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Aula 1- Patologia das lesões (traumas) encefálicas

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1 BBPM IV Patologia 
Patologia das lesões 
encefálicas 
FRATURAS CRANIANAS 
FRATURA CRANIANA COM DESLOCAMENTO 
• O osso é deslocado para dentro da cavidade craniana 
por uma distância maior do que a sua espessura. 
• Na imagem, é possível ver também o hematoma 
subgaleal (conhecido popularmente como “galo”). 
• Hemorragia, exposição de estruturas ósseas junto ao 
parênquima cerebral e estruturas deslocadas. 
 
FRATURAS DIASTÁTICAS 
• Atravessam as suturas (já fundidas) pela dissipação 
da energia cinética do impacto. 
• Rompimento das suturas devido a choques de alta 
energia. A transmissão da energia pela calota descola 
essas suturas que já eram fundidas 
 
FRATURA DE BASE DE CRÂNIO 
• Importante porque é muito visto em acidentes 
automobilísticos → local em que há vários pares de 
nervos cranianos 
• Provoca sintomas referentes aos nervos cranianos 
inferiores ou à região cervicomedular. 
• Presença de hematomas orbitais ou mastoides 
distantes do ponto do impacto. 
• Saída de líquor pelo nariz ou pela orelha externa e 
infecções de repetição (meningite). 
• É importante investigar o que está saindo do nariz, se 
é só substância de resfriado ou se é líquor. 
 
• Fossa anterior é a região mais acometida, depois 
vêm as regiões mais centrais, fossas médias e 
posteriores menos acometidas. 
 
 
2 BBPM IV Patologia 
• Sinal do Guaxinim (olhos roxos) e hematomas 
retroauriculares causados por fraturas principalmente 
no osso temporal. 
 
 
LESÕES PARENQUIMATOSAS 
CONCUSSÃO 
• Síndrome clínica transitória (vai e volta) relacionada 
ao trauma. 
• Associada à perda de consciência, parada respiratória 
temporária e perda de reflexos. 
• Ocorrência de amnésia para o evento desencadeante. 
• Síndromes neuropsiquiátricas pós-concussivas 
(comumente associadas a lesões repetitivas). 
• Traumas geralmente causados por movimentos 
elásticos, rápidos, que não permitem o 
acompanhamento do cérebro, que acaba batendo nas 
paredes do crânio e gerando concussões. 
 
LESÃO PARENQUIMATOSA DIRETA 
a. Lacerações: lesões penetrantes que provocam a 
ruptura do tecido. 
b. Contusões: transmigração da energia cinética. 
o As cristas dos giros são mais suscetíveis (mais 
expostas à energia do impacto), sulco é mais 
preservado. 
o Lesão por golpe: contusão no ponto de contato. 
o Lesão por contragolpe: contusão no ponto oposto 
ao de contato. 
 
• Microscopia: 
o Hemorragia e edema nos locais. 
o Neurônios isquêmicos (vermelhos) em cerca de 24 
horas. 
o Cicatriz glial marrom-amarelada deprimida que se 
estende até a superfície da pia-máter (placa 
amarela). 
• Na microscopia, células satélites da glia envolvem 
neurônio, que fica mais avermelhado → neurônios 
isquêmicos. 
 
3 BBPM IV Patologia 
 
 
• Lesões mais escuras indicam hemorragias. Em um 
quadro evolutivo, a hemorragia cicatriza, tornando-se 
uma cicatriz glial. 
 
• Assim, nota-se que neste tipo de lesão, há alterações 
diretas, sendo observadas na microscopia, diferente 
do que ocorre na concussão. 
 
 
LESÃO AXONAL DIFUSA 
• Doença de axônio, corpo celular geralmente 
preservado → rupturas dos axônios 
• Ocorre quando forças mecânicas (aceleração 
angular mesmo na ausência de impacto) 
interrompem a integridade e o fluxo axonal. 
• Presente em até metade dos pacientes que ficam em 
coma após o trauma (mesmo na ausência de contusões 
cerebrais). 
• O impacto resulta na perda das conexões axonais. 
• É possível observar uma lesão difusa (micro pontos) 
em exames de imagem. 
 
• Microscopia: 
o Edema axonal generalizado e hemorragia focal. 
o Achados tardios: fibras degeneradas e gliose. 
 
 
➔ Micro pontos após o trauma. 
 
4 BBPM IV Patologia 
• Na imagem a seguir, é possível observar a ruptura de 
neurofilamentos e formação de glóbulos escuros. 
 
LESÕES VASCULARES 
 
• Dependendo do tipo de hematoma ou lesão vascular, 
existem artérias que são mais comuns em cada tipo de 
sangramento. 
• Os sangramentos são classificados conforme sua 
localização. 
• Alguns sangramentos fazem efeito de massa, 
empurrando estruturas, como, por exemplo, os 
ventrículos. 
 
HEMATOMA SUBGALEAL 
• Hematoma no subcutâneo, entre calota craniana e a 
pele. 
• Conhecido popularmente como “galo”. 
HEMATOMA EPIDURAL 
• Localizados encima da dura-máter. 
• Se desenvolvem mais comumente com fraturas dos 
ossos temporais e da região parietal que lesam os 
vasos meníngeos médios (vasos que correm na região 
epidural). 
• É visto em cerca de 4% dos TCE e tem uma 
mortalidade geral de 10%. 
• Fraturas cranianas estão presentes em 70% a 90% dos 
casos. 
• Sintomas de aumento da PIC (pressão intracraniana) 
em hematomas epidurais com ruptura arterial 
geralmente se desenvolvem poucas horas após a lesão. 
Artérias podem sangrar no terceiro espaço, resultando 
no aumento da pressão intracraniana. 
• Na imagem, é possível observar hematomas bem na 
superfície da dura-máter. 
 
 
5 BBPM IV Patologia 
• Sintomas: intervalo lúcido associado com períodos de 
inconsciência. Isso é denominado “talk and die”. 
• Aparência na tomografia de crânio: sangue 
aprisionado entre calota craniana e dura-máter 
promove um processo expansivo, dando aspecto de 
lente biconvexa. Promove efeito expansivo de massa. 
HEMATOMA SUBDURAL 
• Localizado abaixo da dura-máter. 
• É visto em cerca de 20% dos TCE (traumatismo 
crânio encefálico) e tem uma taxa de mortalidade de 
40% a 60%. 
• Geralmente causados pela ruptura de veias de ponte, 
que correm entre a superfície do cérebro e o crânio e 
são especialmente numerosos ao longo do seio sagital 
superior. 
 
• Sintomas mais graduais. Aumento gradual de dor de 
cabeça e confusão. 
• Mais difícil de reconhecer que hematoma epidural → 
reconhecimento mais tardio (é gradual). 
• Aparência da tomografia de crânio: aspecto em 
crescente. Região interna fica côncava devido à maior 
moleza da aracnoide, que não produz efeito expansivo 
de massa. Hematoma restrito entre a dura-máter e a 
aracnoide. Aparência de lua crescente. 
ORGANIZAÇÃO DO HEMATOMA SUBDURAL 
• Inicia como um coágulo entre a dura e a membrana 
aracnóide (inicialmente não está ligado à dura-máter). 
• Os fibroblastos, crescendo da dura-máter para o 
coágulo começam a organização do coágulo. 
• Em 5 a 6 dias, ocorre lise do coagulo e o crescimento 
de fibroblastos faz com que ele fique fracamente 
ligado à dura. Assim, é possível saber se o hematoma 
é recente ou tardio pela firmeza à dura-máter. 
• Em 10 a 20 dias, uma membrana fibrosa é formada 
entre a dura e o coágulo (membrana externa). Então, 
o corpo isola o coágulo entre a dura-máter e uma 
membrana fibrosa. 
• O tecido fibroso então cresce ao redor das bordas do 
hematoma e ao longo de sua superfície interna 
(membrana interna), encapsulando-o 
completamente. 
• Após várias semanas ou meses, há a formação de um 
saco com uma parede fibrosa (hematoma subdural 
crônico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 BBPM IV Patologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 BBPM IV Patologia 
HEMATOMA EPIDURAL X HEMATOMA 
SUBDURAL 
 
HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA 
• É a lesão cerebral traumática mais frequente. 
• Resulta da ruptura dos vasos corticomeníngeos e das 
contusões hemorrágicas do cérebro. Assim, são 
vasos intimamente relacionados ao córtex cerebral e 
pia-máter. 
• Geralmente é difusa e não exerce pressão localizada. 
• O sangue é diluído pelo líquor e não coagula, a menos 
que seja maciço. 
• Uma grande hemorragia subaracnóide aumenta a 
pressão intracraniana (já que sangue se dilui com o 
líquor) e prejudica a perfusão cerebral. 
• Hemoglobina liberada de hemácias no espaço 
subaracnóideo desencadeia espasmos vasculares, 
resultando em hipóxia cerebral. 
• Lembrando que o sangue é altamente irritante ao 
tecido cerebral. 
• Fibrose do espaço subaracnóideo prejudica a 
circulação do LCR (líquidocefalorraquidiano), o que 
pode causar hidrocefalia. 
• Evento difuso: 
 
HEMATOMA INTRAPARENQUIMATOSO 
• Não fica na periferia. 
• Está dentro da substância branca do cérebro. 
• Faz um efeito de massa.

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