenção. Por ironia do destino Robespierre, estava homenageando o Rei, que mais tarde seria seu grande inimigo. 					Desde a idade média a sociedade Europeia, se dividia em três classes, a Aristocracia e o Clero, classes entrementes ricas e nas classe dos camponeses, uma classe pobres miserável, então no Século XVIII, cientistas e filósofos floresciam, para quebrar essa tradição, e assim Páris se tornou o centro filosófico do mundo, a cidade crescia com o conhecimento e irradiava possibilidades, e assim a Era do Iluminismo foi tomando espaço entre a sociedade francesa.								O Iluminismo veio para fazer cada pessoa a ter as suas próprias idéias sem que o governo ditasse as regras, sem que eles escolhessem, a religião que a sociedade devesse seguir, como deveria pensar ou se comportar. O Iluminismo veio para mapear o conhecimento humano e então ter acesso a eles, veio para ensinar a não confiar em nada dito por outra pessoa, sem que se prove as suas verdades criadas por si mesma. 		Em seus salões, Aristocratas se reuniam ,discutiam os autores Iluministas, e a nova idade da razão. E assim foi aumentando os números de pessoas da classe alta que estavam apaixonados por essa nova literatura. Mas as idéias do Iluminismo, alcançava todas as classes, a sede por igualdade ameaça a visão Aristocrática . Porque seriam questionados seus privilégios. Para ver as idéias Iluministas em ação, bastava olhar para o outro lado do atlântico, onde Americanos, estava em guerra com a Inglaterra, inimiga da França. 								O Rei Luiz XVI, viu uma chance de se vingar pelas derrotas de seu avô, decidiu se unir aos Estados Unidos, na Guerra Americana de Independência, entregou ao País um total de dois milhões de Libras, o suficiente para alimentar e alojar sete milhões os Franceses por um ano. O investimento marcaria o começo da destruição econômica da França.			Enquanto o Rei enviava tropas e dinheiro financiando a Guerra Americana, Maria Antonieta gastava além do tinha, assim contraindo cada vez mais dividas, com a vida fútil que a Rainha levava, rituais arcaica,e formalidades, Maria Antonieta, se exibia com seus vestidos da moda da época e se ocupava de fofocas, jogatinas e peças teatrais. Endividada a Rainha, recebera um apelido de “Madame Déficit”, com a França a beira do declínio, Maria só se importava com si mesma e seus luxuosos vestimentas, joias e sapatos. Porem a divida maior da Rainha era com o seu povo, ainda não havia um Herdeiro para seu trono. Após sete anos de casamento Maria Antonieta e Luiz XVI não tinham filhos, o que a humilhava mais perante a sociedade.Com a insistência da Rainha descobriu-se que o Rei Luiz XVI sofria de uma doença, chamada Fimose, e por isso não queria ter relações sexuais pois sofria muito, após a cirurgia tudo se normalizou e o Rei teve uma filha chamada Maria Tereza, mesmo assim a Rainha continuava a ser mal vista pela sociedade, com comentário imorais e pornográficos.									O povo estava cansado na Monarquia, cadê vez mais o país piorava na sua situação financeira, havia mais colheitas,porém a corrupção era tanta que, o preço da farinha aumentou assim aumentando a falta da principal alimento do povo Frances, o pão. Mas é claro que essa situação não ultrapassava os portões reais, e a indignação do povo era tamanha, que queixas era escrito em cartas, uma até deles dirigida a corte Real.
“Vocês sabem por que a tanta gente necessitada? Por que as faustuosa existência de vocês, devora em um dia a substancia de mil homens” citação de Maximilien de Robespierre.	
Em Robespierre, o povo teria uma voz clamando por liberdade, igualdade e revolução. No fim século XVIII ,Versalhes era uma ilha de extravagancia, o Rei Luiz XVI, continuou a ter filhos, teve quatro filhos, o segundo filho a rainha teve um aborto espontâneo, e o casal Real teve três filhos vivos, Maria Teresa Carlota, Luiz Carlos e Maria Helena Sofia Beatriz. Com a tentativa de fazer uma reforma na economia do país, Rei Luiz XVI aumentou os impostos porem a nobreza nada pagava, com a França rumo a falência, parecia que até os céus estavam enfurecidos, unindo a França com o inverno mais frio em noventa anos.				Houve uma crise que se desenvolveu, em 1.788, auxiliada com a falta de alimentos no país, houve outro aumento excessivo do valor da farinha ,e as pessoas de classe baixa, não tinha mais condições de se alimentar do pão. Então enfurecidos, começaram a se organizar promovendo tumultos, saqueando lojas que tinha estoques de suprimentos para a fabricação do pão, comerciantes que escondiam o pão eram linchados, pela classe miserável, que estava faminta, pois um pão custava quase seus salários, a má administração do Rei Luiz XVI, era visível os bancos obrigaram a contratar um Ministro de finanças, Jacques Nacker, que popularmente conhecido. Nacker era conhecido por suas falas, que era dever do governo garantir alimentos ao povo. Com a França a beira de uma quebra financeira, Nacker, fez com que o Rei Luiz XVI, Luís convocasse uma reunião dos representantes do reino, os Estados gerais. Era a primeira vez em 175 anos que isso ocorria. Havia três Estados na França, o Clero, e a Nobreza, que eram três por cento da população e os demais eram noventa e sete por cento da população, pessoas achavam injustos sempre perderem votos para os Estados da Nobreza e do Clero já que eram representados por um terço dos deputados e por serem uma maioria no país. 		Maximizem Robespierre, chegou em Versalhes, no começo de maio de 1.789, já formado como advogado e politico, veio para lutar ao lado do povo, como Deputado, representando o terceiro Estado. Órfão provinciano, Robespierre elevou-se à notoriedade acadêmica graças a uma escolaridade prestigiosa. De volta a sua terra natal, Arras, o advogado tinha idéias iluministas, as pessoas acharam que Robespierre, seria um ótimo defensor dos oprimidos, devido as suas falas poderosas e influenciadoras. Na reunião entre os Estados, Robespierre e seus aliados exigiam que a Nobreza e o Clero, pagassem seus impostos, então o Rei Luiz XVI, negando a cumprir com seus deveres e obrigações, ameaçado pelo crescente radicalismo do terceiro Estado. Então, em 20 de junho, após o impasse de 6 semanas, os deputados descobriram que haviam sido silenciados. 	Quando os deputados chegaram e viram as portas trancadas, suspeitaram de um complô. Foi então uma quadra, e se reuniram, jurando não parar de reunir-se enquanto não tivessem uma nova constituição. Fizeram um juramento há liberdade, f oi o momento em que perceberam o próprio poder e dignidade, viram que podiam desafiar o rei da França. Então assim de baixos de muitos desafios nasceu a Assembleia Nacional.	Seriam um parlamento cumpridor da vontade do povo, as vozes do povo enfim seria ouvida. Porem tomar o poder do Rei não seria tão fácil, como assinar uma proclamação. Tropas Reais se posicionaram ao redor de Paris.	Para se defender as pessoas montaram a sua própria guarda nacional, agitadores se armaram. Enquanto isso em Paris se levantava uma masmorra, chamada a Batilha. A Bastilha era um depósito real.	Jacques Nacker, foi demitido pelo Rei Luiz XVI, horas depois os Parisienses, ficaram indignado com o afastamento de Nacker. Em 14 de julho, turbas agruparam-se identificadas por um pequeno cocar, vermelhas e azuis pelas cores de Paris, separado por branco, a cor da casa dos Bourbon. Nascia a tricolor, o estandarte da atual república francesa. Entre a multidão exaltada, uma voz reverberou: “Para a bastilha!”. Ao ver o povo de aproximando, o governador da Bastilha, Bernard Delaunay ,tentou trancar a prisão mas não adiantou pois o povo esta enfurecido, e dominaram os guardas com facas e lanças. Mas as pessoas o dominaram arrastando-o pela rua. Até que gritou “deixe-me morrer!”, então assim foi feito a sua vontade, levando punhaladas e tiros. Sua cabeça cortada foi exibida na ponta de uma lança. Com a fumaça ainda sobre a Bastilha, Rei Luís XVI voltou de uma caçada. Em seu diário no dia 14 de julho de 1789 ele escreveu: “Nada.”, em referência à caça mal sucedida. Um criado veio informá-lo sobre os tumultos e a queda da Bastilha. Rei Luís XVI perguntou: “É uma revolta?”, “Não majestade”, ele respondeu, “É uma revolução”. A tomada da Bastilha desencadeou a Revolução Francesa. O povo desafiara o seu rei e vencera. Não havia mais volta. Como símbolo da derrota da monarquia, o povo, homens, mulheres e crianças, demoliram com as próprias mãos a Bastilha, tijolo por tijolo feudal. Eles começavam a desmante .A energia das ruas revigorou a Assembléia Nacional. Uma nova constituição foi redigida chamada “Declaração dos Direitos do Homem”. 					Esse novo e ousado documento abolia arcaicas distinções de classe e considerava iguais todos os homens. Com a nova Assembléia Nacional servindo-lhe de voz, o povo francês se propôs a mudar o seu mundo. Exigiram uma monarquia constitucional, direitos iguais para todos e justiça sobre leis razoáveis. Para dar à Revolução uma voz mais ampla, Robespierre exigiu liberdade de imprensa, há muito negada pelo Velho Regime. A nova liberdade de imprensa foi liderada pelo L'Ami du peuple jornal incendiário ,cheio de ataques e provocação, foi fundado pelo ex-doutor Jean-Paul Marat.Após uma sucessão de carreiras mal sucedidas, Marat viu-se na pobreza por vezes refugiando-se nos esgotos de Paris. Foi ali que contraiu uma dolorosa doença na pele que o deixava confinado a longas horas em um banho medicinal. Um Marat desolado e fracassado encontrou na Revolução a válvula de escape para seu veneno.				Marat odiava a extravagância da monarquia em meio à miséria da França e precisava apenas de um boato para enxovalhar o Rei e a Rainha no seu jornal. Em 2 de outubro de 1789, seu ódio atingiu o clímax. Soube-se em Paris que o Rei dera uma festa em Versalhes e que os decadentes cortesãos haviam atirado ao chão a nova bandeira tricolor e pisoteado o símbolo da revolução. Marat ficou enfurecido. Divulgou o insulto em seu jornal bem no instante em que uma nova ameaça se avizinhava. O rei novamente ordenara que tropas se posicionassem ao redor de Paris. Com o ataque à Bastilha ainda na mente do povo, Marat freneticamente o incitou a ação. “Povo de Paris, é hora de abrir os olhos, despertem de seu torpor, acordem! Uma vez mais acordem!”. Em 5 de outubro, o dia nasceu ao som de furiosas badaladas. Mulheres se agruparam na prefeitura para protestar pela falta de pão, e o medo pela aproximação das tropas reais, misturado à indignação pela festa ostensiva do rei, circulava pela multidão. Logo, milhares marchavam rumo à Versalhes empunhando lanças e revólveres. As mulheres levavam suas queixas ao rei.No palácio, notícia da aproximação da turba enfurecida chegou aos aposentos da rainha. Quando as mulheres chegaram aos portões, Luís compreendeu que a Revolução não podia mais ser ignorada, pois estava à sua porta. Ele concordou em subscrever a “Declaração dos Direitos do Homem”, mas a multidão continuou crescendo durante a noite. Pela manhã, vinte mil pessoas acampavam em frente ao palácio real. Para terminar com séculos de distância entre o rei e seus súditos, a turbairritada exigiu que o rei e a rainha se mudassem para Paris. Indeciso como sempre, Luís demorou a responder. Sua hesitação causaria fúria na multidão e colocaria em risco toda a família real.A turba de mulheres invadiu o palácio exigindo o sangue da rainha. Elas massacraram os guardas decapitaram-nos e empalaram suas cabeças em lanças. Apavorada, a Rainha Maria fugiu para os aposentos do Rei Luís momentos antes que as mulheres invadissem o quarto dela e fizessem sua cama em frangalhos. O rei e a rainha estavam agora à mercê da multidão, e o que a multidão queria era um pouco de atenção de seu Rei. Marcharam de Versalhes em número de 60 mil, em carros e com carroças cheias de farinha da dispensa real. A carruagem do rei foi escoltada até Paris.O Rei e a rainha foram instalados no palácio das Tulherias, eles nunca mais veriam Versalhes.								Versalhes foi abandonada e a Assembléia se mudou para Paris, o poder estava nas mãos do povo. A França teria uma democracia, novas leis, e um novo instrumento implacável de justiça estrearia no palco revolucionário: a guilhotina. 								Maio de 1791. Cerca de dois anos haviam passado desde que a família real e a Assembléia Nacional se mudaram para Paris. Robespierre aparecia frequentemente na Assembléia e no clube dos jacobinos, uma sociedade debatedora, assim chamada em alusão ao antigo mosteiro jacobino onde se reunia. As palavras eram agora as armas da Revolução, e Robespierre falava com grande autoridade moral. Sua preocupação sempre fora o povo, por isso, logo foi apelidado de “o incorruptível”. A França agora era uma monarquia constitucional com o Rei forçado a dividir o poder com os revolucionários na Assembléia, mas o quinhão do Rei Luís se diluía a medida em que era obrigado a assinar lei após lei diminuindo sua própria autoridade e a de outra instituição feudal, a Igreja Católica. O Rei Luís decidiu que chegara a hora de tentar fugir do confinamento da nova república e recuperar o seu reino. Em 21 de julho de 1791. O Rei e a Rainha se disfarçaram de criados e, na calada da noite, escaparam do olho vigilante de Paris. Era um salto rumo à liberdade. Passava da meia noite quando a família real chegou à cidadezinha de Varennes, 160 quilômetros a leste de Paris. Estavam perto da fronteira com a Áustria a poucos quilômetros da salvação, mas não conseguiram ir além disso. Rumores da jornada dos monarcas os haviam precedido a Varennes. Um policial parou a carruagem e exigiu seus passaportes; as suspeitas do policial se confirmaram, era a assinatura do seu rei. Ele ficou subjugado pela presença do monarca, mas os guardas revolucionários não demonstraram igual reverência.Com a família real considerada traidora da revolução, o poder passou de Luís, agora o rei prisioneiro, para os revolucionários da Assembléia. No centro do poder revolucionário estava Robespierre. No pódio da Assembléia ele clamava por liberdade, igualdade e fraternidade. Exigia sufrágio universal e o fim da escravidão nas Índias ocidentais francesas, além de vigorosamente atacar a pena de morte, pois na nova era do Iluminismo, ele queria descartar todo resquício do passado medieval. A Europa herdara do período medieval um macabro repertório de técnicas de execução. Mortes cruéis por desmembramento, esquartejamento, enforcamento, afogamento e incineração.						A despeito da oposição de Robespierre, uma nova máquina de matar estreou em Paris. O médico inventor Joseph Ignace Guillotin, concebeu uma implacável máquina degoladora que transformava as decapitações comuns em experiência humanitárias. Assim o doutor Guillotin descreveu seu novo invento para a Assembléia: “O mecanismo cai como um raio, a cabeça voa, o sangue jorra, a pessoa deixa de existir”. Sempre favorável ao derramamento de sangue, o jornalista Marat publicou em seu jornal um elogio ao invento, cujo nome anunciou como guilhotina. Em breve ficaria conhecido por outro nome, Navalha Nacional.					A guilhotina silenciaria os inimigos internos da revolução, ou seja, qualquer um suspeito de planejar o retorno do rei ao trono. Mas eram os inimigos ao redor da França que mais preocupavam a Assembléia. Temia-se que os membros da família real que haviam fugido para a Áustria lançassem uma contra-revolução armada. A Assembléia optou por um ataque antecipado: uma declaração de guerra a Áustria. Mas Robespierre foi contra.Robespierre perdeu o debate. Em abril de 1792, a Assembléia declarou guerra a Áustria, país governado por parentes de Maria Antonieta. O fervor nacionalista cresceu. Se a Áustria derrotasse o exército revolucionário, Luís recuperaria o seu trono. E Maria Antonieta era suspeita de ajudar o inimigo revelando as posições de tropas francesas. O rei e a rainha, contudo, fingiam aderir à Revolução. Com o exército francês sofrendo baixas nas fronteiras, chegou a notícia de que a Prússia se juntara à invasão. As tropas inimigas estavam sob o comando do general prussiano Duque de Brunwisck. A tensão se apoderou das ruas de Paris.				 Então os jornais publicaram uma carta do Duque de Brunwisck dizendo que, se algum mal adviesse ao rei e a rainha, todos pagariam um preço alto. O tiro, porém, saiu pela culatra. Em 10 de agosto de 1792, 27 mil parisienses tomados de indignação foram até o palácio das Tulherias e atacaram com selvageria os guardas do rei. No final do dia, o saldo foi de 800 mortos de ambos os lados. O rei buscou refúgio na Assembléia, mas a monarquia foi abolida. Luís foi oficialmente privado de seu título. Nascia a república francesa. A lâmina da guilhotina foi batizada com o sangue dos guardas sobreviventes de Luís. E Robespierre, outrora oponente da pena de morte, mudou de idéia. A nova república só podia nascer de fato com a morte de um rei. A macabra invenção do doutor Guillotin assombrava Paris como uma sombria advertência. Era o castigo por desafiar a lei e a ordem revolucionárias. Em agosto de 1792, com o rei deposto e a família real detida na prisão do templo, Robespierre e os jacobinos lutavam com os moderados da Assembléia, os girondinos, pelo controle do governo nacional. Mas nas ruas de Paris, havia um novo movimento político. Como símbolo de rejeição à tradição aristocrática, cidadãos comuns recusavam-se a usar culotes como os aristocratas e passaram a chamar-se de san culotte.	Os sem culotes tomaram o controle da cidade de Paris, enquanto os jacobinos e girondinos controlavam o resto do país, desde a Assembléia Nacional, agora chamada de Convenção. A Convenção lutava com o acuado exército francês que perdia terreno para a Áustria e para a Prússia. Enquanto combatia os inimigos na fronteira, o governo revolucionário fechava o cerco contra os inimigos internos, traidores monarquistas desejosos de entregar Paris nas mãos dos invasores. Mais de 1000 pessoas foram presas. Padres, jornalistas, homens e mulheres comuns. Robespierre concentrou-se na crise interna, mas seu amigo, o ministro da justiça Georges-Jacques Danton, estimulava jovens e velhos para a batalha. Ele era expansivo e espalhafatoso, ao contrário de Robespierre. Em breve o nome de Danton ficou conhecido em toda Paris.Com o avanço do inimigo, a retórica inflamada de Danton encorajava muitos a irem para a frente de batalha.Com tantos homens capazes na frente de batalha, Paris foi deixada indefesa, seus cárceres repletos de prisioneiros políticos. Surgiu então o temor de que os detidos escapassem. Marat fez um sanguinolento apelo aos cidadãos para que descessem às prisões e matassem seus ocupantes. Na primeira semana de setembro, péssimas notícias chegaram da frente de batalha. A Prússia tomara Verdun, cidade na estrada para Paris; o inimigo estava a poucos quilômetros. O medo transtornou o país. Os sem culotes invadiram os cárceres e atacaram furiosamente os prisioneiros, não deixariam nenhum traidor vivo.						Mulheres eram violentadas e brutalizadas, padres eram estripados, aristocratas esquartejados. A chacina deixou 1600 mortos em poucos dias. Quando a notícia do massacre de setembro chegou à Europa, os inimigos da Revolução ficaram enojados.Na Inglaterra o London Times deu voz a essa repulsa: “São esses os direitos do Homem? É essa a liberdade da natureza humana? Os mais selvagens tiranos quadrúpedes que povoam a África inexplorada são superiores a esses animais bípedes parisienses”. A Revolução tomou um rumo sem volta. Até Robespierre compreendeu que aquilo tinha ido longe demais, que o povo não podia controlar sozinho a Revolução. Eles precisavam de liderança, uma mão de ferro. Com o poder das suas palavras, o incorruptível surgiu como o homem capaz de guiar os rumos da Revolução. Robespierre apoiara outrora a monarquia constitucional, mas acreditava agora não haver espaço para o rei. Uma decisão inédita foi tomada: a França levaria seu próprio monarca a julgamento. Com o veredicto estipulado de antemão, restava apenas debater a sentença. Os moderados girondinos queriam poupar a vida de Luís, o que os isolou na Convenção. 									Em 20 de janeiro de 1793, Luís foi declarado culpado e sua sentença foi lida: morte ao rei. Naquela noite ele se reuniu com a família brevemente. Calmo diante das lágrimas da família, ele prometeu voltar na manhã seguinte para o último adeus. Não voltou. Não podia sofrer o pesar da família, nem fraquejar a caminho da guilhotina. Pela manhã, uma carruagem levou Luís ao cadafalso. Ele se dirigiu estoicamente para a lâmina. Tentou fazer um discurso: “Esperei que minha morte fosse pela felicidade de meu povo. Mas pranteio a França e temo que padeça em breve.”. Foi silenciado pelo rufar dos tambores. Às dez e vinte e duas da manhã, o homem que outrora fora rei não era mais nada. Na prisão do templo, Maria ouviu o povo comemorando a morte do seu marido e desmaiou de desespero. O rei estava morto, os revolucionários vitoriosos. Mas os inimigos da Revolução também teriam uma vitória. Seu alvo era o homem que clamava pelo rolar de tantas cabeças, Jean-Paul Marat.A execução de Luís XVI marcou a vitória definitiva dos revolucionários. Foi o momento em que uma jovem nação, a república francesa, nasceu do sangue. No final de 1792, os radicais jacobinos, crentes de que a Revolução corria risco de ser sabotada por traidores, dirigiam-no por meios cada vez mais violentos. Mas os girondinos, representantes da população rural francesa, queriam a diminuição da violência, que podia gerar uma guerra civil. Seu maior oponente, Jean-Paul Marat atacava os girondinos furiosamente em seu jornal, denunciando os que ele achava que conspiravam contra a Revolução. Mas o movimento radical não dominava em todo lugar. As pessoas que viviam fora de Paris estavam furiosas com as mortes causadas pelos jacobinos e queriam o fim da carnificina. A mensagem chegou a Charlotte Corday, uma brava e determinada jovem da província.Em 30 de julho de 1793, Corday chegou a Paris. Ela sabia que o amigo do povo permitia livre acesso à sua casa, onde podia ser encontrado a qualquer hora submerso em seu banho medicinal. Corday veio com o pretexto de ter uma lista com supostos traidores que colaboravam com exércitos estrangeiros para por fim à Revolução. Marat pediu a lista prometendo a Corday que os traidores seriam guilhotinados no dia seguinte.O chamado amigo do povo estava morto, a voz enraivecida de seu jornal silenciada. Charlotte nem tentou escapar. Em seu julgamento ela não se arrependeu. Perguntaram-na: “O que esperava obter assassinando Marat?” - E ela respondeu: “Paz, agora que ele está morto a paz voltará ao meu país.” Corday foi sumariamente executada e seu sonho de paz foi junto com ela. Corday havia matado Marat o homem, mas havia criado Marat a lenda, cuja morte foi retratada de maneira célebre pelo pintor revolucionário Jacques-Louis David.Robespierre invejava a fama de Marat, porém, sempre mais pragmático, voltou sua atenção para assuntos mais urgentes, pois embora Marat estivesse morto, havia outros clamando por sangue. Sangue real. Na conciergerie, na antecâmara da morte, 11 meses após a execução de seu marido e 20 dias depois da morte de Charlotte Corday, Maria Antonieta foi encarcerada em uma imunda cela totalmente só. A outrora frívola Maria tinha apenas 38 anos, mas a Revolução a envelhecera precocemente.Em 15 de outubro, Maria foi julgada e condenada por alta traição e por espoliar o tesouro nacional. As evidências não passavam de rumores indecentes, e uma calúnia final foi adicionada à lista: acusaram-na de incesto com o próprio filho. 					Diante disso Maria ergueu-se para se defender: “Apelo à consciência e ao sentimento de cada mãe presente para que não estremeça à idéia de tamanhos horrores.” Em um momento de simpatia pública, Maria achou que podia ser deportada para a Áustria, mas suas esperanças caíram por terra quando a sentença foi promulgada. Ela teria o mesmo destino do seu marido. De sua cela, Maria escreveu sua última carta prometendo ao marido e aos filhos ser corajosa. Seu longo cabelo grisalho foi cortado, preparado para a lâmina. Suas mãos foram atadas. Escoltada até os portões da prisão, ela esperava uma carruagem, assim como o rei, mas uma carroça para prisioneiros comuns a aguardava. Mera sombra da monarquia de outrora, Maria Antonieta manteve régia dignidade ao ser exibida à multidão pelas ruas de Paris. A última rainha da França estava morta. Muitos dias depois, após inúmeras execuções, um membro da Convenção Nacional lamentou o desperdício de vidas. Ele disse: “A Revolução é como Saturno devorando os próprios filhos”. Danton respondeu: “Revoluções, meu caro, não podem ser feitas com água de rosas.”.						Setembro de 1793, 4 anos sob a Revolução e a França estava dividida. Havia insurreições violentas nas províncias e enormes derrotas nas fronteiras na guerra contra a Europa. Em uma dessas, a Inglaterra tomou a cidade portuária de Toulon. A Europa devorava a França pelas fronteiras. Danton e Robespierre, principais oradores da Convenção, perceberam que precisavam atacar para salvar a Revolução. Convenceram os colegas a aceitarem uma nova forma de legislação. “É hora de todos os franceses gozarem de sagrada igualdade. 						É hora de impor essa igualdade através de atos de justiça contra traidores e conspiradores. Que o Terror seja a ordem do dia.”. Assim começou um novo período na Revolução, um período chamado “O Terror”. Em uma notável contradição, os revolucionários suspenderam a nova constituição e todos os direitos que ela garantia. Espiões espalharam-se pelo país. Qualquer suspeito de atividade contra-revolucionária era preso, julgado sumariamente e sentenciado à Navalha Nacional.Qualquer um era suspeito. Se se pronunciasse monsieur ou madame ao invés de cidadão ou cidadã, certamente seria levado ao cadafalso. A paranóia estava claramente no ar. Vizinhos denunciavam vizinhos. O rolar das carroças da morte ressoavam em Paris.A Convenção instaurou o tribunal revolucionário que expedia julgamentos e execuções com impiedosa eficácia. Para consolidar o poder, formou-se um comitê de 12 homens chamado Comitê de Salvação Pública.Com seu discurso magistral e voz revolucionária, Robespierre destacou-se à frente do Comitê. E essa voz clamava por mais sangue. E, de fato, a Revolução endurecera Robespierre. Outrora defensor da liberdade de imprensa, ele reativou a censura, vestígio do Antigo Regime. E com a Igreja sob ataque, permitiu que um dos revolucionários mais radicais propusesse um novo programa: a descristianização. Ruas com nomes de santos foram renomeadas, ícones religiosos foram destruídos e substituídos por tributos ao novo santo: Marat.Nem o calendário cristão foi poupado. Os anos não eram mais contados a partir do nascimento de Cristo, mas desde setembro de 1792, a queda da monarquia. Agora era o ano 1. Os meses foram renomeados de acordo com as estações: julho tornou-se Termidor, abril, Floreal. Os meses foram divididos em 3 semanas de 10 dias cada.O Terror espalhou-se pela França. Na cidade de Lyon, onde os contra-revolucionários ganhavam terreno, o Comitê de Salvação Pública instaurou um exemplo brutal. Centenas de rebeldes foram amarrados, levados aos campos e massacrados. A região de Rouen, no oesteda França, tornara-se outro baluarte contra-revolucionário. Rebeldes e padres eram postos em barcos amarrados e atirados nos rios. Mais de 100 mil pessoas foram mortas só em Rouen. A guilhotina em Paris caía em um ritmo cada vez mais frenético. Mas, os exércitos franceses por fim, obtinham vitórias nas fronteiras. Sob o comando de um jovem e brilhante general, Napoleão Bonaparte, o exército francês forçou a marinha inglesa a uma humilhante retirada em Toulon. A Revolução estava em alta. Robespierre estava no auge do seu poder. Removera os inimigos da Revolução, assegurando-lhe o sucesso. Graças ao Terror. De fato, o Terror foi extremamente eficaz num momento ao dar força e união ao país para enfrentar batalhas em várias partes da fronteiras. O Terror atingira seu auge, mas não teria fim.Com o sangue do Terror, Maximilien Robespierre salvara a Revolução. Um exército revigorado repelia os ataques na fronteira e disputas internas estavam aniquiladas. No apogeu de seu sucesso, Robespierre sonhava em usar o Terror para um objetivo mais ousado: moldar um novo tipo de sociedade, uma República da Virtude. Em 5 de fevereiro de 1794, Robespierre esboçou sua filosofia em um discurso: “Terror sem virtude é desastroso, mas virtude sem Terror é impotente.” Outros, porém, discordavam. Para Danton, a Revolução seguia o caminho errado. Ele e seus seguidores, os dantonistas, achavam que o Terror devia acabar. Ele já servira ao seu propósito, e achava que poderia voltar-se contra os revolucionários. Na república da virtude de Robespierre só havia uma resposta à traição. Os dantonistas foram presos e rapidamente condenados à morte. Robespierre já enviara milhares ao cadafalso, mas sentia-se desconfortável com essas execuções. Não assistira à decapitação de antigos amigos e aliados. Subindo à guilhotina, Danton gritou: “Meu único pesar é que vou antes desse rato do Robespierre.”. Com os dantonistas fora do caminho, Robespierre lançou a França num período ainda mais sinistro e violento: o Grande Terror .Mas em 6 de junho de 1794, o rolar das carroças silenciou e a guilhotina ficou imóvel. Robespierre promulgara um novo feriado religioso: o Festival do Ser Supremo. Ele queria substituir o antigo deus católico por um novo, a Deusa da Razão.Enquanto o Grande Terror prosseguia, os colegas de Robespierre viam o festival do ser supremo como o divórcio entre ele e a realidade.E mais uma vez, as suspeitas de Robespierre se voltaram contra os mais próximos a ele. No dia seguinte, quando voltou à Convenção para divulgar uma suposta lista de inimigos da república, um coro de vozes silenciou o atônito Robespierre. Os deputados o declararam fora da lei e o removeram da Convenção. Robespierre e seus associados foram levados à prefeitura onde ficaram sob custódia durante a noite. Tiros ressoaram ao amanhecer e guardas correram para o segundo andar. Escancarando as portas depararam-se com uma cena grotesca. Um dos aliados de Robespierre jogara-se pela janela, outro metera uma bala na cabeça.E Robespierre fora achado inconsciente com um tiro no rosto e sua mandíbula despedaçada por uma aparente tentativa de suicídio. Ele passou suas últimas horas sob a mesa do Comitê de Salvação Pública, na mesma sala onde comandara o Terror em seu mais sangrento ápice. Ridicularizado e insultado pelos colegas, era incapaz de responder. O grande mestre da oratória fora silenciado.Na conciergerie, onde a última rainha da França o precedera, Robespierre fora preparado para a Navalha Nacional.		Em 27 de julho de 1794, a guilhotina caiu sobre o incorruptível e o último sangue do Terror foi derramado. 							O Terror morreu com Robespierre, mas não a Revolução. Os direitos do homem, a democracia, a nova república. As realizações da Revolução viveriam bem mais que os revolucionários. A França viveria um momento de incerteza, paralisada no temor do retorno da monarquia tirânica, ou no temor do retorno do Terror. 5 anos se passariam antes que o poder se consolidasse novamente nas mãos de um único homem: Napoleão Bonaparte.A Revolução destruiu o antigo sistema feudal europeu e mudou para sempre o rumo da civilização no ocidente.Enquanto Robespierre e seus colegas dirigiam seu país rumo ao futuro, muitos devem ter se perguntado o que este reservava. Mais de 200 anos após o nascimento da república francesa, o fantasma de Robespierre assombra revoluções, desde a Rússia até o Vietnã, da China à América Latina. A experiência francesa de democracia inspirou modelos pelo mundo inteiro. Onde quer que a tirania se manifeste, o clamor por justiça continuará exigindo liberdade, igualdade, fraternidade e revolução. 		
Conclusão: 
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideais Iluministas, a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil. 							A revolução Foi muito importante para os Direitos humanos e no âmbito jurídico , pois fez mudanças nas leis e normas, serviu como exemplo para todo o mundo, que todos temos direitos de viver com dignidade, de temos regras que defenda nossa igualdade e liberdade.
Bibliografia: 
Documentário:“A Revolução Francesa", realizado no Brasil, produzindo pela History Channel. 
Sites:http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/1718/1638
Sites: http://www.infoescola.com/historia/revolucao-francesa/
Site: http://www.suapesquisa.com/francesa/

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