Buscar

pigmentos e pigmentação

Prévia do material em texto

1
Pigmentos e Pigmentações 
 
 
1. Definição: Substâncias dotadas de cor própria que se fixam nos tecidos em forma de grânulos, alterando assim a cor 
dos tecidos. 
 
2. Classificação: Exógenos e Endógenos 
 
3. Pigmentos exógenos: São de origens variadas e, às vezes, constituem o substrato anátomo patológico das nosoconioses 
(nosos =doença + konios =poeira) que são as doenças resultantes da penetração de poeiras estranhas nos tecidos do 
nosso organismo. 
Alguns são aplicados com fins terapêuticos: ácido pícrico / amarelo; mercúrio cromo / vermelho; violeta digenciana / 
roxo; nitrato de prata / negro; argirose = prata; 
Em outros casos, o pigmento exógeno é manifestação de doenças profissionais, como o saturnismo (chumbo), antracose, 
silicose e outras pneumoconioses.. 
3.1. Tatuagens: introdução de partículas insolúveis na derma. São fagocitadas pelos histiócitos/ macrófagos, que não 
podendo metabolizá-las permanecem no local por muito tempo. 
3.2. Pneumoconioses: 
3.2.1. Antracose = pó de carvão inalado. Minas de carvão ou combustão incompleta de substâncias orgânicas presente em 
fumaças. 
3.2.2. Silicose= doença pulmonar provocada pelo pó de sílica ou dióxido de silício, que cristalizada, é o quartzo. Está presente 
em minérios, carvão mineral, pedras para construção, granito, cimento, vidro, produtos de cerâmica como louça e 
porcelana. 
 
4. Pigmentos endógenos: Constituem os pigmentos formados no próprio organismo. 
4.1. Hematogênicos: Da desintegração da hemoglobina resultam a globina e o heme, que por sua vez, ao ser degradado 
originam a hemossiderina e a bilirrubina. 
 Hemossiderina: Apresenta-se em forma de grânulos, cuja cor varia do amarelo ao castanho escuro, encontrada no 
citoplasma de histiócitos e macrófagos, dentro dos lisossomos. 
a) Hemossiderose local = trauma mecânico; 
b) Hemossiderose difusa = hemólise (anomalia de forma de hemácias = anemia falciforme, fator hemolítico no 
plasma = eritroblastose fetal, transfusão de sangue incompatível, tóxicos químicos, toxinas bacterianas e 
venenos de cobra), repetidas transfusões sangüíneas, maior absorção de ferro dos alimentos e medicamentos. 
 
4.1.1. Bilirrubina: (Icterícia) O eritrócito ao ser destruído no SRE, é metabolizado e do grupo heme origina a bilirrubina. 
a) Não conjugada: Esta liga-se à albumina no sangue circulante para ser levada ao fígado. Está aumentada nas 
doenças hemolíticas e em alterações hepatocíticas que interferem na conjugação enzimática. 
b) Conjugada: No hepatócito, une-se a proteínas transportadoras e se conjuga a determinadas enzimas.(Ác. 
glicurônico) Esta é a forma final de eliminação pela bile. No intestino = urobilinogênio. Está aumentada 
principalmente nas doenças obstrutivas das vias biliares. 
c) Ambas as formas podem estar aumentadas nas lesões hepáticas de causa inflamatória e na hepatite a vírus. A 
bilirrubina total no soro é a soma da não-conjugada e da conjugada; quando está acima de 1 mg% existe 
2hiperbilirrubinemia. Acima de 2 mg% no soro, a bilirrubina cora de amarelo difusamente os tecidos, em maior 
grau as mucosas. A cor amarela, sinal clínico importantíssimo, constitui a icterícia. 
 
4.2. Melanina: (Do grego melas= preto) é o principal elemento responsável pela cor da pele, cabelos e olhos. É formada 
nos melanócitos, de origem nervosa, que se localizam entre as células basais da epiderme. 
a) Melanócitos: Formam a melanina por oxidação da tirosina, da qual se origina a DOPA, e desta, a melanina. A 
oxidação é catalizada pela tirosinase. 
b) Melanóforos: Armazenam. 
 
4.2.1 Excesso de Melanina: 
a) exposição ao sol 
b) na gravidez (Cloasma gravídico) 
c) em lesões da pele, no emagrecimento e na velhice(Lentigem). 
d) Anomalias de desenvolvimento 
e) Tumores benignos e malignos 
 
4.2.2 Falta ou diminuição de melanina: 
a) dermatites (lepra), 
b) cicatrizes 
c) manchas senis 
d) vitiligo = inexistência dos melanócitos. 
e) Albinismo = melanócitos presentes e carência de tirosinase. 
 
4.3. Lipofuscina (Lipo= origem lipídica; fuscus= marron) É também chamado pigmento de desgaste ou de uso, por ser 
frequente na velhice e no envelhecimento intenso ou caquexia, como também no envelhecimento precoce. Nestas 
condições, os órgãos estão diminuídos de volume e de cor castanha (atrofia parda). 
a) Freqüência: Células do miocárdio, hepatócitos, células nervosas do cérebro. 
b) Origem: 
c) Importância: Não lesa as células, por isso tem pouca importância clínica. Admite-se que seja conseqüência de 
envelhecimento.

Continue navegando