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Farmacologia Aplicada à Nutrição Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Fernanda Galante Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro Conceitos e Definições em Farmacologia Conceitos e Definições em Farmacologia • Discutir os conceitos e definições em farmacologia, os quais são importantes para o enten- dimento das medicações utilizadas pelos pacientes em atendimento clínico. OBJETIVO DE APRENDIZADO • Conceitos em Farmacologia; • Tipos de Medicamentos; • Autofármacos; • Formas Farmacêuticas (FF); • Sistemas de Dispensação de Fármacos (Medicamentos); • Fase Farmacêutica. UNIDADE Conceitos e Definições em Farmacologia Conceitos em Farmacologia Para iniciar seu aprendizado em farmacologia, alguns conceitos se fazem neces- sários, pois a terminologia nesta área é diferente da nomenclatura usual em nutrição. O primeiro passo é entender o que significa a palavra “farmacologia”, a qual é de origem grega – pharmakós (fármaco) e logos (estudo). Estudar os fármacos é estudar as substâncias químicas que podem ser utilizadas como terapia, prevenção e diag- nóstico de patologias. Figura 1 Fonte: Adaptado de Getty Images De acordo com o “pai da farmacologia” Paracelsus (1493 - 1541), “Todas as subs- tâncias são venenos, não há nenhuma que não seja veneno. A dose correta é que diferencia um veneno de um remédio”. E, nesse contexto, devemos levar como lei esta nobre definição, pois os fármacos não são isentos de efeitos colaterais (previsí- veis) ou reações adversas (às vezes, não documentadas). Assim, a dosagem e a forma de uso irão distinguir as respostas que o organismo irá apresentar em relação ao uso de um medicamento. Algumas definições importantes são: • Fármaco: corresponde ao Princípio Ativo, ou seja, é a substância responsável pelo efeito terapêutico e que não é isenta de efeitos colaterais; • Droga: qualquer substância química que possa agir sobre um sistema biológico, sendo assim, um fármaco é considerado uma droga, porém, este termo hoje é mais usado para substâncias ilícitas; • Medicamento: é uma formulação feita pela indústria farmacêutica ou manipu- lada em farmácia de manipulação que contém o princípio ativo e excipientes ou veículos. Os medicamentos sempre estão em uma forma farmacêutica; 8 9 • Forma Farmacêutica: é como o medicamento se apresenta, ou seja, como pode ser encontrado para uso, por exemplo, cápsulas, drágeas, comprimidos, solução, suspensão, entre outras; • Remédio: é uma palavra leiga que traduz ações ou substâncias que tragam be- nefícios ao indivíduo. Dessa forma, um remédio pode ser uma massagem, uma preparação caseira ou até mesmo uma oração. Essa terminologia pode ser uma forma carinhosa de se comunicar com o paciente para saber o que ele toma, mas, quando se está falando de profissional para profissional, a melhor forma é usar o termo medicamento. Ao se utilizar um medicamento, não se deve esquecer de que é uma substância química que fará ação sobre um sistema biológico e, dessa forma, pode trazer tanto respostas benéficas quanto efeitos que podem ser ruins ao organismo, como efeito colateral, reação adversa ou toxicidade. • Efeitos colaterais: é um efeito que ocorre de forma paralela ao efeito tera- pêutico e pode causar respostas desagradáveis ou ruins, como, por exemplo, quando se usa um antiemético e o indivíduo fica sedado. Ou quando se usa um medicamento para hipertensão e ocorre uma síncope. Esses efeitos estão na bula da medicação e foram detectados nos estudos clínicos que antecedem o lançamento do medicamento no mercado; • Reações Adversas: ocorrem esporadicamente e de forma individualizada e de certa forma são ruins. Também conhecidas por RAM – Reação Adversa ao Me- dicamento –, ela deve ser notificada para que haja registro de sua ocorrência, pois pode não estar na bula do medicamento; • Toxicidade: é a medida do potencial tóxico de uma substância. No caso de medicamentos, eles podem ser hepatotóxicos, nefrotóxicos, neurotóxicos, de- pendendo do sistema ao qual causa malefícios. Com relação à hepatoxicidade, o Paracetamol utilizado como analgésico de venda livre é um dos maiores causadores desse tipo de toxicidade. Para entender melhor, leia o artigo “Hepatotoxicidade do Paracetamol e Fatores Predisponentes”. O nutricionista deve saber como usar os nutrientes para impedir ou amenizar este tipo de toxicidade. Disponível em: https://bit.ly/3kOu3tk Tipos de Medicamentos Os medicamentos podem ser classificados de acordo com suas características comerciais, forma de industrialização, origem e ação. 9 UNIDADE Conceitos e Definições em Farmacologia Quadro 1 – Tipos de medicamentos segundo a Anvisa Medicamento Referência É um produto inovador, registrado no órgão federal respon- sável pela vigilância sanitária e comercializado no país cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientifica- mente junto ao órgão federal competente. Medicamento Genérico É aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país e foram feitos os testes de biodisponibilidade e bioequivalência. Medicamento Similar (hoje chamado de EQ ou medicamento similar equivalente) É aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do inovador, porém, sem os testes de biodisponibilidade e bioequivalência. Figura 3 Fonte: Getty Images Figura 2 Fonte: Getty Images Importante que há uma intercambialidade entre os tipos de medicamentos, sendo que o de referência pode ser substituído pelo genérico, porém, não se deve trocar o de referência por um similar, pois faltam estudos com testes em humanos para saber sua real eficácia. Fique atento ao esquema abaixo: REFERÊNCIA Medicamento GenéricoG EQ não é INTERCAMBIÁVEL com o GENÉRICO EQ MedicamentoSimilarEquivalenteEQ é INTERCAMBIÁVEL somente com a REFERÊNCIA EQ não é INTERCAMBIÁVEL com EQ Figura 4 – Intercambialidade entre os tipos de medicamentos 10 11 Quando se trata de medicamentos manipulados, ou MAGISTRAIS, estes são mui- tas vezes oficinais, ou seja, feitos com base na farmacopeia, principalmente quando se trata de fitoterápicos. A manipulação tem a função de individualizar a terapêutica, pois as doses serão específicas para aquele paciente. Figura 5 Fonte: Getty Images Medicamentos também podem ser: • Alopáticos: são os medicamentos que produzem efeitos contrários aos da doença, ou seja, tratam de forma oposta aos sintomas da patologia. São os mais usados e receitados pelos prescritores; • Homeopáticos: são medicamentos que tratam usando a semelhança (Similium), ou seja, os mesmos sintomas causados pela patologia são causados pelo medi- camento, e para sua produção há a dinamização da Matéria Médica (ativo); • Fitoterápicos: possuem plantas medicinais, sendo utilizada planta toda ou par- tes da planta de acordo com o composto bioativo desejado. Origem dos Medicamentos Os medicamentos podem ser de origem animal (insulina); vegetal (extraído de plantas, como, por exemplo, a morfina que é derivado do ópio (papoula); mineral (iodo, ferro). Atualmente os medicamentos que ora eram extraídos da natureza, hoje são sinté- ticos, preparados através de processos químicos que podem ser artificiais. Também há os semissintéticos, que são de origem natural, mas alterados laboratorialmente para modificar suas ações para fins terapêuticos. 11 UNIDADE Conceitos e Definições em Farmacologia Figura 6 Fonte: Getty Images Ações dos Medicamentos Os medicamentos podem ter ação local ou sistêmica, com relação às ações lo- cais, sua administração será em pele ou mucosas tendo como objetivo ser antissép- tico (inibe o desenvolvimento de microrganismo) ou adstringente (utilizado quando se deseja a contração tecidual) ou emoliente (utilizado com a finalidadede lubrificar e amolecer o tecido). Já os medicamentos com ações sistêmicas devem ser adminis- trados pelas diferentes vias enterais ou parenterais e, ao atingir a corrente sanguínea, será transportado até o local onde terá sua ação (um anti-hipertensivo com ação vasodilatadora, por exemplo). Vias de Administração de Medicamentos A administração de fármacos (medicamentos) está relacionada ao local em que irá atuar, assim pode ser local ou sistêmica e, para isso, têm-se diferentes vias de administração que estão de forma resumida a seguir. Principais vias de administração de fármacos: • Enteral: oral (per os, p.o.); retal; • Parenteral: intramuscular; intravenosa; intra-arterial; subcutânea; intradérmica; intracardíaca; intrapleural; intra-articular; intraesternal; intraperitoneal; intrate- cal ou raquidiana; intrassinusal, intracanal; • Parenteral transmucosa: conjuntival; rinofaríngea; traqueobrônquica; genituri- nária; alveolar (pulmonar); orofaríngea; • Enteral transmucosa: sublingual ou perlingual; 12 13 • Transcutânea ou pele; • Excepcionais: cárie dental; lesões cutâneas; membrana timpânica (LUCIA et al., 2014) . Figura 7 Fonte: Getty Images Cada via tem uma característica específica com vantagens e desvantagens, as principais estão relacionadas na tabela abaixo: Tabela 1 – Algumas características das principais vias de administração de fármacos Vias Absorção Utilização especial Limitações Intravenosa Não há Emergência, grandes volumes, soluções de ação específica no sistema cardiovascular Administrar lentamente. Oleosos ou insolúveis Subcutânea Lenta Algumas suspensões insolúveis Pequenos volumes; nunca usar substâncias irritantes; dor Intramuscular Variável Volumes moderados, veículos oleosos, substâncias irritantes Interferência em certos testes diagnósticos; dor Oral Variável Mais econômica e segura Requer a cooperação do paciente Fonte : LUCIA et al., 2014 Cabe chamar a atenção para a legislação e a via de administração para o nutricio- nista, sendo a via enteral permitida, principalmente a via oral e em nova Resolução nº 656, de 15 de junho de 2020, que dispõe sobre a prescrição dietética, pelo nutri- cionista, de suplementos alimentares e dá outras providências, a via sublingual tam- bém está permitida. Cabe aqui citar que, nessa Resolução, está claro por quais vias o nutricionista pode fazer sua prescrição: “Entende-se como suplemento alimentar o produto para administração exclusiva pelas vias oral e enteral, incluídas mucosa, sublingual e sondas enterais e excluída a via anorretal, apresentado em formas far- macêuticas, destinado a suplementar a alimentação de indivíduos”. 13 UNIDADE Conceitos e Definições em Farmacologia Figura 8 Fonte: Getty Images O nutricionista deve conhecer as particularidades da via oral, pois é uma via comum tanto para fármacos como para a alimentação ou suplementação. Dessa forma, para fármacos administrados por esta via, os mesmos devem ser absorvidos em local específico do trato digestório para atingir a circulação sanguínea e chegar a seu local de ação. Contudo, essa via pode propiciar um maior número de interações ou, ainda, por não apresentar o pH correto de seus compartimentos, diminuir a bio- disponibilidade do que é administrado. As vantagens e desvantagens da via oral estão descritas na tabela abaixo: Tabela 2 – Vantagens e desvantagens da via oral Vantagens Desvantagens • Facilidade para administração; • Dispensa acompanhamento de profissional qualificado; • Necessita da cooperação do paciente; • Baixo custo financeiro; • Método não invasivo para administração. • A ação da droga não é imediata, necessitando absorção gástrica ou enteral; • Incerteza de dosagem absorvida pelo organismo; • Inviável em pacientes com disfagia; • Dificuldade de fracionamento de cápsulas, drágeas e comprimidos; • Paladar desagradável de alguns medicamentos; Fonte: CHEREGATTI, (2010) Conhecer como se administra uma medicação irá minimizar os erros e as intera- ções, por isso é fundamental a integração entre os profissionais de saúde. Para entender melhor sobre como um medicamento deve ser corretamente administrado, leia o artigo “Administração: não basta usar, é preciso conhecer a maneira correta”. Disponível em: https://bit.ly/31QzOxQ 14 15 Autofármacos Autofármacos ou autacoides são substâncias naturais do organismo que apre- sentam estrutura química e atividade fisiológicas e farmacológicas diversas. Estão envolvidos em diferentes processos fisiológicos, como secreção gástrica, neurotrans- missão, regulação neurovegetativa e modulação-humoral, também em várias fisiopa- tologias, como inflamação, alergia, anafilaxia, úlcera péptica, hipertensão arterial, enxaqueca, depressão e ansiedade. Essas substâncias são originadas de nutrientes específicos e por isso são muito importantes. Exemplo: histamina, serotonina, cini- nas, angiotensina, óxido nítrico e os derivados do ácido araquidônico. Podemos separar esses autacoides em dois grupos, aqueles que são derivados proteicos e os que são derivados lipídicos. Os que são derivados proteicos estão des- critos na tabela abaixo: Tabela 3 – Autacoides de origem proteica Autacoide Ação em Precursor Função fi siológica Função patológica Histamina Mastócito, basófilo, plaquetas, pele, mucosas gástricas e pulmonar Histidina Secreção gástrica, neurotrans- missor, regulação da sede, apetite, sono, temperatura corporal, controle da pressão arterial e percepção da dor Lesão celular, hipersensi- bilidade imediata, reações alérgicas, depressão, intoxicação histamínica Serotonina Plaquetas, mucosa intestinal, cérebro, coração, musculo liso vascular, uterino, gastrointestinal e brônquico. Triptofano Neurotransmissão, regulação da motilidade intestinal, agregação plaquetária e hemostasia vascular. Depressão, mania, ansie- dade, enxaqueca, perda da memória, asma, hipertensão arterial e Síndrome de dumping Óxido Nítrico Endotélio, neurônios e células inflamatórias Arginina e oxigênio molecular Regulação vascular e neuromodulação Inflamação Fonte: Adaptado de WANNMACHER, 2006 Já os autacoides de origem lipídica são derivados do ácido araquidônico, ou seja, provenientes de ácidos graxos poli-insaturados com ação parácrina e autócrina deriva- dos de fosfolipídios que atuam como mediadores para várias funções biológicas como broncoconstricção, contração vascular, agregação plaquetária e respostas inflamató- rias (CARVALHO et al., 2019). Esses autacoides são denominados de eicosanoides. Os eicosanoides (prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos) e também o fator ativador de plaquetas (PAF) constituem um grupo distinto de mediadores que podem ter ações pró ou anti-inflamatórias. Atualmente, está bem definido que os eicosanoi- des possuem potencial altamente pró-inflamatórios e induzem a vasodilatação duran- te a inflamação, com o objetivo de remover estímulos nocivos, uma hiperemia que, no entanto, precisa ser autolimitado e, eventualmente, extinguido com a cessação ou eliminação do estímulo nocivo. Porém, essa é uma resposta fisiológica a qualquer es- tímulo lesivo ao organismo, mas, se perpetuar, pode trazer uma resposta inflamatória crônica de baixo grau que está relacionada à obesidade ou síndrome metabólica. 15 UNIDADE Conceitos e Definições em Farmacologia Assim, justificam-se as ações dos ácidos graxos poli-insaturados (PUFAs) como o ômega-3 destacando-se o ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA) que são ácidos graxos essenciais, visto que precisam ser ingeridos, já que os mamíferos não possuem a capacidade de produzir esses ácidos graxos. Ácido alfa- -linolênico é um exemplo de PUFA ω-3 que, por meio de reações de alongamen- to e desaturação, pode ser convertido em ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA). As dietas ricas em PUFA ω-3, à base de óleo de peixe, são reconhecidas por seu potencial antiaterogênico, antitrombótico e anti-inflamatório(CARVALHO et al., 2019). Como demonstrado na Figura 9. Resposta pró-in�amatória Resposta anti-in�amatória Família n-6 Ácido linoleico (18:2n-6) Ácido gama-linoleico (18:3n-6) Ácido dihomo-gama-linoleico(18:3n-6) Ácido araquidônico (20:4n-6) Ácido docosatetraenoico (22:4n-6) Ácido tetracosatetraenoico (24:4n-6) Ácido tetracosapentaenoico (24:5n-6) Ácido docosapentaenoico (22:5n-6) Família n-3 Ácido linoleico (18:2n-3) Ácido esteardônico (18:4n-3) Ácido eicosatetraenoico(20:4n-3) Ácido eicosapentaenoico (20:5n-3) Ácido docosapentaenoico (22:5n-3) Ácido tetracosapentaenoico (24:5n-3) Ácido tetracosahexaenoico (24:6n-3) Ácido docosahexaenoico (22:6n-3) ∆6-dessaturase elongase ∆6-dessaturase B-oxidação ∆5-dessaturase elongase elongase Figura 9 – Cascata de síntese de ácidos graxos poli-insaturados a partir dos ômegas 6 e 3 Fonte: Adaptado de CARVALHO et al., 2019 Maiores detalhes sobre mediadores da inflamação e fármacos anti-inflamatórios serão abordados em outra unidade de aprendizagem. Formas Farmacêuticas (FF) As Formas Farmacêuticas (FF) representam a apresentação dos princípios ativos, ou seja, como o medicamento se apresenta. São obtidas após operações farmacêu- ticas pertinentes para as características adequadas a cada tipo de fármaco e a forma que será administrado. Nas formas farmacêuticas, principalmente as industrializadas há a adição de excipientes ou veículos (adjuvantes), estes têm o objetivo de facilitar sua utilização e a obtenção do efeito terapêutico desejado, além de conservação e estabilização do princípio ativo. 16 17 Figura 10 Fonte: Getty Images Assim, as formas farmacêuticas podem ser classificadas de acordo com diversos critérios diferentes como, por exemplo, a via pela qual são administradas. De modo geral, para as vias de prescrição do nutricionista as formas farmacêuticas podem ser: sólidas ou líquidas. Formas Farmacêuticas Sólidas As formas sólidas, Quadro 2, podem ser: Quadro 2 – Formas farmacêuticas sólidas Tipo de FF Características Pós e granulados Os pós são partículas sólidas finas e os granulados são obtidos aglomerando-se as par- tículas de um pó. Podem ser efervescentes ou não, sendo usados em água ou a seco, como, por exemplo, na fitoterapia quando se usa o guaraná (Paullinia cupana) em pó ou a cúrcuma (Curcuma longa) em pó. Variam no tamanho da granulação do pó. São mais fáceis de serem administrados, pois se encontram em sachês ou em potes com colher dosadora. Cápsulas Existem dois tipos básicos de cápsulas Gelatinosas duras: são preparações sólidas formadas por duas partes de gelatina (animal) que se encaixam e que armazenam em seu interior um pó ou granulado de princípio ativo e excipientes. Também podem ser de hidroxipropilmetilcelulose (vegetais). • Podem ainda ser de tapioca, de lipídeo ou de clorofila. • Podem possuir coloração ou ser transparentes. • Possuem uma cinética própria de abertura no digestório sendo estas abertas no estômago próximo ao esfíncter pilórico. Gelatinosas moles: são preparações sólidas constituídas de emolientes (glicerina ou sorbitol) que contêm em seu interior princípios ativos líquidos ou pastosos. OBS: A cápsula tem função de proteger o ativo da acidez gástrica, além de evitar que ativos corrosivos a mucosa gástrica possa causar lesão. • Cápsulas gastrorresistentes somente se abrem no duodeno. 17 UNIDADE Conceitos e Definições em Farmacologia Tipo de FF Características Comprimidos Preparações sólidas obtidas por compressão de um volume constante de partículas (princípios ativos adicionados ou não de adjuvantes). Existem diferentes tipos de comprimidos: • Simples (não revestidos): são desintegrados e diluídos logo no estômago e precisam de um pH ácido para isso ocorra; • Efervescentes: precisam ser dispersos na água antes de ser administrados e liberam gás carbônico em contato com a água, sendo necessária total efervescência antes de se deglutir; • Revestidos: possuem película de revestimento para que haja proteção do princípio ativo da acidez gástrica, sendo os ativos absorvidos no estômago; • Drágeas: são um tipo de comprimido com uma ou mais camadas de revestimento com substâncias que mascaram o sabor ou odor, ou podem proteger da luz, umidade e ar; • Gastrorresistentes: são revestidos com uma ou mais camadas de substâncias que apenas se desintegram em pH intestinal e protegem o princípio ativo contra o suco gástrico; • De liberação prolongada: são preparados com adjuvantes especiais ou processos (matrizes) que permitem que as substâncias ativas sejam liberadas em uma velocidade controlada ao longo do digestório; • Sublinguais ou orodispersíveis: dissolvem facilmente na cavidade bucal; • Mastigáveis: para serem fragmentados na mastigação; • Pastilhas: é um tipo de comprimido para ser dissolvido lentamente na boca. Figura 11 Fonte: Getty Images Formas Farmacêuticas Líquidas Uma particularidade importante com relação a prescrição de formas sólidas é a orientação que o paciente deve receber sobre a forma correta de utilização da medicação. As formas sólidas precisam se desintegrar no digestório e para isso deve-se aconselhar que o paciente tome com um copo de água. Sucos e outros líquidos não devem ser utilizados na administração de medicamentos para que não ocorra interações. Com relação às formas farmacêuticas líquidas estão relacionadas a seguir: 18 19 Quadro 3 – Formas farmacêuticas líquidas Tipo de FF Características Solução Mistura homogênea que não precisa agitar: • Solução Oral: apresenta ativos e adjuvantes que são chamados de veículo. É recomendada para crianças ou idosos com disfagia. Exemplo: medicamentos analgésicos em gotas ou usados com copo medida; • Xaropes: líquidos de sabor doce e consistência viscosa de uso interno. São constituídos de açúcares (sacarose, glicose) ou polióis (sorbitol, manitol) dissolvidos em água juntamente com os princípios ativos e os adjuvantes; • Elixir: líquidos que contêm uma porção de álcool (20% a 50%), xarope e/ ou glicerol; • Tinturas e alcoolaturas: preparações líquidas resultantes de extração por maceração ou percolação, utilizam o álcool como solvente. A diferença entre tintura e alcoolaturas é que as tinturas utilizam a planta seca e as alcoolaturas a planta “in natura”. As tinturas são formas farmacêuticas comuns na fitoterapia e na homeopatia, porém, com concentrações diferentes. Suspensão • É uma mistura heterogênica com uma parte sólida (pó) e uma parte líquida; • Necessita de agitação. Suspensões podem conter um ou mais ativos, porém, estes possuem baixa solubi- lidade e, por isso, devem ser agitadas (reconstituídas). Exemplo são os antibióticos que apresentam uma fase sólida e uma líquida; na fase líquida, há adjuvantes que ajudam na dispersão no líquido como agentes molhantes (tensoativos de natureza não iônica) e suspensores (derivados da celulose, gomas naturais e argilas especiais). Emulsão • Também é uma mistura heterogênea entre uma parte líquida e uma oleosa; • Necessita de agitação. Este tipo de forma farmacêutica possui duas fases imiscíveis – uma fase aquosa (hidrofílica) e uma fase oleosa (lipofílica) – que precisam de um agente emulsio- nante para dar estabilidade à formulação. Sendo que a fase aquosa pode conter edulcorantes e flavorizantes para melhorar as características organolépticas. Figura 12 Fonte: Getty Images Adjuvantes Técnicos As formas líquidas não necessitam ser diluídas em água para serem deglutidas, porém, após administração, deve-se tomar um copo de água para melhorar a disso- ciação do princípio ativo. 19 UNIDADE Conceitos e Definições em Farmacologia Como já foi mencionado, as formas farmacêuticas não apresentam apenas os princípios ativos ou fármacos, também possuem os excipientes (quando sólidas) ou veículos (quando líquidas) – esses componentes devem ser inertes, porém, alguns pa- cientes podem ter reações adversas a eles. Poderíamos, então, ter formas farmacêu- ticas sem esses compostos?Se houver necessidade de se reduzirem os excipientes, por exemplo, deve-se solicitar a manipulação do produto. Os adjuvantes são neces- sários, pois possuem várias funções na farmacotécnica (técnica de fabricação das formas farmacêuticas), como melhorar os aspectos químicos, físicos e físico-químicos dos medicamentos. A seguir, uma breve relação dos principais adjuvantes técnicos usados nas formas farmacêuticas, quadro 4. Quadro 4 – Principais Adjuvantes técnicos nos medicamentos Adjuvante Técnico Funções Agente acidulante Usado em preparações líquidas para proporcionar meio ácido para a estabilidade do produto. Agente alcalinizante Usado em preparações líquidas para proporcionar meio alcalino para a estabilidade do produto. Adsorvente Agente capaz de prender outras moléculas em sua superfície por meios físicos ou químicos. Exemplos: fosfato de cálcio, caolim, carbonato de magnésio, bentonita e talco. Conservante antifúngico e antimicrobiano Previne o crescimento de fungos e bactérias em formulações líquidas e semissólidas. Exemplos de antifúngicos: ácido benzóico, benzoato de sódio, butilparabeno, metilparabeno, propilpa- rabeno, etilparabeno, propionato de sódio. Anti-bacterianos: cloreto de benzalcônio, cloreto de benzetônio, álcool benzílico, cloreto de cetilpiridíneo, clorobutanol e fenol. Aglutinantes Promovem adesão das partículas durante a granulação e compressão de formas farmacêuti- cas sólidas, exemplos, goma arábica, ácido algínico, açúcar compressível, CMC-Na, etilcelulo- se, gelatina, metilcelulose, povidona (PVP), amido, amido pré-gelatinizado, glicose líquida. Antioxidante Inibe a oxidação, exemplos: sulfitos, entre eles sulfito de sódio, meta-bissulfito de potássio, metabissulfito de sódio, bissulfito de potássio e bissulfito de sódio, o BHA e o BH. Agente tampão Usado para resistir às mudanças de pH. Agente quelante Substância que forma complexos estáveis e hidrossolúveis (quelatos) com metais, exemplo, (HEDP Na2+ Ca2+) ou o EDTA – ácido etilenodiamino tetra-acético. Corante Usado para fornecer cor. Exemplos: os corantes azo – amarelo tartrazina (amarelo FD&C nº. 5), amarelo crepúsculo (amarelo FD&C no. 6), Bordeaux S (amaranto ou vermelho FD&C nº. 2) e Ponceau 4R (vermelho FD&C no. 4) -, a eritrosina (vermelho FD&C nº. 3) e o indigocarmim (azul FD&C nº. 2). Emulsificante Usado para dispersar líquidos não miscíveis. Exemplos: monoestearato de glicerila, álcool cetílico e gelatina. Podem ser empregados como agentes emulsivos auxiliares: CMC-Na, MC, alginato e pectina. Flavorizante e edulcorantes Fornecer cor e odor agradáveis. Exemplo: aspartame, dextrose (glicose), manitol, sorbitol, sacarina, ciclamato sódico, açúcar, acesulfame de potássio, sucralose e esteviosídeo. Umectante ou Lubrificante Evitar o ressecamento das preparações, exemplos: estearato de magnésio, estearato de cálcio, ácido esteárico, talco, óleo vegetal hidrogenado,... Solvente Agente usado para dissolver uma substância em solução, exemplo álcool, óleo de milho, óleo de algodão, glicerina, álcool isopropílico, óleo mineral, ácido oléico, óleo de amendoim, água purificada, ... Diluente Produtos inertes adicionados aos pós que permitem obtenção de comprimidos ou o enchi- mento de cápsulas: lactose, fosfato de cálcio tribásico, amido, manitol, sulfato de cálcio e celulose microcristalina. Fonte: Adaptado de PRISTA (2008); ARAÚJO; BORIN (2012); TONAZIO et al. (2011). Cabe comentar que se deve ter cuidado com os excessos desses adjuvantes, pois é bem documentado que, por exemplo, o aspartame e a sacarina estão relacionados ao aparecimento de tipos de câncer, como linfomase hiperplasias do endotélio da 20 21 vesícula urinária em ratos. O sorbitol e a lactose podem produzir reações no trato gastrointestinal, como diarreia e flatulências. Já o corante amarelo de tartrazina e os parabenos, por serem estruturalmente semelhantes ao ácido acetilsalicílico, estão relacionados a reações de hipersensibilidade e alergias, além do corante citado ser hiperestimulante do sistema nervoso central, devendo ser evitado em crianças hipe- rativas ou com Transtorno do Espectro Autista. Sistemas de Dispensação de Fármacos (Medicamentos) Embora os sistemas de dispensação de medicamentos seja uma função do far- macêutico, o nutricionista precisa entender, principalmente, sobre a dispensação de medicamentos em hospitais, pois, sabendo como a medicação chega ao paciente, pode-se elaborar a dispensação da alimentação para minimizar possíveis interações entre fármacos e nutrientes. Em primeiro lugar, todo medicamento ou, no caso da nutrição, suplementação que complementa a dieta deve ter uma prescrição, a qual deve estar completa, con- forme modelo abaixo (Figura 13). Figura 13 – Modelo correto de prescrição Fonte: CRF-SP, 2017 De modo geral, são 4 formas de dispensação apresentadas abaixo de forma resumida. 21 UNIDADE Conceitos e Definições em Farmacologia Sistema Coletivo Este é um sistema que apresenta muitas desvantagens, nele a farmácia tem participação mínima no processo, gerando consequências negativas para o hospital e o paciente. Sistema de Dose Unitária A dose unitária é considerada o melhor sistema de distribuição de medicamentos aos pacientes internados, pois garante todos os objetivos de acordo com o esquema terapêutico prescrito. Misto Mais de um sistema combinado. Sistema Individualizado Esse sistema possui algumas vantagens a mais do que o anterior, contanto que o farmacêutico participe do processo. Contudo, ainda há falhas a serem sanadas. Figura 14 A dose unitária é a melhor forma de dispensação, assim os medicamentos unita- riamente, nas doses certas, acondicionados em tiras plásticas lacradas com o nome e o leito do paciente, serão enviados ao paciente, ainda há o adesivo ou marcação do horário de administração ao paciente. Desse modo, a medicação é encaminhada ao paciente certo, na dose certa e no horário certo. Fase Farmacêutica Quando se analisa a fase farmacêutica da administração de um medicamento se está considerando, o que é chamado de biofarmacotécnica, que analisa todos os processos envolvidos na administração de uma forma farmacêutica em um sistema biológico, considerando as fases de liberação e dissolução do fármaco, que precedem sua absorção. Assim, ao se alterar uma forma farmacêutica, como cortar um comprimido, abrir uma cápsula, mastigar um comprimido que não é para ser mastigado, misturar uma solução em um suco já irá alterar a fase farmacêutica e, com isso, alterar a ação do medicamento. Os exemplos dados não são incomuns, pelo contrário, é muito comum se deparar com uma mãe colocando o “antibiótico” na mamadeira, o idoso mastigando um comprimido ou abrindo uma cápsula por não conseguir deglutir, ou, ainda, as alterações feitas nas formas farmacêuticas para sua administração por sondas enterais. Principalmente quando um medicamento se encontra na forma farmacêutica só- lida, usado por via oral, a fase farmacêutica é se suma importância para a eficácia terapêutica e pode ser considerada uma das causas de sub ou ausência de respostas efetivas do medicamento. Se ocorrer alterações na fase farmacêutica, a absorção do princípio ativo pode se encontrar reduzida, refletindo na sua biodisponibilidade e ação. 22 23 As fases desse processo são a desintegração, desagregação e dissolução, sendo de- pendente do perfil de hidrossolubilidade do princípio ativo. Dessa forma, a sequência correta que deve ocorrer ao se administrar um medicamento por via oral será (Figura 15): • Forma farmacêutica sólida + um copo de água (sempre atentando ao paciente com restrição hídrica que deverá ter um volume menor de líquidos); • No estômago, as formas farmacêuticas irão desintegrar: ocorrerá a disper- são sólida do princípio ativo (granulados); • Na sequência, ocorre a desagregação; • Com a dissolução que corresponde à dispersão molecular: quando o princí- pio ativo se separa dos excipientes. Essa faseé muito importante, pois antecede a absorção do fármaco. Neste ponto, podem ocorrer interferências de fatores físicos ou químicos, facilitando ou dificultando sua absorção. Um dos pontos de importantes interações fármaco-nutrientes. Figura 15 – Fase farmacêutica da administração de um medicamento Fonte: Adaptado de SOUZA, H. C. de, 2017 Assim, a fase farmacocinética pode ter profundo impacto sobre o efeito farmaco- lógico, uma vez que os processos de ADME (Absorção, Distribuição, Metabolismo e Excreção), Figura 5, que caracterizam a fase seguinte chamada de farmacocinética, determinam a concentração e o tempo despendido das moléculas do fármaco no seu local de ação (PEREIRA, 2007). 1. Fase Farmacêutica 2. Fase Farmacocinética 3. Fase Farmacodinâmica Liberação e dissolução do fármaco/�toterápico Ação/interação com receptores Absorção, distribuição, biotransformação e excrecão Figura 16 – Fases da administração e ação de medicamentos A compreensão de cada etapa que envolve o uso de uma medicação é de suma importância para que o nutricionista possa adequar a oferta de nutrientes sem ter ou causar prejuízos com relação aos medicamentos utilizados pelo paciente. O mesmo raciocínio deve ser feito quando se trata de fitoterápicos. 23 UNIDADE Conceitos e Definições em Farmacologia Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Aula de Farmacologia: Princípios Básicos – Aula 1 | Dá Uma Força https://youtu.be/YuoWNlGv4oY Leitura Hepatotoxicidade de Plantas Medicinais e Produtos Herbais O uso de medicamentos e de fitoterápicos pode causar hepatoxicidade. O desen- volvimento das lesões nos hepatócitos pode prejudicar a função desse órgão tão importante para o metabolismo. https://bit.ly/2FpyfiQ Excipientes Farmacêuticos e seus Riscos à Saúde: uma Revisão da Literatura Os excipientes e veículos fazem parte das formas farmacêuticas, eles devem ser inertes, porém, alguns indivíduos podem ser mais sensíveis e apresentar reações adversas a eles. https://bit.ly/3kJ6FwZ Sistema de distribuição de medicamentos em ambiente hospitalar Os sistemas de dispensação de medicamentos em hospitais é uma função do farmacêutico, mas, quando há uma integração entre farmácia e nutrição e o conhecimento de como os medicamentos chegam até o paciente, é possível fazer planejamentos adequados para evitar as interações fármaco-nutrientes que podem ser prejudiciais ao paciente. https://bit.ly/3kG3aHX 24 25 Referências ALLAIRE, J. et al. Supplementation with high-dose docosahexaenoic acid increases the Omega-3 Index more than high-dose eicosapentaenoic acid. 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