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EXPLOSÃO - ART 251 - DIREITO PENAL II

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CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
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Dos crimes de perigo comum 
EXPLOSÃO – ART. 251
Art. 251. Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos:
Pena — reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1º Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos:
Pena — reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Aumento de pena
§ 2º As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses previstas no § 1º, I, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no n. II do mesmo parágrafo.
Modalidade culposa
§ 3º No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos análogos, a pena é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos; nos demais casos, é de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
BEM JURÍDICO: incolumidade pública. 
SUJEITO ATIVO: qualquer pessoa.
SUJEITO PASSIVO: coletividade e pessoa especificamente atingida pelos efeitos da explosão. 
TIPO OBJETIVO: A conduta tipificada é expor a perigo, que temo sentido de arriscar, colocar em perigo o bem protegido. Difere do tipo do art. 132, por acrescentar, como bem jurídico protegido, o “patrimônio” de outrem, além da forma de sua execução.
TIPO SUBJETVO: dolo. Previsão de modalidade culposa. 
CONSUMAÇÃO: explosão, o arremesso ou a colocação do engenho, instalando-se uma situação de iminente perigo.
TENTATIVA: admissível nas duas primeiras modalidades. A colocação de dinamite, pura e simples, dificilmente poderá tipificar a figura simplesmente tentada.
CLASSIFICAÇÃO: 
· Comum;
· Formal;
· Forma livre;
· Comissivo, sendo excepcionalmente admissível a modalidade de omissão imprópria quando restar configurada a existência do agente garantidor nos termos do art. 13, § 2;
· Perigo concreto;
· Instantâneo;
· Unissubjetivo;
· Plurissubsistente.
FORMA PRIVILEGIADA: o artefato usado não se tratar de dinamite ou substância de efeitos análogos (§ 1º), mas sim de explosivo menos danoso, como a pólvora.
MAJORADO: hipóteses elencadas no art. 250, § 1º, I e II. 
CULPOSA: explosão resulta da desatenção do agente, que não observa as regras de cuidado exigíveis pelas circunstâncias. Restringe-se à hipótese de explosão, não abarcando o mero arremesso ou a colocação do artefato explosivo.
DANO QUALIFICADO: Não ocorrendo perigo à incolumidade pública, e não sendo própria a coisa, responderá o agente pelo delito de dano qualificado (art. 163, parágrafo único, II).
QUESTÕES ESPECIAIS: É imprescindível para o delito de explosão que ocorra perigo concreto à vida, integridade física ou patrimônio alheio; caso contrário, a conduta poderá caracterizar o delito insculpido no art. 42 da Lei n. 9.605/98. 
AÇÃO PENAL: pública incondicionada.

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