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INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 1 17/11 INCONTINENCIA URINÁRIA IU de urgência | IU de esforço DEFINIÇÃO Perda involuntária de urina, objetivamente demonstrável; Traz serias repercussões a qualidade de vida da mulher; Modifica principalmente aspectos sociais, emocionais e econômicos. INCIDENCIA 1 em cada 4 mulheres na faixa de 30 a 59 anos experimentam pelo menos um episódio de perda de urina ao longo da vida; Número cada vez maior de garotas que a partir de 18 anos já apresentam flacidez da musculatura pélvica, chegando a apresentar incontinência urinária de esforço IU EM IDOSOS Afecção bastante frequente principalmente nos indivíduos que vivem em casas de repouso ou hospitais Para a continência urinária é necessária: Combinação de consciência controle, mobilidade e destreza manual (D’ Ancona, 1995) A incontinência urinária: Erroneamente interpretada como parte natural do envelhecimento (REIS et al, 2003) INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 2 PREVALENCIA Segundo dados da literatura, em pacientes acima de 60 anos, são incontinentes: 15 a 36% das pacientes integradas à sociedade 15 a 21% das hospitalizadas 40 a 70% das que vivem em asilos. (Rutchik & Resnick, 1998) CAUSAS Diversas Aumento excessivo de peso durante a gestação; Mulheres multíparas, idosas ou na fase do climatério; Esforço ao levantar pesos; Mulheres que apresentam constipação (devido a realização da manobra de valsalva frequentemente) IMPACTO DA IDADE NA IU DOENÇAS NEUROLOGIAS E IU NO IDOSO Doenças neurológicas agudas ou crônicas podem ser fatores causais de IU em idosos: Acidente vascular cerebral (AVC) Doença de Parkinson Diabetes Miellitus Lesão raqui- medular (D’ Ancona, 1995) INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 3 CLASSIFICAÇÃO DA INCONTINENCIA URINARIA NO IDOSO Noctúria - acorda várias vezes a noite para fazer xixi Incontinência urinária transitória pode ser decorrente: Constipação intestinal (fecaloma) Medicamentos Infecção Vaginite atrófica Distúrbios psicológicos Dificuldade de locomoção Ingestão de líquidos em excesso Incontinência urinária persistente IUE - esforço Hiperatividade vesical Incontinência urinária relacionada ao esvaziamento vesical inadequado ou incompleto MEDICAMENTOS INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 4 Há a IU quando há a pressão uretral menor que a pressão vesical tanto no repouso como no esforço – musculatura uretral ou esfincteriana – tem um controle da uretra, tanto por fibras musculares estriadas como fibras de musculatura lisa e o mecanismo muscular não esfincteriano é pela elasticidade da mucosa que envolve essa uretra e também a questão muscular (congestão muscular que promove uma falência de nutrição dessa musculatura periuretral pode ter um comprometimento na potencialidade dessa musculatura). Quando o esfíncter interno (começo da uretra) – bexiga – uretra – (homens esse começo da uretra, esfíncter interno é envolto pela próstata | mulheres comunicação direta) esfíncter interno é insuficiente para segurar o xixi, ainda tem a resistência do esfíncter externo que e a ação da musculatura voluntária. FISIOPATOLOGIA Pressão uretral menor que a pressão vesical tanto no repouso como no esforço Pressão intrabdominal da uretra Mec. Esfincteriano neuromuscular: ff. Musc. Estriadas e lisas Mec. Esfincteriano não neuromuscular: Mucosas tecido conjuntivo uretral e periuretral, plexo vascular mucoso. Na falência do mecanismo intrínseco da uretra, entra a resistência do esfíncter externo tanto a ação do detrusor como as oscilações da pressão abdominal INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 5 Posicionamento extra abdominal do colo vesical Importância da parede vaginal e dos ligamentos de suporte: No esforço: Contração do MM. Pubococcígeo puxa 2/3da vagina superior M levantador do anus e longitudinal do anus, tracionam a bexiga para trás e para baixo = fechamento entre bexiga e uretra Durante a micção: M. Pubococcígeo relaxa M. levantador do anus e longitudinal do anus contraem sem qualquer oposição = vetor de força em funil aumentando o orifício uretral 1) posição de repouso e bexiga bem posicionada fazendo um ângulo com a uretra. ESVAZIAMENTO VESICAL – relaxa a musculatura e essa angulação da bexiga com a uretra, a bexiga fica verticalizada para facilitar o esvaziamento como se fosse um funil; Necessidade da continência (Segurar o xixi para não perder urina no caminho) a musculatura no assoalho pélvico, principalmente as fibras do puboccocigeos eles tracionam (sai do púbis e vai para trás da uretra, tem fibras que se inserem no cóccix, e voltam par ao púbis de novo, quando contrai ele traciona o uretra para sentido anterior, formando uma angulação que não chega a 90, tem uma forma de ajudar o esfíncter interno. INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 6 Esfíncter externo – voluntario | musculatura fraca, não segura o suficiente e acontece a perda urinária. CLASSIFICAÇÃO Uretral Incompetência do esfíncter (IUE) Instabilidade do detrusor Retenção por trasbordamento – espinha bífida, lesão congênita ou não– não percebem o enchimento vesical, e como não percebe, acaba apertando a musculatura abdominal e não tem controle de musculatura de assoalho pélvico Congênitas Miscelânea - causas diversas Extra uretral Fístulas (congênitas ou não + trabalha de esforço e instabilidade do detrusor (bexiga++) Fistula (aberturas) congênitas – nasce com ela Instabilidade do detrusor Atividade do detrusor na fase de enchimento do ciclo miccional Comum em disfunções neurológicas Bexiga hiperativa – não neurológico Retenção por transbordamento Pressão intra vesical excede a pressão uretral, associada a distensão vesical; o Na ausência da atividade do detrusor Presente na bexiga atônica- LESÃO NEUROLÓGICA (não tem controle – distensão vesical até o limite – essa pressão da bexiga excede a da uretra) Presenta na bexiga espástica – FIBROSE PÓS RADIOTERAPIA - acaba tendo, como não tem a extensibilidade, levando a perdas urinarias pois ela não contrai INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 7 IU DE ESFORÇO Toda perda de urina pelo meato externo da uretra quando a pressão vesical excede a pressão máxima de fechamento uretral na ausência de contração do musculo detrusor Incontinência por mobilidade do colo vesical Defeito esfincteriano da uretra Misto AVALIAÇÃO ANAMNESE Investigas início dos sintomas Sua duração – como começou? Foi de uma hora para outra? Para investigar se é transitória ou persistente; Intensidade – se perde um pouco e consegue segurar, em jato, ou se é em uma quantidade significativa de urina Outras condições associadas – medicamentação de uso continuo, uso de alguma outra medicação temporária Investigar modo de micção – como está esse habito? o Aumento da frequência o Urgência e/ou Noctúria (IU de urgência – quando aumenta a frequência) hiperatividade de musculatura detrusora; o Virgindade e nuliparidade (associado com neuropatias centrais ou periféricas) AVALIAÇÃO – DEFINIÇÃO DE ALGUNS SINTOMAS IU Miccional – forte desejo miccional acompanhado por um temor de perda urinária e dor IU Poliaciúria – aumento da frequência miccional – aumento de liquido Quando ocorrem oito ou mais micções ao dia ou com intervalo menor que duas horas; Noctúria – acorda a noite para ir ao banheiro Enurese noturna – perde urina durante o sono. INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 8 IU AVALIAÇÃO Teste simplificado Mas tem que colocar o cateter na uretra – por meio de sonda. Encurta o tempo de filtração. INCONTINÊNCIAURINÁRIA Vhelena_fisioterapia 9 REFLEXOS A SER TESTADOS 1 POSIÇÃO Ginecológica – estimulo no clitóris com o cotonete, estando integro o reflexo, terá contração da musculatura. 2 – posição ginecológica, contração da musculatura no momento da tosse 3 – USADO MAIS EM HOMENS - Com a tosse ou estimulação perianal com o cotonete terá, INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 10 PRINCIPIO DO TRATAMENTO Fortalecimento destes músculos apresenta vários efeitos benéficos; Ajuda a sustententar o colo vesical em uma posição apropriada; Diminui a pressão gravitacional da urina no esfíncter; Fortalece os músculos do assoalho pélvico dispostos ao redor da uretra; Estimula a bexiga relaxar reflexivamente. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DA IU A fisioterapia, como forma abrangente de tratamento, visa a prevenção e tratamento curativo da IU por meio da educação da função miccional, informação a respeito do uso adequado da musculatura do assoalho pélvico, bem como o aprendizado de técnicas e exercícios para aquisição do fortalecimento muscular. São objetivos principais da fisioterapia a reeducação da musculatura do assoalho pélvico e seu fortalecimento, visto que, na maioria dos tipos de incontinência urinária, está presente uma redução da força desta musculatura. A reabilitação do trato urinário inferior (TUI) é definida como terapêutica não cirúrgica e não farmacológica para restabelecimento da função adequada do TUI. Entre as principais modalidades de tratamento fisioterapêutico da incontinência urinária, encontram-se: o biofeedback, mudanças comportamentais, a eletroestimulação neuromuscular, os cones vaginais e a cinesioterapia O biofeedback é um aparelho cuja técnica possibilita que a informação sobre o processo normal, fisiológico e inconsciente da INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 11 contração muscular do assoalho pélvico, seja introduzida ao paciente e/ou ao terapeuta como sinal visual, auditivo ou tátil. A modificação comportamental é definida como a análise e alteração do relacionamento entre os sintomas da paciente e o seu ambiente, com o objetivo de tratar os modelos de micção inadequados ou mal adaptados. Estas modificações podem ser obtidas por modificação comportamental da paciente ou do ambiente em que ela vive. A eletroestimulação neuromuscular (EENM) é a aplicação de corrente elétrica que estimula a inervação da víscera pélvica ou o suprimento de sua inervação. O objetivo da EENM é induzir diretamente uma resposta terapêutica ou passar a modular as disfunções do TUI, intestinais e sexuais. Os cones vaginais foram desenvolvidos por Plevnik em 1985. Ele demonstrou que a mulher pode melhorar o tônus da musculatura pélvica introduzindo na cavidade vaginal cones de material sintético, exercitando a musculatura do períneo na tentativa de reter os cones e aumentando progressivamente o peso dos mesmos. A cinesioterapia do assoalho pélvico compreende basicamente na realização dos exercícios de Kegel, que objetiva trabalhar a musculatura perineal para o tratamento da hipotonia do assoalho pélvico. Kegel e Kegel & Powel foram os primeiros pesquisadores nos Estados Unidos a prescrever exercícios específicos para o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. O objetivo básico dos exercícios para fortalecimento da musculatura pélvica é o reforço da resistência uretral e a melhora dos elementos de sustentação dos órgãos pélvicos. O fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico através da reeducação perineal tem-se revelado apropriada numa série de mulheres com incontinência urinária, constituindo a base da terapêutica conservadora. Visto que a população idosa vem aumentando significativamente ao longo do tempo e isto predispõe a um aumento da prevalência da IU, percebe-se a importância do tratamento conservador. Assim, emergiram os objetivos norteadores desta pesquisa, que são verificar o efeito da cinesioterapia sobre a perda de urina diária e o alívio dos sinais e INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vhelena_fisioterapia 12 sintomas referidos, bem como avaliar o impacto da cinesioterapia na qualidade de vida das idosas portadoras de IU.
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