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DIRETORIA DA FEBRASGO 2016 / 2019 Alex Bortotto Garcia Vice-Presidente Região Centro-Oeste Flavio Lucio Pontes Ibiapina Vice-Presidente Região Nordeste Hilka Flávia Barra do E. Santo Vice-Presidente Região Norte Agnaldo Lopes da Silva Filho Vice-Presidente Região Sudeste Maria Celeste Osório Wender Vice-Presidente Região Sul César Eduardo Fernandes Presidente Corintio Mariani Neto Diretor Administrativo/Financeiro Marcos Felipe Silva de Sá Diretor Cientí� co Juvenal Barreto B. de Andrade Diretor de Defesa e Valorização Pro� ssional Imagem de capa e miolo: foxie/Shutterstock.com COMISSÃO NACIONAL ESPECIALIZADA EM ASSISTÊNCIA AO ABORTAMENTO, PARTO E PUERPÉRIO - 2016 / 2019 Presidente Alberto Trapani Júnior Vice-Presidente Paulo Roberto Dutra Leão Secretária Sheila Koettker Silveira Membros Alessandra Cristina Marcolin Edilberto Alves Pereira da Rocha Filho Evelise Pochmann da Silva Flávia Tarabini Castellani Asmar João Alfredo Pi� ero Steibel Márcia Maria Auxiliadora de Aquino Renato Ajeje Ricardo Porto Tedesco Roberto Magliano de Morais Roberto Messod Benzecry Roseli Mieko Yamamoto Nomura Sergio Hecker Luz Placenta prévia e acretismo placentário Rossana Pulcineli Vieira Francisco1 Silvio Martinelli1 Mário Macoto Kondo1 Descritores Placenta prévia; Acretismos placentário; Hemorragia terceiro trimestre; Hemorragia Como citar? Francisco RP, Martinelli S, Kondo MM. Placenta prévia e acretismo placentário. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); 2018. (Protocolo FEBRASGO - Obstetrícia, no. 26/ Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério). Introdução Apesar dos avanços da medicina, a hemorragia obstétrica ainda consiste em causa importante de morte materna.(1) A presença de placenta prévia aumenta o risco de hemorragia no anteparto (RR 9,8), no intraparto (RR 2,5) e também no período pós-parto (RR 1,9). Por isso, mulheres com placenta prévia são mais sujeitas a receber transfusões sanguíneas, assim como passar por procedi- mentos cirúrgicos, como histerectomia, ligadura da artéria ilíaca interna, ou embolização de vasos pélvicos para controlar o sangra- mento. Além disso, há aumento das complicações neonatais, espe- cialmente, aquelas relacionadas à prematuridade, anemia, hipoxia e restrição do crescimento fetal.(2) 1Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. *Este protocolo foi validado pelos membros da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério e referendado pela Diretoria Executiva como Documento O� cial da FEBRASGO. Protocolo FEBRASGO de Obstetrícia nº 26, acesse: https://www.febrasgo.org.br/protocolos 4 Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 De� nição e classi� cação A placenta prévia é de� nida como a presença de tecido placentário total ou parcialmente inserido no segmento inferior do útero, após 28 semanas de gestação. Pode ser classi� cada em: A. Placenta prévia: a placenta recobre total ou parcialmente o orifício interno do colo uterino (anteriormente denominada placenta prévia centrototal ou centroparcial). B. Placenta de inserção baixa: a borda placentária insere-se no seg- mento inferior do útero, não chega a atingir o orifício interno e localiza-se em um raio de 2cm de distância desta estrutura ana- tômica (anteriormente denominada placenta prévia marginal). Em algumas condições, a relação entre a placenta e o orifício interno do colo pode modi� car-se, como nos casos de placentas que recobrem o colo no segundo trimestre e durante o trabalho de parto. No segundo trimestre, o diagnóstico de placenta prévia deve ser feito com mais cuidado, visto que, no termo, na maioria dos casos, deixará de sê-lo.(3,4) Incidência e fatores de risco A incidência de placenta prévia varia na literatura de 0,26% a 1,0%. Essa incidência tem aumentado em consequência do maior número de cesáreas nos últimos anos.(5) Há vários fatores de risco conhecidos para placenta prévia (Quadro 1). Um dos fatores mais signi� cantes é o antecedente de cesáreas prévias. Quadro 1. Fatores de risco para placenta prévia Número de cesáreas prévias Idade materna avançada Gestações múltiplas Multiparidade Antecedente de placenta prévia Tabagismo Número de curetagens uterinas 5 Francisco RP, Martinelli S, Kondo MM Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 Diagnóstico Qualquer gestante acima de 24 semanas com sangramento vaginal indolor deve levar à suspeita de placenta prévia. Diagnóstico clínico O diagnóstico clínico de placenta prévia deve ser suspeitado diante de sangramento vaginal indolor de coloração vermelho-viva, imo- tivado, de início súbito, reincidente, de gravidade progressiva, na segunda metade da gravidez. Contrações uterinas podem ser en- contradas durante ou após o episódio hemorrágico, sendo que o tônus uterino estará normal nos seus intervalos. O exame de toque vaginal é proscrito pelo risco de ocasionar hemorragia abundante. Em menos de 10% dos casos de placenta prévia, as gestantes não apresentarão sintomas e o diagnóstico será realizado por exame ultrassonográ� co de rotina. A rotura prematura de membranas ovulares e as apresentações fetais anômalas estão associadas à pla- centa prévia.(3,6) Diagnóstico ultrassonográ� co A experiência clínica tem demonstrado superioridade e segurança na realização da ultrassonogra� a transvaginal nos casos de placen- ta prévia, sendo considerada, atualmente, o padrão-ouro para esse diagnóstico. Isso decorre da maior di� culdade daquela em visuali- zar uma placenta posterior, o segmento inferior do útero pela posi- ção do feto e também nos casos de obesidade materna. Identi� ca-se tecido placentário recobrindo, ou muito próximo, o orifício interno do colo uterino. O transdutor transvaginal deve ser introduzido cuidadosamente e acompanhado pelo monitor, permanecendo a uma distância de aproximadamente 2,0 cm do lábio anterior do colo do útero. Se a suspeita de placenta prévia ocorrer antes de 6 Placenta prévia e acretismo placentário Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 28 semanas de gestação em paciente assintomática, uma nova ul- trassonogra� a deve ser realizada na 32a semana. Isso porque, para cerca de 90% das placentas prévias diagnosticadas no segundo tri- mestre, o diagnóstico não será con� rmado no termo. A chance de persistência do diagnóstico até o termo dependerá principalmente se a placenta recobre ou não o orifício interno do colo.(4,7) Tratamento Logo após o diagnóstico de placenta prévia, deve-se fazer o pla- nejamento do seguimento e tratamento. Mesmo considerando-se que, em boa parte dos casos, haverá migração placentária, as pa- cientes devem ser informadas do diagnóstico e dos cuidados a se- rem seguidos. As gestantes, mesmo que assintomáticas, devem ser orientadas a procurar o hospital diante de qualquer sinal de san- gramento, evitar atividade física exagerada, assim como relações sexuais, principalmente após a 28a semana. O seguimento deve incluir exames de ultrassonogra� a transvaginal para a localização da placenta. Se houver migração placentária e normalização da in- serção da placenta, a gestante pode retornar ao pré-natal de risco habitual, caso não possua outras morbidades.(3,7-10) A conduta nos casos de placenta prévia dependerá principal- mente da idade gestacional, intensidade da hemorragia e presença ou não de trabalho de parto. Na presença de sangramento vaginal ou contrações uterinas ‒ diante da suspeita de placenta prévia ‒, recomenda-se interna- ção imediata da gestante para controle materno e de vitalidade fetal. Este diagnóstico deve ser con� rmado pela ultrassonogra� a transvaginal. Deve-se obter acesso venoso calibroso e manter a es- tabilidade hemodinâmica e o débito urinário adequado. A pressão 7 Francisco RP, Martinelli S, Kondo MM Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 arterial e o pulso devem ser aferidos a intervalos que variam de 15 minutos a 1 hora, dependendoda intensidade do sangramento. A avaliação laboratorial inicial inclui concentração de hemoglobina e hematócrito, determinação do tipo sanguíneo e exames de ava- liação da função renal. Se o sangramento for abundante ou houver outras complicações, também, deve ser avaliado o sistema de co- agulação (� brinogênio, plaquetas, tempo de protrombina e tem- po de tromboplastina parcial ativada). Hemoderivados devem ser disponibilizados de acordo com a necessidade. A imunoglobulina anti-D deve ser administrada em gestante Rh negativa. Entre 25 e 34 semanas, na vigência de hemorragia, administram-se corticos- teroides de forma individualizada para o amadurecimento pulmo- nar fetal. Expectante Quando o sangramento materno não for intenso (ausência de al- teração hemodinâmica) em gestações com fetos pré-termo, pode ser adotada a conduta expectante, desde que seja possível um bom controle materno e fetal.(11,12) Tal abordagem baseia-se no fato de que 75% dos episódios de sangramento são autolimitados, sem ris- co imediato para a mãe ou para o feto. Além disso, em 50% dos casos, o parto pode ser postergado por pelo menos quatro sema- nas. Recomenda-se que as gestantes portadoras de placenta prévia permaneçam em repouso e recebam suplementação de ferro ele- mentar (60 mg, por via oral, três ou quatro vezes ao dia). Na prática clínica, a administração de qualquer tocolítico ‒ em casos de placenta prévia com trabalho de parto prematuro ‒ per- manece controversa, pois não há estudos prospectivos para me- lhor avaliação. Os betamiméticos devem ser evitados, pois podem 8 Placenta prévia e acretismo placentário Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 mascarar sinais clínicos de hipovolemia, como a taquicardia, dessa forma, di� cultando o controle clínico da paciente. Para casos selecionados de placenta prévia, com sangramento vaginal inicial que cessou espontaneamente por no mínimo 48 horas e a paciente manteve-se clinicamente estável, pode ser proposto o controle domiciliar. Essa conduta implica entendimento por parte da gestante do diagnóstico e dos riscos envolvidos. Ainda, esta deve ser capaz de chegar rapidamente ao hospital, quando necessário, e permanecer em repouso relativo e em abstinência sexual.(10,11) Ativa Deve-se indicar imediata resolução da gestação diante de sangra- mento materno incontrolável (alteração hemodinâmica), vitalida- de fetal alterada, maturidade fetal comprovada ou idade gestacio- nal acima de 37 semanas, por cesárea.(10,11) Em casos selecionados de placentas de inserção baixa, sem complicações, pode-se permitir o parto por via vaginal. Cuidados no parto Para o adequado planejamento cirúrgico, a localização da placenta deve ser conhecida. Sangue e hemoderivados devem estar dispo- níveis no intraoperatório, se necessário. Deve-se evitar incisar a placenta durante a histerotomia. Nas placentas posteriores e nas anteriores sem acretismo, deve ser realizada uma histerotomia transversa. Se a placenta � car à mostra, esta deve ser descolada manualmente, no sentido da menor área placentária, para que se possa ter acesso à cavidade uterina. Também é possível, nessa situação, que a incisão tenha de ser transplacentária, com maior sangramento local. Nesse caso, a extração podálica do feto costu- ma ser mais fácil, por isso, deve ser feita o mais rápido possível, e 9 Francisco RP, Martinelli S, Kondo MM Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 o cordão clampeado precocemente. A incisão deve ser a segmen- to corporal (vertical) nos casos de segmento inferior não forma- do ou segmento inferior com vasos muito calibrosos. Quando a placenta for anterior, mas suspeitar-se de acretismo placentário, também, deve ser executada a incisão segmento corporal ou a histerotomia fúndica vertical. O leito placentário deve ser revisa- do sistematicamente após a dequitação. Quando houver sangra- mento desse, além da ocitocina, pode ser feita a compressão da região com compressas e, caso necessário, a aplicação de pontos hemostáticos (capitonagem). Nos casos mais graves, outras op- ções consistem na ligadura das artérias uterinas ou hipogástricas e na histerectomia. Acretismo placentário A aderência anormal da placenta ao miométrio ‒ que apresen- ta ausência parcial ou total da decídua basal e desenvolvimento anormal da camada � brinoide ‒ é chamada de acretismo placen- tário. Pode ocorrer a aderência de todos os cotilédones (acretis- mo total), de alguns (acretismo parcial) ou de um ou parte de um deles (acretismo focal). A média estimada de perda sanguínea no parto com acretismo placentário é de 2,5 L, sendo associada à transfusão maciça de hemocomponentes, histerectomia, lesão de bexiga e/ou ureter, intestino e pós-operatório em Unidade de Terapia Intensiva. Os principais fatores de risco para o acretismo placentário são a cesárea anterior, curetagem uterina, miomec- tomia, cirurgia vídeo-histeroscópica, idade materna acima de 35 anos e multiparidade. De todos os fatores de risco, o crescente aumento das cesarianas é o que contribui para o aumento da associação placenta prévia e o acretismo. Silver et al. (2006) de- 10 Placenta prévia e acretismo placentário Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 monstram riscos de acretismo na presença de placenta prévia de 3% para casos sem cesárea anterior, de 11% nos casos com uma anterior, de 40% para duas, de 61% para três e de 67% para qua- tro ou mais cesáreas.(5) Quadro clínico Na presença de placenta prévia que não sangra, deve-se suspeitar de acretismo. A hemorragia semelhante à placenta prévia pode ocorrer na presença do acretismo em razão da formação do seg- mento inferior do útero e da dilatação do orifício interno que leva ao rompimento da área da placenta que recobre o orifício interno, com isso, ocasionando o sangramento. Diagnóstico No pré-natal, sempre que se associar placenta prévia e cesárea an- terior, o diagnóstico de acretismo deve ser buscado, sendo muito importante para planejamento do parto. O obstetra deve solicitar uma ultrassonogra� a com equipe experiente para diagnóstico de acretismo placentário. Quando a ultrassonogra� a não for esclare- cedora, nos casos de placenta prévia com predomínio posterior, a ressonância magnética pode ser solicitada. Planejamento do parto O parto deve ser realizado com 36/37 semanas, em centro de refe- rência com experiência em casos de acretismo e uma equipe mul- tidisciplinar com obstetra, anestesiologista, radiologista interven- cionista, neonatologista, urologista, cirurgião geral, intensivista, hemoterapeuta e enfermagem especializada. Todos os passos a serem seguidos estão discriminados no quadro 2.(12-14) 11 Francisco RP, Martinelli S, Kondo MM Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 Quadro 2. Cuidados no parto de casos com suspeita de acretismo placentário Reserva de hemocomponentes e UTI Termo de consentimento livre e esclarecido assinado Acesso venoso com jelco 16 (dois acessos) Anestesia: duplo bloqueio Sondagem vesical com Foley 18 Radiologia intervencionista (contestada atualmente, restrita a situações especiais) Cesárea com histerectomia fúndica (corporal, fúndica) Tração suave do cordão, não tentar descolamento manual Histerectomia com placenta in situ Tamponamento pélvico em casos de sangramento difuso com instabilidade hemodinâmica Fonte: American College of Obstetricians and Gynecologists. ACOG Committee Opinion N. 529, July 2012: Placenta accrete spectrum. Obstetrics Care Consensus; 2012, number 7.(12); Carnevale FC, Kondo MM, de Oliveira Sousa W Jr, Santos AB, da Motta Leal Filho JM, Moreira AM, et al. Perioperative temporary occlusion of the internal iliac arteries as prophylaxis in cesarean section at risk of hemorrhage in placenta accreta. Cardiovasc Intervent Radiol. 2011;34(4):758–64.(13); Angstmann T, Gard G, Harrington T, Ward E, Thomson A, Giles W. Surgical management of placenta accreta: a cohort series and suggested approach. Am J Obstet Gynecol. 2010;202(1):38.e1-9.(14) Nos casos deemergência, a cesariana deve ser feita com pla- nejamento semelhante, com histerotomia fúndica, extração fe- tal, fechamento do útero com a placenta in situ e histerectomia. Conservar o útero deve ser tratamento de exceção. Alguns autores preconizam deixar a placenta in situ para aquelas que manifestam desejo reprodutivo no futuro ou caso o diagnóstico seja feito no in- traoperatório. O uso do metrotrexato nos casos de placenta in situ tem sido avaliado em alguns estudos, sua indicação é contestada, por não haver divisão celular do trofoblasto no terceiro trimestre, sendo sua ação não efetiva. Essas duas condutas devem ser melhor avaliadas para seu uso clínico devido ao risco de infecção, sangra- mento, histerectomia de emergência e outras complicações clíni- cas, além do risco de morte. 12 Placenta prévia e acretismo placentário Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 Recomendações � nais • As hemorragias maternas são causa importante de morte materna (A). • O principal fator de risco para placenta prévia é a cesárea anterior (A). • A migração placentária acontece em boa parte dos casos, e o diagnóstico de placenta prévia e de placenta de inserção baixa pode modi� car durante a gestação (B). • A ultrassonogra� a transvaginal é o melhor método para diag- nóstico de placenta prévia (A). • O sangramento na placenta prévia costuma aumentar à medi- da que os episódios se repetem (B). • Deve-se investigar acretismo placentário sempre que há diagnós- tico de placenta prévia em pacientes com cesáreas anteriores (B). • A programação do parto em serviço terciário é imprescindível para o bom resultado no caso de acretismo placentário (C). • Não se deve proceder ao descolamento manual da placenta no caso de suspeita de acretismo placentário (C). Referências 1. Clark SL, Belfort MA, Dildy GA, Herbst MA, Meyers JA, Hankins GD. Maternal death in the 21st century: causes, prevention, and relationship to cesarean delivery. Am J Obstet Gynecol. 2008;199(1):36 e1-5; discussion 91-2 e7-11. 2. Gabbe SG. Obstetric hemorrhage. In: Gabbe SG, Niebyl JR, Simpson JL, editors. Obstetrics - normal & problem pregnancies. 5th ed. New York: Churchill Livingstone; 2007. p. 499. 3. Dashe JS. Toward consistent terminology of placental location. Semin Perinatol. 2013;37(5):375–9. 4. Mustafá SA, Brizot ML, Carvalho MH, Watanabe L, Kahhale S, Zugaib M. Transvaginal ultrasonography in predicting placenta previa at delivery: a longitudinal study. Ultrasound Obstet Gynecol. 2002;20(4):356–9. 5. Silver RM, Landon MB, Rouse DJ, Leveno KJ, Spong CY, Thom EA, et al.; National Institute of Child Health and Human Development Maternal-Fetal Medicine Units Network. Maternal morbidity associated with multiple repeat cesarean deliveries. Obstet Gynecol. 2006;107(6):1226–32. 13 Francisco RP, Martinelli S, Kondo MM Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018 6. Cunningham FG, Leveno JK, Bloom MD, Hauth JC, Rouse DJ, Spong CY editors. Williams Obstetrics Obstetrical hemorrhage. 23th ed. Stamford, Connecticut: Appleton and Lange; 2011. Obstetrical hemorrhage. 7. Zelop CC, Bromley B, Frigoletto FD Jr, Benacerraf BR. Second trimester sonographically diagnosed placenta previa: prediction of persistent previa at birth. Int J Gynaecol Obstet. 1994;44(3):207–10. 8. Zugaib M, Bittar RE, Francisco RP. Placenta prévia. In: Waissman AL. Protocolos assistenciais clínica Obstétrica FMUSP. 5a ed. São Paulo: Atheneu; 2015; p. 597. 9. Love CD, Fernando KJ, Sargent L, Hughes RG. Major placenta praevia should not preclude out-patient management. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2004;117(1):24–9. 10. Wing DA, Paul RH, Millar LK. 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Am J Obstet Gynecol. 2010;202(1):38.e1-9. 14 Placenta prévia e acretismo placentário Protocolos Febrasgo | Nº26 | 2018
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