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DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA CRIMES DE ABANDONO *Art. 244 - Abandono Material: Diz respeito a questão pecuniária, pensão, subsistência... “Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente invalido ou maior de 60 anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País. (Redação dada pela Lei nº 5.478, de 1968) Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada. (Incluído pela Lei nº 5.478, de 1968)”. Deixar – crime omissivo: não faz aquilo que deveria fazer, sem uma causa justa. SUBSISTÊNCIA DE PENSÃO Só pode ser sujeito passivo desse crime quem está expressamente previsto em lei. Deve-se observar o binômio CAPACIDADE X NECESSIDADE – QUEM PODE X QUEM PRECISA. Sujeitos passivos deste crime: - Filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho (limitações para o trabalho). Obs: No âmbito civil, o responsável tem a obrigação em alguns casos, de pagar pensão para o filho maior de 18 anos, porém no direito penal, deve-se observar a letra da lei, ou seja: neste caso só é vítima o menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, não se tratando então de crime de abandono material, caso deixe de pagar pensão para o maior de 18 ou o apto para o trabalho. - Ascendente invalido (incapaz) ou maior de 60 anos OBS: neto de 18 anos que possui condições de pagar uma pensão para o avó maior de 60 anos e necessitado. O neto possui a obrigação de pagar e se enquadra no crime caso não cumpra, porém o contrário não se enquadra como crime por não estar previsto na lei. A lei trata de filho maior de 18 e ascendentes, sem mencionar descendentes. - Cônjuge. Na segunda parte do artigo que fala sobre socorrer descendente ou ascendente gravemente enfermo: “deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo:” Nesta situação, é sujeito ativo e passivo, tanto o ascendente quanto o descendente. Só existirá este crime se o sujeito ativo tiver a possibilidade de pagar e se o sujeito passivo estiver precisando (necessidade). O crime não deixa de existir caso o sujeito ativo deixe de possuir capacidade (quebrando o binômio), quando já se tem pensão fixada: “Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada.” Obs: intuito da prisão civil é de coerção para que o sujeito cumpra com a sua obrigação (pagar), em caso de processo penal por abandono material, o indivíduo não se livra do crime ao pagar a pensão, o crime já foi consumado. Efeitos: Prisão civil – força o pagamento para a saída da prisão. (Muito mais utilizada na pratica). Prisão penal – não existe esta possibilidade, pois pagando ou não, continuará respondendo ao processo, com a possibilidade de condenação. Obs: Se o sujeito ainda estiver preso em prisão civil e, for condenado na prisão penal, haverá detração, abaterá o tempo, pois já cumpriu pena. Art. 246 – Abandono intelectual: Questões de estudo, escola. Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. (Exemplo de norma penal em branco). Obs: não se trata de ensino superior. Art. 247 – Abandono moral: Questão da moralidade. Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância: I - Frequente casa de jogo ou mal-afamada (tipificação genérica, vaga), ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida; II - Frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza; III - resida ou trabalhe em casa de prostituição; *IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública: (usar o menor como marketing da mendingancia). Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Sujeito ativo: pais, responsáveis, baba...
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