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Direito Administrativo 01. O regime de direito público resulta da caracterização normativa de determinados interesses como pertinentes à sociedade e não aos particulares considerados em sua individuada singularidade. Juridicamente, essa caracterização no Direito Administrativo delineia-se na consagração de dois princípios: A) responsabilidade do Estado por atos administrativos e segurança jurídica. B) supremacia do interesse público sobre o privado e indisponibilidade, pela Administração, dos interesses públicos. C) controle judicial dos atos administrativos e responsabilidade do Estado por atos administrativos. D) responsabilidade do Estado por atos administrativos e indisponibilidade, pela Administração, dos interesses públicos. E) moralidade administrativa e supremacia do interesse público sobre o privado. 02. A respeito de Estado, governo e administração pública, assinale a opção correta. A) Governo é o órgão central máximo que formula a política em determinado momento. B) A organização da administração pública como um todo é de competência dos dirigentes de cada órgão, os quais são escolhidos pelo chefe do Poder Executivo. C) Poder hierárquico consiste na faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores. D) Território e povo são elementos suficientes para a constituição de um Estado. E) República é a forma de governo em que o povo governa no interesse do povo. 03. Com relação aos poderes administrativos e ao uso e abuso desses poderes, assinale a opção correta. A) O poder de polícia refere-se às relações jurídicas especiais, decorrentes de vínculos jurídicos específicos existentes entre o Estado e o particular. B) O poder disciplinar, mediante o qual a administração pública está autorizada a apurar e aplicar penalidades, alcança tão somente os servidores que compõem o seu quadro de pessoal. C) A invalidação, por motivos de ilegalidade, de conduta abusiva praticada por administradores públicos ocorre no âmbito judicial, mas não na esfera administrativa. D) Poder regulamentar é a competência atribuída às entidades administrativas para a edição de normas técnicas de caráter normativo, executivo e judicante. E) Insere-se no âmbito do poder hierárquico a prerrogativa que os agentes públicos possuem de rever os atos praticados pelos subordinados para anulá-los, quando estes forem considerados ilegais, ou revogá-los por conveniência e oportunidade, nos termos da legislação respectiva. 04. Acerca do controle da administração, assinale a opção correta. A) O controle por vinculação possui caráter externo, pois é atribuído a uma pessoa e se exerce sobre os atos praticados por pessoa diversa. B) Controle interno é o que se consuma pela verificação da conveniência e oportunidade da conduta administrativa. C) O controle de legalidade é controle externo na medida em que é somente processado por órgão jurisdicional. D) Controle administrativo é a prerrogativa que a administração pública possui de fiscalizar e corrigir a sua própria atuação, restrita a critérios de mérito. E) O controle que a União exerce sobre a FUNAI caracteriza-se como controle por subordinação, uma vez que esta é uma fundação pública federal. 05. Lei estadual que vede a realização de processo seletivo para o recrutamento de estagiários pelos órgãos e pelas entidades do poder público estadual fere o princípio da A) eficiência. B) legalidade. C) impessoalidade. D) segurança jurídica. E) continuidade do serviço público. 06. Os poderes e deveres do administrador público são encargos para os gestores da coisa pública. Esses encargos são expressos em lei, impostos pela moral administrativa e exigidos pelo interesse da coletividade. Nesse diapasão, é correto afirmar que: A) o agente administrativo, quando despido da função ou fora do exercício do cargo, pode usar sua autoridade pública ou invocá-la ao talante do poder discricionário para superpor-se aos demais cidadãos. B) o ato de improbidade administrativa importa em suspensão dos direitos políticos, porém não enseja a indisponibilidade de bens. C) o silêncio da Administração não gera responsabilidade para o agente, podendo o dever de agir ser buscado por via judicial se o ato omissivo for de direito líquido e certo do interessado. D) o dever de probidade está constitucionalmente integrado na conduta do administrador público como elemento necessário à legitimidade de seus atos. 07. A Administração Pública, como instituição destinada a realizar o Direito e a propiciar o bem comum, não pode agir fora das normas jurídicas e dos princípios constitucionais explícitos e implícitos. Nesse sentido, é correto afirmar que: A) o Judiciário somente revoga o ato administrativo. B) a Administração somente anula o ato administrativo. C) a Administração pode revogar ou anular seu próprio ato administrativo. D) a Administração pode revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem legais. E) a anulação é a supressão de um ato discricionário legítimo e eficaz, realizada pela Administração. 08. Acerca da Centralização e Descentralização da atividade administrativa, e Administração Direta e Indireta, assinale a CORRETA. A) A descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o Estado e a pessoa que executará o serviço, esta última podendo ser um particular ou uma autarquia, por exemplo. B) Quando o Estado executa suas tarefas diretamente, por meio dos órgãos e agentes integrantes da denominada administração direta, ocorre a descentralização administrativa. C) A descentralização administrativa somente pode ocorrer por lei. D) Compõem a Administração Indireta somente as Autarquias e as Fundações Públicas. 09. Ao tratarmos de Direito Administrativo, é importante considerar que por ser um ramo do Direito Público, não se adequa a todos os princípios do Direito Privado. Assim, para interpretá-lo, é indispensável observar alguns pressupostos diretamente ligados ao Direito. Dentre esses pressupostos, está a A) igualdade jurídica entre a Administração Pública e os administrados, sem prevalência de interesses de um ou de outro. B) presunção absoluta de legitimidade dos atos da Administração Pública. C) inviabilidade de discricionariedade na prática rotineira das atividades da Administração Pública. D) necessidade de poderes discricionários para a Administração atender ao interesse público. E) sobreposição do interesse privado, ou seja, dos administrados, sobre o interesse público. 10. No que se refere aos Princípios da Administração Pública, assinale a alternativa correta. A) O princípio da razoabilidade se trata, em suma, do princípio da proibição de excessos. B) O princípio da proporcionalidade, aplicado à Administração Pública, significa que a atividade administrativa deve ser prestada de forma contínua, sem intervalos, sem lapsos ou falhas, sendo constante e homogênea. C) O princípio da motivação estabelece que a Administração Pública pode controlar os seus próprios atos, seja para anulá-los, quando ilegais, seja para revogá-los, quando inconvenientes ou inoportunos. D) O princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja prestada com correção, pautada em regras de boa administração em prol do interesse do povo e do bem comum, estando ligado ao conceito de bom administrador. E) O princípio da disponibilidade do interesse público estabelece que a atuação do agente público deve basear-se na ausência de subjetividade, ficando este impedido de considerar quaisquer inclinações e interesses pessoais, próprios ou de terceiros. 11. Se um ministro de Estado, após editar e publicar ato administrativo que conceda benefícios aos servidores públicos, resolver anulá-lo, por entender ser o ato ilegal, esse ministro terá praticado conduta com base no princípio da A) autotutela. B) moralidade. C) indisponibilidade. D) supremacia do interesse público. E) proporcionalidade. 12. Hely Lopes Meirelles destaca os diferentes significados que a legalidade tem no Direito Privado e no Direito Público. Sobre a marcante diferença entre estas duas searas, assinalea alternativa correta. A) Na Administração Pública, não há liberdade nem vontade pessoal, enquanto na administração particular é lícito fazer tudo que a lei não proíbe. B) A legalidade privada destina-se aos agentes do Estado, enquanto a legalidade pública se aplica aos particulares. C) Os agentes do Estado vinculam-se à autonomia da vontade, enquanto os particulares somente podem fazer o que a lei autoriza. D) No âmbito da legalidade privada, a norma geral implícita é proibitiva, ao passo que a norma geral implícita no âmbito da legalidade pública é permissiva. 13. Maria é médica e pretende prestar concurso público, com a intenção de obter mais de um cargo. A propósito, é correto: A) é ilícita a acumulação de cargo de médico de um hospital público com o cargo de professor de uma universidade pública; B) na acumulação remunerada de cargos públicos, o limite remuneratório incide sobre a soma das remunerações percebidas pelo servidor público; C) a administração pública deverá adequar a carga horária da servidora para possibilitar a acumulação remunerada de cargos; D) o cargo de auditor do Tribunal de Contas poderá ser acumulado com o cargo de médico, pois ambos são cargos com profissão regulamentada; E) no âmbito do Estado, a acumulação de cargo técnico-científico com um cargo de professor é condicionada à correlação de matérias entre os cargos. 14. O Estado X pretende criar uma entidade da Administração Indireta, para desempenho de funções tipicamente estatais. Sabe-se que a existência legal da referida entidade não depende de inscrição de seus atos constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas ou na junta comercial. Diante de tais características, tal entidade é uma A) empresa pública. B) autarquia. C) sociedade de economia mista. D) fundação de direito privado. E) empresa privada paraestatal. 15. Diferem as autarquias das empresas estatais, por exemplo, quanto: A) ao regime de execução de seus débitos, pois somente as empresas públicas sujeitam-se ao regime de precatórios. B) à forma de composição do capital social, pois as autarquias pertencem integralmente ao mesmo ente público. C) à forma de sua criação, pois as autarquias são criadas por lei, enquanto as empresas estatais têm sua instituição autorizada por lei. D) ao regime jurídico de seus bens, considerando que somente o patrimônio das sociedades de economia mista está sujeito ao regime jurídico de direito público. E) ao critério de contratação de seus empregados, pois somente as autarquias estão obrigadas à regra do concurso público. 16. Uma sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos de abastecimento de água à população A) integra a Administração pública indireta, submetendo-se a regime jurídico de direito privado em suas relações, sejam elas contratuais ou funcionais, o que impede a submissão das mesmas a normas e princípios típicos da Administração direta. B) não se submete à necessidade de realização de licitações para contratação de serviços e outros objetos pertinentes à sua gestão operacional, pois se trata de pessoa jurídica de direito privado. C) responde civilmente pelos danos causados por seus servidores no exercício de suas funções, sob a modalidade subjetiva, para evitar concorrência desleal e ofensa ao princípio da isonomia. D) tem regime de bens integralmente aderente ao regime jurídico de direito público, para tutela do seu escopo de atividades, sendo necessária lei formal para autorizar a alienação de qualquer de seus bens. E) submete-se à responsabilidade extracontratual nos mesmos moldes da Administração direta, em razão do seu escopo de atuação, respondendo objetivamente pelos danos causados por seus agentes no exercício de suas atividades. 17. Acerca de organização administrativa, órgãos e pessoas jurídicas que a compõem, assinale a opção correta. A) Na desconcentração, órgão integrante da estrutura de determinada autarquia exerce atividades administrativas sem controle hierárquico. B) Situação hipotética: Determinado estado da Federação, para aprovação pelo Poder Legislativo, encaminhou projeto de lei que regulamenta instituição de autarquia e alterações orçamentárias e administrativas de determinada secretaria. Nessa situação, o projeto de lei, apesar de multitemático, deverá ser aprovado à luz da reserva legal. C) Agências reguladoras são instituídas para disciplinar e fiscalizar a prestação de serviços públicos e, apesar de deterem poder normativo, não dispõem de legitimidade para impor sanções. D) As agências executivas, obrigatoriamente, serão constituídas a partir de Autarquias ou Fundações Pública previamente existentes. E) Os serviços sociais autônomos são criados mediante autorização legislativa, têm como destinação a prestação de serviços públicos sem fins lucrativos e são executados por pessoas jurídicas de direito privado. 18. Relativamente às entidades da administração pública indireta, assinale a opção correta. A) Autarquias, fundações públicas e empresas públicas podem receber, por meio de lei específica, a qualificação, de agência executiva, para garantir o exercício de suas atividades com maior eficiência e operacionalidade. B) São traços distintivos do regime jurídico especial das agências reguladoras: a investidura especial de seus dirigentes; o mandato por prazo determinado; e o período de quarentena após o término do mandato diretivo. C) A instituição de fundação pública de direito público, diferentemente das autarquias, cuja criação se dará por meio de edição de lei, exige, além de previsão legal, a inscrição de seu ato constitutivo junto ao registro civil das pessoas jurídicas. D) Embora seja reconhecida a natureza autárquica dos conselhos de classe, em razão da natureza privada dos recursos que lhes são destinados, essas entidades não se submetem ao controle externo exercido pelo TCU. E) As empresas públicas e as sociedades de economia mista poderão ser constituídas sob qualquer forma empresarial admitida em direito, ressalvando-se, em relação Às empresas públicas, a obrigatoriedade de que o capital social seja exclusivamente público. 19. Indique a alternativa incorreta sobre o Poder de Polícia: A) O poder de polícia é o conjunto de atribuições concedidas à Administração Pública para disciplinar e restringir, em favor do interesse público adequado, direitos e liberdades individuais. B) O poder de polícia encontra seu fundamento no princípio da supremacia do interesse público sobre a legalidade, devendo esta ser sacrificada para a consecução daquele. C) São atributos do poder de polícia a auto-executoriedade e a coercibilidade. D) É condição de validade do poder de polícia a proporcionalidade entre a restrição imposta pela Administração e o benefício social que se tem em vista. E) Na escolha do modo de efetivar as medidas de polícia não se compreende o poder de utilizar meios ilegais para sua consecução. 20. Poderes Administrativos são elementos indispensáveis para persecução do interesse público. São Poderes da Administração Pública, EXCETO: A) Poder de Polícia. B) Poder Regulamentar. C) Poder Hierárquico. D) Poder Judicial. E) Poder Disciplinar. 21. O Estado tem seu poder constituído na lei, na qual também encontra seu limite. Assim,é correto afirmar: I. Excesso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita de suas faculdades administrativas. II. Quando uma autoridade decreta uma desapropriação alegando utilidade pública, mas, na realidade, visa o seu interesse pessoal ou favorecer um amigo, pratica desvio de finalidade. III. São mecanismos para combater o abuso de poder o mandado de segurança e o direito de petição. IV. A inércia da Administração, retardando ato ou fato que deve praticar, não caracteriza abuso de poder. Assinale a opção que contempla as assertivas corretas. A) I,II,IIIe IV. B) I,IIe III,apenas. C) IIIe IV,apenas. D) IIe III,apenas. E) Ie II,apenas. 22. A Administração Pública é a atividade desenvolvida pelo Estado ou pelos seus delegados, sob oregime de direito público. Quanto aos poderes da administração, marque a única alternativa INCORRETA. A) Vinculado: quando a lei confere à Administração Pública poder para a prática de determinado ato, estipulando todos os requisitos e elementos necessários à sua validade. B) Discricionário: quando o Direito concede à Administração, de modo explícito ou implícito, poder para prática de determinado ato com liberdade de escolha de sua conveniência e oportunidade. C) Hierárquico: é a atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direitos, interesses ou liberdades individuais, regula a prática do ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público. É aplicado aos particulares. D) Disciplinar: é conferido à Administração para apurar infrações e aplicar penalidades funcionais a seus agentes e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, como é o caso das que por ela são contratadas. E) Normativo: embora a atividade normativa caiba predominantemente ao Legislativo, nele não se exaure, cabendo ao Executivo expedir regulamentos e outros atos normativos de caráter geral e de efeitos externos. 23. Em tema de poderes administrativos, a doutrina de Direito Administrativo ensina que os atos administrativos da delegação e da avocação são fundamentados na prerrogativa do agente público decorrente do poder: A) disciplinar, segundo o qual o agente público com competência pode expedir normas gerais e abstratas para viabilizar a aplicabilidade de lei preexistente; B) hierárquico, segundo o qual o agente público de hierarquia superior pode, na forma da lei, estender ou chamar para si, de forma temporária, competência para determinado ato; C) normativo, segundo o qual o agente público pode restringir liberdades individuais e propriedade privada em prol do interesse público coletivo; D) regulamentar, segundo o qual a autoridade pública competente deve expedir decretos autônomos para disciplinar o funcionamento orgânico da administração; E) de polícia, segundo o qual a autoridade pública tem a faculdade de estabelecer a competência dos servidores que lhe são vinculados, sob pena de uso das forças de segurança. 24. Suponha que determinada entidade integrante da Administração federal pretenda majorar os valores cobrados dos cidadãos para o licenciamento ambiental de empreendimentos, cuja análise e concessão encontram-se em sua esfera de competência legal. A atuação da referida entidade corresponde à expressão de A) poder regulamentar, passível de cobrança por preço público que reflita os custos efetivamente incorridos. B) poder normativo, dependendo a majoração da edição de decreto do Chefe do Executivo. C) discricionariedade administrativa, representada por ato da autoridade competente, mediante resolução. D) regulação da atividade econômica, própria de agências reguladoras, que atuam mediante decisões fundadas na discricionariedade técnica. E) poder de polícia, custeado mediante cobrança de taxa instituída, obrigatoriamente, por lei. 25. Carlos é engenheiro e está realizando um projeto para a construção de um edifício em terreno de sua propriedade. Para a concretização desse projeto, desde que Carlos satisfaça as exigências das normas edilícias, será outorgado pela Prefeitura alvará de A) autorização precário, meio de atuação do poder regulamentar, não podendo ser invalidado discricionariamente. B) autorização definitivo, meio de atuação do poder de polícia administrativa, não podendo ser invalidado discricionariamente. C) licença definitivo, meio de atuação do poder de polícia administrativa, podendo ser revogado discricionária e sumariamente. D) licença precário, meio de atuação do poder regulamentar, não podendo ser invalidado discricionariamente. E) licença definitivo, meio de atuação do poder de polícia administrativa, não podendo ser invalidado discricionariamente. 26. Abuso de poder é toda ação que torna irregular a execução do ato administrativo, legal ou ilegal, e que propicia, contra seu autor, medidas disciplinares, civis e criminais. Sobre o abuso de poder, assinale a alternativa correta. A) O abuso de poder pode estar presente somente nos atos discricionários e não nos atos vinculados. B) O abuso de poder pode ocorrer tanto por desvio de poder, ou finalidade, como por excesso de poder. C) O autor do abuso de poder será responsabilizado somente nas esferas administrativas e criminal e não na esfera cível. D) O abuso de poder pode estar presente somente nos atos ilegais e não nos atos legais. E) Desvio de finalidade e abuso de poder são expressões sinônimas em termos conceituais. 27. Gustavo, superior hierárquico de Estêvão, verificou que o subordinado não estava conseguindo concluir a elaboração de um complexo e importante parecer técnico em um processo administrativo. Preocupado, Gustavo determinou a Estêvão que lhe encaminhasse os autos do processo administrativo, pois ele próprio se encarregaria de elaborar o parecer. Posteriormente, justificou no processo administrativo a decisão de assumir a tarefa. No relato supra, a decisão adotada por Gustavo consiste em ato de A) revogação. B) ratificação. C) avocação. D) delegação. E) encampação. 28. A Constituição Federal atribui ao Chefe do Poder Executivo o poder de editar normas complementares à lei, “para sua fiel execução”. Trata- se do poder A) regulamentar, que é exercido por meio da edição de decretos e regulamentos. B) disciplinar, que é exercido por meio da edição de resoluções. C) complementar, que é exercido por meio da edição de decretos. D) normativo autônomo, que é exercido por meio da edição de medidas provisórias. E) normativo impróprio, que é exercido por meio de leis delegadas. 29. A faculdade de avocar e o autocontrole pela via recursal decorrem do poder administrativo: A) vinculado. B) disciplinar. C) hierárquico. D) discricionário. 30. A prerrogativa confiada ao chefe do Executivo de editar normas gerais e abstratas que permitam o cumprimento das leis traduz-se em seu poder: A) regulamentar. B) disciplinar. C) hierárquico. D) discricionário. 31. Os atos administrativos são dotados de atributos que lhe conferem peculiaridades em relação aos atos praticados pela iniciativa privada. Quando dotados do atributo da autoexecutoriedade A) não podem ser objeto de controle pelo judiciário, tendo em vista que podem ser executados diretamente pela própria Administração pública. B) submetem-se ao controle de legalidade e de mérito realizado pelo Judiciário, tendo em vista que se trata de medida de exceção, em que a Administração pública adota medidas materiais para fazer cumprir suas decisões, ainda que não haja previsão legal. C) dependem apenas de homologação do Judiciário para serem executados diretamente pela Administração pública. D) admitem somente controle judicial posterior, ou seja, após a execução da decisão pela Administração pública, mas a análise abrange todos os aspectos do ato administrativo. E) implicam na prerrogativa da própria Administração executar, por meios diretos, suas próprias decisões, sendo possível ao Judiciário analisar a legalidade do ato. 32. A Administração Pública exonerou ad nutum Carlos, sob a alegação de falta de verba. Se, a seguir, nomear outro funcionário para a mesma vaga, o ato de exoneração será: A) legal, pois praticado sem vício, e regular porque o cargo estava vago. B) legal, por se tratar de ato discricionário, pautado por razões de conveniência e oportunidade da Administração. C) ilegal por vício quanto ao motivo. D) legal, pois detém mero vício de objeto, o qual nem sempre acarreta sua invalidação. E) ilegal por vício de finalidade. 33. A anulação do ato administrativo A) não pode ser decretada pela Administração Pública. B) pressupõe um ato legal. C) produz efeitos ex nunc. D) ocorre por razões de conveniência e oportunidade. E) pode, em casos excepcionais, não ser decretada, em prol do princípio da segurança jurídica. 34. Os atos administrativos vinculados, quando editados pela Administração pública com vícios, A) são nulos casoapresentem vícios de legalidade, o que impede o aproveitamento dos mesmos e dos direitos deles decorrentes. B) podem ensejar convalidação, como nos casos de vícios de finalidade e objeto, desde que seja materialmente possível a recomposição da situação ao status anterior à edição dos mesmos. C) podem ser convalidados no caso de serem sanáveis os vícios de legalidade que o maculam, como, por exemplo, em se tratando de vício de forma. D) não admitem convalidação, instituto típico e exclusivo dos atos discricionários, na medida em que compreendem juízo de oportunidade e conveniência pelo administrador. E) devem ser editados pelas autoridades competentes, estabelecidas na lei específica que autorizou a edição dos atos, o que impede o exercício da convalidação, pois significaria alteração de lei por meio de ato administrativo. 35. O ato administrativo, tão logo perfeito, desencadeia a obrigatoriedade de respeito por todos. A isso a doutrina denomina de A) auto-executoriedade, que pode ser utilizada a critério do administrador, sem necessidade de qualquer ato normativo ou reclamo administrativo. B) exigibilidade, sendo que esse atributo está presente em todas as modalidades de ato. C) poder extroverso, mas essa possibilidade não aparece nos atos ampliativos de direito e também nos atos certificatórios. D) poder de polícia administrativa, abrangendo as polícias judiciária e legislativa, no sentido de limitar a ocorrência do abuso de direito. E) presunção juris tantum, que não se inverte mesmo quando contestado em juízo ou fora dele, inclusive na esfera administrativa. 36. No tocante à invalidação, à anulação e à revogação dos atos administrativos, são feitas as seguintes afirmações: I. A Administração Pública pode anular atos ilegais e revogar atos inconvenientes ou inoportunos. II. O Poder Judiciário pode revogar, nos limites de sua discricionariedade, atos administrativos dos outros Poderes. III. A anulação de ato administrativo pode ser feita tanto pelo Poder Judiciário como pela Administração Pública. É correto o que se afirma em A) I e III apenas. B) I, II e III. C) II e III apenas. D) I e II apenas. 37. Os atos administrativos são dotados de atributos que lhe conferem peculiaridades em relação aos atos praticados pela iniciativa privada. Quando dotados do atributo da autoexecutoriedade A) não podem ser objeto de controle pelo judiciário, tendo em vista que podem ser executados diretamente pela própria Administração pública. B) submetem-se ao controle de legalidade e de mérito realizado pelo Judiciário, tendo em vista que se trata de medida de exceção, em que a Administração adota medidas materiais para fazer cumprir suas decisões, ainda que não haja previsão legal. C) dependem apenas de homologação do Judiciário para serem executados diretamente pela Administração pública. D) admitem somente controle judicial posterior, ou seja, após a execução da decisão pela Administração pública, mas a análise abrange todos os aspectos do ato administrativo. E) implicam na prerrogativa da própria Administração executar, por meios diretos, suas próprias decisões, sendo possível ao Judiciário analisar a legalidade do ato. 38. Assinale a alternativa que apresenta, como regra, uma distinção entre revogação e anulação do ato administrativo. A) A revogação incide sobre atos vinculados, e a anulação, sobre atos discricionários. B) A revogação somente pode ser feita pela Administração Pública, e a anulação, pela Administração e pelo Judiciário. C) A revogação opera efeitos ex tunc, e a anulação, efeitos ex nunc. D) A revogação fundamenta-se no vício de ilegalidade do ato, e a anulação, em motivos de conveniência e oportunidade da Administração Pública. E) A revogação é compulsória, e a anulação é discricionária. 39. A Administração Pública, como instituição destinada a realizar o Direito e a propiciar o bem comum, não pode agir fora das normas jurídicas e dos princípios constitucionais explícitos e implícitos. Nesse sentido, é correto afirmar que: A) o Judiciário somente revoga o ato administrativo. B) a Administração somente anula o ato administrativo. C) a Administração pode revogar ou anular seu próprio ato administrativo. D) a Administração pode revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem legais. E) a anulação é a supressão de um ato discricionário legítimo e eficaz, realizada pela Administração. 40. Assinale a alternativa que apresenta, como regra, uma distinção entre revogação e anulação do ato administrativo. A) A revogação incide sobre atos vinculados, e a anulação, sobre atos discricionários. B) A revogação somente pode ser feita pela Administração Pública, e a anulação, pela Administração e pelo Judiciário. C) A revogação opera efeitos ex tunc, e a anulação, efeitos ex nunc. D) A revogação fundamenta-se no vício de ilegalidade do ato, e a anulação, em motivos de conveniência e oportunidade da Administração Pública. E) A revogação é compulsória, e a anulação é discricionária. 41. O desenvolvimento dos serviços públicos obedece a princípios próprios, dentre os quais se pode apontar o da (A) estabilidade. (B) delegação da sua prestação. (C) exceção do contrato não cumprido. (D) vedação de equiparações. (E) modicidade tarifária. 42. Acerca dos serviços públicos, assinale a opção correta. A) São exemplos de serviços públicos uti singuli os serviços de iluminação pública e de saneamento. B) Os serviços públicos não essenciais podem ser prestados diretamente pelo Estado ou delegados a terceiros mediante remuneração. No caso de delegação, a regulamentação e o controle são exercidos pelo Estado, mas a prestação se dá por conta e risco dos delegatários. C) Tanto a concessão quanto a permissão formalizam-se por atos administrativos. D) A declaração de caducidade da concessão de serviços públicos depende de prévia indenização, apurada em processo administrativo. E) Os serviços públicos de natureza essencial devem ser prestados exclusivamente pelo Estado, podendo ser delegados a particular apenas os serviços sujeitos ao regime de direito privado. 43. De acordo com a norma do artigo 175 da Constituição da República, incumbe ao poder público, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. A esse respeito, qual a natureza jurídica da permissão de serviço público? A) Contrato de programa. B) Contrato de adesão. C) Ato administrativo qualificado. D) Ato administrativo complexo. E) Ato administrativo composto. 44. Nos termos da legislação em vigor sobre as parcerias público- privadas, a modalidade de concessão de serviços públicos ou obras públicas, que envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, é denominada concessão: A) comum. B) administrativa. C) ordinária. D) tradicional. E) patrocinada. 45. Felipe, servidor público ocupante de cargo em comissão no âmbito do Ministério da Fazenda, revelou a empresários com os quais mantinha relações profissionais anteriormente ao ingresso no serviço público, teor de medida econômica prestes a ser divulgada pelo Ministério, tendo em vista que a mesma impactaria diretamente os preços das mercadorias comercializadas pelos referidos empresários. A conduta de Felipe A) somente é passível de caracterização como ato de improbidade administrativa se comprovado que recebeu vantagem econômica direta ou indireta em decorrência da revelação. B) não é passível de caracterização como ato de improbidade administrativa, tendo em vista o agente não ser ocupante de cargo efetivo. C) é passível de caracterização como ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração, independentemente de eventual enriquecimento ilícito. D) é passível de caracterização como ato de improbidade administrativa, desde que comprovado efetivo prejuízo ao erário. E) não é passível de caracterização como ato de improbidade administrativa, podendo, contudo, ensejar a responsabilizaçãoadministrativa do servidor por violação do dever de sigilo funcional. 46. O Senhor X, servidor público estadual, recusa-se a prestar a declaração de seus bens no prazo determinado, sob a alegação de que essa informação está acobertada pelo sigilo fiscal. Considerando-se as disposições da Lei no 8.429/92, pode-se afirmar que, nesse caso, o Senhor X A) não será punido, pois o sigilo fiscal é garantia constitucional. B) será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis. C) não pratica ato de improbidade, pois sua recusa não importa em enriquecimento ilícito ou dano ao erário, nem atenta contra os princípios da Administração Pública. D) será punido com multa civil de até cem vezes o valor da remuneração por ele percebida. E) será punido com suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos. 47. José da Silva, que ocupou o cargo de Secretário de Estado de Administração, mas já não possui qualquer vínculo com o Poder Público, responde a uma ação de improbidade, com fundamento na prática de ato que causa prejuízo ao erário, por ter autorizado o uso de uma série de imóveis do Estado por um particular, sem qualquer remuneração e sem a observância de qualquer formalidade legal. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta. A) José da Silva não pode responder por improbidade, uma vez que não é servidor ocupante de cargo efetivo. B) José da Silva, caso seja condenado pelo ato de improbidade, poderá estar sujeito à perda dos direitos políticos. C) A ação de improbidade em face de agente público é imprescritível. D) Na ação de improbidade, qualquer que seja o fundamento, é necessário demonstrar o dolo do agente. E) Eventual condenação de José da Silva na ação de improbidade afastará, obrigatoriamente, qualquer outra sanção civil, penal ou administrativa. 48. Marcia estagiava no gabinete do desembargador de determinado Tribunal. Auxiliava o assessor na inclusão dos votos nos processos e no sistema de acompanhamento de processos, razão pela qual recebia aqueles documentos antes de se tornarem públicos. Passado certo tempo desde o início do estágio, passou a adulterar algumas decisões a pedido de interessados, recebendo, para tanto, remuneração significativa. A conduta de Marcia A) enseja responsabilidade civil, administrativa e criminal, não podendo, contudo, incidir em ato de improbidade, pois não se trata de ocupante de cargo, emprego ou função públicos. B) configura ato de improbidade na modalidade que causa prejuízo ao erário, sendo elemento subjetivo necessário a existência de dolo. C) tipifica infração disciplinar, dado o vínculo funcional existente com o Tribunal, de caráter estatutário, ainda que em caráter temporário. D) tipifica ato de improbidade, na modalidade que gera enriquecimento ilícito, considerando-se demonstrada a conduta dolosa. E) dispensa prova de dolo, considerando que os atos de improbidade são tipificados mediante conduta culposa e prova de prejuízo ao erário. 49. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente, A) perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza. B) liberar verba pública sem a estrita observância às normas pertinentes ou influir, de qualquer forma, para a sua aplicação irregular. C) permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente. D) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo. E) agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público. 50. As normas sobre processo administrativo postas na Lei no 9.784/99 aplicam-se aos: A) órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário da União, no que se referir ao desempenho de funções administrativas atípicas. B) órgãos do Poder Executivo e aos servidores integrantes do quadro da Administração direta, excluídos os afastados e os órgãos dos demais Poderes. C) órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no exercício de suas funções típicas. D) servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, na realização de suas funções típicas, excluído o Poder Judiciário em razão de sua competência judicante. 51. De acordo com a Lei no 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, A) os atos administrativos são sigilosos no decorrer da fase probatória. B) é vedada a cobrança de despesas processuais, salvo as previstas em lei. C) os interessados deverão ser representados por advogado, salvo se hipossuficientes. D) aplica-se o princípio do formalismo, dispensada a indicação dos pressupostos de fato da decisão. 52. Nos termos da Lei do Processo Administrativo (Lei nº 9784/99), as intimações que envolvam o comparecimento do destinatário devem ser encaminhadas com determinado prazo de antecedência. Esse prazo é de: A) 4 dias úteis. B) 3 dias úteis. C) 3 dias corridos. D) 2 dias corridos. 53. Uma viatura policial do Estado, em perseguição a um criminoso, atropelou um pedestre que se encontrava na calçada. Nesse caso, acerca do regime de responsabilidade do Estado, aplica-se a responsabilidade A) objetiva, sujeita a pretensão de reparação à prescrição quinquenal. B) subjetiva, sendo a pretensão de reparação de natureza imprescritível. C) subsidiária, sujeita a pretensão de reparação à prescrição decenal. D) objetiva, sujeita a pretensão de reparação à prescrição trienal. E) integral, sujeita a pretensão de reparação à prescrição vintenária. 54. Uma rodovia estadual, cuja exploração é feita mediante contrato de concessão de serviço público, foi cenário de um grave acidente: um veículo particular transitava por uma faixa de rolamento quando o motorista perdeu o controle da direção ao passar por um buraco existente na pista em função de obras de reparo em curso. As vítimas, que afirmaram a inexistência de qualquer sinalização na rodovia para advertir os motoristas sobre os reparos em curso e sobre os buracos existentes, sofreram danos físicos e materiais de grande monta. Essas vítimas A) devem buscar indenização direta, integral e exclusivamente da concessionária, sujeita à responsabilidade objetiva pura, não sendo relevante perquirir sobre excludentes de responsabilidade. B) devem buscar reparo para os danos morais e materiais junto ao poder concedente, tendo em vista que se trata de rodovia de propriedade pública, cabendo apenas direito de regresso em face da concessionária. C) podem ser ressarcidas pela concessionária de serviço público que explorava a rodovia, desde que comprovada sua negligência, imprudência ou imperícia na condução das obras de manutenção. D) podem deduzir pleito indenizatório em face da concessionária de serviço público e do poder concedente, ambos respondendo sob a modalidade objetiva de responsabilidade, ainda que aquelas sejam dotadas de personalidade jurídica de direito privado. E) podem apresentar ação de indenização sob a modalidade de responsabilidade objetiva em face da concessionária de serviço público, tendo em vista que o vínculo jurídico formado com o contrato de concessão de serviço público confere à empresa natureza jurídica de direito público. 55. Em tema de Responsabilidade Civil, considere asserções abaixo. I. Atos lícitos não podem engendrar responsabilidade civil contratual nem aquiliana. II. A prática de bullying entre crianças e adolescentes, em ambiente escolar, pode ocasionar a responsabilização de estabelecimento de ensino, quando caracterizada a omissão no cumprimento no dever de vigilância. III. Nos termos de reiteradas decisões do Superior Tribunal de Justiça, a cláusula de incolumidade, inerente ao contrato de transporte, não pode ser invocada nos casos de fortuito interno. IV. A responsabilidade do dono ou detentor de animal pelos danos poreste causado é objetiva. V. O consentimento informado constitui excludente de responsabilidade dos profissionais liberais em caso de erro médico. Dentre as asserções acima APENAS estão corretas A) I e III. B) II e IV. C) III e V. D) I e IV. E) II e V. 56. No Código Civil atual, a responsabilidade civil do Estado: A) continua em regra como subjetiva, excepcionando-se, entre outras, a hipótese da atividade exercida normalmente pelo autor do dano com risco para os direitos de outrem, quando então a obrigação de reparar ocorrerá independentemente de culpa. B) é objetiva como regra, excepcionando-se situações expressas de responsabilização subjetiva. C) é subjetiva sempre, em qualquer hipótese. D) em regra é subjetiva, admitida porém a responsabilidade objetiva do empresário, como fornecedor de produtos ou de serviços, na modalidade do risco integral. E) é objetiva para as pessoas jurídicas, de direito privado ou público, e subjetiva para as pessoas físicas. 57. Acerca da responsabilidade civil extracontratual do Estado, é correto afirmar que: A) há responsabilidade do Estado por danos causados a particulares decorrentes de lei declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário; B) a responsabilidade civil das concessionárias e permissionárias de serviço público pressupõe a existência de falha no serviço; C) o Estado é solidariamente responsável por quaisquer danos decorrentes de condutas das concessionárias e permissionárias de serviços públicos; D) o direito de regresso é exercido pelo Estado contra seus agentes que, agindo no horário de trabalho, tenham intencionalmente dado causa a danos a terceiros; E) a indenização devida pelo Estado à vítima deve ser proporcional ao grau de culpabilidade do agente estatal causador do dano. 58. A teoria atualmente utilizada para justificar a responsabilidade civil utilizada no direito brasileiro é: A) Teoria do Risco Integral. B) Teoria do Risco Administrativo. C) Teoria do Risco Voluntário. D) Teoria da Ausência de Responsabilidade Estatal. E) Teoria da Responsabilidade Subjetiva do Estado. 59. A responsabilidade em que basta a ocorrência do fato para imputar ao autor a responsabilidade pelo devido ressarcimento, isto é, não há a necessidade de se buscar a existência da culpa, consiste na: A) Responsabilidade Objetiva do Estado. B) Responsabilidade Subjetiva do Estado. C) Responsabilidade Mitigada do Estado. D) Responsabilidade Regressiva do Estado. 60. Em um fórum no interior do Estado do Ceará, no horário de expediente, o cidadão e jurisdicionado João, que possui mobilidade reduzida, em razão de acidente, descia com sua cadeira de rodas, pela rampa de entrada que garante acessibilidade à pessoa com deficiência, quando foi atingido por um carrinho cheio de autos de processos que era empurrado pelo técnico judiciário José, que se distraiu quando seu celular tocou. João foi arremessado ao chão, sofrendo lesões em sua perna que geraram a necessidade de intervenção cirúrgica. Ao procurar a Defensoria Pública buscando ingressar com ação indenizatória, João foi informado de que, no caso: A) incide a responsabilidade civil subjetiva, por parte do Poder Judiciário do Ceará, e é necessária a comprovação do dolo ou culpa de agente público; B) incide a responsabilidade civil objetiva, por parte do Estado do Ceará, e é desnecessária a comprovação do dolo ou culpa de agente público; C) incide a responsabilidade civil objetiva, por parte do Poder Judiciário do Ceará, e é necessária a comprovação do dolo ou culpa de agente público; D) não incide a responsabilidade civil objetiva do Estado do Ceará nem do Poder Judiciário estadual, pois se tratou de um acidente, sem dolo ou culpa de agente público; E) não incide qualquer responsabilidade civil, pois se tratou de caso fortuito ou força maior, sem qualquer falha na prestação do serviço público ou culpa e dolo de agente público. 61. No que se refere à responsabilidade civil dos agentes públicos, assinale a alternativa correta. A) A Administração pode isentar de responsabilidade civil seus agentes públicos, porque possui disponibilidade sobre o seu patrimônio. B) É essencial para a existência da responsabilidade civil que o ato culposo do agente público cause dano patrimonial à Administração. C) Apenas a comprovação da culpa do agente público é feita por meio de processo administrativo. D) A absolvição na ação penal, por falta de provas ou ausência de dolo, sempre exclui a culpa administrativa e civil do agente público. E) A responsabilidade civil do agente público por danos causados a terceiros no exercício de suas atividades funcionais independe da comprovação de sua culpa em ação regressiva proposta pela Administração. 62. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso: A) contra a autoridade administrativa competente. B) contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. C) contra o particular responsável, somente nos casos de culpa. D) em qualquer hipótese. E) contra o responsável nos casos de dolo. 63. O controle da administração pública pode ser conceituado como o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos quais se exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de poder. Nesse contexto, de acordo com a doutrina e o texto constitucional, o Poder: A) Judiciário é controlado exclusivamente pelo Conselho Nacional de Justiça, não podendo ser alvo de qualquer ingerência dos Poderes Legislativo e Executivo; B) Legislativo exerce controle externo financeiro sobre o Poder Judiciário no que se refere à receita, à despesa e à gestão dos recursos públicos; C) Legislativo exerce o controle interno sobre o Poder Executivo, no que tange à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Administração direta e indireta; D) Judiciário exerce o controle externo sobre a legalidade e o mérito administrativo dos atos praticados pelos Poderes Executivo e Legislativo; E) Executivo exerce o controle externo sobre a legalidade dos atos do Poder Legislativo, devendo declarar a inconstitucionalidade dos que violem a Constituição da República de 1988. 64. Em matéria de controle da administração pública, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Ceará é exercida mediante controle: A) interno pela Controladoria-Geral do Estado, não estando sujeito a qualquer controle externo pelo princípio constitucional da separação dos poderes; B) interno pelo próprio Tribunal de Justiça, não estando sujeito a qualquer controle externo por sua autonomia e independência em relação aos demais poderes; C) interno pelo Ministério Público do Estado, não estando sujeito a controle externo pelo Legislativo e Executivo, em razão do princípio constitucional da separação dos poderes; D) externo pela Assembleia Legislativa Estadual, com auxílio do Tribunal de Contas do Ceará; E) externo pelo Poder Executivo Estadual, com auxílio do Conselho Nacional de Justiça. 65. A respeito dos tipos e formas de controle, assinale a alternativa correta: a) O objeto dos gastos decorrentes da aquisição de computadores e suprimentos de informática por gestor de vara judicial não se submete a controle administrativo, mas a controle jurisdicional. b) O questionamento em juízo acerca da legalidade de convênio para construção de quadra esportiva, celebrado por determinado município, é exemplo de controle legislativo. c) A análise da prestação de contas públicas, quando realizada por representantes da sociedade na assembleia legislativa e com apoio do tribunal de contas, é exemplo de controle social. d) O momento da contratação, por gestor público, de empresa licitada para o fornecimento de café e açúcar para órgão público, em regra, não se submete a controle judicial. e) A revisão dos contratos assinados realizada porsetor específico da secretaria de administração de determinada assembleia legislativa estadual é exemplo de controle parlamentar. 66. Maria Helena requereu que lhe fosse concedida licença para construir em seu terreno. Observou a legislação municipal, contratou a execução do competente projeto e apresentou à Administração pública para aprovação. O pedido, no entanto, foi indeferido, sob o fundamento de que na mesma rua já existia uma obra em curso, o que poderia ocasionar transtornos aos demais administrados. Maria Helena, inconformada, ajuizou medida judicial para obtenção da licença, no que foi atendida. A decisão judicial, A) é regular manifestação do poder de controle do ato administrativo, desde que comprovado o preenchimento dos requisitos de edição do ato vinculado. B) excede os limites do controle judicial do ato administrativo, na medida em que interfere em juízo discricionário da Administração Pública. C) excede os limites do controle judicial do ato administrativo, na medida em que a atuação do Judiciário deve ficar adstrita a análise de legalidade, não podendo substituir o ato administrativo como no caso proposto. D) é regular manifestação do poder de controle do ato administrativo, com exceção da concessão da licença, atividade privativa da administração, que não poderia ser suprida pelo Judiciário, ainda que diante de recusa da autoridade. E) é regular manifestação do poder de controle do ato administrativo, tendo em vista que contemporaneamente vem sendo admitido o controle dos aspectos discricionários do ato administrativo. 67. A Administração pública submete-se, nas suas atividades típicas, nos termos da lei, ao controle do: A) Tribunal de Contas no que concerne ao juízo de oportunidade e conveniência, excluída apreciação de economicidade e legalidade, exclusivos do poder Legislativo. B) Judiciário, no que concerne aos aspectos de oportunidade e conveniência, e do Legislativo no que concerne à legalidade. C) Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, que promove controle de legalidade e economicidade, dentre outros aspectos, nos termos da lei. D) Judiciário quanto aos aspectos de legalidade e discricionariedade, e da administração, em nível superior, quanto à discricionariedade. E) Legislativo, no que concerne ao juízo de oportunidade e conveniência, e ao Tribunal de Contas, no que concerne à legalidade de seus atos.
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