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4 Vasos Sanguíneos Encontra-se 3 tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares Os vasos sanguíneos respondem aos estímulos e são formados por basicamente 3 camadas de túnicas: - Túnica Íntima - Túnica Média - Túnica Adventícia Vasos de alta pressão – vasos que estão saindo do coração, luz reduzida, eu consigo assim manter a pressão alta. Camada muscular mais grossa comparado com o de baixa pressão. Vasos de baixa pressão – luz maior. Plano estrutural e componentes dos vasos sanguíneos Artérias e veias são formadas por túnicas 1- Túnica Adventícia Externa Camada de tecido epitelial pavimentoso Composta de matriz Lamina basal Camada subendotelial 2- Túnica media Geralmente é a camada mais espessa Células musculares lisas organizadas helicoidamente Entre essas células existe uma matriz extracelular Lamina elástica externa: separa a túnica media da túnica adventícia, presente apenas em artérias 3- Túnica intima 3 camadas APG – Objetivos: Descrever a histologia e fisiologia dos vasos (composição da parede de artérias, arteríolas, veias, vênulas, capilares), variação de pressão e fluxo em diferentes vasos sanguíneos. – Junqueira e carneiro pagina 219 até 232 Explicar o desenvolvimento da aterosclerose (mecanismo de formação aterosclerótica, fatores de risco (homens, mulheres, pessoas obesas) e epidemiologia). Vasos sanguíneos e aterosclerose Vasos sanguíneos e aterosclerose Apresenta uma camada de células endoteliais apoiada em uma camada de tecido conjuntivo frouxo, a camada subendotelial, a qual pode conter células musculares lisas. Em artérias, a túnica intima está separada da túnica media por uma lamina elástica interna, a qual é o componente mais externo da intima Função de revestimento Se encontra no final, com presença de vasos que nutrem essa camada externa. 1- Endotélio – epitélio pavimentoso simples- contato direto com o sangue – importante no processo de vasodilatação 2- Membrana basal 3- Lamina elástica – contato com a túnica media –ARTERIAS Artérias Consistem em uma série de vasos que se tornam menores a medida que se ramificam Sua função é levar o sangue, com nutrientes e oxigênio, do coração para o tecido. Formada por túnicas Tunica media mais espessada São classificadas de acordo com seu diâmetro em grandes artérias elásticas, artérias de diâmetro médio ou artérias musculares ou arteríolas. Grandes Artérias Elásticas Estabilizam o fluxo sanguíneo Incluem a aorta e seus grandes ramos Camada media com aproximadamente 40laminas no recém-nascido – 70 nos adultos membranas elásticas Aspecto amarelado devido a elastina Lamina elástica externa delgada Lamina elástica interna semelhante a túnica media Corpos carotídeos Pequenos quimiorreceptores sensíveis a contração de dióxido de carbono e oxigênio no sangue, encontrados perto da bifurcação da artéria carótida comum. Estão localizados no arco da aorta Seio carotídeo Pequenas dilatações das artérias carótidas internas. Esses seios contem barorreceptores que detectam variações na pressão sanguínea e transmitem essa informação pro SNC. A camada intima é muito rica em terminações nervosas. Artérias musculares media Controlam fluxo nos órgãos – vasoconstrição e vasodilatação Artéria de médio porte Presença de até 40 camadas de células musculares lisas Lamina elástica interna proeminente Lamina elástica externa só encontrada nas artérias musculares maiores Túnica intima mais delgadas que as artérias elásticas Vasoconstrição- nada mais é que uma contração de um vaso sanguíneo, diminuindo seu espaço interno Vasodilatação – relaxamento do vaso sanguíneo que aumenta seu espaço interno, controlando assim a quantidade de sangue que chega nas estruturas corporais a depender da demanda do organismo. Exemplo: exercícios físicos precisam de mais sangue, as arteríolas que vão em direção ao musculo sofrem vasodilatação. Arteríolas Controlam o ciclo nível de microcirculação Túnica media com 1-2 camadas de células musculares lisas Camada subendotelial bastante delgada Lamina elástica interna ausente nas menores artérias Lamina elástica externa ausente Arterias de grande calibre Maior quantidade de tecido elástico e menor quantidade de tecido muscular Arteríolas e artérias de pequeno calibre possuem mais musculo liso do que musculo elástico, o que possibilita fazer vasodilatação e vasoconstrição. Capilares Vasos sanguíneos muito delgados que constituem uma rede complexa de tubos muito delgados. Através de suas paredes ocorre grande parte do intercambio de sangue e os tecidos adjacentes. Unem os lados arterial e venoso da circulação e permitem a troca de materiais com o líquido extracelular Única camada de endotélio, ou seja, não tem camada muscular Conexão entre artérias e veias Permite trocas de substancias Pericitos: presente nos capilares e nos venulos pós capilares. Função regeneração em caso de lesões, e função contrátil (presença de actina, miosina e tropomiosina) Tipos: Contínuo ou Somático Ausência de fenestras Presente nos tecidos musculares, conjuntivos, nervosos, e nas glândulas exócrinas Podem apresentar vesículas de pinocitose para transporte de macromoléculas Fenestrados Com diafragma – diafragma é uma estrutura mais fina que a membrana celular; presente nos rins, intestino e glândulas exócrinas. Sem diafragma – o sangue é separado apenas por lamina basal, presente nos glómuros renais. Sinusoides Caminho tortuoso Maior diâmetro que os capilares Descontinuidade das células endoteliais Descontinuidade da lamina basal Fenestrações no citoplasma de células endoteliais desprovidas de diafragma Contato direto com os sangues do tecido Presentes no fígado e em órgãos hematopoiéticos (medula óssea e baço) Vênulas pós capilares: transição dos capilares para vênulas ocorre gradualmente. Veias Resultam da convergência de capilares em um sistema de canais que se torna cada vez mais calibroso a medida que se aproxima do coração. Formadas por túnicas Veias possuem menor quantidade de musculo do que as artérias Pressão das veias é muito menor do que nas artérias Parede das veias são mais finas do que das artérias Possuem válvulas que vão impedir o refluxo Vênulas pós capilares ou periciticas Endotélio + lamina basal + pericitos Veias pequenas e médias Camada subendotelial delgada Túnica media com pacotes de células musculares lisas entremeadas com fibras reticulares e uma delicada rede de fibras elásticas Túnica adventícia, rica em colágeno, é mais desenvolvida que a túnica media Grandes Veias Túnica intima desenvolvida Túnica media delgada Túnica adventícia é mais espessa e pode possuir feixes longitudinais de musculo liso Válvulas venosas Dobras da túnica intima Formado de tecido conjuntivo e fibras elásticas Revestida por endotélio Aterosclerose Lesões da intima chamada de ateromas que fazem protusão nas luzes dos vasos Lesão elevada com centro mole, amarelo, grumoso de lipídios coberta por uma capsula fibrosa branca Alem de obstruir mecanicamente, o fluo sanguíneo, as placas ateroescleroticas podem romper levando a uma trombose catastrófica de vasos As placas também enfraquecem a media adjacente e levam a formação de aneurismas Esses ateromas vão reduz a luz do vaso, reduzindo o fluxo de sangue que passa por esses vasos Sintomas variam de acordo com a artéria afetada Alta morbidade e alta mortalidade Microscopia: formação de trombos, imagem abaixo As placas contem lipídios, células inflamatórias,células musculares lisas, e tecido conjuntivo Os fatores de risco são Idade (embora seja tipicamente progressiva, geralmente não se manifesta até 40-60 anos. A incidência de infarto aumenta 4 a 5x mais. Gênero: mulheres em pré menopausa são relativamente protegidas contra aterosclerose comparado com homens de idade correspondente. Depois da menopausa a incidência de doenças relacionados com a aterosclerose aumenta e excede os homens Genetica: antecedentes familiares Hiperlipidemia: Hipertensao Tabagismo Diabetes melito induz hipercolesterolemia Evolução lenta e progressiva O diagnóstico é clínico e confirmado por angiografia, ultrassonografia ou outros métodos de imagem. O tratamento abrange modificação de dieta, estilo de vida e fatores de risco, atividade física, drogas antiplaquetárias e antiaterogênicas. Aterosclerose é a forma mais comum da arteriosclerose, que é um termo geral para várias doenças que provocam espessamento e perda da elasticidade da parede arterial. Aterosclerose é também a forma mais grave e clinicamente relevante da arteriosclerose porque causa doença coronariana e doença cerebrovascular. A aterosclerose pode comprometer todas as artérias de médio e grosso calibre, incluindo artérias coronárias, carótidas e cerebrais; aorta e seus ramos; e grandes artérias dos membros. Arterioesclerose é o endurecimento da parede, perdendo a capacidade contrátil do vaso, que pode resultar em arteriolosclerose (espassamento da parede arterial somente nas arteríolas), esclerose media de monckeberg (calcificação das paredes arteriais, geralmente por conta do envelhecimento, tornando as paredes cada vez mais fracas) e ateroesclerose (que em geral acomete os grandes vasos). Formação da Placa de ateroma Basicamente isso ocorre por uma disfunção do endotelio. Na túnica intima dos nosso vasos sanguíneos (que ta em contato com o sangue a todo instante) temos células endoteliais (células que tem características não adesivas, não trombogênicas) tendem a não aderir as coisas com facilidade. Em situações pro trombogênicas ocorre uma ativação dessas células, em que a um aumento de expressão pro trombogênico e pro inflamatórios, ocorrendo uma disfunção do endotélio. Imagem abaixo pode ver a placa ateromatosa bem na camada intima Ao longo do tempo ocorre uma deposição de substancias, que leva um espessamento da intima, que pode fazer com que ela se rompa, que pode levar a algumas situações graves, como um aneurisma. O diabetes conduz à formação de produtos finais de glicação avançada, o que aumenta a produção de citocinas pró- https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/vis%C3%A3o-geral-da-doen%C3%A7a-coronariana https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/acidente-vascular-cerebral-avc/vis%C3%A3o-geral-do-acidente-vascular-cerebral https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/acidente-vascular-cerebral-avc/vis%C3%A3o-geral-do-acidente-vascular-cerebral https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/diabetes-melito-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-de-carboidratos/diabetes-melito-dm inflamatórias pelas células endoteliais. O estresse oxidativo e os radicais reativos de oxigênio, gerados por diabetes, lesam diretamente o endotélio e promovem a aterogênese. Redução da luz do vaso, que fluxo sanguíneo tem dificuldade de passar, algumas hemácias plaqueras tendem a aderir, e levam a formação de trombos, esses trombos podem ir para diversas partes como pulmão Quando algum dos órgãos não está recebendo sangue suficiente para levar nutrientes a ele, acontece a isquemia. Quanto mais tempo esse processo se mantem em isquemia, vai havendo perda de miocárdio por conta de necrose, o que chamamos de infarto. Em alguma demanda que vai solicitar mais demanda de oxigênio devido a estresse físico, estresse emocional ocorre a demanda. Celulas espumosas: macrófagos que fagocitam lipídios, IMAGEM ABAIXO Sinais e sintomas A aterosclerose é assintomática por décadas. Os sinais e sintomas desenvolvem-se quando as lesões impedem o fluxo sanguíneo Podem surgir sintomas de angina instável ou infarto do miocárdio, AVC isquêmico ou dor em repouso nos membros inferiores pode se desenvolver quando placas instáveis se rompem e causam oclusão aguda de artéria principal, com superposição de trombose ou embolia. A aterosclerose também pode causar morte súbita, sem angina de peito estável ou instável pregressa. O envolvimento aterosclerótico da parede arterial pode acarretar aneurismas e dissecção arterial, que podem se manifestar por dor, massa pulsátil, ausência de pulsos ou morte súbita. Diagnóstico A abordagem depende da existência ou ausência de sintomas. 1- Pacientes sintomáticos Avaliam-se os pacientes com sinais e sintomas de isquemia para determinar a magnitude e a localização da oclusão vascular, com vários exames invasivos e não invasivos, dependendo do órgão comprometido Os pacientes com doença documentada em um local (p. ex., artérias periféricas) devem ser submetidos à investigação clínica para identificação dessa doença em outros locais (p. ex., artérias coronárias e carótidas). https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/angina-inst%C3%A1vel https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/angina-inst%C3%A1vel https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/infarto-agudo-do-mioc%C3%A1rdio-iam https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/doen%C3%A7a-coronariana/infarto-agudo-do-mioc%C3%A1rdio-iam https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/acidente-vascular-cerebral-avc/acidente-vascular-cerebral-isqu%C3%AAmico 2- Pacientes assintomáticos (triagem) Em paciente com fatores de risco para aterosclerose, mas nenhum sinal ou sintoma de isquemia, o papel dos testes adicionais para além do perfil lipídico não está claro. Embora estudos de imagem como ultrassonografia carotídea para medir a espessura das camadas íntima e média e outros estudos que podem detectar placa aterosclerótica estejam sob investigação, eles não melhoram de maneira confiável a previsão de eventos isquêmicos em relação à avaliação dos fatores de risco ou ferramentas de predição consagradas e não são recomendados. A maioria das diretrizes recomenda triagem pelo perfil lipídico em pacientes com qualquer uma das seguintes características: a. Homens ≥ 40 anos b. Mulheres ≥ 50 anos e mulheres na pós-menopausa c. Diabetes tipo 2 d. Histórico familiar de hipercolesterolemia familiar ou doença cardiovascular precoce e. Síndrome metabólica f. Hipertensão g. Doenças inflamatórias crônicas Tratamento Mudanças no estilo de vida (dieta, interrupção do tabagismo, atividade física) Tratamento medicamentoso de fatores de risco diagnosticados Antiplaquetários O tratamento envolve a modificação agressiva de fatores de risco de progressão lenta e indução de regressão de placas existentes. Não mais se recomenda a redução do LDL abaixo de certo alvo, e atualmente a abordagem "quanto mais baixo, melhor" é a preferida. As modificações do estilo de vida envolvem dieta, interrupção do tabagismo e atividade física regular. Com frequência, é necessária a utilização de drogas para dislipidemia, hipertensão e diabetes. Tais drogas e as modificações do estilo de vida melhoram direta ou indiretamente a função endotelial, reduzem a inflamação e melhoram a evolução clínica. Dieta Várias mudanças são benéficas: a. Menos gordurasaturada b. Excluir gordura trans c. Mais frutas e verduras d. Mais fibras e. Ingestão moderada (se for utilizar) de álcool Atividade física Atividade física regular reduz a incidência de alguns fatores de risco (hipertensão, dislipidemia e diabetes), doença coronariana e óbito atribuível à aterosclerose em pacientes com ou sem eventos isquêmicos anteriores. Um programa de exercícios que envolva atividade aeróbica tem papel definido na prevenção da aterosclerose e no favorecimento da perda de peso. Antes de ingressar em um novo programa de esforço, idosos e indivíduos com fatores de risco de aterosclerose ou portadores de eventos isquêmicos recentes devem ser avaliados por um médico. A avaliação inclui história clínica, exame físico e avaliação do controle do fator de risco. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-lip%C3%ADdicos/dislipidemia#v991296_pt
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