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6 ANO - MOD 45 - JAPAO ANTIGO ERA NARA E HEIAN

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PERÍODO NARA (710 – 794)
Módulo 45
Neste período, a capital do Império foi estabelecida na cidade
de Nara, o que levou o Japão a desenvolver sua primeira
metrópole, composta por ruas geometricamente regulares,
grandes edificações, feiras onde eram comercializados
produtos e gêneros (foi nessa época que a moeda de cobre
foi cunhada pela primeira vez) e templos budistas.
210
Nara chegou a abrigar mais de 200 mil pessoas. Entre
elas, havia muitos escravos, que trabalhavam no campo,
nas indústrias caseiras e nas grandiosas obras públicas.
Embora o imperador possuísse toda a autoridade e os
títulos que lhe davam poder e prestígio, sua função era
mais simbólica e cerimonial.
A vida política japonesa era conduzida por influentes
famílias que disputavam o poder, como o Fujiwara (um
dos clãs que havia apoiado o imperador Tenji).
Durante este período, os intercâmbios com o continente
asiático intensificaram-se.
A quantidade de estrangeiros no Japão, como chineses,
indianos e persas, aumentou, assim como o envio de
estudantes japoneses para a realização de estudos na
China.
Esses estudantes, quando voltavam ao Japão, assumiam
funções burocráticas na corte imperial. Além disso, o
budismo tornou-se a religião oficial do Estado japonês.
Em 794, sob as ordens do imperador Kammu (50º da
dinastia Yamato), a capital foi novamente transferida de
local, dessa vez para Kyoto, onde permaneceu como
centro político e cultural japonês até a Restauração Meiji,
em 1868.
A nova capital oferecia ao imperador melhor localização
estratégica, com bons acessos para rios e mares, além de
vias para contato com as províncias.
PERÍODO HEIAN (794 - 1185)
Agyo e Ungyo são kamis e protetores de Buda
Os nobres da corte, especialmente os do clã Fujiwara,
desfrutavam de imenso prestígio e prosperidade financeira.
Nesta época, o Japão rompeu, temporariamente, as relações
com os países do continente asiático e desenvolveu uma fase
de nacionalização de seus valores. Os kanjis inspirados pela
cultura chinesa foram substituídos pelos kana (forma de
escrita tipicamente japonesa).
Houve incentivo para o aperfeiçoamento das artes plásticas e
muitas obras literárias foram escritas especialmente por
mulheres das famílias nobres. Nessas obras, as autoras
apresentavam relatos detalhados sobre o cotidiano da vida na
corte.
Contudo, a maioria dos japoneses vivia em dificuldade,
causada pela má
administração, corrupção, assaltos,
pirataria e descumprimento da lei de terras, pois
os latifundiários tomavam a posse de grandes extensões
de propriedades alheias, tanto do Estado quanto de
camponeses empobrecidos.
O poder dos clãs do interior, que estavam relativamente
afastados do poder central, aumentou novamente e
passaram a desfrutar de certa autonomia econômica e
política. Com o aumento da violência e a ausência da
proteção policial nas zonas rurais mais afastadas,
começaram a surgir os samurais, guerreiros encarregados
de proteger as terras e a vida dos chefes de clã.
No século XII, duas poderosas famílias passaram a disputar o
poder: os Minamotos e os Tairas.
A rivalidade entre elas gerou conflitos civis, que culminaram
com o declínio da família Fujiwara e a Guerra Genpei, entre
1180 e 1185. Após o período de crise, os Minamotos saíram
vitoriosos e passaram a ocupar a posição de comando dos
interesses imperiais.
Entre 1185 e 1333, a administração do Estado, que estava
nas mãos da aristocracia da Corte, passou para o controle
dos militares samurais.
Inicialmente, sob as ordens do líder militar Yoritomo
Minamoto (1147 a 1189), foram criados cargos para manter
a ordem pública e aumentar o poder central do império,
como os shugo, espécie de delegados policiais locais, e os
jitô, coletores de imposto s dos latifúndios do interior. Era o
início do Período Kamakura, ou Shogunatos, composto por
governos controlados por líderes militares, que se estendeu
até a Revolução Meiji.
Minamoto no Yoritomo, o primeiro shogun do Japão

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