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ATUÁRIA
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS – EAD
Atuária – Prof. Fernando José da Conceição Lourenço e Profª. Ms. Téssia Berber Teixeira
Meu nome é Fernando José da Conceição Lourenço. Minha formação é de técnico em Contabilidade, 
graduação em Ciências Econômicas, pós-graduação em Contabilidade de Custos, Administração 
Financeira, Auditoria e Recursos Humanos. Sou ex-contador de empresa, Agente fiscal de rendas do 
Estado de São Paulo aposentado, ex-coordenador do departamento de Ciências Contábeis do Uni-
Facef e professor em cursos preparatórios para concursos públicos. Atualmente, leciono as disciplinas 
Contabilidade Geral, Teoria da Contabilidade, Análise de Balanços e Perícia Contábil, no Uni-Facef.
e-mail: flourenco@com4.com.br
Meu nome é Téssia Berber Teixeira. Possuo graduação em Ciências Contábeis pela Faculdade de 
Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto/USP (2004) e mestrado no curso de 
Controladoria e Contabilidade pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão 
Preto/USP (2006), além de cursar pós-graduação lato sensu em Gestão Jurídica de Empresas na 
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP). Atualmente, sou consultora na área 
de Contabilidade e Finanças Públicas pela empresa Félix e Teixeira Assessoria, Consultoria e Auditoria 
Ltda., professora na Universidade Presidente Antônio Carlos – Unipac e na Universidade de Uberaba 
– Uniube. Tenho experiência na área de Ciências Contábeis, com ênfase em Contabilidade de Custos, 
Finanças, Contabilidade Societária, Controladoria e Contabilidade Pública.
e-mail: tessia21@hotmail.com
ATUÁRIA
Prof. Fernando José da Conceição Lourenço 
Profª. Ms. Téssia Berber Teixeira 
Plano de Ensino
Caderno de Referência de Conteúdo
Caderno de Atividades e Interatividades
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Trabalho realizado pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais (SP)
Curso: Bacharelado em Ciências Contábeis
Disciplina: Atuária
Versão: set./2010
Reitor: Prof. Dr. Pe. Sérgio Ibanor Piva
Vice-Reitor: Prof. Ms. Pe. Ronaldo Mazula
Pró-Reitor Administrativo: Pe. Luiz Claudemir Botteon
Pró-Reitor de Extensão e Ação Comunitária: Prof. Ms. Pe. Ronaldo Mazula
Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Ms. Luís Cláudio de Almeida
Coordenador Geral de EAD: Prof. Artieres Estevão Romeiro
Coordenador do curso de Ciências Contábeis: Prof. Mateus Colabone Neto
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Preparação 
Aletéia Patrícia de Figueiredo
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Elaine Cristina de Sousa Goulart
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Luiz Fernando Trentin
Patrícia Alves Veronez Montera
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Revisão
Felipe Aleixo
Isadora de Castro Penholato
Maiara Andréa Alves
Rodrigo Ferreira Daverni
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Renato de Oliveira Violin
Tamires Botta Murakami
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total 
ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, 
incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em 
qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e 
da Ação Educacional Claretiana.
Centro Universitário Claretiano 
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretiano.edu.br
SUMÁRIO
PLANO DE ENSINO
1 APRESENTAÇÃO ..........................................................................................................................................7
2 DADOS GERAIS DA DISCIPLINA ..................................................................................................................7
3 CONSIDERAÇÕES GERAIS ...........................................................................................................................9
4 BIBLIOGRAFIA BÁSICA ................................................................................................................................9
5 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ...............................................................................................................9
6 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................10
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................................13
2 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA DISCIPLINA .......................................................................................14
UNIDADE 1 – A CIÊNCIA ATUARIAL 
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................37
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................37
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................38
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................38
5 A ATUÁRIA E O PROFISSIONAL ATUÁRIO ..................................................................................................38
6 ÓRGÃOS DISCIPLINADORES E FISCALIZADORES ......................................................................................40
7 ORIGEM DA CIÊNCIA MATEMÁTICA ..........................................................................................................41
8 MATEMÁTICA ATUARIAL: ORIGEM E EVOLUÇÃO .....................................................................................42
9 MATEMÁTICA ATUARIAL: CONCEITOS BÁSICOS .......................................................................................43
10 ESTATÍSTICA ATUARIAL ...............................................................................................................................45
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................47
12 CONSIDERAÇÕES .........................................................................................................................................47
13 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................47
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................48
UNIDADE 2 – SEGUROS E CONTABILIDADE DE SEGUROS
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................49
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................49
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................50
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................50
5 PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SEGURO ............................................................................................................506 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO SEGURO NO BRASIL ...................................................................................51
7 MERCADO DE SEGUROS BRASILEIRO: ESTRUTURA E LEGISLAÇÃO ........................................................52
8 SEGURO PÚBLICO E PRIVADO ....................................................................................................................54
9 CONTRATO E TIPOS DE SEGUROS ..............................................................................................................55
10 PREVIDÊNCIA OFICIAL E PRIVADA .............................................................................................................59
11 NOÇÕES DE CAPITALIZAÇÃO ......................................................................................................................60
12 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CONTABILIDADE: DOS PRIMÓRDIOS À CONTABILIDADE 
NAS EMPRESAS SEGURADORAS ................................................................................................................61
13 CICLO ECONÔMICO DE UMA COMPANHIA DE SEGUROS ........................................................................62
14 CONTABILIDADE NAS EMPRESAS SEGURADORAS ....................................................................................63
15 ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DE SEGURADORAS .........................................................................67
16 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................72
17 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................................................72
18 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................73
19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................73
UNIDADE 3 – TÁBUAS DE MORTALIDADE OU DE SOBREVIVÊNCIA
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................75
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................75
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................75
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................76
5 TÁBUA DE MORTALIDADE OU DE SOBREVIVÊNCIA: CONCEITO, ORIGEM E IMPORTÂNCIA .................76
6 TÁBUA DE MORTALIDADE OU DE SOBREVIVÊNCIA: MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO ...............................77
7 TÁBUA DE MORTALIDADE OU DE SOBREVIVÊNCIA: ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO ...........................80
8 TÁBUA DE MORTALIDADE OU DE SOBREVIVÊNCIA: APLICAÇÃO ............................................................82
9 TÁBUAS OU TABELAS DE COMUTAÇÃO .....................................................................................................84
10 TÁBUA DE ENTRADA EM INVALIDEZ E DE SOBREVIVÊNCIA DE INVÁLIDOS ...........................................87
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................88
12 CONSIDERAÇÕES .........................................................................................................................................89
13 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................89
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................................................89
UNIDADE 4 – RENDAS ALEATÓRIAS, SEGUROS E PRÊMIOS 
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................91
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................91
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................91
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................92
5 RENDAS (SEGUROS DE VIDA) .....................................................................................................................92
6 RENDAS COM PAGAMENTOS DE PRÊMIOS À VISTA .................................................................................94
7 RENDAS COM PAGAMENTOS DE PRÊMIOS PARCELADOS .......................................................................106
8 SEGUROS PAGÁVEIS POR MORTE ..............................................................................................................108
9 CONSIDERAÇÕES .........................................................................................................................................111
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................111
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................112
UNIDADE 5 – RESERVA MATEMÁTICA 
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................113
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................113
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................113
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................114
5 RESERVAS (OU PROVISÕES) TÉCNICAS ......................................................................................................114
6 RESERVA OU PROVISÃO MATEMÁTICA: CONCEITO E TIPOLOGIA...........................................................122
7 PRINCIPAIS MÉTODOS DE CÁLCULO DA RESERVA MATEMÁTICA ...........................................................127
8 TRATAMENTO CONTÁBIL DA RESERVA MATEMÁTICA ..............................................................................129
9 RESGATE E SALDAMENTO DA RESERVA MATEMÁTICA ............................................................................129
10 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................130
11 CONSIDERAÇÕES .........................................................................................................................................131
12 E-REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................131
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................131
UNIDADE 6 – AUDITORIA ATUARIAL 
1 OBJETIVOS ...................................................................................................................................................133
2 CONTEÚDOS ................................................................................................................................................133
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ..........................................................................................133
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ..........................................................................................................................1345 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AUDITORIA .....................................................................................................134
6 AUDITORIA ATUARIAL .................................................................................................................................136
7 PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA ..............................................................................................................137
8 TIPOS E RISCOS DE AUDITORIA ..................................................................................................................139
9 RELATÓRIOS DO AUDITOR INDEPENDENTE ..............................................................................................143
10 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA DE SEGUROS .........................................................................................146
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................................................................149
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................................149
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................150
PE
Plano de Ensino
1. APRESENTAÇÃO 
Seja bem-vindo! 
Daremos início, a partir de agora, aos estudos da disciplina Atuária. Com esta disciplina, 
você irá aprender toda a parte teórica desta ciência tão importante que é a Ciência Atuarial, a 
qual abrange o mercado de seguros e seus segmentos de previdência oficial e privada, como 
também de capitalização.
Além disso, você aprenderá todos os cálculos que norteiam a Ciência Atuarial, ou seja, os 
cálculos mais importantes que envolvem a matemática atuarial e que serão desenvolvidos por 
meio de reserva matemática, tábua de mortalidade, tábua de comutação, entre outros.
Bons estudos!
2. DADOS GERAIS DA DISCIPLINA
Ementa
Conceitos básicos da ciência atuarial. Ramos e campos de atuação. Seguros (legislação, 
tipos, estrutura, classificações e análises contábeis). Noções de Previdência Privada e Capita-
lização. Profissional atuário (formação, carreira, registro, mercado de trabalho, ferramentas 
atuariais). Auditoria atuarial (planejamento, procedimentos, riscos, tipos de parecer atuarial e 
relatórios). Prática dos cálculos atuariais. Estatística Atuarial: Projeção do Risco (Lei dos Grandes 
Números e Estudo das Probabilidades). Matemática atuarial: mensuração da mortalidade e da 
© Atuária
Centro Universitário Claretiano
8
sobrevivência; desenvolvimento de anuidade; fixação de prêmios e determinação de reservas 
matemáticas (cálculo de indenizações); desenvolvimento de tábuas de serviço (de Mortalidade 
e Comutação).
Objetivo geral
Os alunos da disciplina Atuária do curso de Ciências Contábeis, na modalidade EAD do 
Claretiano, dado o Sistema Gerenciador de Aprendizagem e suas ferramentas, serão capazes de 
conhecer a Ciência Atuarial, identificando a sua evolução e aplicação nas empresas de seguros, 
de previdência e de capitalização, bem como de entender os cálculos atuariais necessários ao 
bom desempenho profissional, relacionando-os à atividade contábil. 
Com esse intuito, os alunos contarão com recursos técnico-pedagógicos facilitadores de 
aprendizagem, como Material Didático Mediacional, bibliotecas físicas e virtuais, ambiente vir-
tual, bem como acompanhamento do professor responsável, do tutor a distância e do tutor 
presencial, complementado por debates no Fórum. 
Ao final desta disciplina, de acordo com a proposta orientada pelo professor responsável e 
pelo tutor a distância, terão condições de interagir com argumentos contundentes, além de dis-
sertar com comparações e demonstrações sobre o tema estudado nesta disciplina, elaborando 
um resumo ou uma síntese, entre outras atividades. Para esse fim, levarão em consideração as 
ideias debatidas na Sala de Aula Virtual, por meio de suas ferramentas, bem como o que produ-
ziram durante o estudo. 
Competências, habilidades e atitudes
Ao final deste estudo, os alunos do curso de Ciências Contábeis contarão com uma sólida 
base teórica para fundamentar criticamente sua prática educacional/profissional. Além disso, 
adquirirão as habilidades necessárias não somente para cumprir seu papel de docente/pro-
fissional nesta área do saber, mas também para agir com ética e com responsabilidade social, 
contribuindo, assim, para a formação integral do ser humano. 
Modalidade
( ) Presencial ( X ) A distância
Duração e carga horária
A carga horária da disciplina Atuária é de 60 horas. O conteúdo programático para o estu-
do das seis unidades que a compõem está desenvolvido no Caderno de Referência de Conteúdo, 
anexo a este Plano de Ensino, e os exercícios propostos constam no Caderno de Atividades e 
Interatividades (CAI). 
É importante que você releia, no Guia Acadêmico do seu curso, as informações referentes à Metodo-
logia e à Forma de Avaliação da disciplina Atuária, descritas pelo tutor na ferramenta Cronograma 
na Sala de Aula Virtual – SAV. 
© Plano de Ensino 9
3. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Neste Plano de Ensino, você pôde obter informações práticas de como será desenvolvida a 
disciplina, os objetivos que poderá atingir, bem como a bibliografia básica e complementar que 
fundamentam os conteúdos que nos propomos a desenvolver com você.
Esperamos sua participação nos debates da Sala de Aula Virtual para que, assim, possa-
mos construir o conhecimento de forma colaborativa.
Durante o nosso estudo, você será convidado a fazer pesquisas sobre os temas abordados. 
Por isso, faça da pesquisa um hábito e compartilhe suas ideias conosco por meio das ferramen-
tas disponibilizadas na Sala de Aula Virtual, pelo telefone ou por fax. 
Esperamos que você atinja suas metas! Bom estudo!
4. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CHAN, B. L.; SILVA, F. L.; MARTINS, G. A. Fundamentos da previdência complementar: da atuária à contabilidade. São Paulo: Atlas: 
FIPECAFI/USP, 2006.
SILVA, A. Contabilidade e análise econômico-financeira de seguradoras. São Paulo: Atlas, 1999.
SOUZA, S. Seguros: contabilidade, atuária e auditoria. São Paulo: Saraiva, 2002.
VILANOVA, W. Matemática atuarial. São Paulo: Pioneira, 1969.
5. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BELTRÃO, K. I. et al. Mortalidade por sexo e idade dos funcionários do Banco do Brasil, 1940-1990. Rio de Janeiro: Ence/IBGE, 
set. 1995 (RT 02/95).
______. Tábuas de Mortalidade no Mercado Brasileiro de Seguros – Uma Comparação. IPEA: Rio de Janeiro, out. 2004 (Texto 
para Discussão n° 1047).
______. Tábua de mortalidade para os funcionários públicos civis federais do poder executivo por sexo e escolaridade: comparação 
com tábuas do mercado. Rio de Janeiro: Ence/IBGE, nov. 2002b (Texto para Discussão 3).
BOOTH, P. M. et al. Modern Actuarial Theory and Practice. Chapman & Hall and CRC Publications, 1998.
BRASIL. Circular SUSEP nº 379, de 19 de dezembro de 2008. Dispõe sobre alterações das Normas Contábeis a serem observadas 
pelas sociedades seguradoras, resseguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar, 
instituídas pela Resolução CNSP nº 86, de 3 de setembro de 2002. Efeitos a partir de 1º de janeiro de 2009. Diário Oficial da 
República Federativa do Brasil, Brasília, 23 dez.2008.
______. Lei nº 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e 
da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 
28 dez.2007 – Edição extra.
BRASIL. Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). SUSEP 2004. Resolução CNSP nº 117, de 2004. Altera e 
consolida as regras de funcionamento e os critérios para operação das coberturas de risco oferecidas em plano de seguro de 
pessoas, e dá outras providências. Rio de Janeiro-RJ, 22 dez. 2004. Disponível em: < http://www.susep.gov.br/textos/resol117-
04.pdf>.Acesso em: 10 set. 2010.
BRASIL, G. O ABC da matemática atuarial e princípios gerais de seguros. Porto Alegre: Sulina, 1985.
CAPELO, E. R. Uma introdução ao estudo atuarial dos fundos privados de pensão. 1986. 392 f. Tese (Doutorado em Administração 
Contábil e Financeira) – Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo.
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE-SP/IBRACON (Instituto Brasileiro de contadores). Demonstrações financeiras. São 
Paulo: Atlas, 2000.
D'ÁURIA, F. Matemática financeira e atuarial. 4. ed. São Paulo: 1962.
DORFMAN, M. S. Introduction to Risk Management and Insurance Science. Prentice-Hall, 1990.
FERREIRA, W. J. Coleção introdução à ciência atuarial. Rio de Janeiro: IRB, 1985.
FIGUEIREDO, S. Contabilidade de seguros. São Paulo: Atlas, 1997.
HAMILTON, J. A.; BRONSON, D. C. Pensions. New York: McGraw-Hill, 1958.
JONES, H. E.; LONG, D. L. Princípios dos Seguros de Vida, Saúde e Rendas Vitalícias. Comercializado em português pela Funenseg. 
Atlanta-USA, 1999.
© Atuária
Centro Universitário Claretiano
10
LAURENTI, R. et al. Estatística de saúde. São Paulo: EPU, 1987.
LOURENÇO, F. J. C. Análise de Balanços. Franca: Uni-FACEF, 2008.
McCARTHY, D., MITCHELL, O. S. International adverse selection in life insurance and annuities. NBER, Sep. 2003 (Working Paper, 
9.975).
MANO, C. Para aprender "outras línguas": atuária – novos desafios da profissão. Cadernos de seguros, Funenseg, ano 22, nº 
115, p. 19-21, nov. 2002.
MARTINS, S. P. Direito da seguridade social. São Paulo: Atlas, 2006.
MENDES, J. J. S. Bases técnicas de seguros. São Paulo: Manuais Técnicos de Seguros, 1977.
MURRAY, C. J. L. et al. Modified logit life table system: principles, empirical validation and application. Population Studies, v. 57, 
n. 2, p. 165-182, 2003.
OLIVEIRA, E. R. Previdência Privada e Seguro de Vida: Tópicos de Matemática Atuarial. Material de Aula. Universidade Católica 
de Goiás – UCG: Goiânia, 2008.
PROMISLOW, D. Fundamentals of Actuarial Mathematics. JWP, 2006. 
RIBEIRO, E. F., PIRES, V. R. R. Construção de tábua de mortalidade: experiência Banco do Brasil. Ence/IBGE, ago. 2001. 
RODRIGUES, J. Â. Gestão do Risco Atuarial. Apostila de MBA em previdência privada. Universidade Federal do Rio de Janeiro. 
2003. 121p.
RUDGE, L. F. (Org.). Dicionário de termos financeiros. São Paulo: Santander Banespa, 2003. 
SILVA, A. Contabilidade e análise econômico-financeira de seguradoras. São Paulo: Atlas, 1999.
STANDERSKY, W.; KRAVEC, A. Seguros privados e previdência complementar. São Paulo: Pioneira, 1979.
6. E-REFERÊNCIAS
BELTRÃO, K. I.; PINHEIRO, S. S. Estimativa de mortalidade para a população coberta pelos seguros privados. Texto para discussão 
nº 868. Rio de Janeiro, março de 2002a. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br>. Acesso em: 10 set. 2010.
______. Circular Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). SUSEP 2005. CIRCULAR SUSEP Nº 283, de 2005. Estabelece o 
critério para fins de cálculo da provisão de sinistros ocorridos e não avisados (IBNR), a ser adotado pelas sociedades seguradoras 
que não disponham de histórico de informações com dados estatísticos consistentes ou de nota técnica atuarial com metodologia 
específica. Rio de Janeiro-RJ. 24 jan. 2005. Disponível em: <http://www.susep.gov.br/textos/Circ283.pdf>. Acesso em: 10 set. 
2010.
______. Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). SUSEP 2004. Resolução CNSP nº 120, de 2004. Aprova as 
normas para constituição das provisões técnicas das sociedades seguradoras, entidades abertas de previdência complementar 
e sociedades de capitalização. Rio de Janeiro-RJ, 24 dez. 2004. Disponível em: <http://www.susep.gov.br/textos/resol120.pdf>. 
Acesso em: 10 set. 2010.
______. Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). SUSEP 2007. Resolução CNSP nº 163, de 2007. Estabelece 
regras para o envio de nota técnica atuarial da carteira de planos de seguro e dá outras providências. Diário Oficial da República 
Federativa do Brasil, Brasília, 17 jul. 2007. Disponível em: <http://www.susep.gov.br/textos/resol163.pdf>. Acesso em: 10 set. 
2010.
______. Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). SUSEP 2007. Resolução CNSP nº 171, de 2007. Institui 
regras e procedimentos para a constituição das provisões técnicas das sociedades resseguradoras locais Rio de Janeiro-RJ, 17 
dez. 2007. Disponível em: <http://www.susep.gov.br/textos/resol171.pdf>. Acesso em: 10 set. 2010.
______. Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). CFC 2003. Resolução CFC nº 953, de 2003. Dispõe sobre a 
Alteração no Modelo de Parecer Referido no Item 11.3.2.3 DA NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações 
Contábeis. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 24 jan. 2003. Disponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/sre/
docs/RES_953.doc>. Acesso em: 7 abr. 2010.
______. Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). CFC 2003. Resolução CFC nº 981, de 2003. Aprova a NBC T 11.6 
sobre Relevância na Auditoria. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 11 nov. 2003. Disponível em: <http://
www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Res981.htm> . Acesso em: 7 abr. 2010.
______. Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). CFC 2005. Resolução CFC nº 1.035, de 2003. Aprova a NBC T 11.4 
sobre Planejamento da Auditoria. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 26 ago. 2005. Disponível em: <http://
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Disponível em: <http://www.crcsp.org.br/portal_novo/legislacao_contabil/resolucoes/Res1156.htm>. Acesso em: 7 abr. 2010.
______. Decreto da Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. 1940. Decreto-Lei nº 2.063, de 1940. Regulamenta sob novos 
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______. Decreto da Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. 1966. Decreto-Lei nº 73, de 1966. Dispõe sobre o Sistema 
Nacional de Seguros Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências. Brasília-DF. 21 nov. 1966. 
© Plano de Ensino 11
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/Decreto-Lei/Del0073.htm> . Acesso em: 10 set. 2010.
______. Decreto da Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos. 2007. Lei Complementar nº 126, de 2007. Dispõe sobre a 
política de resseguro, retrocessão e sua intermediação, as operações de co-seguro, as contratações de seguro no exterior e as 
operações em moeda estrangeira do setor securitário; altera o Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, e a Lei no 8.031, 
de 12 de abril de 1990; e dá outras providências. Brasília-DF. 15 jan. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/
LEIS/LCP/Lcp126.htm>. Acesso em: 10 set. 2010.
Instituto Brasileiro de Atuária (IBA). Educação. Disponível em: <http://www.atuarios.org.br/>. Acesso em: 10 set. 2010.
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO 
A disciplina Atuária foi dividida em seis unidades com o objetivo de facilitar sua compre-
ensão sobre o assunto, permitir que você pesquise a respeito dos tópicos apresentados de for-
ma sequencial e, assim, possa solucionar, gradativamente, suas eventuais dúvidas. 
No decorrer da Unidade 1, apresentaremos alguns Conceitos Básicos da Ciência Atuarial, 
seus ramos e campos de atuação. Além disso, revelaremos o surgimento da Ciência Atuarial no 
mundo e, também, a qualificação profissional do atuário quanto à sua formação, carreira e re-
gistro nos órgãos disciplinadores e fiscalizadores, bem como o seu mercado de trabalho. Neste 
momento,é importante conhecermos as ferramentas atuariais aplicadas, como a matemática, 
a estatística e os métodos das reservas matemáticas, com o objetivo de compreender o cálculo 
do prêmio do seguro a ser aplicado para cobrir os riscos e quanto à ocorrência do resgate da 
apólice de seguro.
Na Unidade 2, estudaremos os conteúdos teóricos de Seguros e Contabilidade de Segu-
ros, ou seja, veremos uma breve síntese sobre a evolução dos seguros, o mercado de trabalho 
atual, a legislação específica e os tipos de seguros, além de noções sobre previdência privada, 
previdência social e capitalização, e os principais aspectos contábeis das empresas seguradoras, 
tais como as classificações contábeis, as demonstrações contábeis das empresas seguradoras, 
as notas explicativas (aspectos relevantes), a análise financeira (índices de endividamento e li-
quidez), a análise econômica (índices de margem e lucratividade), os custos de comercialização 
e os custos administrativos de companhias seguradoras.
Já na Unidade 3, discutiremos as Tábuas de Mortalidade ou de Sobrevivência, aprende-
remos como desenvolvê-las, além de desenvolver uma Tábua de Comutação e calcular as ope-
© Atuária
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rações de seguros e de previdências envolvendo riscos financeiros e atuariais, utilizando-se da 
Tábua de Mortalidade e da Tábua de Comutação.
Além disso, na Unidade 4, falaremos sobre Rendas Aleatórias, Seguros e Prêmios, a fim de 
conhecer os tipos de rendas e prêmios existentes, bem como aprender a calcular os prêmios por 
meio dos diversos tipos de rendas. Estudaremos, ainda, os tipos de seguros (seguros de vida e 
seguros pagáveis por morte), aprendendo a calcular os prêmios decorrentes desses seguros.
Na Unidade 5, abordaremos a Reserva ou Provisão Matemática. Apresentaremos as pro-
visões técnicas existentes, conceituando-as e calculando-as, e compreenderemos o conceito de 
reserva matemática, demonstrando a sua relação com a Contabilidade. Por fim, introduziremos 
os métodos de cálculo da reserva matemática e desenvolveremos cálculos (de forma introdutó-
ria) dos métodos prospectivo e retrospectivo para constituição da reserva matemática.
Finalmente, na Unidade 6, encerraremos a disciplina falando sobre uma abordagem histó-
rica da Auditoria Atuarial. Abordaremos os conceitos das auditorias de seguros, o planejamento 
da auditoria de seguros, os procedimentos e nota técnica atuarial, os tipos de parecer e os riscos 
existentes, o relatório de avaliação atuarial e o parecer atuarial e, por fim, os relatórios do audi-
tor atuarial independente e seus modelos.
Bons estudos!
2. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA DISCIPLINA
Abordagem Geral da Disciplina
Téssia Berber Teixeira 
 Mestre em Controladoria e Contabilidade 
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estudado nesta disciplina. Aqui, 
você entrará em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma breve e geral e 
terá a oportunidade de aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. No entanto, essa 
Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do qual você pos-
sa construir um referencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no futuro 
exercício de sua profissão, você a exerça com competência cognitiva, ética e responsabilidade 
social. Vamos começar nossa aventura pela apresentação das ideias e dos princípios básicos que 
fundamentam esta disciplina. 
A Atuária é uma disciplina da contabilidade que utiliza os conhecimentos adquiridos em 
matemática, estatística, economia e administração financeira, para serem aplicados especifica-
mente nas áreas de seguros e de previdência. 
O contador precisa conhecer a matemática atuarial já que atua, também, nas mesmas em-
presas que o atuário. Dessa forma, o contador, para efetuar a contabilidade ou auditar empresas 
de previdência, seguradoras e empresas de capitalização, precisa ter noção, por exemplo, dos 
cálculos que gera a conta de reserva matemática, uma das mais importantes contas do Balan-
ço Patrimonial, situada no passivo, bem como as variáveis que podem modificá-la (OLIVEIRA, 
2007).
Para aprendermos o conceito de Ciência Atuarial, além dos vários aspectos relacionados a 
essa área, vamos dividir essa Abordagem Geral em seis partes:
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1) Ciência Atuarial, Profissional Atuário e as Ferramentas Atuariais.
2) Seguros e Previdência.
3) Contabilidade de Seguros.
4) Tábuas de Mortalidade.
5) Rendas Aleatórias, Seguros e Prêmios.
6) Reservas Matemáticas.
Nesta fase inicial, conheceremos um pouquinho mais sobre a Ciência Atuarial, a atuação 
do profissional atuário nas empresas seguradoras e de previdência, como, também, a matemá-
tica atuarial. 
A atuária surgiu há, aproximadamente, 150 anos na Inglaterra. O foco de seus estudos 
abrangia apenas as aposentadorias e pensões, estendendo-se para a área de seguros somente 
no século 20. Por fazer parte do mercado financeiro, a atuária continua a se expandir e exige am-
plos estudos na área administrativa e financeira, em virtude dos riscos financeiros e econômicos 
envolvidos, todavia, no Brasil, o primeiro curso de Ciências Atuariais, com formação universitária 
específica e obrigatória, surgiu somente em meados de 1940.
Entende-se por atuária o ramo do conhecimento que lida com matemática de seguros, in-
cluindo probabilidades, utilizada para garantir que os riscos sejam cuidadosamente avaliados, os 
prêmios sejam estabelecidos adequadamente pelos classificadores de riscos e a provisão para 
os pagamentos futuros de benefícios seja adequada (OLIVEIRA, 2007).
A atuária é dividida em dois grandes ramos:
• Ramo vida: que tem características de longo prazo e estuda os modelos relacionados 
a benefícios de aposentadoria, pensões, seguro de vida e saúde.
• Ramo não vida ou elementar: com características de curto prazo, estuda os modelos 
relacionados a seguros em geral, como, por exemplo, incêndios, transportes, acidentes 
pessoais, automóveis, responsabilidades civis.
Diante da caracterização da Ciência Atuarial, torna-se imprescindível para o profissional 
atuário o conhecimento multidisciplinar no domínio de conceitos gerais sobre matemática, es-
tatística, contabilidade, administração, economia, finanças e informática. 
Nesse contexto, o atuário desenvolve, em seu trabalho, a análise dos casos de mortali-
dade, de invalidez, de doença, de fecundidade e de natalidade. Além de comparar as probabi-
lidades de ocorrências, avaliar os riscos e fixar os valores dos prêmios, das indenizações e dos 
benefícios. É função dele, também, calcular as reservas técnicas das empresas seguradoras.
O atuário tem como funções:
1) Estimar o preço que o segurado deve pagar para ter os benefícios prometidos.
2) Mensurar e relacionar o acaso e o tempo.
3) Assegurar tanto a solvência econômica quanto a solvência financeira da empresa.
4) Responsabilizar-se pela determinação e tarifação dos prêmios de seguros e de capita-
lização.
5) Responsabilizar-se pela análise atuarial dos lucros dos seguros e da forma de distribui-
ção entre os segurados.
Somente o atuário pode assinar os balanços das empresas seguradoras e de capitaliza-
ção. 
A profissão do atuário é considerada como uma das profissões do futuro, já que há uma 
escassez de mão de obra qualificada, ocasionando, assim, uma grande demanda por esses pro-
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fissionais. Dessa forma, as oportunidades de empregos são atraentes, já que o mercado absor-
ve todos os profissionais que se formam anualmente no Brasil, destacando-se os salários com 
quantias consideráveis.
Os campos de atuação do profissional de atuária são, especialmente, os segmentos de 
seguros e capitalização, previdência social e privada, resseguro e instituições financeiras. 
No Brasil, a educação atuarial para a qualificação e capacitação do atuário é realizada 
por curso de graduação específico, com duraçãomédia de quatro anos ou oito semestres, para 
obtenção do diploma de graduação em Ciências Atuariais, por meio de universidades já creden-
ciadas pelo MEC.
Concluído o curso, o atuário deverá registrar-se como profissional provisório nos Con-
selhos Regionais, conforme as regras estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A 
apresentação do diploma deverá ocorrer no prazo máximo de 12 meses a contar da data do 
registro. Após esse prazo, se o atuário não apresentar o diploma, o registro profissional emitido 
será automaticamente cancelado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Além dos Conselhos Regionais, que são órgãos disciplinadores e fiscalizadores da profis-
são atuária, existe o Instituto Brasileiro de Atuários (IBA), que representa a associação de classe 
dos atuários brasileiros. Esse órgão reconhece todos os formandos dos cursos de graduação au-
torizados pelo MEC por meio da aplicação de exame obrigatório aos novos membros, e somente 
os graduados em atuária poderão realizá-los.
É importante destacar que a Ciência Atuarial mensura os riscos seguráveis, todavia, uma 
característica essencial para o cálculo de seguros e de previdência é o mutualismo, já que a 
atuária se preocupa com um grupo de pessoas que possui os mesmos interesses, no que tange 
à busca de recursos para suprir eventuais necessidades presentes e futuras por meio da contra-
tação de seguros ou de previdência.
Isso porque a sociedade, como forma de minimizar os impactos das incertezas futuras, 
achou adequado organizar-se em grupos, a fim de considerar os riscos de maneira coletiva em 
detrimento à perspectiva individual, de modo que os possíveis danos fossem suportados pelo 
conjunto.
Os cálculos atuariais contemplam a Matemática Financeira com os princípios de Estatísti-
ca.
A matemática financeira pode ser aplicada na verificação do valor presente de um deter-
minado prêmio, já a estatística, por meio da probabilidade, pode verificar, por exemplo, a possi-
bilidade de um individuo de idade “x” chegar à idade “x+n” anos.
Dessa forma, as principais ferramentas de cálculo abrangidas pela Ciência Atuarial são a 
estatística, sobretudo na elaboração da tábua de mortalidade, e a matemática financeira, no 
desenvolvimento dos cálculos de risco.
Vale dar destaque, também, à Estatística Atuarial, por ser de suma importância para o de-
senvolvimento dos cálculos atuariais. Dentro da Estatística Atuarial, encontram-se duas grandes 
ferramentas utilizadas pelos atuários: a Lei dos Grandes Números e a Probabilidade.
A Lei dos Grandes Números determina o grau de possibilidade de produção de um deter-
minado acontecimento. Essa lei é fundamental para a técnica atuarial no que se refere ao cálcu-
lo e à determinação dos prêmios que devem ser aplicados para cobrir os riscos. Portanto, para 
uma seguradora de veículos, por meio da Lei dos Grandes Números, é possível verificar quantos 
dos carros segurados, em porcentagem, provavelmente, sofrerão algum dano em um período 
determinado.
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Já, a Probabilidade remete à ideia de acaso, de algo que simplesmente tem de acontecer 
e que não se pode fazer nada (ou pode-se fazer muito pouco) para mudar, como o nascimento, 
o crescimento, a velhice e a morte.
Essas ferramentas são utilizadas em vários cálculos atuariais como as tábuas de mortali-
dade ou de sobrevivência, que se utilizam da probabilidade para detectar o número de óbitos e 
de sobrevida de uma determinada população, além de verificar, também, a esperança de vida 
de um indivíduo.
O seguro e a previdência oficial e privada
O seguro é um meio de proteção contra perdas decorrentes de vários tipos de riscos.
Em outras palavras, o seguro nada mais é do que um contrato em que uma das partes, a 
seguradora, obriga-se para com a outra parte, o segurado, a indenizá-lo de um prejuízo, o sinis-
tro, resultante de um evento futuro, possível e incerto (o risco) indicado no contrato, mediante 
o recebimento de uma importância estipulada (o prêmio) (SOUZA, 2002).
A atividade seguradora, no Brasil, teve início com Dom João VI, que promoveu a abertu-
ra dos portos ao comércio internacional. A primeira seguradora do país foi fundada em 24 de 
fevereiro de 1808, e denominada "Companhia de Seguros Boa Fé", com sede na Bahia, que, na 
época, era um grande centro da navegação marítima.
A consolidação da legislação de seguros, de resseguros e das atividades de capitalização 
do país deu-se com o decreto-lei nº 73, de 1966, que originou o Sistema Nacional de Seguros Pri-
vados, constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), pela Superintendência 
de Seguros Privados (Susep), pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), pelas sociedades auto-
rizadas a operar em seguros privados e capitalização, bem como pelos corretores habilitados.
As companhias de seguros no Brasil têm como característica operar em vários ramos de 
seguros, não sendo especializadas em determinado segmento. Isso dificulta a administração, 
já que envolve diversas carteiras com riscos, públicos, tamanho e rentabilidades muito diferen-
tes.
O Sistema Nacional de Seguros Privados é composto por diversos órgãos reguladores, são 
eles:
1) CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados: é o órgão máximo do setor de segu-
ros, responsável pela fixação de diretrizes e normas da política de seguros e ressegu-
ros, o qual regula e fiscaliza a orientação básica e o funcionamento dos componentes 
do sistema. 
2) SUSEP – Superintendência de Seguros Privados: autarquia vinculada ao Ministério da 
Fazenda criada como órgão governamental de atuação colegiada e competência nor-
mativa, responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência 
privada aberta (complementar), capitalização e resseguros.
3) IRB – Instituto de Resseguros do Brasil: é uma sociedade de economia mista com per-
sonalidade jurídica própria de direito privado, além de desfrutar de autonomia para 
fiscalizar (regular) o cosseguro, o resseguro (obrigatório e facultativo) e a retrocessão, 
organizar e administrar consórcios, proceder à liquidação de sinistros e distribuir pelas 
seguradoras a parte dos resseguros que não retiver, bem como promover o desenvol-
vimento das operações de seguro no país.
4) CONSIF – Confederação Nacional do Sistema Financeiro: entidade sindical de grau su-
perior que congrega as federações, na qual se agrupam os sindicatos que representam 
as instituições financeiras.
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5) FENASEG – Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitaliza-
ção: é a entidade que congrega as empresas do setor de seguros, organizadas por 
meio de oito sindicatos patrimoniais regionais com localização na Bahia, em Minas 
Gerais, no Paraná, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa 
Catarina e em São Paulo.
6) FENACOR – Federação Nacional dos Corretores de Seguros, de Capitalização e de 
Previdência Privada: entidade coordenadora dos interesses da categoria econômica 
dos corretores de seguros e de capitalização.
7) ANAPP – Associação Nacional de Previdência Privada: representa as entidades atu-
antes no segmento aberto de previdência privada no Brasil, agindo pelos seus interes-
ses.
8) FENAPREVI – Federação Nacional da Previdência Privada e Vida: essa nova entidade 
sucedeu a ANAPP e faz parte do novo modelo institucional de representação do mer-
cado segurador brasileiro com grande expansão. 
9) FUNENSEG – Fundação Escola Nacional de Seguros: entidade que tem por finalidade 
profissionalizar e qualificar as pessoas e as empresas que trabalham com seguros.
10) IBA – Instituto Brasileiro de Atuária: é uma instituição que tem como objetivos a pes-
quisa, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da ciência e da tecnologia dos fatos 
aleatórios econômicos, financeiros e biométricos em todos os seus aspectos e apli-
cações; a colaboração com instituições de seguro e capitalização, previdência social 
e privada, organizações bancárias e similares,além de cooperação com o Estado no 
campo de atuação do profissional de atuária e na implementação da técnica atuarial. 
11) CGPC – Conselho de Gestão da Previdência Complementar: órgão colegiado, norma-
tivo de deliberação, coordenação, controle e avaliação da política nacional das entida-
des fechadas de previdência privada, integrante da estrutura regimental do Ministério 
da Previdência Social.
As empresas seguradoras podem realizar a venda de seguros por meio do corretor de 
seguros, ou do agente de seguros (profissional de vendas vinculado a uma seguradora, que co-
mercializa seus planos) ou, também, pela venda direta de seguros ao consumidor, que procura 
fazer seu seguro diretamente com a seguradora. 
Existem dois tipos de seguros, segundo a manutenção de garantia:
• Seguro público: caracteriza-se por ter o risco segurado assumido por pessoa jurídica 
de direito público, sem finalidades lucrativas. Como exemplo, podemos citar os seguros 
cujo monopólio pertence ao Estado, como a Previdência Social.
• Seguro privado: ocorre quando o risco segurado é assumido por pessoa jurídica de di-
reito privado com fins lucrativos e constituída sob a forma de uma S.A. Obedece às leis 
específicas e abrange todos os seguros, exceto os sociais, além de contemplar aspectos 
atuariais, financeiros, políticos e jurídicos. No caso dos seguros agrícolas, estes podem 
ser assumidos por cooperativas.
A legislação brasileira também impõe a contratação de alguns seguros obrigatórios, são 
eles:
1) Danos pessoais causados por veículos de via terrestre ou de carga a pessoas transpor-
tadas ou não, e a passageiros de aeronaves comerciais.
2) Responsabilidade civil do construtor de imóvel em zona urbana por danos a pessoas 
ou coisas.
3) Garantia de pagamento a cargo do mutuário da construção civil.
4) Bens dados em garantia de empréstimo ou financiamento de instituições públicas.
5) Incêndio e transporte de bens pertencentes às pessoas jurídicas situadas no país ou 
nele transportadas.
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6) Crédito rural e crédito à exportação, quando concedidos por instituições públicas. 
 Se falarmos em natureza dos riscos, os seguros podem ser classificados em:
• Seguros de pessoas: são escolhidos e definidos pelo próprio segurado e o prêmio é fixo. 
A variável mais importante é a duração da vida da pessoa, assim o pagamento da inde-
nização tem relação com o valor da cobertura contratada pelo segurado. São exemplos: 
os seguros de vida, os seguros de acidentes pessoais, de educação e de saúde.
• Seguros de não pessoas: são relacionados ao bem segurado. As variáveis mais impor-
tantes são o tempo e a probabilidade de ocorrência do evento. A principal finalidade 
desse tipo de seguro é indenizar (reparar) o segurado, a perda financeira ocasionada 
pelo sinistro. São exemplos: os seguros de danos patrimoniais (seguros de automóveis, 
de cargas, de incêndios) e os seguros de prestação de serviços (seguro de fiança loca-
tícia).
O contrato de seguro é um documento exigido por lei que formaliza a relação entre a 
seguradora e o segurado, sendo que a seguradora compromete-se com o segurado a pagar-lhe 
um prêmio ou a indenizá-lo, caso haja algum prejuízo futuro resultante de riscos previstos no 
contrato.
Os principais instrumentos formais que compõem o contrato de seguro são: 
1) Proposta: é a base do contrato representando a vontade do segurado de transferir o 
risco para a seguradora.
2) Apólice: é o contrato propriamente dito, emitido a partir da proposta. Inclui todas as 
cláusulas pactuadas, em vigor por determinado período, geralmente um ano.
3) Endosso: é o documento que atualiza o contrato, isso quando for necessário modificar 
a apólice. 
4) Aditivos ou Averbações: são documentos emitidos pelo segurado para informar à se-
guradora sobre bens e verbas a garantir.
Previdência oficial e privada
A Previdência Oficial é oferecida pelo Estado, como pessoa jurídica de direito público, sem 
fins lucrativos e tem como objetivo a proteção da classe trabalhadora, garantindo sua subsistên-
cia, ou seja, o mínimo de preservação de qualidade de vida de modo condizente com a justiça 
social.
A Previdência Oficial no Brasil é administrada pelo Ministério da Previdência Social, por 
meio do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, que recebe as contribuições mensais dos 
trabalhadores e de empresas para prestar os benefícios nos casos de aposentadoria ou invalidez 
permanente.
A Previdência Oficial no Brasil sofreu com uma sucessão de défices nos últimos anos, pio-
rando ainda mais essa situação, o número de contribuintes tem diminuído gradativamente du-
rante os anos e tem aumentado o número de pessoas beneficiadas, fazendo que esse défice au-
mente ainda mais ao longo anos. Além disso, o benefício concedido aos aposentados é inferior 
e insuficiente para manter o padrão de vida esperado na velhice.
Devido às características atuais da Previdência Oficial no Brasil, o crescimento e a popula-
rização da previdência privada ocorreram de maneira significativa ao longo dos anos. 
A previdência privada pode ser classificada como um seguro de renda, já que é uma apo-
sentadoria independente que pode complementar a concedida pela Previdência Social, desta-
cando-se por ser opcional e voluntária, utilizada para preservar um determinado padrão de vida. 
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O participante pode começar a receber uma pensão antes mesmo de se aposentar ou de sacar 
parte do prêmio, se vir a enfrentar uma doença grave.
A previdência privada pode ser tanto fechada quanto aberta, conforme veremos a seguir.
As entidades de previdência privada fechada só podem administrar um único fundo de 
pensão, isto é, operam dentro de uma única empresa e têm como participantes apenas seus 
funcionários, com o objetivo de prestação de benefícios complementares e assemelhados aos 
da Previdência Social.
As entidades de previdência privada aberta administram diversos fundos ao mesmo tem-
po e qualquer pessoa pode participar. Visam à prestação de benefícios opcionais, de caráter 
mais individual. Os planos garantem remuneração mínima igual à da poupança. As contribuições 
são mensais por um número determinado de anos, segundo a renda futura esperada e a idade 
previamente estabelecida, e os benefícios podem ser recebidos na forma vitalícia ou em forma 
de capital.
A seguir, procuraremos entender como a contabilidade faz parte de todo esse processo de 
ligação entre a gestão contábil e atuária das empresas de seguros.
A contabilidade, antigamente, era necessária apenas para atender às exigências fiscais, 
todavia, atualmente, é vista como uma ferramenta gerencial, responsável por um fluxo contí-
nuo de informações nas empresas para suprir os tomadores de decisões com dados confiáveis 
e úteis. 
Desse modo, no Brasil, com o crescimento do mercado de seguros, o controle e a dispo-
nibilização dos dados estão relacionados aos cálculos atuariais existentes, principal fonte de 
medida do desempenho financeiro da seguradora, que administra capitais de terceiros com o 
intuito de satisfazer prejuízos que possam advir dos riscos segurados.
A contabilidade de uma seguradora é uma tarefa complexa e o desafio está na avaliação 
dos ativos intangíveis e intelectuais, em virtude dos tipos de seguros oferecidos e da qualidade 
desses serviços. Assim, para que uma seguradora possa ter sucesso, os ativos intangíveis e inte-
lectuais são, muitas vezes, mais importantes do que os ativos físicos e tangíveis. 
Com base em sua constituição jurídica, a empresa seguradora é obrigada a seguir as de-
terminações dos órgãos contábeis e obedecer aos princípios contábeis previstos na legislação 
societária e às normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), regulamentadas por 
instruções da Superintendência de Seguros Privados (Susep). 
Uma empresa seguradora tem por exigência efetuar o registro de suas operações nos li-
vros contábeis obrigatórios como qualquer outra empresa.As operantes em Ramos Elementares 
e em Ramo Vida ainda são obrigadas a efetuar registros oficiais, que são fontes de informações 
para as partidas contábeis efetuadas mensalmente pela seguradora.
A contabilidade nas empresas seguradoras compreende três grupos: 
• Grupo A: emissão de apólice e outros documentos que envolvam prêmios a receber, 
exceto bilhetes de seguro. 
• Grupo B: cobrança de apólices e outros documentos que envolvam arrecadação de 
prêmios, inclusive bilhetes de seguros.
• Grupo C: sinistros avisados. 
No encerramento do exercício social, deverão ser apurados o Balanço Patrimonial, a De-
monstração do Resultado do Exercício, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a 
21© Caderno de Referência de Conteúdo
Demonstração de Fluxo de Caixa, a Demonstração do Valor Adicionado, bem como as Notas Ex-
plicativas e, obrigatoriamente, essas demonstrações deverão ser divulgadas em jornais de gran-
de circulação. As demonstrações contábeis devem ser elaboradas de acordo com os princípios 
contábeis criados por resolução do Conselho Federal de Contabilidade e, também, previstos na 
legislação societária e especificamente constantes nas normas do CNSP, que foram devidamente 
regulamentadas pelas instruções da Susep.
Devido à sua especificidade, a companhia seguradora contempla algumas contas que, nor-
malmente, não são utilizadas em outros tipos de empresa, tais como:
1) Créditos operacionais e despesas de comercialização diferidas no Ativo Circulante. Dé-
bitos de operações com seguros e provisões técnicas no Passivo Circulante. 
2) Receitas de prêmios emitidos na DRE.
3) Despesas de prêmios de cosseguros e resseguros cedidos, de variação das provisões 
de prêmios não ganhos e de sinistros retidos também na DRE.
O atual plano contábil de uma seguradora visa uniformizar os registros, racionalizar a uti-
lização de contas, estabelecer regras, critérios e procedimentos necessários à obtenção e di-
vulgação de dados, além da análise para avaliação do desempenho para que as demonstrações 
elaboradas expressem a fidedignidade e a transparência de sua situação econômico-financeira.
Os principais procedimentos contábeis a serem adotados por uma seguradora são:
1) As receitas de prêmios são contabilizadas, pelo seu valor total, quando da emissão da 
apólice, e reconhecidas mensalmente nas contas de resultados, pelo valor proporcio-
nal, segundo o transcorrer da vigência do risco.
2) As despesas de comercialização são diferidas quando da emissão da apólice e, tam-
bém, reconhecidas nas contas de resultados mensalmente com base no prazo de vi-
gência do risco.
3) Incluem-se nesses conceitos os prêmios não ganhos, sinistros e despesas de comercia-
lização relativas a cosseguros, resseguros e retrocessão.
4) Os sinistros devem ser registrados contabilmente quando avisados. A provisão é cons-
tituída, muitas vezes, em valores estimados. 
Tábuas de Mortalidade
A construção de Tábuas de Mortalidade tem o intuito de apresentar o número de pessoas 
vivas e mortas de um determinado grupo desde a origem até a extinção completa desse grupo. 
Isso serve para auxiliar os atuários no cálculo dos possíveis riscos seguráveis que possam vir a 
ocorrer com um indivíduo segurado. 
Para uma dada população, a tábua de mortalidade é uma ferramenta importante em ter-
mos de estudos atuariais e demográficos, sendo muito utilizada para situações de previsões e 
estudos de demanda para estimativas de custo da seguridade social e de prêmios de seguros 
privados.
A tábua de mortalidade é uma tabela que apresenta o número de pessoas vivas e de pes-
soas mortas, em ordem crescente de idade, desde a origem até a extinção completa do grupo, 
caracterizando-se como um dos elementos básicos dos seguros de vida e de previdência social.
Existem dois tipos de tábuas:
• as construídas tendo-se em vista um grande número de população; 
• as construídas levando-se em conta um grupo de pessoas selecionadas.
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As empresas de seguros preferem as tábuas construídas com base em um grupo de pes-
soas selecionadas, porque as construídas considerando um grande número de pessoas tendem 
a apresentar resultados muito heterogêneos e que não representam a realidade em que a em-
presa atua, ou seja, as que selecionam um grupo de pessoas acabam por retratar um resultado 
mais homogêneo e de acordo com a realidade da empresa.
Para o cálculo da tábua é necessário, inicialmente, escolher a população base que é a po-
pulação a ser estudada, e, logo em seguida, define-se o período estatístico, isto é, o tempo para 
a coleta dos dados. Não podemos nos esquecer, também, de desconsiderar do total de pessoas 
vivas as reduções ou os acréscimos causados por mortes, pela migração ou pela rotatividade.
A taxa de mortalidade pode variar conforme a idade, o sexo, a região geográfica, a raça, 
a ocupação profissional, a faixa de renda salarial etc. Assim, as tábuas de mortalidade podem 
ser diferenciadas por sexo e, no caso de seguro de vida, podem ser classificadas, também, por 
grupos de fumantes e de não fumantes.
É importante destacar que a construção de tábuas de mortalidade deve ser específica para 
cada país, já que cada população tem características diferentes. Todavia, o mercado brasileiro de 
seguros e de previdência vem utilizando tábuas desenvolvidas por outros países.
A utilização de tábuas estrangeiras no Brasil acontece devido aos problemas encontrados 
na coleta das informações da população (o IBGE é o responsável pela coleta dessas informa-
ções). Entretanto, essa coleta ainda apresenta falhas significativas que afetam sobremaneira o 
cálculo das taxas de mortalidade e sobrevivência. Assim, as empresas acabam utilizando tábuas 
estrangeiras, por exemplo, AT49, AT83, AT2000 (de origem norte-americana), GKM80, GKM95 
(de origem suíça), entre outras. 
Os elementos que compõem uma tábua de mortalidade são representados por símbolos, 
conforme podemos conferir no Quadro 1:
Quadro 1 Elementos da Tábua de Mortalidade. 
SÍMBOLO DESCRIÇÃO
l Originário da palavra "living", representa o número de sobreviventes em uma certa idade.
d Originário da palavra "death", representa o número de pessoas que falecem em uma determinada idade.
p Originário da palavra "probability", representa a probabilidade matemática de sobrevivência.
q Mede a taxa de mortalidade ou a probabilidade matemática de falecimento. Ou seja, representa a probabilidade complementar de p.
e Originário da expressão "expectation of life", representa a esperança de vida. Ou seja, retrata a média de vida que resta para uma pessoa em uma determinada idade.
ω O símbolo “ômega” representa a idade que não poderá ser atingida por nenhum componente do grupo.
Fonte: Chan; Silva; Martins (2006, p. 55)
Na tábua de mortalidade, denominamos raiz da tábua, o número de pessoas vivas cor-
respondentes à idade inicial, e, a idade final (em que não se encontram mais sobreviventes), 
denomina-se de idade ω (ômega). Mediante o cálculo dessa tábua, é possível medir a probabili-
dade de sobrevivência (px), e a probabilidade anual de morte (qx).
As tábuas de mortalidade são, preferencialmente, representadas por seis colunas: 
1) 1ª coluna: “x” representa a coluna das idades, isto é, a idade, em anos inteiros, de 
uma pessoa de uma população. 
2) 2ª coluna: “lx” representa a quantidade de pessoas vivas na idade “x”.
3) 3ª coluna: “dx” é a quantidade de pessoas mortas na idade “x”.
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4) 4ª coluna: “qx” é a taxa de mortalidade correspondente à idade “x”, ou seja, é a pro-
babilidade de uma pessoa qualquer, ativa ou inválida, com idade “x”, morrer com essa 
mesma idade.
5) 5ª coluna: “px” representa a taxa de sobrevivência correspondente à idade “x”, ou 
seja, é a probabilidade de uma pessoa qualquer, ativa ou inválida, com idade “x”, al-
cançar viva (ativa ou inválida) a idade seguinte “x+1”.
6) 6ª coluna: 
0
xe representa esperança de vida, é a expectativa completa de vida para um 
participantecom a idade x.
Às tábuas de mortalidade podem ser acrescentadas mais duas colunas:
• npx = probabilidade de uma pessoa qualquer, ativa ou inválida, com idade x, alcançar 
viva (ativa ou inválida) a idade seguinte x+n.
• nqx = probabilidade de uma pessoa qualquer, ativa ou inválida, com idade “x”, sobrevi-
ver até alcançar a idade “x+n”, e, nesta mesma idade, “x+n”, morrer.
A seguir, abordaremos os aspectos concernentes ao cálculo das rendas e seus respectivos 
prêmios.
Cálculo das rendas
A renda corresponde a uma forma de pagamento de indenização efetuada pelo segurador. 
A renda pode variar significativamente dependendo do modo e do período. O seguro de vida é 
um tipo de renda que representa o valor provável de um pagamento (prêmio).
Dessa forma, a renda aleatória é aquela cujos valores somente serão pagos em caso de 
sobrevivência do segurado, e a ocorrência do falecimento dele é um evento não programado. A 
renda aleatória pode ser dividida em: 
• Renda constante: são aqueles títulos cuja remuneração ou retorno de capital pode ser 
dimensionado no momento da aplicação. Os títulos de renda constante são públicos 
ou privados, conforme a condição da empresa que os emite. Como títulos de renda fixa 
públicos podemos citar as Notas do Tesouro Nacional, os Bônus do Banco Central, os Tí-
tulos da Dívida Agrária, bem como os títulos estaduais e municipais. Já como títulos de 
renda fixa privados citamos as Letras de Câmbio, os Certificados de Depósito Bancário 
(CDB), os Recibos de Depósito Bancário (RDB) e as Debêntures. 
• Renda variável: são aqueles cuja remuneração ou retorno de capital não pode ser di-
mensionado no momento da aplicação. São exemplos: ações, quotas ou quinhões de 
capital, o ouro, contratos negociados nas bolsas de valores, de mercadorias, de futuros 
e assemelhadas. São calculados tanto em progressão aritmética quanto em progressão 
geométrica.
A renda aleatória constante pode ser dividida em imediata e diferida.
A renda aleatória constante imediata compreende a renda em que o segurado paga um 
valor à vista à empresa seguradora, ou seja, um prêmio único, e, logo em seguida, já se inicia o 
recebimento da renda.
A renda aleatória constante diferida é um tipo de renda na qual o segurado paga o valor 
do prêmio à empresa seguradora, e o recebimento da renda somente acontece após um deter-
minado período, denominado, período de diferimento. O período de diferimento compreende 
o período entre a contratação e o recebimento da renda.
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Os principais tipos de rendas existentes englobam as rendas aleatórias constantes, que 
são as seguintes: 
1) Renda Aleatória Constante Imediata Vitalícia Antecipada: é uma renda anual, sendo 
o seu pagamento no início do período e contratada por toda a vida.
2) Renda Aleatória Constante Imediata Vitalícia Postecipada: é uma renda com paga-
mento que anula no fim do período, sendo paga pelo resto da vida.
3) Renda Aleatória Constante Imediata Temporária Antecipada: é uma renda paga anu-
almente no início de cada período, porém, é paga apenas por um prazo estabelecido. 
Essa renda possui as mesmas características da Renda Aleatória Constante Imediata 
Vitalícia Antecipada, entretanto ela deve ser paga por um período estabelecido.
4) Renda Aleatória Constante Imediata Temporária Postecipada: é uma renda que se 
paga ao fim de cada período, todavia, é paga por um prazo determinado. Esse tipo de 
renda possui o mesmo comportamento da Renda Aleatória Constante Imediata Vita-
lícia Postecipada, a diferença entre as duas consiste apenas no pagamento que deve 
ser feito em um período determinado.
5) Renda Aleatória Constante Diferida Vitalícia Antecipada: essa renda é contratada 
para ser recebida por toda a vida, sendo que o seu pagamento acontece sempre no 
início de cada período, logo após o prazo de diferimento.
6) Renda Aleatória Constante Diferida Vitalícia Postecipada: é uma renda anual, con-
tratada por toda a vida, sendo o seu pagamento no fim de cada período, após o di-
ferimento. Esta renda é a que se concede às pessoas no momento da aposentadoria 
por tempo de contribuição ou por idade, cujo pagamento se inicia um mês após a 
cessação das atividades das pessoas, ignorando-se, a partir dali, se essas pessoas con-
tinuarão ativas ou não.
7) Renda Aleatória Constante Diferida Temporária Antecipada: é uma renda anual, con-
tratada por um prazo estabelecido, sendo o seu pagamento no início de cada período, 
após o diferimento.
8) Renda Aleatória Constante Diferida Temporária Postecipada: é uma renda anual, 
contratada por um prazo estabelecido, sendo o seu pagamento no fim de cada perío-
do, após o diferimento.
Para se calcular o prêmio, isto é, o valor a ser pago pelo segurado à empresa seguradora 
para obtenção da renda, basta calcular as obrigações futuras do segurado, que são as mesmas 
da seguradora.
Desse modo, a equação da obtenção do valor do prêmio é expressa a seguir: 
Obrigação do segurado = Obrigação da Seguradora
ou
Valor presente das obrigações do segurado =Valor presente da renda futura do segurado
Para tanto, essas rendas podem ser compradas à vista, com pagamento de prêmio único; 
ou, a prazo, com prêmios pagos em parcelas.
A seguir, enfocaremos o último tópico que trata das Reservas Técnicas.
Reservas Técnicas
A Reserva Técnica é chamada de reserva para riscos futuros como, também, reservas para 
riscos em curso. Reserva, em Ciências Atuariais, além do Capital Social e da soma de dívidas 
determinadas, é tudo que figura no passivo de uma sociedade. Assim, reserva poderá destinar-
se:
• à depreciação de certos elementos do ativo;
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• aos futuros pagamentos, cujos montantes são ignorados, mas cuja realização é certa;
• à cobertura de perdas futuras ou de estabilidade da sociedade seguradora.
Assim, as reservas técnicas são a garantia das transações das empresas de seguros e de-
vem ser constituídas de modo a obedecer a critérios de rentabilidade, à segurança e à liquidez, 
para que a constituição venha consolidar os ativos das empresas seguradoras.
Existem diversos tipos de reservas ou provisões técnicas que são classificadas de acordo 
com o destino de cada um de seus objetivos:
1) Provisão de Prêmio Não Ganhos: tem como objetivo garantir o pagamento dos sinis-
tros, do início de vigência até o término de vigência, ou seja, o prêmio recebido no 
início de vigência não pode ser assumido como Prêmio Ganho até que o risco já tenha 
decorrido. 
2) Provisão de Insuficiência de Prêmios: deve ser constituída se for constatada insufici-
ência da Provisão de Prêmios Não Ganhos para a cobertura dos sinistros a ocorrer. 
3) Provisão de Sinistro a Liquidar: destina-se a garantir o pagamento das indenizações 
por sinistros, ocorrido e ainda não liquidado, por ocasião do encerramento do balan-
ço.
4) Reserva ou Provisão Matemática: corresponde a uma parte do prêmio recebido para 
garantir o nivelamento do citado prêmio e, também, para atender ao pagamento do 
capital segurado. É aplicada em seguros de longa duração, previdência e saúde, com 
prêmios nivelados.
Reserva matemática 
A reserva matemática é o valor, apurado atuarialmente, representativo dos compromissos 
de uma entidade com o pagamento de benefícios futuros a pagar. Exemplificando, no caso de 
aposentadoria já concedida, a reserva matemática é igual ao valor atual das rendas já em pa-
gamento, supondo-se que, em relação a elas, não há, ainda, contribuições a receber. No caso 
de aposentadorias ainda a conceder, a reserva matemática é a diferença entre o valor atual das 
rendas cujos pagamentos ainda não foram iniciados e o valor atual das contribuições a receber, 
relativamente às mesmas aposentadorias a conceder. A soma das duas reservas matemáticas, 
de aposentadoria já concedidas e de aposentadorias a conceder, representa o montante que a 
entidade pagadora das aposentadorias deve possuir, no mínimo, em seus cofres, para a cober-
tura desses benefícios (SOUZA,2002).
Portanto, a reserva matemática é a diferença entre os compromissos do segurador e dos 
segurados, em dado momento, em valor absoluto, avaliados pela mesma tábua de mortalidade, 
taxa de juros e à mesma época, sendo dividida em Reserva de Benefícios Concedidos e Reserva 
de Benefícios a Conceder.
É importante salientar que as Provisões Matemáticas, assim como as Provisões Técnicas, 
são especificadas no Balanço Patrimonial no Passivo. As Provisões Matemáticas são destacadas 
no Passivo como Exigível Atuarial – Provisões Matemáticas.
Para o cálculo da reserva matemática são utilizados dois métodos principais: 
• Método Prospectivo: que analisa o futuro fazendo uma projeção em que o valor da 
reserva é a diferença entre o valor atual das obrigações futuras da seguradora e o valor 
atual das obrigações futuras do segurado.
• Método Retrospectivo: que analisa o passado, sendo que o cálculo se baseia no que 
já aconteceu, portanto, o valor da reserva é calculado por meio da diferença entre o 
montante atuarial das obrigações passadas do segurado e o montante atuarial das obri-
gações passadas da seguradora.
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Finalizamos aqui a nossa abordagem sobre a Ciência Atuarial, acerca dos conceitos e cál-
culos que remetem a este assunto, e que são importantes para o conhecimento do contador!
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápida e precisa das definições con-
ceituais, possibilitando-lhe um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados na disciplina Atuária. Veja, a seguir, a definição dos principais 
conceitos desta disciplina: 
1) ANAPP – Associação Nacional de Previdência Privada: foi fundada em 1974 como 
sociedade civil sem fins lucrativos. Representa as entidades atuantes no segmento 
aberto de previdência privada no Brasil, agindo pelos seus interesses. Teve uma parti-
cipação decisiva na regulamentação do Estatuto Básico da Previdência Privada, criado 
pela Lei nº 6.435 de 1977. 
2) Atuária: procedimento de cálculo estatístico utilizado por seguradoras e fundações de 
seguridade social para determinação de condições de seguro. Baseia-se em conheci-
mentos de matemática financeira, cálculo de probabilidade e estatística.
3) Apólice de seguro: instrumento do contrato de seguro emitido pela seguradora pelo 
qual o segurado repassa a esta a responsabilidade sobre os riscos, estabelecidos nela, 
que possam advir. Contém as cláusulas, condições (gerais, especiais e particulares) do 
contrato e as coberturas especiais. Pode ser coletiva, para cobrir um grupo de pessoas 
e/ou bens; ou individual, para cobrir apenas uma pessoa ou um bem.
4) Avaliação atuarial: o atuário estuda os aspectos quantitativos e qualitativos relativos 
ao ativo e ao passivo do plano técnico.
5) Averbação: documento emitido pelo segurado para informar à seguradora sobre bens 
e verbas a garantir, no qual se concretiza a responsabilidade do segurador em certos 
seguros.
6) Aviso de sinistro: comunicação formal específica à companhia de seguros da ocorrên-
cia de evento previsto na apólice, sua natureza e gravidade.
7) Beneficiário: pessoa (física ou jurídica) indicada por segurado na apólice, para receber 
indenização de seguro em caso de sinistro, ou seja, é quem se beneficia com o segu-
ro.
8) Bônus: desconto no valor do prêmio, concedido aos segurados que não apresentaram 
reclamação de indenização durante a vigência da apólice de seguro.
9) Capital segurado: importância monetária fixada na apólice relativa ao valor máximo 
estabelecido para o objeto do seguro. Pode ser fixo, quando a indenização é paga in-
tegralmente (seguros de vida, por exemplo) ou proporcional, quando a indenização é 
apurada segundo os prejuízos sofridos pelo objeto segurado (ramos elementares). 
10) Capitalização: modalidade de captação de poupança com sorteio periódico de prê-
mios. O mercado de capitalização é formado pelas empresas que comercializam títu-
los que combinam formação de poupança programada com premiação por sorteio. 
11) Carência: período que a responsabilidade do segurador em relação ao contrato de 
seguro fica suspensa, a não ser por morte acidental. É o período legal ou convencional 
suspensivo de um direito ou obrigação (nos seguros de vida e saúde, por exemplo).
12) Carta de circularização: consiste no envio, pela auditada, de cartas dirigidas aos forne-
cedores e clientes, sob a supervisão do auditor, solicitando a confirmação das opera-
ções relacionadas (prazos e valores) em determinado período; estes retornam formal-
mente suas respostas diretamente para o auditor, que as conciliará com os registros 
contábeis da companhia auditada.
13) Carta de Responsabilidade da Administração: é o documento emitido pelos adminis-
tradores da entidade auditada e deverá ser endereçada ao auditor independente. Sua 
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emissão é obrigatória desde 1º de junho de 1991, pela Resolução CFC nº 700 e com 
interpretação técnica dada pela NBC -T 11 – IT 01, mediante a Resolução CFC nº 752, 
de 20.09.1993.
14) Circular Susep: normativo regulador do mercado de seguros emitido pela Susep. 
15) CGPC – Conselho de Gestão da Previdência Complementar: órgão colegiado, norma-
tivo de deliberação, coordenação, controle e avaliação da política nacional das entida-
des fechadas de previdência privada, integrante da estrutura regimental do Ministério 
da Previdência Social.
16) CNSP – Conselho Nacional de Seguros Privados: é o órgão máximo do setor de se-
guros, responsável pela fixação de diretrizes e normas da política de seguros e resse-
guros, regula e fiscaliza a orientação básica e o funcionamento dos componentes do 
sistema. 
17) Cobertura: garantia de indenização ao segurado ou a seus beneficiários, dos prejuízos 
decorrentes da ocorrência de um dos riscos previstos no contrato do seguro.
18) Companhia de seguros: empresa financeira que administra riscos com a obrigação de 
pagar indenizações caso ocorrerem perdas e danos dos bens segurados. Suas ativi-
dades são controladas pelo Conselho Nacional de Seguros Privados e a execução das 
funções fiscalizada pela Susep. 
19) Condições de seguro: podem ser gerais (conjunto de cláusulas contratuais que es-
tabelecem direitos e obrigações do segurado e da companhia de seguros), especiais 
(disposições que modificam, ampliam ou restringem a extensão das condições gerais) 
ou particulares (específica para cada contrato, particularizam certos tópicos ou cober-
turas). 
20) CONSIF – Confederação Nacional do Sistema Financeiro: entidade sindical de grau 
superior que congrega as federações, na qual se agrupam os sindicatos que repre-
sentam as instituições financeiras. É integrada pelas entidades das áreas de bancos, 
distribuidora de valores, financeira e seguradora. Por exemplo: Fenaban, Fenadistri, 
Fenacrefi e Fenaseg. 
21) Corretor de seguros: pessoa física ou jurídica representante do segurado, legalmente 
autorizada a angariar e a promover contratos de seguros.
22) Cosseguro (cosseguro): operação em que mais de uma seguradora participa direta-
mente em uma mesma apólice de um mesmo risco. Visto que cada seguradora é res-
ponsável por uma quota ou parte do montante total de seguro, e o prêmio é dividido 
na proporção da participação de cada seguradora, ou seja, pulveriza-se o risco, divi-
dindo as responsabilidades do risco assumido, repartindo-o com duas ou mais segu-
radoras.
23) DPVAT – danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre: seguro 
obrigatório para todos os proprietários de veículos, consiste em parte integrante do li-
cenciamento anual de veículos, visto que 45% do valor do prêmio pago é repassado ao 
Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar dos segu-
rados vitimados em acidentes de trânsito e 5% é repassado mensalmente ao Sistema 
Nacional de Trânsito, para aplicação exclusiva em programas destinados à prevenção 
de acidentes de trânsito.

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