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15- Imunidade a Protozoários

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Imunidade a Protozoários 
Características gerais 
Algumas espécies parasitam animais vertebrados e 
invertebrados. 
Impedem ou retardam as defesas inatas ou 
adaptativas. 
Infecções agudas e crônicas duradouras, estado de 
latência com replicação mínima do parasita e 
ausência de sintomas no hospedeiro. Ficam se 
replicando silenciosamente dentro do hospedeiro 
sem ele perceber. 
Principais protozoários causadores de doenças em 
animais: Entamoeba histolytica, Babesia canis, Babesia 
caballi, Giárdia lambria, Toxoplasma gondii, 
Trypanossoma, Leishmania, Crytosporidum parvum. 
Resposta imune 
O mecanismo de resposta imune varia de acordo 
com o tipo de protozoário e localização. 
Alguns ciclos de vida do protozoário podem variar 
entre o intra e extracelular. 
Localização extracelular (de superfícies epiteliais e 
espaços intersticiais) acessíveis às moléculas solúveis 
do sistema imune (ex: complemento e anticorpo). 
Localização intracelular (citoplasmáticos ou 
vesiculares): células T citotóxicas ou ativação dos 
mecanismos antimicrobianos das células fagocíticas. 
 
Resposta imune inata 
Dependente da espécie do hospedeiro: resistência 
ou susceptibilidade dentro de uma mesma espécie 
está relacionada ao padrão genético. 
Dependente do ciclo de vida do protozoário: 
↪Protozoários extracelulares: fagocitose e ativação 
do sistema complemento. 
↪Protozoários intracelulares: ativação de 
macrófagos, produção de TNF-alfa e IFN-gama. 
Ativação do complemento pela via alternativa: pode 
gerar a opsonização do protozoário para que o 
macrófago fagocite e pode estimular a inflamação 
através do C3a e C5a que são anafilotoxinas que 
estimulam monócitos, mastócitos e neutrófilos. 
Ativação de receptores de Toll com a presença do 
protozoário. 
 
Resposta imune adaptativa 
Resposta celular: 
↪Protozoários intracelulares: resposta de linfócitos T 
CD4 do perfil Th1 e suas quimiocinas 
• Macrófago é ativado pelas quimiocinas da Th1 
(IFN-gama e TNF-beta), assim começa a 
produzir TNF-alfa e ter ação autócrina e 
juntamente com o estimulo das quimiocinas da 
Th1, ele inicia a produção de substancias 
microbicidas como o NO. 
• IFN-gama: inibe a proliferação de Th2 
• IL-2: estimula o crescimento de células T, NK. 
• Leishmaniose: em animais assintomáticos, ocorre 
uma resposta Th1 potente que consegue 
controlar a replicação do parasito com a 
ativação de macrófagos. Por outro lado, animais 
que desenvolvem a doença possuem resposta 
Th2 que não ocorre a ativação do macrófago. 
 
Resposta humoral: 
↪Protozoários extracelulares: antes de invadirem as 
células, logo depois da infecção, ou quando lisam as 
células infectadas, os protozoários podem ser alvo 
de anticorpos e do sistema complemento 
(opsonização, imobilização ou aglutinação). 
• Principais citocinas relacionadas com a resposta 
do tipo Th2: IL-4, IL-5 e IL-13 
• Neutralização: produção de anticorpo e ele 
reconhece o antígeno na superfície do 
patógeno que impede o processo de invasão 
das células por esse agente. 
 
• Citotoxicidade celular dependente de anticorpos: 
patógeno pode apresentar antígenos em sua 
superfície que são reconhecidos por anticorpos 
e uma célula efetora (células NK, neutrófilos, 
macrófagos e eosinófilos) com receptor para a 
porção Fc reconhece ele e libera suas 
citotoxinas. 
 
Função dos anticorpos na resposta imunológica a 
parasitas 
 
Importância relativa das respostas dependentes e 
independentes de anticorpo nas infecções por 
protozoários 
 
Mecanismos de evasão 
Parasitas necessitam de tempo no hospedeiro para 
desenvolvimento e reprodução. 
Infecção crônica é comum. 
Parasitas utilizam uma variedade de mecanismos de 
evasão imunológica: 
↪Localização anatômica no hospedeiro: parasitas 
podem viver intracelularmente evitando a resposta 
imunológica do hospedeiro. 
• Ex: Plasmodium dentro das hemácias não é 
reconhecido pelas células T citotóxicas e NK, e 
em outros estágios o plasmodium vive dentro 
das células hepáticas. 
• Os parasitas Leishmania e Trypanosoma cruzi 
vivem dentro dos macrófagos 
↪Variação antigênica: 
• O Plasmodium em diferentes estagio de vida 
expressa diferentes antígenos. 
• Variação antigênica também ocorre em 
protozoário extracelular, Giardia lamblia por 
exemplo. 
• Ex: Trypanosoma tem uma parte do seu ciclo 
que fica fora da célula, assim para que não 
sofram ação de anticorpos e complemento, eles 
realizam variação de glicoproteínas da sua 
superfície (VSG), essa variação de glicoproteínas 
o protege, pois uma vez que o anticorpo 
demora para se desenvolver, o parasito muta 
quando o anticorpo inicia seu trabalho. 
↪Liberação de antígenos de superfícies → ex: 
Entamoeba histolytica 
↪Mecanismos anti-imunes: Leishmania, Toxoplasma 
e Trypanossomas possuem anti-oxidases para 
conter a explosão respiratória dos macrófagos. 
↪Imunossupressão: manipulação da resposta imune 
do hospedeiro → ex: Plasmodium, Leishmania 
• Modula a resposta imune: redução da 
capacidade apresentadora de antígenos, 
aumento da expressão de moléculas 
coestimuladoras negativas e indução da resposta 
anti-inflamatória 
• Indução da morte do hospedeiro por infecções 
secundarias. 
↪Aparência imunológica semelhante aos tecidos do 
hospedeiro → ex: Leishmania consegue mimetizar o 
MHC de classe II para não ser reconhecida.

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