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Seminário de Traumato

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Displasia de quadril/ 
instabilidade de quadril: 
luxação e subluxação 
Universidade Estadual de Goiás
Acadêmicas: Lorrany Martins, Kamila Rodrigues, Marcela Mendes, Marie 
Kainah e Rafaela Rodrigues
Anatomia
● Articulação proximal do membro inferior com 
três eixos e três planos de movimento; 
● Articulação coxo femoral: bastante coaptada;
● Articulação da cabeça femoral no acetábulo 
(semiesfera) formado pela junção de 3 ossos: 
Ilíaco, isquío e pubís;
● Acetábulo orientado para baixo e para frente;
● Suporte de peso corporal e locomoção no 
membro inferior;
(KAPANDJI, A. I., 2009)
(KAPANDJI, A. I., 2009)
(auladeanatomia.com)
Displasia de quadril
● Subluxação: colo do fêmur mantém 
contato com o acetábulo;
● Luxação: nenhum contato entre 
cabeça femoral e cavidade 
acetabular;
● Preenchimento do acetábulo por 
tecido adiposo e fibroso: cabeça do 
fêmur desloca-se para cima e 
lateralmente;
(GUARNIERO, R., 2010) 
● Alterações que atingem o quadril ao longo do desenvolvimento, podendo 
levar a subluxação (instabilidade) ou luxação da coxofemoral;
● “Acetábulo raso”, orientação anatômica do fêmur inadequada ou ambos;
(fisiosupera.com.br) 
Displasia de quadril
(AHMED, E. et. al., 2013)
● Pode ocorrer devido a fatores genéticos, hormonais e fatores mecânicos;
● No adulto a displasia ocorre devido ao diagnóstico tardio ou ausente e à 
falha do tratamento conservador;
● Necessário intervenção cirúrgica;
(sbquadril.org.br)
● Estiramento capsular, ligamentar 
e alterações musculares;
Epidemiologia e Etiologia
● A DDQ é um dos distúrbios congênitos mais prevalentes nas 
crianças;
● Tem maior prevalência no sexo feminino; 
● O quadril esquerdo é mais afetado nos casos de unilateralidade;
● Sua etiologia é multifatorial, com fatores genéticos, hormonais e 
mecânicos;
● Os fatores mecânicos podem interferir no desenvolvimento do 
acetábulo;
(ALBERGARIA,MOTTA,BOUZAS, 2019)
● Fatores de risco: primiparidade, histórico familiar, 
oligodrâmnia, apresentação pélvica ao nascimento, 
recém-nascido com maiores peso e altura ao nascer e com 
deformidades nos pés ou na coluna vertebral.
Epidemiologia e Etiologia
(ALBERGARIA,MOTTA,BOUZAS, 2019)
Sintomas
● Em récem-nascidos, a displasia é indolor. 
● Já na vida adulta, pode apresentar dor, principalmente 
na região da virilha. 
● Além disso pode apresentar os sintomas mecânicos:
○ Bloqueios da articulação;
○ Falseios;
○ Estalidos.
(Sociedade Brasileira do Quadril, 2020)
DIAGNÓSTICO
Recem nascido aos 6 meses:
O diagnóstico clínico de luxação do quadril é feito pelo teste de 
Ortolani, e o de instabilidade, pelo teste de Barlow.
● Assimetria de pregas nas coxas e poplíteas;
● Assimetria das pregas inguinais;
● Teste de Ortolani (luxação);
● Teste de Barlow (instabilidade);
B
(HEBERT, 2017)
(HEBERT, 2017)
6 aos 12 meses:
● Abdução do quadril é progressivamente limitada;(A)
● Sinal de Galeazzi positivo;(B)
● Postura em rotação externa do membro inferior;
● Assimetria das pregas glúteas;
(HEBERT, 2017)
Após a marcha:
● Postura – lordose lombar excessiva, abdomen protuberante, trocânter 
maior proeminente
● Sinal de Trendelenburg positivo;
● Claudicação; marcha na ponta do pé
● Contratura de adução do quadril aumentada, com joelho valgo 
compensatório;
(HEBERT, 2017)
Diagnóstico por imagem: 
● Ultrassonografia:
○ Método de Graf;
○ Método de Harcke;
(HEBERT, 2017)
Radiografia: 
● A Partir dos 3 meses em diante;
● sinal da lágrima;
● Inclinação acetabular;
(HEBERT, 2017)
Tratamento
Tratamento 
● O tratamento 
fisioterapêutico é 
fundamental na melhora 
de qualidade de vida dos 
pacientes.
● Diminuindo o risco de 
possíveis complicações que 
possam levar ao tratamento 
cirúrgico, facilitando o 
retorno do paciente para 
suas atividades de vida 
diária. 
(ANDRADE, AVILA, BOLSSINI,2015)
Fases do tratamento
Tratamento de 
recém-nascido até aos 
3 meses de vida.
Tratamento dos três 
meses de vida até a 
idade da marcha
Tratamento após a 
idade da marcha
01 02 03
De 0 a 3 meses
● O tratamento para o 
recém-nascido se baseia na 
posição do quadril, ficando em 
leve abdução e flexão.
● Suspensório de Pavilik: tem função a redução da cabeça 
femoral na cavidade acetabular e a sua manutenção até a 
certeza da estabilidade articular, logo mantendo um estímulo 
adequado para o desenvolvimento normal da articulação. 
(ANDRADE, AVILA, BOLSSINI,2015)
(google imagens)
Suspensório de Pavilik
(ANDRADE, AVILA, BOLSSINI,2015)
YOUTUBE
https://www.google.com/url?q=http://www.youtube.com/watch?v%3DlWLkyCWGxdQ&sa=D&source=editors&ust=1632698205342000&usg=AOvVaw1FOW6C6Br5TEAzBegK0jKx
De 3 meses até a 
fase da marcha
● Nesta faixa etária a maioria dos 
pacientes poderam serem tratados 
com a redução incruenta (fechada) 
e a imobilização em aparelho 
gessado pelvipodálico. 
● A utilização do aparelho de fixação gessado consiste em se tentar 
fazer isometria da musculatura dos membros inferiores dentro do 
próprio gesso, e trabalhar o tronco com flexão, extensão e 
lateralização.
(ANDRADE, AVILA, BOLSSINI,2015)
(google imagens)
Após o uso do 
gesso:
● Hidroterapia;
● Fortalecimento Muscular.
(google imagens)
(google imagens)
● Após o período de imobilização no 
aparelho gessado, que variará de 
dois a três meses, o paciente passa a 
utilizar uma órtese de abdução (por 
exemplo, tipo Milgram) por mais 
dois a três meses.
Exercícios de Fortalecimento
(google imagens)
(google imagens)
(google imagens)
Tratamento após a idade da marcha
Esta necessidade não 
deveria existir, pois o ideal é 
que o diagnóstico seja 
efetuado bem antes desta 
faixa etária; entretanto, em 
algumas crianças, pode 
ocorrer a falha tanto do 
diagnóstico como do 
consequente tratamento 
precoce .
O limite de idade para 
indicação das tentativas de 
redução do quadril será até 
os quatro ou cinco anos de 
vida da criança. Após esta 
idade, as denominadas 
operações "de salvamento" 
da articulação são utilizadas. 
02 a 6 anos 
( ANDRADE, AVILA, BOSSINI, 2015)
Tratamento após a idade da marcha 
Após a idade da marcha 
se não houver uma boa 
evolução e indicado 
tratamento cirúrgico. 
A fisioterapia vai atuar 
no alongamentos e 
fortalecimentos muscular 
pré- cirúrgica e pós 
operatório.
02 a 6 anos 
( ANDRADE, AVILA, BOSSINI, 2015)
PREVENÇÃO
Evitar colocar roupas no bebê 
que prejudiquem sua 
mobilidade.
Subluxação e 
luxação
Fortalecimento de quadril 
Displasia Instabilidade 
de quadril
Não deixá-lo muito tempo em 
um posição que o deixe com 
as pernas esticadas ou 
pressionadas uma contra a 
outra, pois pode afetar o 
desenvolvimento do quadril.
Observar os movimentos e 
verificar se o bebê consegue 
mover os quadris e os joelhos
Tratar displasia de 
quadril.
Evitar esportes ou 
exercícios de alto 
impacto. 
Comportamento 
seguro.
(SANTOS, 2021)
Referências Bibliográficas:
● AHMED, Enan; MOHAMED, Abo-hegy; WAEL, Hammad. Tratamento cirúrgico de 
displasia de desenvolvimento do quadril de apresentação tardia depois da idade da 
marcha. Acta ortopedica brasileira, v. 21, p. 276-280, 2013.
● ANDRADE, M. N. , AVILA, P. E. S., BOSSINI, E. S. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 
DA DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. 
Revista Paraense de Medicina, v. 29, n. 1, janeiro-março, 2015
● GUARNIERO, R. Displasia do desenvolvimento do quadril: atualização. Rev. bras. ortop. 
, São Paulo, v. 45, n. 2, pág. 116-121, 2010. Disponível em: . Acesso em: 08 de mar. de 2021. 
● HEBERT, S.K; et al. Ortopedia e Traumatologia: Principios e Pratica. 5ª ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2017.
● KAPANDJI, A. I. Fisiologia articular volume 2: membros inferiores. 2009.
● S/A. O que é DDQ – Displasia de desenvolvimento do quadril?. Sociedade Brasileira do 
Quadril. Setembro, 2021.
● ALBERGARIA, T.F.S.; MOTTA, P.C.V.; BOUZAS, M.L.S.B. Coleção manuais da fisioterapia: 
Pediátrica. 1. ed. Salvador: Sanar Saúde, 2019.

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