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1 COLÉGIO IPIRANGA CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS A ALIMENTAÇÃO E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL MARINA KLEIN DREHER E MARINA OLIVEIRA DIAS TURMA 125 Três Passos – RS 2021 2 TRÊS PASSOS - RS Marina Klein Dreher e Marina Oliveira Dias CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS A alimentação e seus impactos na saúde mental TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DO ENSINO MÉDIO PARA ATENDER EXI- GÊNCIA DO COLÉGIO IPIRANGA, ATRAVÉS DO COMPONENTE CURRICULAR INI- CIAÇÃO CIENTÍFICA. Nome do Orientador (a) CESAR LUIZ DE CASTRO Três Passos – RS 2021 COLÉGIO IPIRANGA 3 SUMÁRIO 1. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 4 2. OBJETIVOS ........................................................................................................................... 4 3. METODOLOGIA .................................................................................................................. 5 4. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5 5. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................ 5 5.1 Pesquisa teórica ...................................................................................................................... 6 5.2 Questionário com profissional ................................................................................................ 6 5.3 Gráficos .................................................................................................................................. 7 6. CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 8 4 “CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS ” A alimentação e seus impactos na saúde mental Justificativa A saúde mental é imprescindível na vida humana. Todavia, infelizmente, os distúrbios psicológicos têm se mostrados cada vez mais presentes, devido a atual rotina desenfreada da população além do preocupante fator da alimentação feita de maneira precária. Considerando esses fatos, concluímos a importância da pesquisa e conscientização popular sobre a alimentação e os seus impactos na saúde mental. O termo saúde mental não está relacionado somente a felicidade, mas sim ao equilíbrio emocional, o qual tem seu manejamento facilitado através dos níveis elevados de hormônios estimulantes desta sensação, como a serotonina. A serotonina é conhecida popularmente como um dos hormônios da felicidade e tem a função de controlar as oscilações de humor, regular o ciclo do sono, manter a saúde mental e controlar a ansiedade. Ela traz muitos benefícios para o nosso cérebro e corpo, e pode ser produzida de diversas maneiras, e entre elas, está a comida. Dependendo de o que você come, pode aumentar seus níveis de serotonina, isso acontece devido a capacidade de alguns nutrientes estimularem a produção da mesma. Os hábitos alimentares de um indivíduo refletem sua imagem, não só o corpo, mas também a mente, que se desenvolve de acordo com a sua alimentação, por esse motivo é de extrema importância mantê- la saudável. Dessa maneira evidencia-se uma conexão entre boa alimentação e qualidade de vida. “Somos o que comemos e como comemos.” (MONTEIRO e COSTA, 2004). Objetivos Com esse trabalho nós pretendemos: - Aprofundar nossos conhecimentos sobre o tema; - Instruir sobre a importância de uma alimentação saudável; - Conscientizar o sistema educativo do Colégio Ipiranga de Três Passos sobre a importância e os impactos da alimentação no comportamento psíquico; - Fazer uma pesquisa digital, através das redes sociais, para saber o conhecimento dos participantes, sobre essa temática tão relevante em nosso cotidiano; - Aplicar um questionário para um profissional da área da nutrição sobre o assunto, afim de aprimorar os conhecimentos sobre o mesmo; 5 - Contribuir para um melhor futuro psicológico das gerações posteriores; - Aumentar o entendimento sobre a relação alimentação e saúde mental. Metodologia Por intermédio de artifícios da mídia, tais como, sites, livros digitais, blogs e redes sociais, intensificaremos nossos conhecimentos sobre a temática em questão e assim se dará a base de estudo desse trabalho. Para então, serem feitas pesquisas práticas com conhecidos, familiares e profissionais da área, sobre o entendimento da relação alimentação e saúde mental, além de questionar sobre suas realidades quanto a alimentação. Introdução O presente trabalho, dentro da temática geral da escola - Ciências da Natureza e suas Tecnologias - é sobre a alimentação e seus impactos na saúde mental dos indivíduos. Os aspectos determinantes da nossa mentalidade e da atividade cerebral são extremamente complexos, mas diversas pesquisas vêm apresentando evidências de que a nutrição adquire uma forte implicação na incidência de transtornos neurológicos e psiquiátricos, pois o ato de se alimentar é dirigido por cinco sentidos: audição, tato, visão, paladar e olfato, os quais nos propiciam o desejo e o prazer perante o alimento. E tais alterações no padrão alimentar não estão apenas ligados a percepção dos sentidos, mas também ao estado emocional do ser. Desenvolvimento Os novos estilos de vida apresentando um ritmo acelerado, um novo padrão da modernidade, têm contribuído para o aumento significativo de casos de ansiedade, depressão e outros transtornos mentais na população, segundo alguns especialistas. Hodiernamente, é possível evidenciar que a forma como nos alimentamos pode contribuir para a incidência desses transtornos ou auxiliar na prevenção dos mesmos. Segundo Sarris, psiquiatra da Universidade de Melbourne e integrante da Sociedade de Pesquisa Internacional em Psiquiatria Nutricional, “Os determinantes da saúde mental são complexos, mas, cada vez mais, há evidências sobre a importância da nutrição e sua implicação na incidência de distúrbios mentais”. De acordo com Byung-Chul Han, filósofo sul-coreano, é possível caracterizar a sociedade do século XXI como “sociedade do cansaço”, já que a mesma apresenta um vício no trabalho e deixa em segundo plano a sua saúde mental. Esta é uma análise preocupante, visto que a falta de prioridade na própria saúde é motivo de desencadeamento de diversas doenças, entre elas a depressão. O transtorno 6 depressivo atinge um grande número de pessoas, e é caracterizada por interferir negativamente na maneira como o indivíduo pensa e age, provocando sentimentos de tristeza e/ou perda de interesse em atividades que em momentos anteriores traziam prazer. Assim, fica evidente a importância de cuidados para a preservação do equilíbrio psicológico. A alimentação exerce um papel fundamental em nossas vidas por ser considerada uma forma básica de sobrevivência de todos os seres vivos. Todavia, além de seu papel fundamental - sanar a fome - é notória a influência da mesma quando se trata da saúde psíquica do ser. De acordo com alguns estudos do ramo da psiquiatria nutricional, certos nutrientes - como o triptofano e tirosina - possuem a capacidade de elevar os níveis de produção de serotonina do indivíduo. Dessa maneira, elevando o grau de equilíbrio psicológico do mesmo. Para ampliar nossos conhecimentos sobre a temática e o contexto onde a mesma está inserida, foram feitas três pesquisas (duas de caráter questionador, e outra bibliográfica). A primeira pesquisa foi um questionário realizado com a nutricionista Michele Oliveira Dias, e nele foram realizadas as seguintes perguntas:1. Quais são os principais alimentos que influenciam na produção de serotonina e dopamina? 2. Por que os nutrientes afetam na produção dos hormônios do prazer e da felicidade? 3. Qual seria a dieta ideal para a sociedade? 4. Qual é a relação entre o excesso de açúcar e a depressão? 1. SEROTONINA (hormônio da felicidade): alimentos ricos em aminoácido triptofano darão origem á serotonina no cérebro. Entre esses encontram-se as proteínas como peixes, aves, ovos, leite e queijos; aveia; tâmaras secas; gergelim; grão de bico; amêndoas; sementes de girassol e de abóbora; amendoim. DOPAMINA (hormônio do prazer e da satisfação) alimentos ricos em aminoácido tirosina darão origem a dopamina no cérebro. Como a carne bovina, de porco e de cordeiro; todos os tipos de feijão; soja; nozes; grãos integrais; banana; abacate e brócolis. 2. Os nutrientes (ou a falta deles) afetam a química do corpo e produção de neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar. A depressão e a ansiedade podem estar relacionadas com deficiências nutricionais (dieta inadequada ou má absorção de nutrientes). 3. Dieta ideal, propriamente dita, não existe. Nenhum corpo é igual: temos fatores genéticos, estilo de vida, cultura, hábitos e uma "bagagem" que nos torna únicos. O que devemos priorizar é uma alimentação saudável, manter o equilíbrio, priorizar alimentos naturais e orgânicos, montar pratos coloridos e com a maior diversidade de nutrientes. 4. Existem estudos que relacionam o excesso de doces a uma maior incidência da depressão. De acordo com algumas pesquisas, o alto consumo, por um período prolongado, podem aumentar as 7 chances de desenvolver transtornos de humor. Segundo pesquisas, o açúcar em grandes quantidades tem potencial de provocar estímulos cerebrais da mesma forma que algumas drogas, como cocaína e heroína, podendo viciar em igual medida ou mais. O outro questionário, de caráter virtual, feito na ferramenta do Instagram obteve os seguintes resultados: Gráfico 1: Gráfico 2: Gráfico 3: Gráfico 4: 75% 25% Você sabia que existe uma relação direta entre sua alimentação e o seu psicológico? Sim Não 67% 33% Você já prestou atenção se ao ingerir algum alimento do tipo rico em gorduras ou açucares houve uma mudança drástica em seu humor? Sim Não 40% 60% Você considera sua rotina alimentar saudável? Sim Não 55% 45% Você se considera emocionalmente estável? Sim Não 8 * Os dados foram coletados por meio da ferramenta Story do Instagram, onde o total de participantes foi 276. Dos quais, 46.07% possuem menos de 18 anos, 48.26% possuem de 18 a 30 anos, 5.04% possuem de 30 a 50 anos e 0.63% estão acima dos 50 anos. Gráfico 1: 75% dos participantes sabe a relação que a alimentação tem com o psicológico e 25% não está ciente disso. E, mesmo com uma quantidade significativa de pessoas que estão cientes, percebe-se no dia a dia como não é posto em prática. Gráfico 2: 67% dos participantes já percebeu a mudança de humor ocorrida ao alimentar-se com algum alimento gorduroso ou açucarado, e 33% não nunca percebeu. O que é justificado por alimentos gordurosos e adocicados terem a capacidade de propiciar sensações de prazer, pelo aroma, sabor, e, principalmente, por facilidade de acesso, pois, geram estímulos repentinos, e faz com que o indivíduo sinta a necessidade de “querer”. Gráfico 3: 40% dos participantes considera sua rotina alimentar saudável e 60% não considera. Dado consideravelmente preocupante e que apresenta necessidade de mudanças, não só por ser prejudicial ao físico humano como também por prejudicar intensivamente a a saúde mental. Gráfico 4: 55% dos participantes considera-se emocionalmente estável e 45% não. A saúde mental representa um equilíbrio emocional, que reflete diretamente em nossa saúde de modo geral. A auto indicação de ter a mesma é algo positivo, contudo, muitos não possuem as qualificações para conseguir diferenciar a falta de estabilidade e o bem estar emocional, por conta de estarem acostumados com o caos. A pesquisa bibliográfica nos fez compreender que possuir uma boa alimentação pode, ajudar na recuperação de transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Segundo a endocrinologista, Cintia Cercato, “Pesquisas apontam que indivíduos que possuem um padrão de dieta saudável são capazes de reduzir 16% o risco de transtorno depressivo”. De acordo com a especialista, uma alimentação saudável composta por alto consumo de frutas, vegetais, grãos integrais, carnes magras e peixe, e produtos lácteos desnatados, pode garantir uma melhor saúde mental. Conclusão Estamos nos movendo cada vez mais rápido em uma direção em que as pessoas finalmente percebem que ter saúde é muito mais do que não ter doenças. Ser saudável não se resume em uma só coisa, mas sim em um conjunto de hábitos conscientes que nos libertam da ignorância. Portanto, se há um desejo de viver com saúde, não importa quantas outras prioridades tenha, o tempo não vai parar, comece a agir nessa direção hoje, ou seja, tome iniciativas positivas e saudáveis que podem contribuir para seu bem-estar atual.
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