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Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina UFBA Bactérias Gram-Positivas Staphylococcus aureaus Streptococcus pyogenes Clostridium botulinum Corynebacterium diphteriae Características da Bactéria Coco gram-positivo Cachos de uva, isolados, aos pares ou em cadeias curtas Catalase e coagulase positivo Condições de vida variadas (aeróbio e anaeróbio, altas concentrações de sal e temperaturas entre 18 e 40ºC) Cápsula polissacarídica (impede a fagocitose), camada mucoide ou biofilme (adesão bacteriana), parede celular de peptidoglicano (endotoxina), ácido teicoico (imunógeno fraco que estimula a produção de anticorpos) e proteínas de adesão da superfície Toxinas (citotóxicas ou citolíticas, enterotoxinas, esfoliativas) Enzimas (coagulase, catalase, hialuronidase, fibrinolisina, lipases e nucleases) Cultura amarelo-ouro Cocos gram-positivos Aos pares ou em cadeias Anaeróbios facultativos Necessidades nutricionais complexas → Isolados em meios de cultura enriquecidos com sangue ou soro Fermentadores Catalase-negativos Estreptococo beta- hemolítico do grupo A Em cultura, formam colônias brancas com grandes zonas de beta- hemólise Parede celular de peptideoglicanos com antígenos grupo-específicos e tipo-específicos Cápsula que impede a fagocitose, funcionando como uma barreira física Infecções persistentes e invasão de tecidos profundos por internalização da bactéria nas células epiteliais Bacilo gram-positivo formador de esporos Anaérobio obrigatório Habilidade de sobreviver em condições ambientais adversas, graças a formas resistentes (esporos) Toxinas histolíticas Enterotoxinas Neurotoxinas Fastidiosos (necessidades nutricionais complexas) Toxinas Botulínicas A, B, E e F BOTULISMO Neurotoxinas Impedem a liberação do neurotransmissor acetilcolina, bloqueando a neurotransmissão colinérgica para as sinapses periféricas, ocasionando PARALISIA FLÁCIDA Veneno biológico letal em doses muito pequenas (70 mg) Bacilo gram-positivo não esporulado Pleiomórfico – Quatro biotipos (belfanti, gravis, intermedius e mitis) Cora-se irregularmente Aeróbicos e anaeróbios facultativos Fermentadoras Formato cuneiforme (ou em clava) Não são ácidos resistentes Agente etiológico da DIFTERIA (cutânea e respiratória) Pode causar também faringite e endocardite (cepas não-toxigênicas) Toxina diftérica Principal fator de virulência Liga-se a receptores em células cardíacas e nervosas Bloqueia a síntese proteica das células hospedeira Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina UFBA Toxinas e enzimas (exotoxinas pirogênicas, estreptolisinas O e S, estreptoquinases, DNAses, C5a peptidase e hialuronidase) Descrição das Doenças Doenças causadas por toxinas Infecções Cutâneas Infecções Supurativas Síndrome da Pele Escaldada Recém-nascidos e crianças pequenas Dermatite espoliativa bolhosa com descamação disseminadas e bolhas sem microrganismos ou leucócitos Intoxicação Alimentar Após cerca de 4 hrs do consumo de alimentos contaminados com enterotoxina termoestável, com sintomas de vômitos intensos, diarreia aquosa e não- sanguinolenta, desidratação, dores abdominais, cefaleia e suores que, normalmente, regridem dentro de 24 hrs Choque Tóxico Intoxicação multissistêmica por toxemia, que se inicia abruptamente com febre, hipotensão, erupção eritematosa macular difusa e descamação da pele (incluindo palma das mãos e sola dos pés) Impetigo Faringite Crianças entre 5 e 15 anos, meses mais frios Escarlatina Toxinas pirogênicas ou eitrogênicas Complicação da faringite Piodermite Crianças entre 2 e 5 anos de idade com higiene pessoal precária, meses mais quentes Erisipela e Celulite Crianças de pouca idade com infecções persistentes das vias aéreas ou da pele Fasciite necrosante (bactéria comedora de carne) Síndrome do Choque Tóxico Estreptocócico Toxinas pirogênicas ou eitrogênicas Pacientes com extensa infecção de tecidos moles e bacteremia Bacteremia Botulismo Causada pela neurotoxina botulínica que impede a liberação de acetilcolina, necessária para a excitação muscular A neurotoxina permanece na junção neuromuscular, necessitando de ser retirada e haver a recuperação das terminações nervosas, em 4 a 12 semanas, para que a função de neurotransmissão se recupere Doença neuro paralítica grave e de ocorrência súbita Quatro diferentes formas: Botulismo clássico ou alimentar Consumo de conservas contaminadas com a toxina Enfraquecimento e tontura 1 a 3 dias após o consumo do alimento Visão turva, pupilas fixas e midriáticas, boca seca constipação e dor abdominal Difteria Doença infecciosa com quadro agudo e toxêmico Formação de lesões de na porta de entrada e invasão do organismo por uma toxina produzida no foco da infecção e disseminada através da corrente sanguínea e linfática É necessário toxemia, mas não necessariamente bacteremia Difteria Cutânea Microrganismo penetra no tecido subcutâneo através de fissuras na pele Desenvolve-se: Pápula → Ulcera crônica que não cicatriza e que, algumas vezes, pode estar coberta por uma membrana acizentada Difteria Respiratória Período de incubação: 2 a 4 dias Inicio súbito com mal-estar, dor de garganta, comprometimento do estado geral do paciente (toxemia), prostração, palidez cutânea, astenia, febre não muito alta, odinofagia discreta, taquicardia, hipotensão Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina UFBA Febre Reumática e Glomerulonefrite Complicações tardias e não supurativas em crianças com doença estreptocócica grave Evolui com fraqueza descendente bilateral de músculos periféricos, com paralisia flácida Morte por paralisia respiratória Botulismo infantil Forma mais comum Afeta crianças com menos de 1 anos, sobretudo entre 1 e 6 meses Consumo de mel, solo ou poeira com os esporos Logo, a bactéria se desenvolve e produz a toxina na luz intestinal Sintomas iniciais inespecíficos (constipação, choro fraco e atraso no crescimento) → Paralisia flácida Botulismo por Ferimentos Produção da toxina em ferimentos contaminados Rara Sintomas idênticos ao do botulismo alimentar, mas com período de incubação mais longo (4 dias ou mais) e sintomas gastrointestinais menos intensos Botulismo por Inalação Bioterrorismo arterial, dimunição da diurese e faringite exsudativa, com evolução do exsudato para uma placa pseudomembranosa branco- acinzentada aderente com implantação em amigdalas, pilares anteriores, úvula e retrofaringe Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina UFBA Vesículas preenchidas por pus sob uma base eritematosa Foliculite Impetigo envolvendo folículos pilosos Furúnculo Nódulos cutâneos grandes, doloridos e preenchidos por pus Carbúnculo Coalescência de furúnculos, que se estende para o tecido subcutâneo com evidência de doença sistêmica (febre, calafrios e bacteremia) Infecção de Feridas Após procedimento cirúrgico ou trauma, com os microrganismos que colonizam a pele sendo introduzidos na ferida Bacteremia Endocardite Dano no revestimento endotelial do coração, iniciado com sintomas inespecíficos (parecidos com gripe) e evoluindo com deterioração rápida, distúrbios do débito cardíaco e embolização séptica Toxina botulínica concentrada na forma de aerossol Inicio rápido e mortalidade elevada Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina UFBA Pneumonia Consolidação e formação de abcessos nos pulmões, em indivíduos jovens, idosos, com doença de base ou pulmonar recente. Adquiridapor disseminação hematogênica ou aspiração bacteriana. Forma grave: pneumonia necrotizante → choque séptico, hemoptise maciça e elevada mortalidade Empiema Presença de pus no espaço pleural Artrite Séptica Articulação eritematosa dolorida com coleção de material purulento no espaço articular Osteomielite Destruição dos ossos, principalmente na região da metáfise de ossos longos Epidemiologia Sobrevive longos períodos em superfícies secas Suscetível a altas temperaturas, desinfetantes e soluções antissépticas Lavagem de mãos é importante para evitar a disseminação Transmissão através de contato direto ou exposição a fômites Causa mais comum de faringite bacteriana Teste ASO → Detecta anticorpos formados contra a estreptolisina O, sendo um marcador de infecção recente (assim como anticorpos contra estreptoquinases e DNAses) Colonização assintomática da orofaringe e vias aéreas Ubíquos Encontrados na microbiota gastrointestinal normal Contágio se dá por meio do consumo de conservas caseiras mal preparadas ou mal armazenadas contendo a toxina Ubíquos Encontrada em todo o mundo, particularmente em regiões pobres, superpovoadas e com baixo índice vacinal Normalmente, colonizam os tratos respiratório superior, gastrointestinal e geniturinário dos humanos Vacinados → Portadores assintomáticos (orofaringe ou pele) Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina UFBA Presente, normalmente, na pele e nas membranas mucosas dos seres humanos Coloniza as narinas superiores, além de colonização transitória da pele (impetigo, erisipela, celulite ou fasciite necrosante) Sobrevive longos períodos em superfícies secas Transmissão pessoa a pessoa por perdigotos (faringite → complicação: escarlatina) ou por meio de cortes na pele, contato direto com pessoa infectada, fômites ou vetores artrópodes → Mantenedores da bactéria na população Transmissão por inalação de gotículas respiratórias ou contato com a pele contaminada Observação MRSA (Staphylococcus aureaus resistente à meticilina e outros betalactâmicos) – importante fonte de infecção de pele e tecidos moles no ambiente hospitalar Febre reumática – associada a faringite estreptocócica Glomerulonefrite aguda focal ou difusa – associada a cepas nefritogênicas tanto faríngeas quanto cutâneas e que aparece semanas após 2-4 semanas da infecção por estreptococos (autoimune), havendo redução do componente C3 do complemento Tratamento: antitoxina botulínica polivalente e terapia com metronidazol ou penincilina Antitoxina diftérica Soro diftérico – anticorpos que neutralizam a toxina, retirados de soro de cavalos VACINAÇÃO DTP – Difteria, tétano e coqueluche DT – Difteria e tétano Esquema de 3 doses (2, 4 e 6 meses) com doses de reforço a cada 10 anos. Isadora de Souza Barcelos – Turma IV – Medicina UFBA Características Gerais das Infecções por Bactérias ✓ Neutrocitose com desvio à esquerda: aumento do número de neutrófilos às custas de bastonetes (neutrófilos imaturos) ✓ Proteína-C reativa elevada: importante marcador inflamatório ✓ Rebaixamento do estado geral: associado a toxemia (disseminação de toxinas na corrente sanguínea) ✓ Acidose metabólica: em bactérias fermentadoras, associando-se ao acúmulo de ácido láctico formado pela fermentação de carboidratos;
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