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MECANISMO DE AÇÃO EPINEFRINA A epinefrina, o mesmo hormônio sintetizado pelo glândula suprarrenal também é constantemente usado na terapêutica, por isso o escolhemos. Alguns exemplos dos efeitos da epinefrina são: vasoconstrição periférica, sudorese, aumento da frequência cardíaca, dilatação da pupila, diminuição do tônus gastrointestinal, etc. Uma substancia sempre tem muitos efeitos, não existe nenhuma substancia que tenha apenas 1 efeito. Os primeiros pesquisadores, quando isolaram a epinefrina da glândula suprarrenal e iniciaram seus testes em animais e perceberam que: alguns vasos ficavam contraídos (periféricos) enquanto outros ficavam dilatados (profundos), e isso foi uma surpresa para eles. Nessa época supunham que as substancias atuavam através de receptores, hoje sabemos que é real, mas naquela época era apenas uma suposição. Assim surgiu uma situação paradoxal -> a mesma substancia causava efeito excitatório (contração) em um órgão e feito inibitório (relaxamento) em outro. Para explicar esse fato, disseram que haviam receptores diferentes e chamaram os receptores dos vasos internos 🡪 alfa e receptores dos vasos profundos🡪 beta. Com a continuação dos estudos, observaram que no coração, embora o efeito seja excitatório os receptores não eram do tipo alfa e sim do tipo beta, então houve uma mudança na nomenclatura, receptores encontrados nos vasos profundos 🡪 beta 2 e no musculo cardíaco 🡪 beta 1. A musculatura do brônquio, na presença da adrenalina também sofre relaxamento. Atualmente os receptores adrenérgicos são divididos em: alfa e beta e subdividos em alfa 1, alfa 2, beta 1, beta 2 e beta 3. Vamos trabalhar mais com os 4 primeiros, apesar do beta 3 já ser identificado não temos nenhuma substancia que seja especifica para ele. Assim vamos adotar o conceito de agonista = substancia que tenha afinidade pelo receptor e seja capaz de ativa-lo, por exemplo epinefrina 🡪 é um agonista adrenérgico alfa beta inespecífico. Na pratica medica ao usar adrenalina em uma solução, todos os efeitos decorrerão simultaneamente, não em como evita-los, pois ao cair na carente sanguínea a substancia se distribui; fisiologicamente a suprarrenal já lança direto na corrente sanguínea sem necessidade de absorção. A adrenalina ultrapassa a membrana endotelial do capilar, e encontra receptores localizados na membrana da célula. A epinefrina é uma substancia muito solúvel em agua, que não tem capacidade de atravessar membrana celular e assim entra em contato com receptor adrenérgico que esta estrategicamente localizado na membrana; vamos dar um exemplo com um receptor beta e dessa forma saberemos também como ocorre com o alfa : o receptor beta esta acoplado a uma proteína G, esta por sua vez esta acoplada a uma enzima chamada Adenil ciclase, quando a Adenil ciclase fica ativa transforma atp em AMP cíclico, assim todas as células que apresentam receptores beta fazem isso. Na musculatura lisa o AMP cíclico desencadeia inibição; no musculo cardíaco o AMP cíclico desencadeia contração, ou seja, efeito inibitório e excitatório simultaneamente. Todas estas respostas correm ao mesmo tempo, e não podemos separa- las, assim algumas substancia por atuarem em muitos subtipos de receptor simultaneamente geram uma resposta muito diversificada. Já outras substancias por atuarem em um numero menor de receptor, apresentam efeitos em menos quantidade. Daqui algumas semanas vamos estudar drogas adrenérgicas, e lá vamos estudar substancia que podem substituir a adrenalina em alguns tratamentos, por exemplo: se quer um efeito bronco dilatador, isso pode ser alcançado por intermédio de algum agonista beta 2 (especifica), não precisando fazer uso de umas substancia que atue em beta1, beta 2, alfa 1, alfa 2 ao mesmo tempo. Quanto mais especifica for a substancia, menos reações adversas/efeito colateral ela vai apresentar. Efeito colateral é um efeito que se manifesta através de um mesmo mecanismo de ação, que não pode ser excluído, por exemplo: a adrenalina como bronca dilatadora vai apresentar outros efeitos além de bronco dilatar, como aumentar a frequência cardíaca; e estes efeitos colaterais são indissociáveis do efeito principal. Na terapêutica atual, existe uma tendência para valorizar substancias mais especificas, ou seja, quando menos ação ela tiver, melhor, desde que esta ação resulte no efeito que quero. No capitulo dos adrenérgicos vamos conhecer substancia agonistas alfa/beta inespecíficas, alfa especificas, alfa 1 especificas, alfa 2 especificas, e mesmo para beta -> agonista beta inespecífico, beta 1 especifico e beta 2 especifico; depois virão os antagonistas, pois da mesma forma que podemos ativar um receptor nós podemos inibi-lo também, conceito da aula passada, antagonismo farmacológico competitivo -> tem capacidade pelo receptor, mas não tem capacidade de ativa-lo. Na terapêutica existem situações que é preciso ativar o órgão, por exemplo: com a diminuição da pressão arterial, a adrenalina é importantíssima pois aumenta as propriedades cardíacas e promove aumento da resistência vascular periférica, fazendo a PA subir; ou um hipertenso que precisa que a PA diminua e assim faz uso de substancias que são antagonistas de adrenérgicos, ou seja, competem com a adrenalina no receptor impedindo-a de fazer seu efeito.
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