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Agonistas-antagonistas do sistema Parassimpático

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Agonistas/antagonistas do sistema Parassimpático: 
20/09/2021: 
➢ Receptores colinérgicos: Duas famílias de receptores colinérgicos, 
designados de: Muscarinicos e Nicotinicos, que se diferenciam-se 
com base em suas diferentes afinidades por fármacos que 
mimetizam a ação da acetil colina. 
➢ Receptores muscarínicos: Acoplados a proteína G 
(Metabotrópicos), baixa afinidade pela nicotina, possui 5 
subclasses, entretanto, apenas 3 receptores foram caracterizados 
funcionalmente. 
• Localização dos receptores: Localizam-se em gânglios do SNP e 
em órgãos efetores autônomos (Coração, Musculo Liso, cérebro e 
glândulas exócrinas): 
- M1: Encontrados nas células parietais gástricas. 
- M2: Encontrados nas células cardíacas e nos músculos lisos. 
- M3: Bexiga, glândulas exócrinas e musculo liso. 
• Mecanismo de transdução de sinal pela ACh: 
- M1 (Neurais)-> produzem excitação lenta dos gânglios. 
- M2 (cardíacos)-> Provocam reducao da frequencia cardíaca e 
forca de contração (atrial principalmente)-> Medeiam a inibição 
pré-sináptica. 
- M3 (Glandular)-> Causam secreção, contração da musculatura 
lisa visceral e relaxamento vascular. 
>> Todos são ativados pela ACh e bloqueados pela atropina. 
➢ Receptores nicotínicos: Além de se ligarem a ACh, reconhecem a 
nicotina e possuem baixa afinidade pela muscarina. É um canal 
iônico disparado pelo ligante. 
• Em baixa concentração de nicotina-> Estimula o receptor. 
• Em alta concentração de nicotina-> Bloqueia o receptor. 
• Seus receptores nicotínicos estão localizados no SNC, na glândula 
suprarrenal, gânglios autônomos e JNM. Os localizados nas JNM 
são designados de Nm e Nn. 
➢ Agonistas colinérgicos de ação direta (Parassimpatomiméticos): 
Mimetizam os efeitos da ACh ligando-se diretamente aos 
receptores muscarínicos ou nicotínicos, podendo ser classificados 
em 2 grupos: 
1- Ésteres de colina endógenos: ACh, Carbacol e Betanecol. 
2- Alcaloides de ocorrência natural: Nicotina e a pilocarpina. 
➔ Acetil Colina (ACh): Sem importância terapêutica, por conta de sua 
multiplicidade de ações (efeitos difusos) e a sua rápida inativação 
pelas colinesterases, possui atividade muscarínica e nicotínica e 
seus efeitos fisiologicos incluem: 
1- Efeitos vasculares (M2): Diminuicao da frequencia e debito 
cardíaco-> Mimetizam os efeitos da estimulação vagal. 
2- Diminuição da PA: Causa vasodilatação e diminuição da pressão 
sanguínea por mecanismo indireto-> Ativa receptores M3 situados nas 
células endoteliais que cobrem o musculo liso dos vasos sanguíneos. 
3- Outras acoes: 
No TGI aumenta a secreção salivar e estimula as secreções e a 
motilidade intestinal, as secreções bronquiicas também são 
aumentadas (M3). 
No trato geniturinário, aumenta o tônus do musculo detrusor, 
causando a micção. 
No olho, estimula a contração do músculo ciliar para a visão próxima 
e contrai o esfíncter da pupila-> Miose (contrição acentuada da 
pupila). 
No musculo liso-> Resulta na contração da musculatura lisa-> 
aumentando a atividade peristáltica (M3) e secreção de HCL (M1). 
➔ Betanecol: Forte atividade muscarínica, atuando principalmente na 
musculatura lisa da bexiga urinaria e no TGI. Tempo de duração de 
ação de cerca de 1 hora: 
- Ações: Agonista em M3-> Estimula diretamente os receptores 
muscarínicos, aumentando a motilidade e o tônus intestinal, atua 
também estimulando o músculo detrusor da bexiga e relaxa os 
músculos trígono e esfíncter-> provocando a micção. 
- Aplicações terapêuticas: No tratamento urológico, é usado para 
estimular a bexiga atônica, particularmente na retenção urinaria não 
obstrutiva pós parto ou pós operatório. 
- Efeitos adversos: Sudoração (diaforese), salivação, rubor, diminuição 
de PA (Hipotensão), náuseas, diarreia e broncoespasmo-> Sulfato de 
atropina pode ser administrado para superar as graves respostas 
cardiovasculares ou bronco constritoras desse fármaco. 
➔ Carbacol: Acoes muscarínicas e nicotínicas: 
- Acoes: Amplos efeitos nos sistemas cardiovascular e gastrintestinal 
devido a sua atividade estimulante ganglionar, podendo estimular e 
posteriormente deprimir esses sistemas. Além disso, pode causar 
liberação de epinefrina da suprarrenal por sua acao nicotínica. 
Administrado diretamente nos olhos, mimetiza os efeitos da ACh, 
causando miose e espamos de acomodação, no qual o musculo ciliar 
permanece em um estado constante de contração. 
- Usos terapêuticos: Raramente utilizado, por conta de sua 
inespecificidade. No olho é utilizado como fármaco miotico no 
tratamento de glaucoma, por causar contração pupilar e diminuição 
de Pressão intra ocular. 
- Efeitos adversos: Na oftalmologia, ocorre pouco efeito adverso, 
devido ao seu escasso efeito sistêmico. 
➔ Pilocarpina: Muito menos potente, entretanto, penetra no SNC nas 
dosagens terapêuticas por não possui carga elétrica-> Apresenta 
atividade muscarínica e é utilizada na oftalmologia. 
- Ações: Aplicada localmente no olho, produzindo miose e contração 
muscular ciliar, quando o olho esta em miose, ocorre espasmo de 
acomodação-> A visão se torna fixa para uma distancia particular, 
tornando impossível a focalização (efeito oposto da atropina). Além 
disso, é um dos mais potentes estimulantes das secreções (suor, 
lagrimas e saliva), mas seu emprego para essas finalidades é limitado 
por conta da falta de seletividade. É um útil para promover a 
salivação nos pacientes com XEROSTOMIA resultante da irradiação 
na cabeça e pescoço-> Sindrome de Sjogren (xerostomia + falta de 
lagrimas) é tratada com pilocarpina e cevimelina. 
- Usos terapêuticos: Utilizada no tratamento do 
glaucoma também, sendo de escolha emergencial 
para a reducao da pressão intraocular -> Causa 
uma reducao imediata devido a drenagem do humor 
aquoso (Age em minutos e dura de 4-8 horas, sendo 
utilizada apenas em casos agudos). Por fim, é útil 
em casos de midríase decorrentes do uso da 
atropina. 
- Efeitos adversos: Pode causar visão turva, 
cegueira noturna e dor na testa. Intoxicacao por 
esse fármaco resulta em sudorese (diaforese) e 
salivação-> Administração parenteral de atropina 
em dosagem que consegue atravessar a barreira 
cerebrospinal é utilizada para reverter/antagonizar 
a toxicidade da pilocarpina! 
 
 
 
 
 
 
➢ Agonista colinérgicos de ação indireta: Anticolinesterásicos 
(reversíveis): 
• Parassimpatomiméticos/Agonistas indiretos: 
➔ Inibidores da enzima acetilcolinesterase (AChE): Fisotigmina e 
Neostigmina: 
• Fisostigmina: Substrato da AChE, com quem forma um 
intermediário estável, tornando um composto reversivelmente 
inativado-> Potencializando a atividade colinérgica em todo o 
organismo: 
- Ações: Estimula os receptores muscarínicos e 
nicotínicos do SNA e os receptores nicotínicos da 
JNM-> Ação dura de 30 min a 2 horas, fármaco de 
ação intermediaria. Além disso pode entrar no SNC e 
estimular locais colinérgicos. 
- Usos terapêuticos: Aumenta a motilidade intestinal 
e da bexiga-> Auxiliando no tratamento de atonia nos 
2 órgãos. Também é utilizada no tratamento de doses 
excessivas de atropina. 
- Efeitos adversos: No SNC pode causar convulsões 
em doses elevadas. Bradicardia e queda da PA podem 
ocorrem tbm. A inibição da AChE nas JNM gera um 
acumulo de ACh, podendo ocasionar uma paralisia 
dos músculos esqueléticos-> em doses terapêuticas, 
efeitos raramente observados. 
• Neostigmina: Inibe reversivelmente a AChE, 
similar a fisostigmina: 
- Ações: Por possuir um nitrogênio quaternário, é mais polar, logo, 
pouco absorvida no TGI e não consegue adentrar o SNC, como a 
fisostigmina-> Seu efeito nos músculos esqueléticos é maior do que o 
da fisostigmina e pode estimular a contratilidade antes de paralisá-la-
> Ação intermediaria, de 30 min a 2 horas. 
- Usos terapêuticos: Utilizada para estimular a bexiga e o as vezes 
utilizada no TGI, também é antagonista de fármacos bloqueadores 
musculares competitivos.Também usada no tratamento sintomático 
da miastenia grave. 
- Efeitos adversos: Estimulação colinérgica generalizada-> Salivação, 
rubor, redução da PA, náusea, dor abdominal, diarreia e 
broncoespasmo. Não causa efeitos no SNC e não é usada para tratar 
os efeitos tóxicos de fármacos anti muscarínicos (atropina). É 
contraindicada quando há obstrução intestinal ou da bexiga. 
-> Durante anestesia-> Anticolinesterásicos revertem a ação de 
drogas bloqueadoras neuromusculares-> Neostigmina IV. 
 
➢ Antagonistas do sistema parassimpático: Parassimpatolíticos: 
Antagonistas colinérgicos: 
• Na aula foi falado apenas dos Antimuscarinicos: Bloqueiam os 
receptores muscarínicos, causando inibição das funções 
muscarínicas, inibindo também os poucos neurônios simpáticos 
colinérgicos (Que inervam as glândulas salivares e sudoriporas). 
Por bloquearem apenas receptores muscarínicos, eles tem pouca 
ou nenhuma ação nas JNM. Possuem uma variedade de usos 
clínicos! 
➔ Atropina: Alta afinidade por receptores muscarínicos-> Liga-se 
competitivamente a ACh e impede sua ligação a esses receptores. 
Atua no SNC e perifericamente. Em geral seus efeitos duram cerca 
de 4 horas, exceto quando aplicada nos olhos, podendo durar dias. 
Efeitos inibitórios ocorrem mais nos brônquios e secreções de suor 
e saliva. 
- Ações: 
. Olfalmica: Bloqueia toda atividade muscarínica no olho-> Midriase 
persistente (dilatação da pupila), com ausência de resposta a luz e 
ciclopegia (incapacidade de focar a visão para perto)-> Cuidado com 
pacientes com glaucoma de ângulo fechado, pois a pressão 
intraocular pode aumentar perigosamente!. 
- TGI: Pode ser utilizada como antiespasmódico, visando reduzir a 
atividade do TGI, sendo um dos mais potentes fármacos. 
- Sistema cardiovascular: Produz efeitos divergentes dependendo da 
dose: 
Baixa dose: Diminuição da frequência cardíaca, resultado do bloqueio 
dos receptores M1 nos neurônios pré-sinápticos inibitórios. 
Dosagens mais altas: Aumento progressivo na frequência cardíaca 
pelo bloqueio dos receptores M2 no nódulo sinoatrial. 
- Secreções: Bloqueia os receptores muscarínicos nas glândulas 
salivares, produzindo xerostomia (secura da boca), afetnado de modo 
similar as glândulas sudoríparas e lacrimais. 
- Usos terapêuticos: 
. Oftálmico: Efeito midriático e ciclopégico, permitindo a mensuração 
de erros de refracao! Possui efeito prolongado, sendo substituído por 
anti muscarínicos de efeito curto. 
. TGI: Antiespasmódico para relaxar o TGI. 
. Cardiovascular: Tratamento de bradicardia. 
. Antissecretor: Visando bloquear secreções do trato respiratório, pós 
cirurgia. 
. Antagonista de agonistas colinérgicos: Tratmento de intoxicação por 
inseticidas, gases de nervos, dosagens excessivas de 
anticolinesterasicos (fisostigmina). 
- Farmacocinética: Atropina é bem absorvida, parcialmente 
biotransformada no fígado e eliminada na urina. Com meia vida de 4 
horas. 
- Efeitos adversos: Dependendo da dose, pode causar xerostomia, 
visão turva, sensação de “areia nos olhos”, taquicardia e constipação. 
Os efeitos no SNC, incluem intranquilidade, confusão, alucinações e 
delírio, podendo evoluir para depressão e até a morte. Pode causar 
também retenção urinaria. Pequenas doses de fisostigmina podem ser 
utilizadas para reverter sua toxicidade. 
 
➔ Escopolamina/Hioscina: Produz efeitos periféricos 
similares a atropina, entretanto possui maior ação no 
SNC e duração de ação mais longa. 
- Ações: Um dos fármacos mais eficazes, possui um efeito 
incomum de bloquear a memoria de curta duração. Ao 
contrario da atropina, produz sedação, mas em doses mais 
elevadas, pode produzir excitação, podendo resultar em 
euforia e é sujeita a abuso. 
- Usos terapêuticos: Limitado a prevenção da cinetose 
(adesivo tópico, eficaz por até 3 dias) e de náuseas e 
emeses pós-cirurgicas. 
- Farmacocinética e efeitos adversos similares a atropina. 
 
 
 
➔ Ipratrópio e tiotrópio: Derivados quaternários da aropina-> 
Aprovados como broncodilatadores para o tratamento de 
broncoespasmos associados a DPOC. 
- Ipratropio é usado para tratar o broncoespasmo agudo na asma, já o 
tiotropio é mais utilizados nos casos de DPOC. 
- Ambos são administrados por inalação. 
- Não adentram a circulação sistêmica e nem o SNC devido as suas 
cargas positivas, exercendo seus efeitos no sistema pulmonar 
apenas. 
- Tiotropio pode ser administrado uma vez ao dia, enquanto o 
ipratrópio requer até 4 dosagens por dia. 
-> Oxibutinina: Utilizada em casos de incontinência urinaria, auxilia 
na reducao excessiva da contração da bexiga decorrente da 
incontinência. 
- Efeitos adversos: Boca seca, constipação e visão embaçada. 
Observações: 
 Os antimuscarínicos atualmente aprovados e utilizados no 
tratamento da bexiga hiperativa incluem a oxibutinina, a propantelina, 
a terodilina, a tolterodina, otróspio, a darifenacina e a solifenacina 
Os agentes antimuscarínicos estão contra-indicados para pacientes 
com glaucoma, particularmente com glaucoma de ângulo fechado 
Os antimuscarínicos também devem ser utilizados com cautela em 
pacientes com hipertrofia prostática e nos indivíduos idosos’ 
========================= Resumão========================= 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Usos clínicos 
 
 
 
Refs: Farmacologia Ilustrada.

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