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1 Acadêmicos: Maria Geysa Alves Ricarte Francisco Das Chagas Alves Da Costa Professor: Paulo Henrique Brandão RESUMO O treinamento funcional é um método de trabalho ainda mais dinâmico do que os treinos convencionais, é também caracterizado por mesclar diferentes capacidades físicas em um único exercício. O treinamento funcional se tornou um dos métodos mais utilizados de treinamento para a melhora da saúde, da estética e do desempenho esportivo, e ainda podemos utilizar a prática em um programa de prevenção e tratamento de lesões, reduzindo dores musculares, melhorando o equilíbrio, e aumentando a potência muscular. Conclui- se que o treinamento funcional representa uma nova metodologia de condicionamento físico, por trabalhar várias valências físicas relacionada e pesquisadas no dia-a-dia, e no trabalho das pessoas. Além da tonificação muscular, o treinamento funcional implica numa maior complexidade do movimento e no envolvimento de várias capacidades físicas. Isso faz com que o organismo tenha um gasto energético muito maior, além de trazer grandes contribuições, como:* Fortalecimento muscular, * melhora a postura, * Ameniza as dores nas costas, *trabalha o corpo todo, *trabalha o cardiorrespiratório, *equilíbrio e coordenação motora, *flexibilidade, * treinos mais dinâmico e perda de gordura. No entanto, a essência do treinamento funcional está fundamentada no progresso dos aspectos neurológicos que comprometem a capacidade funcional do corpo humano através de treinos estimulantes que desafiam os vários componentes do sistema nervoso e, por isso, geram adaptações gerais no corpo humano, ou seja, evolução física, ocasionando uma melhor qualidade de vida no seu dia, em casa ou no trabalho. Palavras chave: treinamento funcional; benefícios; fortalecimento e prevenção de lesões. O TREINAMENTO FUNCIONAL E SEUS BENEFÍCIOS 2 INTRODUÇÂO O treinamento funcional tem como princípio preparar o organismo de maneira íntegra, segura e eficiente através do centro corporal, chamado por core, que tem como significado “núcleo”, compreendendo o grupo muscular dos transversos espinhais – rotadores, interespinhais, intertransversais, semiespinhais e multífido que abrangem a coluna lombar. Na região do abdômen, tem-se o reto-abdominal, oblíquo externo, obliquo interno e o transverso do abdômen. No quadril encontram-se os glúteos – máximo e médio, iliopsoas e isquiotibiais. A essência do treinamento funcional está baseada na melhora dos aspectos neurológicos que afetam a capacidade funcional do corpo humano, através de exercícios que desafiam os diversos componentes do sistema nervoso, e por isso estimulam sua adaptação. Isso resulta numa melhoria das principais qualidades físicas utilizadas tanto do dia-a-dia como nos gestos esportivos. Este tipo de treinamento é definido como movimentos integrados, multiplanares, que envolvem estabilização e produção de força. Mais precisamente, são exercícios que mobilizam mais de um segmento ao mesmo tempo, podendo ser realizados em diferentes planos e que também envolvem em diferentes ações musculares (excêntrica, concêntrica e isométrica). Utilizados em ambientes que possuam bases de suportes regulares e irregulares, como: areia, gramados, pistas, pisos escorregadios, depressões no solo, steps, mini cama elástica, barras, pneu, corda naval, escada de agilidade, trx, kettlebell, bastões, elásticos, cones, halteres, colchonetes etc. Este tipo de treinamento quando aplicado de forma correta é muito útil para melhorar e resgatar a capacidade funcional do corpo, estimulando para que as adaptações sejam alcançadas de acordo com as exigências vividas pela pessoa, possibilitando-a uma preparação para execução de movimentos eficientes e assim prevenindo o risco de lesões, devido à melhoria na propriocepção adquirida. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A funcionalidade física do ser humano é testada desde a antiguidade e já foi questão de sobrevivência. Portanto, o treinamento funcional não é uma novidade. Na mitologia grega é observada a importância de uma plena funcionalidade para sucesso de desafios propostos, como "Os doze trabalhos de Hércules". Na Grécia Antiga encontramos os Jogos Olímpicos. Para melhoria da performance os atletas gregos desenvolveram equipamentos e métodos de treinamento específicos para superação de resultados. Esta prática, também foi aplicada na Roma Antiga, entre os gladiadores. Na realidade, hoje em dia, o treinamento funcional mantém a sua essência como um método de treinamento físico, com conceito básico de melhoria da aptidão física relacionada à saúde ou a performance e prevenção de lesão músculo esquelético. Tem como característica realizar a igualdade das habilidades biomotoras fundamentais do ser humano, para produção de movimentos mais eficientes. Este método de treinamento atende tanto o indivíduo mais condicionado como o menos condicionado, criando um ambiente dinâmico de treino. Paul Chek nos relata que desenvolveu um sistema de treinamento funcional baseados nos movimentos fundamentais do homem primitivo e que são executados também no cotidiano do 3 homem moderno, são eles os movimentos de: agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, levantar e girar. O que é o Treinamento Funcional O exercício funcional se refere a reprodução sistemática de movimentos que possuem alguma função para determinada modalidade esportiva ou tarefa diária do ser humano. Portanto, todo exercício deveria ser funcional. A capacidade funcional é a habilidade para realizar as atividades simples do cotidiano com eficiência, autonomia e independência. Assim, o treinamento funcional entra como uma ferramenta para alcançar esses objetivos. Uma das grandes vantagens é que pode ser feito em vários lugares, até mesmo em casa. Neste treino as máquinas são deixadas de lado, deixando de trabalhar os músculos de forma isolada e com movimentos mecânicos, exigindo que todas as partes do corpo trabalhem conjuntamente. Podemos utilizar circuito num treino de funcional, dependendo do objetivo da aula, conciliando exercícios cardiorrespiratórios, de força, equilíbrio, tornando-o mais dinâmico e motivante; podendo ser realizado individualmente ou em grupo. Como toda atividade física recomenda-se no mínimo três vezes por semana, mas nada impede que seja realizado todos os dias, mas tirando um dia para descanso total do corpo, o que tornaria sua prática mais efetiva. Sua duração varia de 10, 15, 20, 30 a 60 minutos, o que torna promissor para pessoas que não tem tempo de se exercitar e ficam dando desculpas, ocasionando o bem estar de cada pessoa e lhe fornecendo uma melhor qualidade de vida no seu ciclo diário de rotinas. Isto resulta em uma melhoria das principais qualidades físicas tanto no dia-a-dia quanto nos gestos esportivos (CAMPOS; CORAUCCI NETO, 2004). Treino funcional no Brasil No Brasil o treinamento funcional chegou no ano de 1990, teve algumas divergências em relação do que é, e não é funcional, por ter variações de métodos semelhantes, como ja sabemos esses métodos de treinamento vem de fora, com o treinamento funcional não é diferente, e copiamos o que os americanos chamam de “functional traninig”, que na tradução quer dizer “treinamento funcional”, digamos que os especialistas no Brasil criaram uma versão mais atualizada tecnicamente e mais especifico com qualidade nos exercícios com base no fortalecimento, resistência e prevenção de lesões. No Brasil o treinamento funcional tem seu primeiro expoente o professor Luciano D´Elia, que começou o trabalho na academia Única em São Paulo no final da década de 1990. Essa academia tinha um público mais focado nas lutas e em um primeiro momento o treinamento funcional erafocado a especificidade dos esportes de lutas e depois de algum tempo se expandiu para os demais alunos. E atualmente o Professor Luciano D´Elia é o líder do Core360. Podemos concluir que no Brasil temos três linhas metodológicas que são chamadas de treinamento funcional uma mais voltada a especificidade esportiva, outra que vem do pilates que é focada no Power house (que no treinamento funcional chamamos de core) e por último temos a visão dos exercícios integrados para melhoria das capacidades funcionais. Cabe a 4 quem for prescrever os treinos saber qual dos três linhas de trabalho é mais adequado para as necessidades, funcionalidades e objetivos de cada aluno. O treinamento funcional veio pra ficar nas vidas das pessoas não como o modismo, e sim como uma forma satisfatória em se exercitar, porque há resultados que fortalece, recupera alta estima e funciona como tratamento fisioterapêutico. Umas parte bem relevante do funcional é que todos podem praticar com um acompanhamento profissional da área de educação física, o corpo trabalha vários componentes motores, deste da mecânica até os grupos musculares. Os componentes motores envolvem a força/resistência e a flexibilidade. Estes são considerados os moduladores do sistema musculoesquelético. A força/resistência muscular refere-se à capacidade do músculo, ou de um grupo de músculos, sustentar contrações repetidas por um determinado período de tempo (GLAMER, 2003, p.80) Dias (2011), diz que o treinamento isolado proporciona resultados em termos de ganho de massa muscular e força, pois admite, em sua forma de treinamento, que ocorra fadiga muscular, contudo a metodologia do treinamento funcional aproxima-se mais dos movimentos reais, ou seja, dos movimentos realizados de forma regular e que abrangem a conexão entre os movimentos. Deste modo, esse aspecto atende ao princípio da necessidades e evolução física, um dos mais importantes princípios do treinamento. “O treinamento funcional é aplicada de acordo com suas utilizações diárias, trabalhando as valências como a força, equilíbrio, coordenação motora, potência e resistência para melhorar sua qualidade de vida” (THOMPSON, 2012). A Biomecânica e a Cinesiologia do Treinamento Funcional A biomecânica é uma ciência multidisciplinar que estuda os movimentos humanos a partir dos estudos em anatomia, fisiologia e mecânica, sendo responsável pela investigação e análise física dos sistemas biológicos, compreendendo assim os efeitos das forças mecânicas que também no treinamento funcional age sobre o corpo humano, sendo em movimentos de trabalho físico básico e intenso, esporte ou mesmo diários. Sendo uma ciência dentre as ciências, tem como principais objetivos descrever, analisar e avaliar o movimento humano em todos os esportes ou modalidades de ação física como o” treino funcional”. A Cinesiologia é o estudo dos músculos e articulações, pois é através das contrações dos músculos e das estruturas articulares que o movimento humano acontece, também são feitas analises e correções para adaptação e aperfeiçoamento do movimento físico. Para profissionais de educação física, o estudo da Cinesiologia é importante para melhorar e guiar uma aula ou plano de treino. Conhecer o papel de cada músculo contribui para profissionais de educação física conseguir equilibrar os músculos e evitar lesões em atletas, praticantes de exercícios físicos como o treinamento funcional, também ajuda a estabilizar os alunos com suas limitações. 5 FOTOS DEMOSTRATIVAS DE TREINAMENTO FUNCIONAL 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das informações expostas acima, podemos concluir que o treinamento funcional possuem benefícios e podem ser exploradas por todas as faixas etárias de idade, onde cada metodologia trará ao praticante (aluno ou atleta) acréscimos ao seu desenvolvimento motor, sendo aplicadas em diferentes estágios de evolução do aluno. No entanto, podemos perceber que a metodologia funcional vem no dia-a-dia, conquistando mais adeptos devido aos desafios propostos tanto para o aluno quando para o profissional de Educação Física no que se refere a equipamentos e execução de exercícios, proporcionando ao aluno maiores ganhos de propriocepção corporal, fortalecimento não só do CORE, mais de todo o corpo físico. O treinamento funcional representa uma nova metodologia de condicionamento, no entanto, a essência do treinamento funcional está fundamentada no progresso dos aspectos neurológicos que comprometem a capacidade funcional do corpo humano através de treinos estimulantes que desafiam os vários componentes do sistema nervoso e, por isso, geram sua adaptação e ocasionando assim um condicionamento físico mais forte, tanto para atletas, pessoas com suas funções diárias e praticantes de atividades físicas. Dessa forma, entende-se que o treinamento funcional, geram adaptações positivas ao organismo dos praticantes, desde que estes sejam abordados de forma a atender aos princípios do treinamento de cada um, dentro das suas características, possibilitando ao praticante melhor qualidade de vida. REFERÊNCIAS AABERG, Everett. Conceitos e Técnicas para o Treinamento Resistido. 1° edição, São Paulo: Manole, 2002 CAMPOS, Maurício de Arruda; CORAUCCI NETO, Bruno. Treinamento Funcional Resistido. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. MONTEIRO, Artur Guerrini; EVAGELISTA, Alexandre Lopes. Treinamento Funcional: Uma abordagem prática. São Paulo: Phorte, 2010 PRANDI, Fernanda Rafaela. Treinamento Funcional e CORE TRAINING: Uma Revisão de Literatura. Tese (Graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011 RIBEIRO, Ana Paula de Freitas. A eficiência da especificidade do treinamento funcional resistido. Tese (Pós graduação) - UNIFMU, São Paulo, 2006 SILVA, Larissa Xavier Neves. Revisão de literatura acerca do treinamento funcional resistido e seus aspectos motivacionais em alunos de Personal Training. Disponível em: 7 http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/32289/000785233.pdf?sequeseq=1. Acesso em 22/02/2012 CAMPOS, M. A.; CORAUCCI NETO, B. Treinamento Funcional Resistido: Para Melhoria da Capacidade Funcional e Reabilitação de Lesões Musculoesqueléticas. Rio de Janeiro, RJ: Revinter, 2004. GUERREIRO, L. Treinamento Funcional e Seus Benefícios. 2013. Disponível em < https://www.portaleducacao.com.br/educacaofisica/artigos/30419/treinamento-funcional-e- seus-beneficios>. TEOTÔNIO, et al. Treinamento funcional benefícios, métodos e adaptações, EFDeportes, Buenos Aires, Año 17, nº 178, 2013. http://www.educacaofisica.com.br/ciencia-ef/biomecanica/biomecanica-e-chave-para-treino- de-musculacao-eficaz/ CAMPOS, Maurício. Biomecânica da musculação. Rio de Janeiro: Sprint, 2000. SMITH, L.. K. Cinesiologia Clinica de Brunnstrom. 5º ed. São Paulo: Manole, 1997. SMITH, L.. K. Cinesiologia Clinica de Brunnstrom. 5º ed. São Paulo: Manole, 1997. https://www.portaleducacao.com.br/educacaofisica/artigos/30419/treinamento-funcional-e-seus-beneficios https://www.portaleducacao.com.br/educacaofisica/artigos/30419/treinamento-funcional-e-seus-beneficios
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