Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITO ADMINISTRATIVO Estrutura da Administração Pública Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes Periscope: @ProfLuisGustavo ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO DIRETA Conjunto de órgãos e agentes públicos integrantes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Autarquias Fundações Públicas Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista A organização administrativa da União foi inicialmente estabelecida no Decreto-lei 200/67. Através do qual fica estabelecido que a Administração Pública Federal é compreende: Administração Direta: que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios Administração Indireta: formada pelo conjunto de autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista. CONCEITO Administração Pública EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1(CESPE/TJRR/TecnicoJudiciario/2012) Administração pública, em sentido objetivo ou material, consiste no conjunto de órgãos, agentes e pessoas jurídicas instituídas para a consecução dos objetivos do governo. 2(CESPE/TRE-MT/Analista Administrativo/2015) As atividades de polícia administrativa, de prestação de serviço público e de fomento são próprias da administração pública em sentido objetivo. 3(CESPE/TRERJ/Analista Administrativo/2013) O estudo da administração pública, do ponto de vista subjetivo, abrange a maneira como o Estado participa das atividades econômicas privadas. 4(CESPE/TCU/Procurador/2015) O poder de polícia e os serviços públicos são exemplos de atividades que integram o conceito de administração pública sob o critério material. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 5(CESPE/DPU/2016) A administração pública em sentido formal, orgânico ou subjetivo, compreende o conjunto de entidades, órgãos e agentes públicos no exercício da função administrativa. Em sentido objetivo, material ou funcional, abrange um conjunto de funções ou atividades que objetivam realizar o interesse público. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ÓRGÃOS PÚBLICOS NÃO possuem personalidade jurídica própria NÃO possuem patrimônio próprio ENTIDADES (OU ENTES OU PESSOAS) TODAS possuem personalidade jurídica própria TODAS possuem patrimônio próprio ENTIDADES OU ENTES OU PESSOAS ENTIDADE POLÍTICA ADMINISTRAÇÃO DIRETA (U/E/DF/M) ENTIDADE ADMINISTRATIVA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ÓRGÃOS PÚBLICOS Centros de Competência / Unidades de Atuação; Integram a estrutura de uma Pessoa Jurídica NÃO possuem personalidade jurídica NÃO possuem patrimônio próprio Criados e Extintos por Lei (SEMPRE) Podem integrar a Administração Direta ou Indireta (Lei 9.784/99) Podem firmar contrato de gestão (CF, art. 37, § 8º.) ÓRGÃOS PÚBLICOS Teoria dos Órgãos – Teoria da Imputação Volitiva ALGUNS possuem Capacidade Processual (ou Judiciária) Resultam da DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA ÓRGÃO PÚBLICO SEM PERSONALIDADE JURÍDICA ALGUNS ÓRGÃOS (INDEPENDENTES E AUTÔNOMOS) CAPACIDADE PROCESSUAL (OU JUDICIÁRIA) MANDADO DE SEGURANÇA Súmula 525 - STJ A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais. Centralização x Descentralização Concentração x Desconcentração Centralização – o Estado exerce suas atribuições diretamente através de seus órgãos e agentes da Administração Direta. Descentralização – o Estado exerce suas atribuições através de outra pessoa física ou jurídica. Poderá ocorrer por outorga ou por delegação. Descentralização por outorga – O Estado cria ou autoriza a criação, por lei, de uma pessoa e pra ela transfere a titularidade e a execução do serviço. Descentralização por delegação – O Estado transfere somente a execução de determinado serviço, sob sua fiscalização, através de ato ou contrato administrativo. Desconcentração – mera técnica admnistrativa de distribuição interna de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica. Resulta na criação de órgaõs públicos Concentração – extinção de órgaõs públicos DEVER DE CASA! Classificação dos órgãos EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 6(CESPE/STF/Analista Judiciário/2013) Segundo o entendimento do STJ, a câmara municipal não possui personalidade jurídica, mas apenas personalidade judiciária, de modo que somente pode demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais, entendidos estes como sendo os relacionados ao funcionamento, à autonomia e à independência do órgão. 7(CESPE/CEF/Engenheiro/2014) Suponha que a administração pública direta, após regular licitação, tenha transferido temporariamente a execução de determinado serviço público a empresa privada. Nessa situação, está caracterizado o fenômeno da prestação de serviço público por outorga. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 8(CESPE/TRE-RS/Analista Administrativo/2015) Ao promover a descentralização por serviço, o poder público transfere ao ente descentralizado não apenas a execução, mas também a titularidade do serviço. 9(CESPE/TJDFT/Analista Judiciário/2015) De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao Estado. 10(CESPE/TRE-MT/Analista Administrativo/2015) Os órgãos públicos não têm personalidade jurídica e podem integrar tanto a estrutura da administração direta como a da administração indireta. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 11(CESPE/DPU/2016) A desconcentração de serviços é caracterizada pelas situações em que o poder público cria, por meio de lei, uma pessoa jurídica e a ela atribui a execução de determinado serviço. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 1) CRIAÇÃO (CF, art. 37, XIX): XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 2) CARACTERÍSTICAS COMUNS: Resultam da descentralização por outorga (ou por serviço) TODAS possuem personalidade jurídica própria TODAS possuem capacidade judiciária Patrimônio próprio Criação e extinção dependente de lei ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 2) CARACTERÍSTICAS COMUNS: Como regra, sujeitam-se às regras de licitação e contratos (Lei 8.666/93) e a concurso público Sujeitam-se à proibição de acumulação de cargos, empregos e funções Sujeitam-se ao controle externo pelo Poder Legislativo, com auxílio do TCU ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 2) CARACTERÍSTICAS COMUNS: De acordo com o novo Código Civil, não se sujeitam à falência (regime falimentar) Relação de VINCULAÇÃO à Administração Direta RESUMÃO! ADMINISTRAÇÃO DIRETA X ADMINISTRAÇÃO INDIRETA RESUMÃO! UNIÃO MINISTÉRIOS (PREVIDÊNCIA) SECRETARIAS DIRETORIAS INSS GABINETES DIRETORIAS SEÇÕES DESCENTRALIZAÇÃO D E S C O N C E N T R A Ç Ã O S U B O R D I N A Ç Ã O VINCULAÇÃO Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 26 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 12(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Uma das diferenças entre a desconcentração e a descentralização administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e naquela há o mero controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico. 13(CESPE/TRE-MT/Analista Administrativo/2015) As autarquias e as fundações públicas são subordinadas hierarquicamente a órgãos da administração direta. 14(CESPE/TREMS/Técnico Judiciário/2013) Achamada centralização desconcentrada é a atribuição administrativa cometida a uma única pessoa jurídica dividida internamente em diversos órgãos ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 3) ENTIDADES EM ESPÉCIE: a) Autarquias b) Fundações Públicas c) Empresas Públicas d) Sociedades de Economia Mista ADMINISTRAÇÃO INDIRETA A) AUTARQUIAS: DL 200/67: Serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA A) AUTARQUIAS: Criadas e extintas por lei específica (CF, art. 37, XIX), sem necessidade de registro Exercem atividade típica do Estado Personalidade jurídica de direito público, ou seja, sujeita-se a regime jurídico de direito público. Serviço Público Personificado (MSZP) ADMINISTRAÇÃO INDIRETA A) AUTARQUIAS: Regime de Pessoal: regime jurídico único estatutário, reestabelecido através de medida cautelar deferida pela Corte Suprema, no julgamento da ADI 2.135/DF, de 02 de agosto de 2007. Juízo Competente (Foro Processual): União – Justiça Federal Estado/Município – Justiça Estadual ADMINISTRAÇÃO INDIRETA A) AUTARQUIAS: Imunidade tributária recíproca abrangendo apenas os impostos sobre patrimônio, renda e serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (CF, art. 150, § 2º.) a) AUTARQUIAS: Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 33 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS: Lei específica só autoriza a criação (CF, art. 37, XIX) Função social sem fins lucrativos Personalidade jurídica de direito público ou de direito privado (depende da criação) Patrimônio Público Personificado (MSZP) PERSONALDIADE JURÍDICA DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS FUNDAÇÃO PÚBLICA COM PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO CRIADA POR LEI ESPECÍFICA FUNDAÇÃO AUTÁRQUICA FUNDAÇÃO PÚBLICA COM PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO LEI ESPECÍFICA AUTORIZA A CRIACÃO FUNDAÇÃO GOVERNAMENTAL Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 35 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS: Regime de Pessoal: regime jurídico único estatutário, reestabelecido através de medida cautelar deferida pela Corte Suprema, no julgamento da ADI 2.135/DF, de 02 de agosto de 2007. Juízo Competente (Foro Processual): União – Justiça Federal Estado/Município – Justiça Estadual ADMINISTRAÇÃO INDIRETA b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS: Imunidade tributária recíproca abrangendo apenas os impostos sobre patrimônio, renda e serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (CF, art. 150, § 2º.) b) FUNDAÇÕES PÚBLICAS: Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 38 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA c) Empresas Estatais (SEM e EP) Lei específica só autoriza a criação (CF, art. 37, XIX) Prestação de serviço público e/ou exploração de atividade econômica Personalidade jurídica de direito privado Regime jurídico híbrido CF, art. 173, , § 1º., III (Licitação) DIFERENÇAS DIFERENÇAS EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA FORMAÇÃO DO CAPITAL Exclusivamente Público Majoritariamente Público FORMA SOCIETÁRIA Qualquer forma permitida no Direito Só pode ser S/A JUÍZO COMPETENTE União – Justiça Federal Estado/Município – Justiça Estadual Justiça Estadual – U/E/DF/M Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 40 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA SÚMULA 517 - STF “As sociedades de economia mista só têm foro na justiça federal, quando a União intervém como assistente ou oponente.” ADMINISTRAÇÃO INDIRETA CUIDADO! (CESPE/MP-RR/2012) A empresa pública tem capital inteiramente público, razão por que dele não pode participar sociedade de economia mista, cujo capital é parcialmente privado.(ERRADO) EXEMPLOS EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 43 CONCEITOS RELEVANTES a) Agência Executiva: Lei 9.649/98 Não configuram com o uma nova forma na estrutura da Administração Pública. Qualificação que pode ser dada pelo Poder Executivo à autarquia ou fundação pública que celebrar contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor, com a finalidade de cumprir objetivos e metas com este acertados. CONCEITOS RELEVANTES b) Agência Reguladora Autarquias em regime especial (maior estabilidade e independência); Dirigentes nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado Federal; Mandato fixo dos dirigentes; Perda do mandato por renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou processo administrativo disciplinar; CONCEITOS RELEVANTES c) Consórcios Públicos (Lei 11.107/05) Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções; II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. CONCEITOS RELEVANTES c) Consórcios Públicos (Lei 11.107/05) Código Civil, art. 41 – “São pessoas jurídicas de direito público interno: IV – as autarquias, inclusive as associações” Art. 6º, § 1º - O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. CONCEITOS RELEVANTES d) Entidades Paraestatais São pessoas jurídicas de direito privado que atuam paralelamente ao Estado exercendo EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 15(CESPE/TJDFT/Oficial de Justiça/2015) A criação, pela União, de sociedade de economia mista depende de autorização legislativa. Autorizada, a sociedade deverá assumir a forma de sociedade anônima, e a maioria de suas ações com direito a voto pertencerão à União ou a entidade da administração indireta. 16(CESPE/TRE-RS/Analista Administrativo/2015) Não se admite a participação social de pessoas jurídicas de direito privado em empresas públicas, por ser público o seu capital. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 17(CESPE/TJDFT/Juiz/2015) As autarquias são serviços autônomos, criados por lei, com natureza jurídica de direito privado e personalidade jurídica própria. 18(CESPE/TJDFT/Juiz/2015) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são entidades com natureza jurídica de direito privado e capital exclusivo do ente estatal que as instituir. 19(CESPE/DPE-RN/Defensor Público/2015) As empresas públicas e a sociedade de economia mista, entidades da administração indireta com natureza jurídica de direito privado, devem constituir-se sob a forma jurídica de sociedade anônima. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 20(CESPE/TJCE/Analista Judiciário/2014) As autarquias são entidades criadas pelos entes federativos para a execução atividades que requeiram gestão administrativa e financeira descentralizada, porém, o ente federativo continuará titular do serviço, sendo responsável, dessa forma, pelos atos praticados pela autarquia. 21(CESPE/PGEBA/Procurador/2014) Desde que presentes a relevância e urgência da matéria, a criação da autarquia pode ser autorizada por medida provisória, devendo, nesse caso, ser providenciado o registro do ato constitutivo na junta comercial competente. EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 1 F 2 V 3 F 4 V 5 V 6 V 7 F 8 V 9 V 10 V 11 F 12 F 13 F 14 V 15 V 16 F 17 F 18 F 19 F 20 F 21 F DIREITO ADMINISTRATIVO Responsabilidade Civil do Estado Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes Periscope: @ProfLuisGustavo RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (CF, art. 37) § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderãopelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 54 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO CF, art. 37, § 6º Responsabilidade da Administração Pública (Estado) OBJETIVA Independe da comprovação de dolo ou culpa Responsabilidade do Agente Público (Servidor) SUBJETIVA Depende da comprovação de dolo ou culpa AÇÃO REGRESSIVA Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 55 EVOLUÇÃO HISTÓRICA Irresponsabilidade do Estado Responsabilidade Subjetiva do Estado Responsabilidade Objetiva do Estado (Adotada atualmente na CF) Teoria do Risco Administrativo (≠ Risco Integral) Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 56 EVOLUÇÃO HISTÓRICA TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO Admite fatores de redução ou exclusão da responsabilidade do Estado TEORIA DO RISCO INTEGRAL Não admite fatores de redução ou exclusão da responsabilidade do Estado Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 57 EVOLUÇÃO HISTÓRICA Responsabilidade Objetiva do Estado (Adotada atualmente na CF) Teoria do Risco Administrativo Dano / Prejuízo Nexo Causal (Causa e Efeito) Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 58 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A responsabilidade civil do Estado é objetiva, sendo obrigatória configuração da culpa para a eclosão do evento danoso. 2(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) A responsabilidade civil da pessoa jurídica de direito público em face de particular que tenha sofrido algum dano pode ser reduzida, ou mesmo excluída, havendo culpa concorrente da vítima ou tendo sido ela a única culpada pelo dano. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 59 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 3(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A teoria do risco integral obriga o Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente de a vítima ter concorrido para o seu aperfeiçoamento. 4(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) À semelhança do que ocorre no direto civil, o direito administrativo admite a culpa concorrente da vítima, considerando-a causa atenuante da responsabilidade civil do Estado. 5(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O ordenamento jurídico brasileiro adota a teoria da irresponsabilidade do Estado. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 60 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 6(CESPE/ANATEL/2008) A responsabilidade civil do Estado poderá ser afastada se comprovada a culpa exclusiva da vítima, ou mitigada a reparação na hipótese de concorrência de culpa. 7(CESPE/CAPES/2012) A responsabilidade objetiva do Estado fundamenta-se na teoria do risco administrativo. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 61 ABRANGÊNCIA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO U/E/DF/M Autarquias Agências Reguladoras Fundações Autárquicas PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO Fundações Governamentais Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista Concessionárias Permissionárias Autorizatárias Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 62 OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS A regra do art. 37, § 6º. abrange, apenas, danos causados por ação de seus agentes, sendo por atividade lícita ou ilícita; EP e SEM exploradoras de atividade econômica respondem de forma subjetiva (não é objetiva!) pelo dano causado por seus agentes; A responsabilidade objetiva abrange pessoa jurídica não integrante da estrutura da Administração Pública; Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 63 OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS STF – a responsabilidade civil objetiva das prestadoras de serviço público abrange os danos causados a terceiros usuários e não-usuários do serviço público; Para caracterizar a responsabilidade civil do Estado é essencial que o agente causador do dano esteja atuando na qualidade de agente público; Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 64 OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS STF – “não podendo o Estado ser responsabilizado senão quando o agente estatal estiver a exercer seu ofício ou função, ou a proceder como se estivesse a exercê-la”; STF – quando o Estado estiver na custódia de coisas ou pessoas (garante), haverá responsabilidade objetiva deste, ainda que haja conduta omissiva de seus agentes; (Teoria do Risco Administrativo) Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 65 OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS STF – “É certo, no entanto, que o princípio da responsabilidade objetiva não se reveste de caráter absoluto, eis que admite o abrandamento e, até mesmo, a exclusão da própria responsabilidade civil do Estado, nas hipóteses excepcionais configuradoras de situações liberatórias – como caso fortuito e força maior – ou evidenciadoras de ocorrência de culpa atribuível à própria vítima” Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 66 OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS CF, art. 21, XXIII - d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa (Responsabilidade Objetiva). Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 67 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 8(CESPE/TRF-2/Juiz/2012) No caso de danos decorrentes de acidentes nucleares, o Estado só responderá civilmente caso seja demonstrada a falha na prestação de serviço, podendo, inclusive, alegar caso fortuito e força maior. 9(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Conforme jurisprudência do STF, no caso de suicídio de detento que esteja sob a custódia do sistema prisional, configurar-se-á a responsabilidade do Estado na modalidade objetiva, devido a conduta omissiva estatal. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 68 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 10(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Segundo a CF, a responsabilidade civil do Estado abrange as pessoas jurídicas de direito público, as de direito privado prestadoras de serviços públicos e as executoras de atividade econômica. 11(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do dano deve ser servidor público estatutário e possuir vínculo direto com a administração. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 69 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 12(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) Para configurar a responsabilidade civil do Estado, o agente público causador do prejuízo a terceiros deve ter agido na qualidade de agente público, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora ou além de sua competência legal. 13(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem objetivamente pelos eventuais danos que seus agentes causarem a terceiros ao prestarem tais serviços. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 70 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA OU FAUTE DE SERVICE STF – “tratando-se de ato omissivo do poder público, a responsabilidade civil por tal ato é subjetiva, pelo que exige dolo ou culpa, numa de suas três vertentes, negligência, imperícia ou imprudência, não sendo, entretanto necessário individualizá-la, dado que pode ser atribuída ao serviço público, de forma genérica, a faute de service dos franceses.” Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 71 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA OU CULPA ANÔNIMA OU FAUTE DE SERVICE Omissão do Estado Falha do serviço Falta do serviço Atraso do serviço (Culpa especial) Não Prestação do serviço Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 72 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 14(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Pela teoria da faute du service, ou da culpa do serviço, eventual falha é imputada pessoalmente ao funcionário culpado, isentando a administração da responsabilidade pelo dano causado. 15(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) A responsabilidade civil do Estadorefere-se à obrigação de reparar os danos causados por seus agentes a terceiros em decorrência de suas atuações, mas não por suas omissões. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 73 AÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO E AÇÃO REGRESSIVA A posição mais recente do STF é que a ação de reparação do dano deve ser contra a Administração, não podendo ser intentada diretamente contra o agente público ou através de litisconsórcio passivo entre este e o Estado; É inaplicável a denunciação da lide pela Adminstração a seus agentes públicos; A ação regressiva é uma ação imprescritível (CF, art. 37, §5º.) ; O direito de regresso só ocorre quando a Administração comprova que já foi condenada a indenizar a vítima; Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 74 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Todos os anos, na estação chuvosa, a região metropolitana de determinado município é acometida por inundações, o que causa graves prejuízos a seus moradores. Estudos no local demonstraram que os fatores preponderantes causadores das enchentes são o sistema deficiente de captação de águas pluviais e o acúmulo de lixo nas vias públicas. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 75 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 16. Caso algum cidadão pretenda ser ressarcido de prejuízos sofridos, poderá propor ação contra o Estado ou, se preferir, diretamente contra o agente público responsável, visto que a responsabilidade civil na situação hipotética em apreço é solidária. 17. De acordo com a jurisprudência e a doutrina dominante, na hipótese em pauta, casa haja danos a algum cidadão e reste provada conduta omissiva por parte do Estado, a responsabilidade deste será subjetiva. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 76 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 18(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) A reparação do dano à pessoa lesada por ato emanado de agente público no exercício de suas funções pode ser consumada tanto na via administrativa, por acordo entre a pessoa jurídica civilmente responsável e o lesado, como por ação judicial de indenização. 19(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O Estado será responsável pelos danos que seus agentes causarem, sendo incabível a ação regressiva mesmo no caso de dolo e culpa do agente. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 77 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 20(CESPE/TCU/AFCE/2009) Se esse ilícito causar dano a terceiros, a União responderá objetivamente, mas só poderá agir regressivamente contra o servidor se ficar comprovado que ele agiu dolosamente. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 78 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO GABARITO Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes 79 1 F 2 V 3 V 4 V 5 F 6 V 7 V 8 F 9 V 10 F 11 F 12 V 13 V 14 F 15 F 16 F 17 V 18 V 19 F 20 F DIREITO ADMINISTRATIVO Atos Administrativos Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes Periscope: @ProfLuisGustavo ATO ADMINISTRATIVO 1) CONCEITO: É espécie de ato jurídico Manifestação unilateral de vontade (volitiva) do Estado ou de quem lhe faça as vezes Regime de direito público (prerrogativas do Estado) Finalidade de interesse público ATO ADMINISTRATIVO 1) CONCEITO: HLM: “ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria” ATO ADMINISTRATIVO 1) CONCEITO: MSZP: “a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle do Poder Judiciário” ATO ADMINISTRATIVO 1) CONCEITO: É bom frisar que a Administração também pratica atos regidos predominantemente pelo Direito Privado (desprovida de suas prerrogativas). Nesse caso, tem-se um ato da administração ATO ADMINISTRATIVO CUIDADO! Ato da Administração – num sentido amplo, este conceito engloba: os atos administrativos propriamente dito os atos regidos pelo direito privado os contratos administrativos Quem emite ato administrativo? Particulares que representem o Estado, no exercício de prerrogativas públicas. Ex: concessionárias de serviço público EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1(CESPE/ANATEL/2009) Ato administrativo é aquele praticado no exercício concreto da função administrativa pelos órgãos do Poder Executivo ou pelos órgãos judiciais e legislativos. Assim, um tribunal de justiça estadual, quando concede férias aos seus servidores, desempenha uma função administrativa. 2(CESPE/TJAL/Analista Administrativo/2012) Todo ato praticado no exercício da função administrativa consiste em ato da administração. 3(CESPE/MMA/2009) Todo ato praticado no exercício de função administrativa é considerado ato administrativo. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 4(CESPE/PC-AL/Delegado/2012) O fato administrativo é conceituado como a materialização da função administrativa. ATO ADMINISTRATIVO 2) Elementos ou Requisitos de Validade do Ato Administrativo (Lei 4.717/65): COMpetência FInalidade elementos sempre vinculados FORma Motivo podem ser elementos vinculados ou não OBjeto ATO ADMINISTRATIVO a) COMPETÊNCIA (≠ Capacidade) Lei 9.784/99, art. 11 ao 17 Elemento sempre vinculado Poder legal (LEI) Irrenunciável, intransferível, imodificável e imprescritível Delegação x Avocação DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO DELEGAÇÃO: Passar / Transferir Regra → Possibilidade (Ato Discricionário) Exceção → Salvo se houver impedimento legal (art. 13) DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO DELEGAÇÃO: Pode ocorrer entre órgãos/autoridades com o mesmo nível hierárquico Parcial e por prazo determinado Com ou sem ressalva de exercício Revogável a qualquer tempo DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO DELEGAÇÃO: Exige publicação oficial, bem como na sua revogação A responsabilidade é de quem pratica (do delegado) Razões: circunstâncias de ordem TJ TSE DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO MATÉRIAS INDELEGÁVEIS (Lei 9.784/99, Art. 13) Matéria de competência exclusiva de órgão ou autoridade Edição de atos de caráter normativo Decisão de recursos administrativos DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO AVOCAÇÃO: Puxar / Chamar Medida de caráter excepcional e temporária Exige motivaçao Exige relação de subordinação Não cabe avocação de matéria de competência exclusiva EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 5(CESPE/TCU/2015) É proibido delegar a edição de atos de caráter normativo. 6(CESPE/TCU/2015) Ao delegar a prática de determinado ato administrativo, a autoridade delegante transfere a titularidade para sua prática. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 7(CESPE/MP-RR/2012) De acordo com a legislação aplicável à matéria, a decisão de recursos administrativos pela autoridade competente não pode ser objeto de delegação. 8(CESPE/TCU/2011) Delegação não transfere competência, mas somente, e em caráter temporário, transfere o exercício de parte das atribuições do delegante. 9(CESPE/FUB/2015) A competência, finalidade, forma, o motivo, objeto e a legalidade são considerados requisitos dos atos administrativos. ATO ADMINISTRATIVO b) FINALIDADE Elemento sempre vinculado Finalidade geral ↔ interesse público (Princípio da Impessoalidade) Finalidade específica ↔ resultado específico a ser adotado, previsto em lei ABUSO DE PODER 1) Excesso de Poder: Ocorre quando o agente público excede os limites de sua competência 2) Desvio de Poder: Ocorre quando o agente público pratica ato com finalidade diversa do interesse público (geral) ou quando a lei não prevê aquela finalidade (específica) RESUMÃO EXCESSO DE PODERVÍCIO DE COMPETÊNCIA DESVIO DE PODER (DE FINALIDADE) VÍCIO DE FINALIDADE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 10(CESPE/TREMS/Analista Administrativo/2012) Configura excesso de poder o ato do administrador público que remove um servidor de ofício com o fim de puni-lo. 11(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) Caracteriza desvio de finalidade, espécie de abuso de poder, a conduta do agente que, embora dentro de sua competência, se afasta do interesse público, que deve nortear todo o desempenho administrativo, para alcançar fim diverso daquele que a lei lhe permitiu. 12(CESPE/TRE-RS/Técnico Judiciário/2015) O fenômeno da tredestinação lícita se aplica a atos administrativos de desapropriação, quando a finalidade específica é alterada, mas mantém-se a finalidade genérica, de modo que o interesse público continue a ser atendido. ATO ADMINISTRATIVO c) FORMA: Elemento sempre vinculado O ato administrativo não pode ser praticado de forma livre, devendo possuir a forma prevista em lei Regra: por escrito (há exceções) ATO ADMINISTRATIVO d) MOTIVO (≠ MOTIVAÇÃO): Pode ser elemento vinculado (AV) ou não-vinculado (AD) É a situação de fato ou de direito que autoriza ou determina a prática do ato. ATO ADMINISTRATIVO d) OBJETO (= CONTEÚDO): Pode ser elemento vinculado (AV) ou não-vinculado (AD) É o efeito imediato decorrente do ato administrativo São as consequências instantâneas que o ato produz RESUMÃO COMpetência ↔ QUEM? FInalidade ↔ PARA QUE? FORma ↔ COMO? MOtivo ↔ POR QUE? OBjeto ↔ O QUE? OBSERVAÇÕES RELEVANTES 1) MOTIVAÇÃO (≠ MOTIVO) É a justificativa da prática do ato (expor o motivo) É a exposição da situação de fato ou de direito que autoriza ou determina a prática do ato Como regra, a motivação é obrigatória em todos os atos (vinculados ou discricionários) OBSERVAÇÕES RELEVANTES 1) MOTIVAÇÃO (≠ MOTIVO) Lei 9.784/99, art. 50 A ausência de motivação, quando ela é obrigatória, caracteriza vício de forma Exemplo de ato que dispensa motivação: nomeação e exoneração de cargo em comissão OBSERVAÇÕES RELEVANTES 1) MOTIVAÇÃO (≠ MOTIVO) Explícita, clara e congruente Motivação expressa ou alliunde (em forma de considerandos, por referência) OBSERVAÇÕES RELEVANTES 2) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES Consiste em apurar a ocorrência da justificativa utilizada pela Administração Pública na prática do ato. Não importa se o ato deveria ou não ser motivado. O que importa é que o ato foi motivado. OBSERVAÇÕES RELEVANTES 2) TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES Através desta teoria, o agente público fica vinculado aos motivos expostos, sob pena de nulidade do ato administrativo CUIDADO! Esta teoria não transforma o ato discricionário em vinculado. OBSERVAÇÕES RELEVANTES 3) MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO É a possibilidade de o administrador praticar ou não o ato, de acordo com a sua oportunidade e conveniência É formado pelo conjunto motivo + objeto, nos atos discricionários. NÃO HÁ MÉRITO EM ATO VINCULADO! O Poder Judiciário não controla o mérito dos atos administrativos, porém, sempre haverá controle de legalidade. RESUMÃO MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO ATO DISCRICIONÁRIO MOTIVO + OBJETO CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 13(CESPE/TCU/2009) De acordo com a disciplina prevista na Lei da Ação Popular, o ato administrativo apresenta os seguintes elementos ou requisitos: competência, forma, objeto, motivo e finalidade. 14(CESPE/TRF-2/Juiz/2012) Em razão da teoria dos motivos determinantes, no caso de exoneração ad nutum de ocupante de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, não há necessidade de motivação, mas, caso haja motivação, o administrador ficará vinculado a seus termos. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 15(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O motivo do ato não se confunde com a motivação da autoridade administrativa, pois a motivação diz respeito às formalidades do ato. 16(CESPE/TJRO/Oficial de Justica/2012) A nomeação de cidadão para cargo público em comissão deverá ser feita por autoridade competente, que é obrigada a apresentar os motivos dessa nomeação por escrito, conforme o princípio da motivação. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 17(CESPE/TJAL/Auxiliar Judiciário/2012) Segundo a teoria dos motivos determinantes, a motivação expressa — declaração pela administração pública das razões para a prática do ato — é exigível apenas para os atos vinculados. 18(CESPE/DPE-TO/2012) Por ter sido adotado na CF o princípio da inafastabilidade da jurisdição, o mérito do ato administrativo pode ser controlado pelo Poder Judiciário em qualquer circunstância. ATO ADMINISTRATIVO 3) Atributos do Ato Administrativo: Presunção de Legitimidade ↔ Presente em todos os atos Imperatividade Auto-executoriedade Não estão presentes em todos Tipicidade os atos ATO ADMINISTRATIVO a) Presunção de Legitimidade ou de Legalidade: Como decorrência de tal presunção, os atos administrativos devem ser cumpridos, mesmo que contenham vício, até que sejam anulados pela autoridade competente. É uma presunção RELATIVA de legitimidade (juris tantum) ATO ADMINISTRATIVO a) Presunção de Legitimidade ou de Legalidade: O ônus da prova é de quem alega a existência do vício na formação do ato Não se confunde com a presunção de veracidade dos atos administrativos ATO ADMINISTRATIVO b) Imperatividade: Não está presente em todos os atos É a possibilidade de a Administração impor os seus atos aos particulares, independentemente da aquiescência deles (unilateralmente) Decorre do Poder Extroverso do Estado ATO ADMINISTRATIVO c) Auto-executoriedade: Não está presente em todos os atos É a possibilidade de a Administração executar os seus atos direta e imediatamente, independentemente de manifestação prévia do Poder Judiciário ATO ADMINISTRATIVO c) Auto-executoriedade: Tal atributo não impede apreciação posterior por parte do Poder Judiciário Para alguns autores este atributo só existe quando expressamente previsto em lei ou em situações de urgência É um atributo típico dos atos de polícia ATO ADMINISTRATIVO c) Auto-executoriedade: Exemplos de atos auto-executórios: demolição de construções irregulares apreensão de mercadorias irregulares aplicação de multa interdição de estabelecimento comercial ATO ADMINISTRATIVO c) Auto-executoriedade: Exemplo de ato sem auto-executoriedade: COBRANÇA de multa ou de dívida ativa Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade funcionam como limitadores de tal atributo IMPORTANTE CABM - Exigibilidade e Executoriedade: a) Exigibilidade – obrigação que o administrado tem de cumprir o ato administrativo. Permite a utilização de meios indiretos de coerção. a) Executoriedade – possibilidade de a própria Administração Pública praticar o ato administrativo ou compelir o administrado a praticá-lo. Permite a utilização de meios diretos de coerção. IMPORTANTE CABM - Exigibilidade e Executoriedade: Segundo o autor: “Quer-se dizer, pela exigibilidade pode-se induzir à obediência, pela executoriedade pode-se compelir, constranger fisicamente” ATO ADMINISTRATIVO d) Tipicidade: Decorre do princípio da legalidade (CF, art. 5º) É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 19(CESPE/TJAL/Analista Administrativo/2012) A imperatividade é um atributo de todos os atos administrativos. 20(CESPE/MCTI/Apoio Administrativo/2012) O ato administrativo goza do atributo da exigibilidade, ou seja, só se pode exigir oseu cumprimento por meio de ação judicial. 21(CESPE/DPE-RO/2012) Todo ato administrativo goza do atributo da autoexecutoriedade, a exemplo das obrigações pecuniárias como os tributos, que são exigíveis e autoexecutáveis. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22(CESPE/ANCINE/Técnico em Regulação/2012) A imperatividade, atributo inerente aos atos administrativos, é definida como o poder que a administração pública possui de executar diretamente os seus atos sem o controle do Poder Judiciário, admitindo-se o uso da força se autorizado pela lei. ATO ADMINISTRATIVO 4) Principais formas de extinção do ato administrativo: ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO ANULAÇÃO REVOGAÇÃO MOTIVO Ilegalidade/Ilegitimidade/Vício na Formação do Ato Inconveniência/ Inoportunidade PRESSUPOSTO Ato Inválido Ato Válido CONTROLE De Legalidade De Mérito QUEM FAZ Poder Judiciário (mediante provocação) ou a própria Administração Pública (de ofício ou mediante provocação) Somente pela própria Administração Pública (de ofício ou mediante provocação) ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO ANULAÇÃO REVOGAÇÃO EFEITOS Retroativo (Ex-tunc) Proativo (Ex-nunc) DIREITO ADQUIRIDO Como regra, não respeita Respeita NATUREZA Ato Vinculado (DEVE) Ato Discricionário (PODE) INCIDÊNCIA Ato Vinculado e Ato Discricionário Somente Ato Discricionário ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO ATOS IRREVOGÁVEIS: os atos consumados os atos vinculados os atos que geram direitos adquiridos os atos que integram um procedimento administrativo os “meros atos administrativos” (certidões, pareceres, atestados) ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO Lei 9.784/99, art. 54: “O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.” CONVALIDAÇÃO Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. Possibilidade de a Administração Pública consertar vícios sanáveis existentes em alguns elementos do ato administrativo. Surge com a teoria dualista TEORIA DUALISTA QUANTO À VALIDADE: 1) Ato válido – elementos de acordo com a lei 2) Ato nulo – vício insanável (não cabe convalidação) 3) Ato anulável – vício sanável (cabe convalidação) CONVALIDAÇÃO Ou sanatória ou saneamento ou aperfeiçoamento Natureza: Ato Discricionário (Lei 9.784/99, art. 55) Só pode ser feita pela própria Administração Não pode causar prejuízo ao interesse público e nem prejuízo a terceiros CONVALIDAÇÃO Vícios sanáveis (competência não exclusiva e forma não essencial) Efeitos: retroativos (ex-tunc) Incidência: Ato vinculado ou discricionário Expressa ou tácita EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 23(CESPE/TJRO/Oficial de Justica/2012) A anulação de ato administrativo ocorre mediante ação judicial, ao passo que a revogação ocorre por meio de processo administrativo. 24(CESPE/DPRF-Agente Administrativo/2012) A anulação de um ato administrativo depende de determinação do Poder Judiciário. A revogação, por outro lado, pode se dar por meio de processo administrativo. 25(CESPE/INSS/2016) Em decorrência do princípio da autotutela, não há limites para o poder da administração de revogar seus próprios atos segundo critérios de conveniência e oportunidade. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 26(CESPE/Câmara Municipal/2015) Ao extinguir por meio de revogação, um ato administrativo discricionário válido, a administração pública tem de fazê-lo em razão de oportunidade e conveniência, respeitando os efeitos já produzidos pelo ato até o momento. 27(CESPE/ENAP/Administrador/2015) O direito de a administração anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, implica a desnecessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado. 28(CESPE/CGE-PI/Auditora/2015) A administração pode anular os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem eivados de vícios que os tornem ilegais. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO GABARITO 1 V 2 V 3 F 4 V 5 V 6 F 7 V 8 V 9 F 10 F 11 V 12 V 13 V 14 V 15 V 16 F 17 F 18 F 19 F 20 F 21 F 22 F 23 F 24 F 25 F 26 V 27 F 28 F DIREITO ADMINISTRATIVO Poderes Administrativos Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes Periscope: @ProfLuisGustavo PODERES ADMINISTRATIVOS HLM a) Poder Vinculado b) Poder Discricionário c) Poder Hierárquico d) Poder Disciplinar e) Poder Regulamentar f) Poder de Polícia MSZP a) Poder Hierárquico b) Poder Disciplinar c) Poder Regulamentar d) Poder de Polícia PODERES ADMINISTRATIVOS a) Poder Vinculado (ou Regrado): Emite atos vinculados, onde o administrador possui pouca ou nenhuma liberdade de atuação PODERES ADMINISTRATIVOS b) Poder Discricionário (≠ Arbitrário): Emite atos discricionários, onde o administrador possui certa margem de liberdade para sua atuação RESUMÃO MÉRITO DO ATO ADMINISTRATIVO ATO DISCRICIONÁRIO MOTIVO + OBJETO CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE PODERES ADMINISTRATIVOS c) Poder Hierárquico: Hierarquia Relação de Subordinação Controle Hierárquico Função Administrativa PODERES ADMINISTRATIVOS c) Poder Hierárquico: Superior / Subordinado (Subordinação) Ordenar / Revisar / Controlar / Fiscalizar / Dar ordens / Corrigir Aspectos de Legalidade / Mérito Obedercer ordens superiores (Lei 8.112/90, art. 116, IV – exceto as manifestamente ilegais) Delegação* e Avocação PODERES ADMINISTRATIVOS c) Poder Hierárquico: Não há hierarquia entre Pessoas jurídicas distintas Entidades políticas Poderes da República Administração Direta e Indireta PL e PJ na função típica PODERES ADMINISTRATIVOS d) Poder Disciplinar: Para Maria Sylvia Di Pietro o poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa; é o caso dos que com ela contratam. Estão submetidos a ele os servidores públicos e todos aqueles que possuam algum vínculo jurídico específico com a Administração PODERES ADMINISTRATIVOS d) Poder Disciplinar: Poder de Polícia (vínculo geral) x Poder Disciplinar (vínculo específico) Não se confunde com o poder punitivo do Estado (Poder Judiciário) É tido pela doutrina como um poder discricionário (graduação da sanção / conceitos jurídicos indeterminados) PODERES ADMINISTRATIVOS e) Poder Regulamentar: É a prerrogativa concedida à Administração Pública de editar atos gerais para complementar as leis e permitir sua efetiva aplicação. O Poder Regulamentar, em sentido estrito, consubstancia- se na autorização, ao Chefe do Poder Executivo, para a edição de decretos e regulamentos. Poder Regulamentar x Poder Normativo DECRETO AUTÔNOMO E REGULAMENTAR CF, art. 84, Compete privativamente ao Presidente da República: IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; VI – dispor, mediante decreto, sobre: (EC 32/2001) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) Diferentemente do direito penal, no campo do poder disciplinar, o administradorpúblico dispõe da possibilidade de avaliar se deve punir a falta praticada por servidor, razão pela qual se diz que referido poder é discricionário. 2(CESPE/TRT10/Analista Judiciário/2012) No âmbito dos poderes do Estado, a hierarquia só existe no que tange às funções administrativas, não em relação às funções de natureza legislativa e judicial. 3(CESPE/TRF-5/Juiz Federal/2015) No exercício do poder regulamentar, o presidente da República pode dispor, mediante decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, quando tal ato administrativo não implicar aumento de despesa; sobre a criação e extinção de órgãos públicos; sobre a extinção de funções ou cargos públicos, quando estes estiverem vagos. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 4(CESPE/TREMS/Analista Administrativo/2012) Decorre do poder disciplinar o ato da autoridade superior de avocar para a sua esfera decisória ato da competência de agente a ele subordinado. 5(CESPE/TREMS/Analista Administrativo/2012) O poder regulamentar é prerrogativa de direito público conferida à administração pública de exercer função normativa para complementar as leis criadas pelo Poder Legislativo, podendo inclusive alterá-las de forma a permitir a sua efetiva aplicação. 6(CESPE/TRF-5/Juiz Federal/2015) O poder regulamentar é prerrogativa concedida textualmente pela CF ao chefe do Poder Executivo federal que não se estende aos governadores e aos prefeitos. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 7(CESPE/TJRR/Administrador/2012) Define-se poder discricionário como o poder que o direito concede à administração para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo, estando a administração, no exercício desse poder, imune à apreciação do Poder Judiciário. 8(CESPE/IBAMA/Analista/2012) Ao aplicar penalidade a servidor público, em processo administrativo, o Estado exerce seu poder regulamentar. 9(CESPE/DPU/Procurador/2015) A hierarquia é uma característica encontrada exclusivamente no exercício da função administrativa, que inexiste, portanto, nas funções legislativa e jurisdicional típicas. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 10(CESPE/IBAMA/Analista/2012) Suponha que um particular vinculado à administração pública por meio de um contrato descumpra as obrigações contratuais que assumiu. Nesse caso, a administração pode, no exercício do poder disciplinar, punir o particular. 11(CESPE/PC-AL/Delegado/2012) A aplicação de pena a um servidor público constitui exemplo de exercício de poder hierárquico. 12(CESPE/TJPB/Juiz/2015) No exercício do poder disciplinar, a administração pública pode impor sanção administrativa a servidor, sendo vedado ao Poder Judiciário, segundo jurisprudência, perquirir a motivação nesse caso. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 13(CESPE/Polícia Civil – PE/Delegado/2016) À administração pública cabe o poder disciplinar para apurar infrações e aplicar penalidades a pessoas sujeitas à disciplina administrativa, mesmo que não sejam servidores públicos. 14(CESPE/Polícia Civil – PE/Delegado/2016) Poder vinculado é a prerrogativa do poder público para escolher aspectos do ato administrativo com base em critérios de conveniência e oportunidade; não é um poder autônomo, devendo estar associado ao exercício de outro poder. 15(CESPE/Polícia Civil – PE/Delegado/2016) Faz parte do poder regulamentar estabelecer uma relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos, incluindo o poder de delegar e avocar atribuições. PODERES ADMINISTRATIVOS f) Poder de Polícia: CTN, Art. 78 - Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. PODERES ADMINISTRATIVOS f) Poder de Polícia: HLM – “poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.” PODERES ADMINISTRATIVOS f) Poder de Polícia: MSZP – “O Poder Legislativo, no exercício do poder de polícia que incumbe ao Estado, cria, por lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas.” PODERES ADMINISTRATIVOS f) Poder de Polícia: Sentido amplo x Sentido Estrito Definição Legal – CTN, art. 78 Fato Gerador da TAXA (STJ – efetivo exercício) Fundamento: Supremacia do Interesse Público sobre o Particular Finalidade: Proteção do Interesse Público PODERES ADMINISTRATIVOS f) Poder de Polícia: Limitações: razoabilidade e proporcionalidade Pode ser exercido por todas as esferas (U/E/DF/M), de acordo com a competência para regular a matéria Poder de Polícia: Originário x Delegado AD AI PODERES ADMINISTRATIVOS f) Poder de Polícia: Segundo o STF o poder de polícia só pode ser exercido por pessoa jurídica de direito público, dada a natureza da atividade envolvida. PODERES ADMINISTRATIVOS f) Poder de Polícia: CICLO DE POLÍCIA: Segundo o STJ, as atividades que envolvem a consecução do poder de polícia podem ser sumariamente divididas em quatro grupos: ordem (legislação) consentimento fiscalização sanção. PODERES ADMINISTRATIVOS f) Poder de Polícia: Dentre as sanções derivadas do exercício do Poder de Polícia, Hely Lopes Meirelles aponta: interdição de atividade, fechamento de estabelecimento, demolição de construção irregular, apreensão de mercadorias irregulares, inutilização de gêneros, destruição de objetos, embargo de obras, etc PODERES ADMINISTRATIVOS f) Poder de Polícia: São atributos do poder de polícia: Discricionariedade Coercibilidade Auto-executoriedade PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVO x JUDICIÁRIO ADMINISTRATIVO JUDICIÁRIO ATUAÇÃO Principalmente preventivo Principalmente repressivo TIPO DE ILÍCITO Administrativo Penal NORMAS REGULAMENTARES Direito Administrativo Direito Penal e Processo Penal INCIDÊNCIA Bens, Direitos e Atividades Pessoas COMPETÊNCIA Diversos órgãos da Administração Pública Corporações Especializadas EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 16(CESPE/TREMS/Tecnico Judiciario/2012) O poder de polícia tem como característica a ampla abrangência, não existindo critério territorial para a fixação da sua competência, razão por que a autoridade pública de um município tem competência para atuar em outro ente da Federação. 17(CESPE/TRF-5/Juiz Federal/2015) O poder de polícia administrativa tem como uma de suas características a autoexecutoriedade, entendida como sendo a prerrogativa de que dispõe a administração para praticar atos e colocá-los em imediata execução sem depender de autorização judicial. 18(CESPE/TJAL/Analista Judiciário/2012) A discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade são atributos do poder de polícia, que compete exclusivamente ao Poder Executivo. 19(CESPE/DPU/Procurador/2015) A multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, não possui a característica da autoexecutoriedade. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 20(CESPE/TRERJ/Tecnico Judiciario/2012)O poder de polícia, que decorre da discricionariedade que caracteriza a administração pública, é limitado pelo princípio da razoabilidade ou proporcionalidade. 21(CESPE/TRF-5/Juiz Federal/2015) O exercício do poder de polícia administrativa é sempre discricionário, caracterizando-se por conferir ao administrador liberdade para escolher o melhor momento de sua atuação ou a sanção mais adequada no casoconcreto, por exemplo, quando houver previsão legal de duas ou mais sanções para determinada infração. 22(CESPE/TRERJ/Tecnico Judiciario/2012) O poder de polícia deriva do poder hierárquico. Os chefes de repartição, por exemplo, utilizam-se do poder de polícia para fiscalizar os seus subordinados. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 23(CESPE/TJRR/Tecnico Judiciario/2012) No exercício do poder de polícia, a administração age apenas de forma repressiva, aplicando sanções a condutas que infrinjam leis e regulamentos, uma vez que tal poder não se coaduna com medidas preventivas, inseridas, em regra, no âmbito do poder regulamentar. 24(CESPE/TRF-2/Juiz/2012) Segundo a jurisprudência pacífica do STF, é possível a delegação do poder de polícia à sociedade de economia mista. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 25(CESPE/TJRO/Tecnico Judiciario/2012) Servidor da vigilância sanitária que apreende, em estabelecimento comercial, produtos alimentícios fora do prazo de validade exerce poder de polícia. 26(CESPE/TJAL/Analista Judiciário/2012) A polícia administrativa atua sobre bens, direitos ou atividades, enquanto a polícia judiciária atua sobre pessoas. 27(CESPE/TCEPA/Auditor de Controle Externo/2016) Situação hipotética: O proprietário de determinado restaurante recebeu notificação na qual constava a determinação de que a obra que havia sido irregularmente realizada na calçada do referido estabelecimento, para a colocação de mesas, teria de ser demolida. Assertiva: Nesse caso, decorrendo o prazo sem cumprimento da ordem, a administração poderá promover a demolição sob o manto da autoexecutoriedade dos atos administrativos e do poder de polícia. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (CESPE/TCE-PA/ 2016) Um agente de determinada autarquia estadual, em fiscalização de rotina, autuou estabelecimento comercial em razão de infração administrativa verificada. Procedeu ainda, naquela mesma ocasião, à interdição cautelar do estabelecimento em questão. Acerca dessa situação hipotética, do poder de polícia e da disciplina dos atos administrativos, assinale a opção correta. 28. Se, na situação hipotética em apreço, fosse aplicada pena de multa ao estabelecimento comercial, sua cobrança poderia ser executada diretamente pela administração pública. 29. Na hipótese apresentada, a aplicação de punição administrativa ao estabelecimento comercial submete-se ao princípio da legalidade, uma vez que somente lei pode instituir sanções administrativas. 30. Na hipótese em apreço, a interdição cautelar do estabelecimento comercial não poderia prescindir da observância do devido processo legal e somente poderia ser efetivada após o exercício do direito de defesa por parte do interessado. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO GABARITO: 1 F 2 V 3 F 4 F 5 F 6 F 7 F 8 F 9 V 10 V 11 F 12 F 13 V 14 F 15 F 16 F 17 V 18 F 19 F 20 V 21 F 22 F 23 F 24 F 25 V 26 V 27 V 28 F 29 V 30 F Número do slide 1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Número do slide 3 Número do slide 4 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ENTIDADES OU ENTES OU PESSOAS ÓRGÃOS PÚBLICOS ÓRGÃOS PÚBLICOS Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Número do slide 25 RESUMÃO! EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Número do slide 33 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA PERSONALDIADE JURÍDICA DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Número do slide 38 ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DIFERENÇAS ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA EXEMPLOS CONCEITOS RELEVANTES CONCEITOS RELEVANTES CONCEITOS RELEVANTES CONCEITOS RELEVANTES CONCEITOS RELEVANTES EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO Número do slide 53 �RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO�(CF, art. 37)� �RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO�CF, art. 37, § 6º� EVOLUÇÃO HISTÓRICA EVOLUÇÃO HISTÓRICA EVOLUÇÃO HISTÓRICA EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ABRANGÊNCIA OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS OBSERVAÇÕES NOTÁVEIS EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO RESPONSABILIDADE SUBJETIVA DO ESTADO EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO AÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO E AÇÃO REGRESSIVA EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Número do slide 80 ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO Quem emite ato administrativo? EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO DELEGAÇÃO X AVOCAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ATO ADMINISTRATIVO ABUSO DE PODER RESUMÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO RESUMÃO OBSERVAÇÕES RELEVANTES OBSERVAÇÕES RELEVANTES OBSERVAÇÕES RELEVANTES OBSERVAÇÕES RELEVANTES OBSERVAÇÕES RELEVANTES OBSERVAÇÕES RELEVANTES RESUMÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO ATO ADMINISTRATIVO IMPORTANTE IMPORTANTE ATO ADMINISTRATIVO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ATO ADMINISTRATIVO ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO ANULAÇÃO X REVOGAÇÃO CONVALIDAÇÃO TEORIA DUALISTA CONVALIDAÇÃO CONVALIDAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Número do slide 141 PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS RESUMÃO PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS DECRETO AUTÔNOMO E REGULAMENTAR EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODERES ADMINISTRATIVOS PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVO x JUDICIÁRIO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Compartilhar