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Projeto de Ensino - Gestão Democrática e Participativa

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UNOPAR- UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA
ESTE TRABALHO FOI REALIZADO E POSTADO, UTILIZE PARA REFERENCIAS, AUXILIO NA CONSTRUÇÃO DO SEU!
Além de ser uma atitude antiética, o plágio em trabalhos acadêmicos é crime. A Lei 9.610, de 1998, foi criada para regular os direitos autorais tanto artísticos quanto acadêmicos. ... Segundo o Código Penal (artigo 184), o plagiador está sujeito a multa e até a detenção, de três meses a um ano. 
PROJETO DE ENSINO
EM PEDAGOGIA: organização da gestão democrática e participativa
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...	3
1	TEMA.........	4
2	JUSTIFICATIVA	6
3	PARTICIPANTES	8
4	OBJETIVOS	9
5	PROBLEMATIZAÇÃO	10
6	REFERENCIAL TEÓRICO	12
7	METODOLOGIA	16
8	CRONOGRAMA	17
9	RECURSOS	18
10	AVALIAÇÃO	19
CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
INTRODUÇÃO
	O presente Projeto de Ensino visa corresponder o manual que oferece as orientações para o estudante de Pedagogia, com objetivo de promover uma reflexão e reunir os saberes com as contribuições científica onde irá possibilitar o desenvolvimento intelectual e aprofundamento dos conteúdos para articular com a vivências durante o curso. Desse modo, é de suma importância para a formação docente elaborar um projeto de ensino que se torne significativo, vivo e dinâmico, onde remete um processo de reflexão e construção para aprimorar a prática profissional. 
	Sendo assim, a temática escolhida é para linha de Gestão, onde irá refletir a organização da Gestão democrática e participativa, na qual muito é discutido e considera-se imprescindível reforçar a importância de organizar o ambiente escolar para todos participarem na efetivação de um ensino de qualidade. Para tanto o objetivo geral do projeto é apresentar a necessidade da gestão democrática e participativa no campo escolar. E para sustenta-lo e cumprir, os objetivos específicos são conceituar e contextualizar a gestão escolar e sua função na escola; refletir os desafios presente nas instituições de ensino; apresentar o plano de gestão como um instrumento que auxiliará na organização da escolar. 
	Nesse sentido, justifica-se a escolha do tema e a delimitação dos objetivos, pois, a escola tem seu papel de transmitir conhecimento e desenvolver os indivíduos para sociedade. Pois, é preciso que concretize suas ações dentro do ambiente escolar, da forma que reflita fora. Nesse sentido, é importante compreender a função da gestão escolar no processo de ensino aprendizagem, na qual deve promover um ambiente democrático e participativo, onde todos são essenciais para alcançar os objetivos e metas, visando um ensino de qualidade. 
	Embora a nossa sociedade é definida como democrática diante as políticas implementadas, há dúvidas em relação aos objetivos e vantagens que precisam ser apresentadas para todos. No entanto, é preciso de compreensão sobre as possibilidades de transformações no sentido de solucionar os problemas existente na sociedade, na qual reflete no campo escolar. Contudo, é preciso compreender melhor a concepção de gestão democrática para a futura atuação e concretizar os benefícios que essas condições apresentam diante sua prática.
TEMA 
	Entende-se que gestão democrática com um processo que acontece de maneira participativa, onde há fenômeno de decisões e direção a seguir. Esse processo é organizado onde um grupo de pessoas buscam atingir seus objetivos e cumprir a função, desempenhando o papel de refletir os problemas, entender o movimento que está vivendo, organizar o trabalho e promover um ambiente onde todos possuem voz e participem das ações expostas. 
	Historicamente o diretor escolar era o centro, único administrador da escola, em que todos que estavam atuando nesse ambiente deveriam obedecer às ordens. Dessa forma, destaca-se que a gestão escolar passou por diversas mudanças significativas, na qual passou a ser democrática, seguindo com os determinantes da Constituição Federal de 1988 e Lei e Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDBEN) nº 9394/96. Nesse sentido, entende-se que a gestão democrática é formada por um processo de aprendizado e luta política, na qual possibilita que todos os indivíduos podem participar, em resultado de reflexões das estruturas autoritárias com objetivo da transformação.
	A gestão democrática tem função de promover um ambiente comunicativo e favorável para os processos de reconhecimento, interação dos estudam estudantes. Vale ressaltar, que não é apenas com os alunos que o ambiente deverá ser comunicativo e favorável, e sim, com todos que incluem no processo escolar e da comunidade que está inserida. Contudo, a temática escolhida é por meio de muitas discussões diante a gestão democrática e participativa para o espaço escolar diante o sistema público e organização do trabalho pedagógico da instituição. 
	Para tanto é necessário compreender como a instituição escolar pode ser vista como social, para todas, diante a legislação brasileira, a primeira função do ambiente educativo é formar cidadão para participar da sociedade. E, para que a escola possa partir para essa filosofia de formar, deverá expor exemplos dentro do ambiente escolar. Entretanto, para uma gestão democrática, é preciso de dinâmica entre as relações de poder para interferir no avanço dos processos, sendo um esforço de maneira coletiva e que promova decisões que superam os interesses individuais e passam a ser uma decisão de todos. Contudo a existência de diferentes interesses no mesmo ambiente amplia a capacidade e percepção, de possibilidades para ação. 
	Ampliar os conhecimentos a respeito da gestão escolar, é, conscientizar a prática educativa e também mobilizar o interesse no aprofundamento e especialização que visa uma formação efetiva e profissional. Dessa maneira, essa articulação e conhecimentos adquiridos irão promover ao futuro profissional a ideia que a parceria no ambiente escolar causa um impacto positivo para cumprir com os objetivos de formar alunos cidadãos e participativos na sociedade. Contudo, é uma maneira de mobilizar e participar das tomadas de decisões da escola e promover benefícios a todos e todas: alunos, docentes, gestores, responsáveis, funcionários, comunidade, entre outros. Ao articular esse processo, é visto que deixará os alunos engajados e transformar a sociedade mais comprometida. 
5
JUSTIFICATIVA
	Justifica-se a elaboração do projeto, na ideia que a Gestão Escolar com liderança compartilhada, irá contribuir para a criação de um ambiente comunicativo que promove processo de reconhecimento dos sujeitos e todos efetivamente participam de um exercício de tomada de decisões no ambiente escolar. Dada a importância de conscientizar uma gestão democrática e participativa:
[...]defende-se que a gestão participativa pode promover ambiente comunicativo favorável para os processos de reconhecimento, socialização e individuação dos estudantes. Conclui-se que os processos de reconhecimento e socialização e Individuação não ocorrem apenas com os alunos, mas sim com toda a comunidade escolar criando assim uma cultura, ou “Eu Generalizado” alterando as atitudes e modificando o ambiente escolar (MOURA; SACOMANI, 2020, p.1329)
	Diante disso, os autores propõem a reflexão sobre o tema gestão democrática e participativo, pois é imprescindível para o ambiente escolar, pelo motivo que as escolas públicas e nos debates educacionais apresentam uma realidade que precisa de transformação na educação, na qual está presenciada nos dias atuais. Sendo assim, Sarmento e Alves (2016), caracteriza que o tema justifica diante a necessidade que a sociedade precisa entender a importância de construir uma gestão democrática e participativa para envolver todos e todas. 
	Libâneo (2001), caracteriza que as participações de todos os indivíduos possibilitam conhecimentos diante a avaliação do serviço oferecido, bem como refletir como intervir de maneira organizada no ambiente escolar. Esse processo influencia na democratização da gestão e melhoria da qualidade de ensino. Entende-se que essa articulaçãoonde todos estão envolvidos, faz com que identifique os problemas presente no ambiente escolar e juntos buscam soluções plausíveis para contribuir numa escola de qualidade. 
	Nessa mesma linha de pensamento, Freire (1999), destaca que a instituições precisam obter autonomia no processo de tomada de decisões, onde todos participam com princípio de criatividade, colaboração, na qual consolida diferentes caminham que trilham na instituição. Isto é, um momento de diálogo com todos os envolvidos, e a precisão de intervenção nas ações que serão realizadas na escola. 
	Para tanto, diante as concepções apresentadas, é preciso que a Gestão Escolar seja vista como um espaço que enfatiza a atuação no objetivo de promover a organização e mobilização de todas as condições humanas e materiais para o avanço educacional. Toccolini (2013, p.8), destaca que é preciso orientar para a “promoção efetiva da aprendizagem dos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento”. 
	Nesse sentido, é preciso buscar onde concretize a participação de todos os segmentos da sociedade, na qual irá democratizar o ambiente escolar e o ensino. Conforme a pesquisa, é preciso refletir no papel de buscar a formação de cidadão críticos, onde irão atuar dentro e fora da escola, pois, é lei e direito de todos e todas.
Para a compreensão da gestão democrática como direito de participação, precisamos antes, entender a escola como uma instituição social que, de acordo com a nossa legislação tem como função primeira a formação de cidadãos para participar conscientemente da sociedade em que vivem. Assim, para que a escola possa dar essa formação, ela precisa vivenciá-la no seu interior de forma concreta (OLIVERIA, s/a, p.1)
	No entanto, a escola como um local social que possui seu papel de transmitir conhecimento e promover o desenvolvimento do cidadão. Seu dever é formar para o exercício da cidadania, conforme a sociedade que está situada, diante os aspectos sociais, culturais e político. Para tanto, fica claro a importância de conhecer e entender a gestão escolar e sua função no processo de ensino e aprendizagem. Para tanto, a solução é criar um plano de gestão, incluso no Projeto Político Pedagógico, criando meios por meio da sociedade, aonde a escola está inserida, onde todos participam de maneira democrática, visando um ensino de qualidade. 
PARTICIPANTES
	Os participantes serão todos que compõe a escola: alunos, professores, pais ou responsáveis, funcionários, gestores, diretores, supervisores e comunidade. Será realizado no início do ano, onde todos irão realizar seu acompanhamento para ser feito ao longo do ano letivo com a possibilidade de identificar danos e promover ótimos resultados. Desse modo, a escola é um espaço coletivo onde todos irão comprometer e ser responsáveis pelas decisões tomadas nas instituições em diversos setores do sistema escolar. 
9
.
	OBJETIVOS
Objetivo Geral: 
Apresentar a necessidade da gestão democrática e participativa no campo escolar
Objetivos Específicos:
· Conceituar e contextualizar a gestão escolar e sua função na escola;
· Refletir os desafios presente nas instituições de ensino;
· Apresentar o plano de gestão como um instrumento que auxiliará na organização da escola. 
	PROBLEMATIZAÇÃO
	
	Diante a pesquisa e apontamentos iniciais, constata-se que o problema das escolas é a organização, na qual precisa ser revista para promover o que pregam: uma gestão democrática e participativa. Dessa maneira, é preciso analisar a organização da escola e de seu trabalho para construir um Projeto Político Pedagógico (PPP) de maneira que contemple todos os objetivos de ensino e aprendizagem. Diante disso apresenta-se que, a gestão deve ser vista em sua prática de maneira participativa e que contemple e apresente os caminhos para atingir os objetivos delimitados. Para tanto, é preciso reconhecer os problemas e considerar a realidade que os indivíduos estão vivendo. De acordo com as pesquisas, não é um problema novo e sim algo que já está exaustivo discutir e analisar por vários pesquisadores da educação. 
	Dessa maneira, a autora apresenta sem sua pesquisa a urgência de refletir a democratização da gestão da escola pública, pois, as políticas são implementadas sem questionamentos diante os objetivos e as vantagens que devem ser apresentadas. Para tanto, é preciso de uma compreensão sobre os limites e possibilidades de transformação, onde todos devem conhecer as políticas educacionais e a realidade escolar que esta vivenciando. Desse modo, a autora apresenta a situação que as escolas estão vivenciando nos dias de hoje:
A precariedade da escola pública; 
Rotatividade dos professores; a falta de pessoal; 
O elevado número de falta de professores para tratamento médico; 
Necessidade de recursos para manutenção do espaço físico; 
A falta de tempos e espaços p/ reuniões, discussões e avaliações do processo pedagógico de forma sistematizada; 
Trabalho fragmentado, ações isoladas no interior da escola (OLIVEIRA, s/a, p.8)
	Desse modo, é preciso repensar nessas dificuldades e na problemática que a escola está vivenciando para refletir quais medidas tomar e seguir para melhorar esses aspectos citados. Pois, afinal todos são afetados pela falta de organização e conscientização da gestão democrática e participativa. No entanto, é preciso destacar que ninguém é culpado, nem professor, nem gestor pois, há uma situação de complexidade, na qual impede o desenvolvimento do trabalho pedagógico voltado para propor um ensino de qualidade. 
	Nesse sentido, falta referencial teórico que aborda a respeito das funções e do papel dos atuantes da escola. Além disso, também está em falta um pedagogo que se posicione e seja articulador do trabalho pedagógico e exige-se de as pessoas cumprirem seu papel emergenciais da escola. Outro ponto a destacar, é a construção de Conselho de Classe, na qual deve ser um espaço sistematizado para participação de todos, constituindo na reunião de professores que fazem o exercício da tomada de decisões e identificação dos problemas e dificuldades dos alunos. 
	De acordo com Oliveira (s/a) o calendário é burlado para atender a demanda dos alunos e turma, pois exige tempo para os professores discutir e buscar encaminhamento de cada aluno. Constata-se que a escola burla para cumprir a determinação da Secretaria do Estado, em uma verdadeira contradição. Para tanto, apresenta-se que a solução é revisar o calendário escolar, dias letivos e dias das atividades, reuniões e conselhos de classe. Pois, não exige dias a mais no calendário e sim é condições para que tais ações não sejam realizadas de maneira inadequada e que corresponda realmente a realidade que os professores estão vivenciando no ambiente escolar. 
	Contudo, cabe uma administração onde as decisões de interesse do ambiente escolar se adequam a uma nova aparência, visto que, seja estruturado deixando de ser um processo fragmentado e burocrático para um que seja aberta para diálogo e decisões que articule os interesses e percepções em vários segmentos, atendendo todos e todas. 
REFERENCIAL TEÓRICO
	Para fundamentar o projeto, é preciso conceituar e ampliar as concepções teóricas existente no banco de dados de trabalhos acadêmicos, pesquisas, artigos, entre outros. São conceitos e termos essenciais que enriquecerão e ampliarão o conhecimento no que diz respeito a Gestão Escolar e meios importantes para seguir e promover uma gestão democrática e participativa. Assim, discute-se a analisa as ideias de diferentes autores que tratam sobre a temática estabelecida.
	Historicamente a proposta de uma política democrática é marcada com lutas pelos educadores contra os modelos autoritários. Assim, percebe-se a pequena mudança na década de 1960 a 1980, onde as discussões e debates foram ampliados em todos os setores. Na década de 1980, estava em discussão a respeito da democratização da gestão, sendo um momento de muita luta até a constituiçãode 1988. No entanto, “o discurso da modernização das escolas não colocava em questão apenas sua eficácia; questionava de fato, os princípios e finalidades da educação, em especial o seu caráter público e democrático” (TOCCOLINI, 2013, p.7).
	Dessa maneira, para conceituar, encontra-se em Oliveira (s/a, p.8), onde determina que Gestão Democrática é uma prática participativa, onde a gestão e administração realizam a tomada de decisão, organiza e planeja os meios para alcançar os objetivos e cumprir sua função. “Portanto, discutir gestão democrática implica refletir os problemas enfrentados diariamente na escola, entendendo que esse movimento de organização do trabalho pedagógico corrobora ou impede o desenvolvimento de uma prática participativa”.
	Conceitua-se também que:
A Gestão Democrática no espaço escolar deve ser vista como um enfoque de atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino, orientadas para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos, de modo a torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade globalizada e da economia centrada no conhecimento (TOCCOLINI, 2013, p.10).
	Para contextualizar, a autora destaca que por meio da Constituição Federal de 1988, o princípio de uma gestão democrática ficou expresso no documento, no Art. 206, inciso VI “gestão democrática do ensino público, na forma da lei” (BRASIL,1988). Assim, destaca que é um dos princípios essenciais para compartilhar as ações educativas e de todos que compõe a escola buscar melhoria e qualidade no ensino público. 
	Destaca-se também, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN 9394/96), na qual propõe a escola a respeito da gestão democrática, de maneira que constrói de maneira coletiva o PPP e a participação de todos para tal elaboração. 
Art. 14 – Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: 
I - Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto-político-pedagógico da escola;
 II - Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes (BRASIL, 1996).
	Diante a determinação da LDBN, entende-se que a escola deve seguir tais princípios para propor uma gestão democrática e participativa, na criação e geração de uma instituição que seja transparente em todas ações para todas as pessoas que estão envolvidas no processo da educação. Sendo assim, é fundamental a participação de todos, pois, cada um pode contribuir com algo, opinião, decisão, entre outros. 
	Tais diretrizes correspondem a uma política educação presente na sociedade capitalista, pois, de acordo com Oliveira (s/a, p.4), há contradições diante as lutas de classes. Ao tratar sobre as políticas educacionais, implica em possibilitar informações do passado para compreender como está organizado a sociedade e o capital e como irá reorganizar para um sistema produtivo. Pois, de acordo com a autora “não é possível analisar a educação sem relacioná-la as mudanças da base produtiva e nas exigências de reorganização do capital”. 
	De acordo com Sarmento e Alves (2016) a administração da escola é vinculada com aspectos administrativos de empresa, por conta da característica de uma sociedade capitalista. Pois, explica-se que os interesses do capital são constantes na meta e objetivo de gestor escolar, isto é, preparar o indivíduo para o mundo do trabalho, fornecendo conhecimento em diferente área de atuação e garantir o sistema de consumidor, um meio de sustentar o sistema capitalista. No entanto, isso se faz distante de uma gestão escolar democrática e participativa que concretize seres que se posicionem e impõe sua opinião, para as tomadas de decisões no coletivo. 
	Nessa linha de pensamento, segue-se com a afirmativa de Tuccolini (2013), na qual caracteriza que a educação é um direito de todos e dever do estado uma educação voltada para socializar os indivíduos, sendo eles capazes de traçar seu destino e não algo de interesse, visando apenas lucros. Nesse sentido, é preciso refletir que a educação e a escola irão lidar com pessoas e não máquina. Seres capazes de tomar suas decisões, a partir de uma educação de qualidade, em meio de um sistema educacional que reveja as propostas de ensino, deixando de lado toda a mecanização, o ensino tradicional. 
	Nesse sentido, é preciso que todos saibam o seu papel diante esse processo de gestão:
A comunidade escolar, ou seja, professores, alunos, pais, direção e equipe pedagógica, são considerados como sujeitos ativos de todo o processo de gestão, de forma que a participação de cada um implica em clareza e conhecimento do seu papel, em relação ao papel dos demais, como co-responsáveis. Além da participação, a autonomia constitui-se um princípio básico da gestão democrática. Para que os membros da comunidade escolar possam ser considerados sujeitos ativos desse processo é necessário refletirmos sobre a forma de organização do trabalho escolar e as relações de poder neste espaço (OLIVEIRA, s/a, p.7)
	De acordo com a autora, considera-se que a gestão escolar democrática e participativa é um ato político, que possibilita a efetivação dos meios onde todos participam do processo de ensino e aprendizagem, na qual refletem os aspectos básicos que percorrem na organização escola par sua transformação. Entretanto alguns problemas são apresentados para refletir a realidade das escolas, e, constata-se que tais problemas não são novos e são discutidos a muito tempo. 
	Libâneo (2001), apresenta que, é preciso seguir eixos para organizar o trabalho nas escolas, encontrar com os norteadores, flexibilização, responsabilidade, autonomia, participação e o planejamento coletivo, como aspectos essenciais para garantir a qualidade no trabalho e na educação. Esses aspectos devem ser seguidos na construção do Projeto Político Pedagógico (PPP).
	No que se refere a esse documento, Toccolini (2013, p.11) aponta que após a família, a escola é um local que mais apresenta meios para construir uma consciência de civilização, ética e moral. Elementos esses, necessários para construir a autonomia e desenvolver um trabalho de conscientização e formação de pessoas que desenvolve o diálogo, oficina pedagógica e ações que contribuam para a cidadania. Para tanto, o diretor possui um papel imprescindível para compartilhar suas decisões e pensamentos com todos que envolvem nesse processo. 
	Oliveira (s/a), aponta que o Estado tem seu papel de manter a escola, e, a instituição por sua vez deve priorizar as questões pedagógicas, apresentar com clareza suas condições materiais, físicas e humanas interferem no processo educativo e precisa obter responsabilidade, bem como sua manutenção adequada no ambiente escolar, merenda de qualidade, materiais esportivos, construção, entre outros. 
	Desse modo, reflete que:
As relações interpessoais vivenciadas pela equipe pedagógica, professores e o diretor representam, efetivamente, as relações de poder que se manifestam no interior da escola, de forma que permite aproximar ou distanciar a comunidade escolar de uma perspectiva de participação coletiva. (OLIVEIRA, s/a, p.9).
15
	Dessa forma, entende-se que tais atitudes dos sujeitos que atuam no ambiente escolar, contribuem para aproximar ou afastar os sujeitos que devem ser participativos no sistema escolar. Pois, muitos enxergam o diretor como autoridade máxima, e acredita que deve seguir um sistema de hierarquia, deixando todas as decisões para ele. Contudo, cabe os futuros profissionais se adequar a essa realidade que muitos esperam e não deixem se levar as condições precárias e o autoritarismo, frente uma educação democrática e com a consciência que a escola é de todos e todas para a construção e formação do indivíduo. 
METODOLOGIA
	A metodologia utilizadapara esse projeto deverá seguir tais recomendações:
· Oferecer uma gestão colaborativa e transparente: os gestores irão adquirir uma postura de líder, assumindo um papel desejável para uma democratização por meio de colaboração. Irá melhorar a capacidade de ouvir e aceitar sugestão, ser receptivo, possibilitar que a comunidade se sinta à vontade e reunir com a direção, coordenação, onde irá propor as ideias. Irá estimular a participação da equipe e valoriza o potencial de cada um. 
· Promover participação familiar na escola: realizar campanha de para a participação dos pais ou responsáveis, distribuir materiais impressos, sensibilizar a importância de se engajar nas decisões da instituição.
· Apresentar o aluno como protagonista: os alunos serão participativos por meio da autonomia no processo, estimulados para participar das reuniões e expor opiniões. Possibilitar que sejam responsáveis por eventos escolares ou campanhas que fazem parte de seu interesse. Apresentar um modelo para cidadania, participação, para mobilizar os interesses e defender os objetivos de serem mais responsáveis. Para tanto, é preciso realizar um mapeamento no processo e identificar os erros que apresentarem para possíveis soluções. 
19
..
CRONOGRAMA
	REUNIÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA 
	Serão reunidos para os primeiros pontos para a discussão das ações e metas da escola.
	IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA 
	Momento de identificar os problemas das escolas, quais dificuldades e como buscar modifica-las. 
	REUNIÃO COM OS PAIS OU RESPONSÁVEIS
	Será realizado as reuniões para opiniões dos responsáveis, o que eles se interessam para o ano letivo, quais as dificuldades, o que precisam ser modificados, sugestões para aproximar o filho com o conhecimento. 
	ELABORAÇÃO DO PPP
	Momento de atualizar o PPP, com todos os apontamentos levantados diante as reuniões que aconteceram, preparando-os para o ano letivo. 
	MAPEAMENTO 
	Será investigado cada passo, se as metas e objetivos estão sendo realizados, quais dificuldades e o que modificar para alcançar os objetivos. 
 
RECURSOS 
	Profissionais capacitados para atender todos e cumprir com os objetivos de uma escola democrática. A finalidade é mobilizar e incentivar todos para participar, observar os procedimentos, comprometimento e participação de todos. Serão professores, gestores, diretores, funcionários, alunos e comunidade. Todos com as condições adequadas para elaborar o trabalho e formar indivíduos para sociedade. 
	Além do ambiente físico da escola, é preciso de materiais interativos, tais como livros didáticos, computadores com acesso à internet, página em rede social para comunicação da escola, grupo de WhatsApp para troca de informações, recados, máquina fotográfica para os eventos, material de limpeza e higiene para a escola, merenda de qualidade, entre outros.
AVALIAÇÃO
A avaliação será realizada de maneira contínua, será monitorado e avaliado cada processo que a escola realizar, todas as mudanças que serão feitas, constatar se as metas e objetivos são cumpridas e no final propor uma solução para as dificuldades encontradas. No final do ano letivo será realizado uma avaliação para apresentar os diagnósticos de todos os segmentos e ações que foram realizados no ambiente escolar, para refletir e repensar no próximo ano letivo. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Considera-se imprescindível reconhecer no que diz a LDBEN 9.394/96, para a escola efetivar uma proposta de maneira democrática e participativa, seguindo como base norteador as ações escolares. Para que ocorra realmente a mudança que todos prezam, é preciso de prontidão, motivação do corpo da direção, tanto delimitando no PPP e no Plano de Gestão, na qual devem analisar e refletir as ações que irão atender as dimensões escolar. Contudo, é uma luta cada vez maior por uma escola democrática que busca a participação de todos, é um compromisso a ser assumido pelos profissionais da educação buscar efetivar nessas condições, e propor uma gestão democrática e participativa para o desenvolvimento integral do ser humano, para uma sociedade justa e igualitária. 
	Para tanto o profissional deve analisar como irá propor essa prática e cumprir na busca de caminhos para a conscientização e concretização. Os problemas dentro e fora da escola precisam ser apresentados e refletidos de maneira coerente para buscar soluções plausíveis. Pois, constata-se que não é um problema novo, e sim algo que esta repetitivamente se tornando exaustivo na discussão e análise por diversos teóricos da educação. 
	Conclui-se que é preciso avançar nesses desafios e superá-los conscientizando que Gestão Escolar Democrática é vista aquele que promove a organização e mobilização com fim de articular os recursos humanos, materiais para garantir todos os avanços educacionais no ambiente escolar, bem como promover a aprendizagem dos alunos, de maneira que capacite para enfrentar os desafios da sociedade capitalista diante uma participação efetiva. Assim, é preciso compreender seu papel dentro e fora do espaço escolar para que a educação de qualidade realmente ocorra. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 25 de out. 2020.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. 
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001.
MOURA, Dandara Cecilia Oliveira.; SACOMANI, Ana Paula Moi. Individuação e socialização no ambiente escolar: comunicação por meio da gestão democrática e participativaCadernos da Pedagogia, v. 14, n. 27, p. 60-71, Jan-Abr/2020
OLIVEIRA, Silvana Barbosa de. Gestão democrática e a construção do projeto político pedagógico: um desafio para intervenção. Artigo. s/a. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/680-4.pdf Acesso em: 22 de out. 2020.
SARMENTO, Mayrla Maria Lima.; ALVES, José Amiraldo Alves da Silva. Gestão escolar democrática e participativa na escola: entre desafios e possibilidades Revista de Pesquisa Interdisciplinar, Cajazeiras, v. 1, Ed. Especial, 286 – 296, set/dez. de 2016.
TOCCOLINI, Lilian Paula. A gestão democrática no espaço escolar: educar para a cidadania. Monografia de Especialização. Universidade Santa Maria. Sarani, RS. 2013. 38f.

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