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VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 1 UROGINECO RESPOSTA SEXUAL NORMAL E ALGUMAS SITUAÇÕES QUE PODEM SINALIZAR ALGUM PROBLEMA. FISIOTERAPIA NA ANORGASMIA (AUSÊNCIA DE ORGASMO) VAGINISMO Transtornos em qualquer fase da resposta sexual: 4 FASES: Desejo (64% não sente vontade de ter relação) Excitação (31% tem disfunção sexual na fase de excitação, tem vontade só que tem pouca lubrificação) Orgasmo (35% fase anterior impede essa fase 0 pode gerar dor - não tem orgasmo) Resolução (dentro dela a dispareunia) DISPAREUNIA 26% (DOR AS RELAÇÕES SEXUAIS) durante ou imediatamente após a relação sexual, fica com uma sensação de dor - região de abdominal ou região de períneo (assoalho pélvico) RESPOSTA SEXUAL NORMAL: Mediada por fatores psicológicos ambientais e fisiológicos (hormonais, vasculares, musculares e neurológicos) ESTÍMULOS INTERNOS: PENSAMENTOS E FANTASIAS ESTÍMULOS EXTERNOS: (TATO, OLFATO, AUDIÇÃO, GUSTAÇÃO E VISÃO). Inicialmente, fatores tanto psicológicos como ambientais e fisiológicos. Fisiológicos: relacionada hormonal (adequada) vascular, muscular adequada ou resposta neuronal (adequada) o sistemas no nosso organismo tem que estar funcionando adequadamente para não interferir na resposta sexual normal. Essa modulação depende tanto de estímulos internos como externos. INTERNOS: diretamente relacionada a uma questão psíquica ou cultural também, passa pela educação que teve na casa, questão cultural mesmo como as pessoas do convívio desse casal/pessoa lidam com a sexualidade estamos falando de resposta sexual é diferente de sexualidade. Sexualidade é algo mais amplo. E a resposta sexual é o ato em si. VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 2 O QUE O EXCITA SEXUALMENTE FALANDO? NORMAL SÃO MESMOS MODULADORES OU MEDIADORES DA RESPOSTA SEXUAL FEMININA É O MESMO DA RESPOSTA MASCULINA Só que em termos psíquicos, ou cognitivos/emocionais existem algumas diferenças entre homens e mulheres (mais cultural) EXTERNOS - o que te excita - tátil, cheiro, sons, sabores visão ou um pouco de tudo. O que em cada um dos estímulos te estimula? Estímulo é diferente para cada pessoa! Depende de uma pessoal cultural e de vida. QUAIS PATOLOGIAS (VASCULARES) PODE INTERFERIR NA RESPOSTA SEXUAL NORMAL Anemia: FADIGA: diminuição do aporte de oxigênio, identificamos a anemia pela baixa da quantidade de hemoglobina (células vermelhas) - tem função nos vasos de transportar o oxigênio até a célula correspondente para fornecer energia à célula. Não chega oxigênio suficiente, não produz energia ao músculo FASE EXCITATÓRIA: Depende de contração muscular. Se falta energia a fase excitatória vai ser difícil de manter esse platô para atingir o orgasmo. Uma anemia pode ser uma causa de anorgasmia; DIABETES: Déficit de insulina no corpo = pâncreas produz de forma insuficiente a insulina. INSULINA = questão hormonal, transporta glicose pela da corrente sanguínea para células. Insulina e oxigênio absorvidos pela mitocôndria - transforma em ATP. O EXCESSO DE GLICOSE - na corrente circulatória aos poucos vai formando placas nos neurônios periféricos e pode por uma descompensação metabólica desenvolver neuropatias periféricas, ou seja ele está tendo um comprometimento da regulação, seja ela muscular seja ela visceral e é muito frequente o diabético desenvolver neuropatias, pois o metabolismo da glicose e outros metabolitos passam pelo rim = trabalha em sobrecarga então as neuropatias ou neuropatias diabéticas, sejam elas periféricas acomete perda de sensibilidade nas extremidades principalmente nos pés e mãos é por que vai desmielinizando os nervos periféricos. Quando falamos de comprometimento de nervos como um todo a genitália (M ou F) depende de estímulo nervoso também então pode vir a ocorrer uma disfunção erétil, tanto por questão vascular como por uma questão neural no diabético. VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 3 PACIENTE INFARTADO - faz uso de medicamentos e interferem na resposta vascular e não é pontual (só no coração) interfere na resposta sistêmica - levando a um comprometimento tanto na fase do desejo como na fase excitatória (comprometendo resposta sexual) ANTIDEPRESSIVOS (ANSIOLITIVOS) - interfere muito na excitabilidade, libido do seus usuários. RESPOSTA SEXUAL NORMAL Excitação: Vasocongestão da vagina e da vulva; Continuidade do estímulo; Aumenta nível de tensão sexual Fase de platô Estímulo perdurando: atinge o orgasmo Segue com o período refratário: resolução Retorno às condições físicas e emocionais usuais. Passou da fase do desejo, excitação e nessa fase da excitação, tem alterações fisiológicas, como Vasocongestão de vagina e vulva, assim como uma congestão peniana e do sacro escrotal. Esse aumento vascular exponencial depende justamente de hormônios que levam a essa vasodilatação ou esse aumento do fluxo sanguíneo local para que tenha a ereção. Conforme o estimulo excitatório, persiste: seja ele tátil, olfatório, visual. Quando persiste com o estimulo excitatório aumenta cada vez mais o nível de tensão sexual até chegar o PLATO PLATO: resposta neurológica e motora, contração muscular e mantendo esse estimulo excitatório vai fazer com que a pessoa mulher ou homem, atinja o orgasmo. ORGASMO é o ápice desse estimulo excitatório da pessoa. Após atingir o orgasmo, entra um período refratário: fase de resolução onde o corpo vai retornando progressivamente as condições físicas e emocionais pré resposta sexual. RESPOSTA SEXUAL FISIOLOGICA OCORRE EXATAMENTE DESSA FORMA. Claramente a anorgasmia - pode ter anorgasmias pode ser mulher que nunca vivenciou o orgasmo ou pode ser secundária = em uma fase da vida essa VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 4 pessoa atingiu o orgasmo e de repente não atinge mais. PROCURAR ENTENDER o porquê e na causa. Tanto na fase excitatória como na fase do desejo. Ela não tem desejo suficiente e ela não se excita suficiente (emocional ou questão neurológica - hormonal ou vascular - muscular) não consegue atingir o platô. Pode ter fibrose peri - sacral que interfere n contratilidade dos músculos do assoalho pélvico que são inervados pelo sacro. Interfere totalmente na parte de excitação e ereção VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 5 VAGINISMO - DEFINIÇÃO Disfunção sexual feminina Caracterizado por uma contração involuntária dos músculos que circundam o canal vaginal, ou seja, contração involuntária do canal vaginal. A mulher não tem controle sobre essa contração; Não consegue ter relação sexual com penetração peniana. Pode ser considerado como uma dificuldade persistente, recorrente ou situacional de permitir a introdução do pênis, de dedos ou de qualquer objeto dentro do canal vaginal, independentemente dessa mulher manifestar o desejo de ser penetrada. Pode causar o impedimento total ou parcial à penetração. Primária: Quando a mulher sempre manifestou a dificuldade de ser penetrada, desde a iniciação sexual Secundária: A mulher já teve momentos de atividade sexual normal com penetração peniana e por algum motivo ou trauma não consegue ter a relação com penetração com penetração peniana. Situacional: Quando a mulher apresenta episódios diferenciados quanto à presença de algum fator, pode ser por parceiro específico, tipo de objeto a ser penetrado (algumas dessas pacientes conseguem realizar exames VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 6 ginecológicos e avaliação fisioterapêutica), local ou ambiente onde ocorre a prática sexual CAUSAS Educacional e/ou cultural: Criação repressora ou informações Errôneas ou ausente Religioso: onde o sexo é associado ao pecado(incontrolável sentimento de culpa) Dispareunia: dor persistente e recorrente ao ato sexual Trauma sexual anterior: abusos, estupros ou moléstias; Hostilidade e figura masculina: comportamento hostil a presença de qualquer homem => ela pode ter presenciado ou servido maus-tratos durante a infância, adolescência organismo vida adulta TRATAMENTO CARÁTER MULTIPROFISSIONAL: Ginecologista especialista em sexualidade, sexólogos, psicólogos, especialista em sexualidade e fisioterapeutas especialistas em saúde da mulher. FUNÇÃO DO FISIOTERAPEUTA Em sua grande maioria, as disfunções sexuais possuem uma causa psicológica, porém a reação física; Presença de alterações músculo - esqueléticas importantes: Alteração postural; Contraturas corporais dos músculos da coxa, glúteos, pelve, abdome e tronco. Contração dos músculos do assoalho pélvico, levando a uma alteração de tônus muscular em todo seu corpo. Identificar as alterações músculo esqueléticas (alteração de postura chegando até ser antálgica - tentando proteger essa região ao estímulo doloroso) Baseado nas alterações musculares, corporal e perineal; O inicial com sessões de relaxamento e conscientização corporal - contração e relaxamento, contração isotônica, contração isotônica concêntrica, excêntrica, com bola, fortalecimento de adutores, liberação dos músculos, ligamentos pélvicos seja o sacro tuberal, seja o sacro espinhal, iliosacral, consegue realizar soltura por técnicas manuais (ligamento não contrai) Exercícios de respiração; Os exercícios iniciam em colchonetes; Depois passam para a maca ginecológica Para iniciar o tratamento com palpação dos músculos da coxa, interno da coxa, glúteos, pelve e períneo. VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 7 Dor no período pré menstrual - questão vascular - pode ser um sinal (precisa saber fazer a leitura da dor) e não se limitar ao músculo do assoalho pélvico. NÃO SE LIMITAR A UMA ÚNICA ESTRUTURA FISIOTERAPIA E VAGINISMO Depois de todo o processo anterior: Palpação deve ser milimétrica (luva e lubrificação) e cuidadosa para não ocorrer contrações involuntárias ou espasmos musculares. Até chegar á região da vulva (grandes e pequenos lábios, clitóris e canal vaginal) muitas mulheres apresentam hipersensibilidade nesta região; Manobras de dessensibilizarão e/ou liberação miofascial perineal (massagem) na região da vulva até chegar na entrada do canal vaginal ADUTOR DE COXA TENSO NEM VÁ PARA OUTRO PASSO Introdução unidigital (Dedo indicador) até conseguir o toque bidigital; Após esse processo: massageie dentro do canal vaginal para a liberação dessa musculatura que é contratura com espasmos e dor; Por último recursos de eletroestimulação para aliviar a musculatura levando ao relaxamento e diminuição da dor e o biofeedback (eletrodo vaginal) para melhorar a consciência e domínio Rosenbaum defende a importância da fisioterapia no tratamento primário do vaginismo por meio de técnicas: Terapia manual Exercícios para o assoalho pélvico - Cinesioterapia Diferentes modalidades de estimulação elétrica - perineometro Termoterapia Biorretroalimentação O tratamento fisioterapêutico para o vaginismo incide no relaxamento da musculatura do assoalho pélvico e dos músculos acessórios, como: adutores de coxa, obturadores internos e externos, piriforme, glúteo, abdominais e lombares. O relaxamento pode ser realizado por meio de alongamentos e de exercícios respiratórios, conforme a necessidade da paciente. VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 8 Os exercícios de contração voluntária do assoalho pélvico levam a uma melhora da percepção e da consciência corporal e vascularização da região pélvica. A contração de um grupo muscular pode ser complexa, pois os músculos não estão visíveis; mas, por meio da visualização de uma representação simples da anatomia feminina, esse trabalho pode ser concretizado com êxito. Outra maneira interessante de melhorar a consciência dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP) é solicitar que a mulher coloque os dedos sob o centro tendíneo do períneo e realize uma contração seguida de um relaxamento do mesmo31. Os exercícios de percepção local também podem ser ajudados por um espelho, pela bola terapêutica, por uma almofada pélvica e pelo fisioterapeuta, associando-os à respiração32 Os exercícios devem feitos de várias formas e dependem dos problemas encontrados na avaliação, como a apresentação de sinergismos musculares ou contrações acessórias que evitem a contração isolada dos MAP. A posição exata da mulher centra na busca do isolamento da ação muscular do períneo, mantendo-o em posição de alongamento para melhorar a percepção da região. Eletroestimulação Sobre o tratamento fisioterápico baseado na eletroestimulação, Kitchen afirma que se trata do emprego de correntes elétricas para fortalecer e reeducar os músculos, diminuir edema, aliviar a dor e restaurar feridas. Segundo Moreno, esse é o tratamento mais usado como complemento aos exercícios cinesiológicos e é recomendado como estímulo para despertar a consciência corporal, auxiliando a contração apropriada dos músculos do assoalho pélvico. Rossella, ao pesquisarem os efeitos da eletroestimulação do assoalho pélvico no tratamento das dores sexuais, observaram que a capacidade de contração, bem como a capacidade de repouso e dor melhoraram, especialmente em mulheres com vaginismo. Também é possível que os efeitos positivos da eletroestimulação para a função sexual tenham ocorrido devido não só a uma maior eficácia na contração, mas a uma progressiva dessensibilização à dor. Apesar de no princípio da terapêutica a mulher se apresentar preocupada com o emprego da corrente elétrica, no transcorrer das sessões, a letroestimulação se revelou eficiente na diminuição da dor e na percepção da contração muscular, causando grande melhora. Antonioli & Simões afirmam que a eletroestimulação deve ser considerada eficaz para proporcionar a conscientização do assoalho pélvico e para o reforço muscular. Sua maior vantagem é a de não VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 9 apresentar efeitos colaterais quando comparado ao tratamento medicamentoso, apesar de algumas mulheres descreveram pequeno desconforto e irritação local. No estudo sobre vaginismo realizado por Seo e, a eletroestimulação foi utilizada com um aparelho eletromiográfico associado simultaneamente ao biofeedback. Fizeram parte da pesquisa 12 mulheres avaliadas ao longo de 12 semanas em sessões de 15 minutos de duração. As participantes recebiam dilatadores vaginais de silicone de vários diâmetros para prática em domicílio, sendo orientadas a fazer os exercícios de dessensibilização da região vulvar/vaginal. Aquelas que completaram o programa descreveram melhora significativa na satisfação sexual. Na pesquisa feita por Nappi et al, empregou-se a eletroestimulação funcional em 29 mulheres com vaginismo ou dispareunia. O tratamento durou 10 semanas com sessões semanais de 20 minutos e orientações de treinos para os músculos do assoalho pélvico, os quais precisariam ser feitos em casa, durante 20 minutos, três vezes por semana. Foi observada melhora na contração e no relaxamento da musculatura de assoalho pélvico em todas as participantes e redução da dor durante a relação sexual e retorno à atividade sexual em 50% das mulheres com vaginismo. Terapia manual Terapia manual é constituída por um conjunto de métodos com intenção terapêutica ou preventiva, onde é aplicado toque ou manobra manual sobre os tecidos musculares, ósseos, conjuntivos e nervosos. Na maioria das vezes, é mais empregada no alívio de tensões (mobilização de pontos gatilhos), restrição de mobilidade, desvios mecânicos ou bloqueios funcionais. No caso do vaginismo, podemser recomendados métodos manuais com a finalidade de desativar os pontos gatilhos, mas não devem ser a primeira opção de tratamento, pois as mulheres que têm essas patologias mencionam muita dor ao toque. O mais recomendado seria empregá-la após outro procedimento, como a eletroanalgesia, pois, dessa maneira, tem-se o alcance do alívio da dor e a retirada de tensão muscular, que são as principais causas dos sintomas. Segundo Prendergast, o fisioterapeuta deve analisar a existência de pontos gatilho e se estão cooperando para os sintomas. Os músculos identificados como principais determinantes de dor nos tecidos da VAGINISMO @VHELENA_FISIOTERAPIA 10 vagina ou da vulva, por possuírem maior número de pontos gatilhos, são ísquiocavernoso, bulboesponjoso e elevador do ânus. Após a localização dos pontos gatilho, existem métodos a serem seguidos para sua diminuição, dentre elas a compressão isquêmica, onde o fisioterapeuta comprime manualmente o ponto de dor por 60 a 90 segundos ou até sentir sua liberação. Dilatadores vaginais Na técnica de dilatação gradual, são colocados dilatadores de silicone ou de material emborrachado lubrificados no canal vaginal como sondas que podem ser insufladas. Primeiramente, os dilatadores devem ser pequenos; seu tamanho deve ser aumentado gradualmente, à medida que a tolerância da mulher também aumente. A técnica de dilatação também pode ser praticada usando os dedos. No momento em que os dilatadores estão inseridos na vagina, exercícios de fortalecimento da MAP podem ser realizados. Dessa maneira, o uso da técnica nos episódios de vaginismo pode cooperar para melhora do quadro, atenuando a sensibilidade à penetração e beneficiando a percepção da MAP pela mulher, o que lhe permite controle e relaxamento. Encontraram-se alguns estudos citando o uso de dilatadores vaginais como opção de tratamento6, e, no entanto, os mesmos não forneceram evidências consistentes de intervenção no vaginismo.
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