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Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 # POLÍGONO DE WILLIS/ CÍRCULO VASCULAR CEREBRAL − Formação: ✓ Contribuição de duas artérias carótidas importantes (artérias carótidas internas e vertebrais) A artéria carótida interna penetra no crânio através do forame carótico faz o sifão carotídeo (primeira curva), e depois emite seus ramos e contribuições para o culículo. A artéria vertebral é formada a partir da subclávia. Ela passa pelo forame transverso das 7 vértebras cervicais, as artérias direita e esquerda penetram pelo forame magno e vão se juntar para formar a artéria basilar; A artéria basilar acompanha o tronco encefálico e se divide formando as cerebrais posteriores, as quais se comunicam com as carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores. As carótidas internas vão se ramificar em cerebrais médias, que vai para a lateral, e cerebrais anteriores, que seguem em direção anterior, e se comunicam através da artéria comunicante posterior. ✓ Cerebral anterior: se distribui por toda a região do lobo frontal, parte do lobo parietal, sempre pela região medial ✓ Cerebral Média: acompanha o sulco lateral; é responsável por uma parte do lobo temporal e frontal, e grande parte do lobo parietal e frontal (região chamada de supero-lateral). ✓ Cerebral posterior: acompanha parte do lobo temporal e praticamente todo o lobo occipital. Obs.: Uma obstrução no polígono não vai ser tão importante porque ela vai ter compensações. Ex.: uma obstrução na vertebral é compensada pela carótida interna. Entretanto, mas em uma obstrução na anterior, não há nenhum tipo de anastomose ou compensação, então aquela área fica completamente comprometida, seja por um acidente vascular isquêmico ou hemorrágico. Identificar a apresentação do AVE, de acordo com o território vascular afetado no encéfalo (artérias cerebrais anterior, média e posterior): Nessa imagem observamos uma lesão correspondente a artéria cerebral anterior, indo para frente e para cima. É possível observar que à medida que os cortes vão subindo é possível observar uma área de comprometimento medial e superior, até áreas mais altas. Comprometimento das funções cognitivas e comando. Nessa imagem observa-se cortes laterais em ordem descendente, com uma área de lesão mais lateral, exatamente na região supero- lateral do córtex, onde ocorre a vascularização pela cerebral média. É uma área importante onde se encontram os giros pré e pós-central, responsáveis pelas áreas motoras e sensoriais primarias. Haverá comprometimento motor e sensorial Nessa imagem há a contribuição da cerebral posterior, ou seja, uma lesão na região temporal inferior. A região do lobo occipital está bem comprometida, como se vê na imagem “hipodensa” caracterizando a lesão do tecido nessa região inferior-posterior. Essa região tem função visual, assim, haverá comprometimento visual. Artéria Carótida Comum e divisões em externa e interna Artéria Vertebral Carótidas Internas Cerebral Média Cerebral Anterior Cerebral Média Cerebral Anterior Artéria Comunicante Anterior Cerebral Posterior Cerebral Posterior Artéria Comunicante Posterior Cerebral Anterior Cerebral Média Cerebral Posterior Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 # Drenagem Venosa - É feita por um sistema de seios venosos da dura máter; - O encontro de folhetos da dura mater formam espaços onde os seios vão se formar; ✓ Seio sagital superior: Foice do cérebro com folheto do hemisfério esquerdo e direito, o encontro desses folhetos forma uma região na parte superior chamado de seio sagital superior (bem na direção da sutura sagital). Vai drenar desde a parte anterior do cérebro em direção a confluência dos seios ✓ Seio sagital inferior: Acompanha uma parte do giro do cíngulo e vai descendo em direção ao seio reto. ✓ Seio reto: Acompanha o encontro da foice do cerebelo com as tendas do cerebelo (outros folhetos da dura mater que separam o cérebro do cerebelo) Ele vai em direção a confluência dos seios. ✓ Seio transverso: Eles fazem uma curba ✓ Seio sigmoide: Penetram no forame jugular e formam a veia jugular interna, responsável pela drenagem do encéfalo. ✓ Seio cavernoso e seios menores: Responsáveis por drenar áreas da base do crânio. #NEUROCRÂNIO ❖ Vista Lateral ✓ É um arcabouço ósseo arredondado que vai envolver o encéfalo e o ouvido interno. Os ossos da cabeça são divididos em ossos do crânio da face. ✓ O neurocrânio é composto pelos ossos do crânio, os quais são 8: o Frontal (em azul) o Etimóide (em cinza) o Esfenóide (em amarelo) – tem formato de borboleta o Parietal (em verde) o Temporal (em rosa) o Occipital (em roxo) ❖ Vista Medial ❖ Calota Craniana ✓ É basicamente formada por 3 ossos: frontal, parietais e occipital. ✓ Esses ossos são separados pelas suturas. ❖ Base Interna do Crânio Confluência dos Seios Seio Sagital Superior Seio Sagital Inferior Seio Reto Confluência dos Seios Contribuição do seio reto e do sagital superior Seio Transverso Seio Transverso Seio Sigmoide Seio Sigmoide Seio Cavernoso Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 ❖ Base Externa do Crânio ✓ Encontra-se vários ossos que fazem parte da face. ❖ Nervos Cranianos ✓ Focaremos no 5º (trigêmeo) e no 7º (facial) par de nervos. ✓ Origem aparente Nervo trigêmeo: relacionado com a função sensorial e a motora, ou seja, função mista. Nervo facial: possui função mista ❖ Nervo Trigêmeo ❖ ✓ Origem: região do - Núcleo do trato mesencefálico do trigêmeo; - Núcleo mastigatório (motor); - Núcleo sensorial principal; - Núcleo do trato espinal do trigêmeo. ✓ As origens estão relacionadas com a função da estrutura nervosa ✓ O nervo trigêmeo possui duas raízes, uma mais calibrosa, e outra menos. A mais calibrosa está relacionada com a atividade sensorial do nervo. Já a menos calibrosa está relacionada com a atividade motora. ✓ Após a sua origem encontra-se o gânglio trigeminal, no qual chegam os neurônios pré-ganglionares e de onde saem os neurônios pós-ganglionares para as três ramificações do nervo trigêmeo (nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular). Nervo Oftálmico Nervo Maxilar Nervo Mandibular Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 ✓ O nervo trigêmeo emerge a partir de uma fissura e dois forames Fissura Orbital Superior: passagem do nervo oftálmico; Forame Redondo: ramo emergente do nervo maxilar; Forame Oval: passagem do nervo mandibular. ❖ Nervo Facial ✓ É um nervo misto, tem função motora e sensorial. ✓ Função: Mimica facial, lacrimejamento, salivação e sensorial. ✓ Origens: - Núcleo facial/motor: atividade motora do nervo facial; - Núcleo lacrimal: lacrimejamento; - Núcleo salivatório superior: salivação. - Núcleo solitário: sensorial. ✓ Gânglio geniculado: dele partem os neurônios pós ganglionares relacionados a atividade motora (mimica facial); ✓ Gânglio pterigopalatino: partem neurônios pós-ganglionares que enervam as glândulas lacrimais. ✓ Gânglio submandibular: partem neurônios pós-ganglionares, enervarão as glândulas salivares (sub-lingual e sub-mandibular). ✓ Para a contração de um músculo estriado esquelético que está na periferia do corpo é necessário que nele cheguem axônios de neurônios e fibras nervosas que vem do SNC, e ocorram as sinapses. ✓ Essas fibras deixam o SNC ao nível da medula no segmento mais próximo do músculo a ser trabalhado. ✓ Na secção da medula há 4 projeções de substancia cinzenta denominadas de cornos, dois voltados para a parte anterior, ventrais, e outros 2 voltados para a parte posterior, dorsais. Para o controle motor, nos cornos ventrais se localizarão os neurônios motores, que emitem suas projeçõespara fora do SNC formando a raiz ventral medular, que se juntaram as raízes dorsais formando os nervos espinhais, e por ele chegam aos músculos esqueléticos. ✓ Nervos: são formados por raízes dorsais com função sensitiva, e ventrais, com função motora, caracterizando-o como misto, por conter fibras que realizam funções diferentes. ✓ Existe uma topografia característica dos cornos ventrais para promover essa enervação do controle do movimento muscular, ou seja, no corno ventral há diferentes regiões. Na região medial há neurônios que controlam músculos axiais. Já na lateral do corno, há neurônios que controlam músculos mais distais. ✓ Intumescências da medula espinhal: são dilatações macroscópicas na medula, a qual se apresenta mais larga nas regiões C3-T1, formando a intumescência cervical, e na L1-S3, que forma a intumescência lombar. Essas regiões são mais dilatada porque há uma quantidade de neurônios maior do que no restante do segmento torácico e medular. São relacionadas as funções sensoriais e motoras. ✓ O encéfalo é dividido em lobos; ✓ Sulco central: separa o lobo frontal dos lobos parietais que estão posteriormente a esse sulco. Imediatamente anterior ao sulco há uma região primeira região de controle motor, chamada de área M1 ou área motora primária. Anteriormente à elas, há ainda duas áreas motoras a Área Pré-Motora (AMP) e Área Motora Secundária (AMS) regiões que participam do controle motor de modo mais complexo (não tem finalidade de promover contração muscular). ✓ A imagem a direita é a representação de partes de homem relacionadas ao corte esquemático do córtex cerebral, identificando as regiões anatômicas humanas as quais são controladas por ele. Na região em rosa mais escuro estão os corpos celulares de neurônios localizados no córtex motor primário que vão projetar os seus comandos em direção aos músculos das regiões indicadas. Ex.: a região mais medial do córtex é responsável pelo controle motor de Gânglio pterigopalatino Gânglio submandibular Sabrina Cardoso – MD2, Módulo 1, 2021/2 músculos do tronco, do ombro. Já as áreas mais lateais do córtex comandam a região da cabeça. ❖ Vias Laterais Descendentes Esses tratos descem pela medula pela parte lateral: ✓ Trato cortico-espinhal: Essa via descendent parte do córtex motor primário, principalmente envolvendo corpos celulares na região cortical mais periférica, que emitem suas projeções, descem pelo encéfalo por várias estruturas encefálicas, até chegar na medula onde se encaminham para o musculo a ser enervado. As projeções emitidas pelos neurônios no córtex primário motor formam mais internamente uma área de substância branca, que se afunila medialmente formando a cápsula interna. Essa densa rede de fibras passa pelo mesencéfalo, ponte e bulbo até chegar à medula espinhal. As fibras sofrem decusassão no nível do bulbo, atravessando para o lado oposto, e descem pela medula pela parte lateral até chegar aos corpos celulares que estão nos cornos ventrais. ✓ Trato rubro-espinhal: Tem origem no mesencéfalo. Esse trato se origina a partir de um grupo de neurônios que estão no núcleo rubro (bilateral). Seus corpos celulares projetam suas fibras em direção a medula espinhal, e ao nível do bulbo sofrem a decusassão. Percorrem a medula pela região lateral dos cornos ventrais. ✓ Os tratos e nervos são redes de fibras, mas os primeiros estão no SNC e os segundos na periferia. Gânglios são periféricos e núcleos estão do SNC, são aglomerados de corpos celulares. ❖ Vias Descendentes Ventro-Mediais Essas vias descem a medula por uma região ventro-medial. ✓ Trato Vestibulospinal Tem origem no núcleo vestibular na região do bulbo, que recebe aferência do sistema vestibular com função de equilíbrio corporal Sofre decusassão imediatamente após sua origem, no bulbo. Percorre de forma contralateral Recebe aferência de vias sensoriais (região vestibular do ouvido interno); ✓ Trato Tectospinal Tem origem no colículo superior Sofre decusassão imediatamente após sua origem Percorre de forma contralateral Recebe aferência de vias sensoriais (região da retina e córtex visual). - Os dois tratos acima são importantes para o controle da posição da cabeça e o equilíbrio corporal. ✓ Trato Reticuloespinal Pontino Forma-se na região 3, a partir formação reticular da ponte Projetam seus axônios para a medula ✓ Trato Reticuloespinal Bulbar Na região 2, do bulbo, origina-se a partir da formação reticular bulbar - Os dois tratos acima são importantes na manutenção do corpo em estado de equilíbrio. Eles tem importante papel no controle motor extensor, manutenção da postura ereta e controle de reflexos motores.
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