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Imunidade a Protozoários Características gerais Algumas espécies parasitam animais vertebrados e invertebrados. Impedem ou retardam as defesas inatas ou adaptativas. Infecções agudas e crônicas duradouras, estado de latência com replicação mínima do parasita e ausência de sintomas no hospedeiro. Ficam se replicando silenciosamente dentro do hospedeiro sem ele perceber. Principais protozoários causadores de doenças em animais: Entamoeba histolytica, Babesia canis, Babesia caballi, Giárdia lambria, Toxoplasma gondii, Trypanossoma, Leishmania, Crytosporidum parvum. Resposta imune O mecanismo de resposta imune varia de acordo com o tipo de protozoário e localização. Alguns ciclos de vida do protozoário podem variar entre o intra e extracelular. Localização extracelular (de superfícies epiteliais e espaços intersticiais) acessíveis às moléculas solúveis do sistema imune (ex: complemento e anticorpo). Localização intracelular (citoplasmáticos ou vesiculares): células T citotóxicas ou ativação dos mecanismos antimicrobianos das células fagocíticas. Resposta imune inata Dependente da espécie do hospedeiro: resistência ou susceptibilidade dentro de uma mesma espécie está relacionada ao padrão genético. Dependente do ciclo de vida do protozoário: ↪Protozoários extracelulares: fagocitose e ativação do sistema complemento. ↪Protozoários intracelulares: ativação de macrófagos, produção de TNF-alfa e IFN-gama. Ativação do complemento pela via alternativa: pode gerar a opsonização do protozoário para que o macrófago fagocite e pode estimular a inflamação através do C3a e C5a que são anafilotoxinas que estimulam monócitos, mastócitos e neutrófilos. Ativação de receptores de Toll com a presença do protozoário. Resposta imune adaptativa Resposta celular: ↪Protozoários intracelulares: resposta de linfócitos T CD4 do perfil Th1 e suas quimiocinas • Macrófago é ativado pelas quimiocinas da Th1 (IFN-gama e TNF-beta), assim começa a produzir TNF-alfa e ter ação autócrina e juntamente com o estimulo das quimiocinas da Th1, ele inicia a produção de substancias microbicidas como o NO. • IFN-gama: inibe a proliferação de Th2 • IL-2: estimula o crescimento de células T, NK. • Leishmaniose: em animais assintomáticos, ocorre uma resposta Th1 potente que consegue controlar a replicação do parasito com a ativação de macrófagos. Por outro lado, animais que desenvolvem a doença possuem resposta Th2 que não ocorre a ativação do macrófago. Resposta humoral: ↪Protozoários extracelulares: antes de invadirem as células, logo depois da infecção, ou quando lisam as células infectadas, os protozoários podem ser alvo de anticorpos e do sistema complemento (opsonização, imobilização ou aglutinação). • Principais citocinas relacionadas com a resposta do tipo Th2: IL-4, IL-5 e IL-13 • Neutralização: produção de anticorpo e ele reconhece o antígeno na superfície do patógeno que impede o processo de invasão das células por esse agente. • Citotoxicidade celular dependente de anticorpos: patógeno pode apresentar antígenos em sua superfície que são reconhecidos por anticorpos e uma célula efetora (células NK, neutrófilos, macrófagos e eosinófilos) com receptor para a porção Fc reconhece ele e libera suas citotoxinas. Função dos anticorpos na resposta imunológica a parasitas Importância relativa das respostas dependentes e independentes de anticorpo nas infecções por protozoários Mecanismos de evasão Parasitas necessitam de tempo no hospedeiro para desenvolvimento e reprodução. Infecção crônica é comum. Parasitas utilizam uma variedade de mecanismos de evasão imunológica: ↪Localização anatômica no hospedeiro: parasitas podem viver intracelularmente evitando a resposta imunológica do hospedeiro. • Ex: Plasmodium dentro das hemácias não é reconhecido pelas células T citotóxicas e NK, e em outros estágios o plasmodium vive dentro das células hepáticas. • Os parasitas Leishmania e Trypanosoma cruzi vivem dentro dos macrófagos ↪Variação antigênica: • O Plasmodium em diferentes estagio de vida expressa diferentes antígenos. • Variação antigênica também ocorre em protozoário extracelular, Giardia lamblia por exemplo. • Ex: Trypanosoma tem uma parte do seu ciclo que fica fora da célula, assim para que não sofram ação de anticorpos e complemento, eles realizam variação de glicoproteínas da sua superfície (VSG), essa variação de glicoproteínas o protege, pois uma vez que o anticorpo demora para se desenvolver, o parasito muta quando o anticorpo inicia seu trabalho. ↪Liberação de antígenos de superfícies → ex: Entamoeba histolytica ↪Mecanismos anti-imunes: Leishmania, Toxoplasma e Trypanossomas possuem anti-oxidases para conter a explosão respiratória dos macrófagos. ↪Imunossupressão: manipulação da resposta imune do hospedeiro → ex: Plasmodium, Leishmania • Modula a resposta imune: redução da capacidade apresentadora de antígenos, aumento da expressão de moléculas coestimuladoras negativas e indução da resposta anti-inflamatória • Indução da morte do hospedeiro por infecções secundarias. ↪Aparência imunológica semelhante aos tecidos do hospedeiro → ex: Leishmania consegue mimetizar o MHC de classe II para não ser reconhecida.
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