Buscar

Retinopatia Hipertensiva

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Retinopatia Hipertensiva 
 
Considerações Gerais: 
Hemorragia em forma de chama: São as hemorragias que acontecem na camada de 
fibras nervosas da retina que são orientadas paralelamente à membrana limitante interna. 
Pontos ou cilindros hemorrágicos: Hemorragias em camadas mais profundas da retina, pois 
são orientadas perpendicularmente à membrana limitante interna. 
Importante: Os exsudatos que se originam nos vasos retinianos com extravasamento se 
acumulam na camada plexiforme externa. 
Retinopatia Hipertensiva: 
A hipertensão arterial gera alterações nos vasos sanguíneos da coroide e da retina, sendo 
que essas alterações podem ser classificadas como ARTERIOSCLERÓTICAS ou 
HIPERTENSIVAS. Ela gera vasoconstrição e com o tempo alterações estruturais nas 
camadas muscular e intima das artérias. Entretanto vale salientar que essas alterações vão 
depender de alguns fatores como: elasticidade e resistência dos vasos, gravidade da 
hipertensão arterial e a duração da mesma. 
Patogênese: 
Na patogênese da retinopatia hipertensiva podemos ter 3 fases: Vasoconstritora, 
exsudativa e esclerótica. Na fase vasoconstritora, essa resposta deve-se ao aumento da 
PA e acontece por mecanismos miogênicos e metabólicos. Caso não tratada pode 
ocorrer quebra da barreira hemato-retiana externa (representada pelo epitélio pigmentar 
da retina) e da barreira hemato-retiniana interna (rep. pela vasculatura retiniana). A fase 
exsudativa é uma progressão da vasoconstritora e nessa fase acontece o extravasamento 
de plasma e outros elementos do sangue para dentro da retina. Isso pode gerar a estrela 
macular (essa exsudação na região da mácula), hemorragias em chama de vela 
(exsudação entre as fibras nervosas) e manchas algodonosas (se formam devido a não 
perfusão das fibras nervosas). Já na fase esclerótica há alterações da coloração dos 
vasos, com aspecto de fio de cobre e fio de prata devido à esclerose hiperplásica, ao 
espessamento da túnica média e à hiperplasia da túnica muscular. Dessa fase pode gerar 
uma complicação que é a hialinização dos vasos com perda das células musculares com 
a progressão desse processo. 
Alterações Arterioscleróticas: 
 Vasos podem parecer mais estreitos 
 Coloração da coluna do sangue pode alterar sua coloração (fio de cobre, fio de 
prata) 
 Arteríolas podem comprimir veias em locais onde se cruzam por ter uma bainha 
adventícia em comum e a estase venosa distal devido a isso pode gerar oclusões 
dos ramos venosos da retina. 
 
Alterações tipo Hipertensiva: 
 O exsudato das arteríolas retinianas danificadas acumula-se na camada plexiforme 
externa da retina. 
 A oclusão das arteríolas retinianas pode produzir infartos da camada de fibras 
nervosas da retina, sendo assim o transporte axoplásmico nessa camada é 
interrompido no ponto do dano axonal, e o acúmulo de mitocôndrias nas 
extremidades tumefeitas dos axônios danificados cria a ilusão histológica de células 
(corpos citoides). Esses corpos citoides povoam o infarto da camada de fibras 
nervosas, visto oftalmoscopicamente como “manchas algodoadas”. 
 
 
Imagens: Pathologic Basis of Disease. Robbins e Contran. Editora: Elsevier Saunders. 2015 – 
Capítulo 26.

Continue navegando