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Farmacologia da úlcera péptica

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Farmacologia da úlcera péptica 
Ocorrem quando há formação de ácido clorídrico 
 
• Segmento proximal: boca, faringe, esôfago, estômago e duodeno D apreensão, ingestão e digestão dos alimentos 
• Segmento intermediário: duodeno distal, desembocadura dos canais biliares e pancreáticos, jejuno e íleo D 
absorção dos alimentos 
• Segmento caudal: intestino grosso, reto, ânus D evacuação 
❖ As ulcerações normalmente acontecem no esôfago, estomago e duodeno 
❖ Atua nas glândulas, que ocorre o excesso de ácido e pode degenerar a mucosa 
Inervação e hormônios do TGI 
• Elementos que se encontram sob controle neuronal e hormonal: músculo liso, vasos sanguíneos e glândulas 
• Controle neural: inervação simpática, inervação parassimpática e inervação entérica 
• Controle hormonal: secreções endócrinas (gastrina), secreções parácrinas (histamina) e secreções exócrinas 
❖ Simpático: inibe 
❖ Parassimpático: estimulatório 
❖ Entérico participa das duas 
❖ Os dois principais hormônios que secretam a secreção ácido é a gastrina (endócrina – liberação no sangue) e 
histamina (parácrina – liberada localmente atuando nas células) 
Glândulas secretoras 
• Células epiteliais 
• Glândulas oxínticas (corpo e fundo): células parietais (HCl e FI), principais 
(pepsinogênio) e cervicais mucosa (muco) 
• Glândulas pilóricas (antro): células do colo (muco) e pilóricas ou G (gastrina) 
❖ As glândulas oxínticas vão ser os mais importantes abordados na aula. 
❖ A barreira da mucosa gástrica que protege o muco que reveste o 
estômago. 
❖ A medida que o alimento vai sendo trazido para o corpo e fundo, o 
antro vai liberando a gastrina através do estimulo de quimiorreceptores 
❖ A região com mais chance de desenvolver ulceração é no antro pois é onde tem mais proteção (muco) 
Secreção composta principalmente por água, eletrólitos e glicoproteínas 
 
Propriedades do muco 
Lubrificante e protetor da mucosa do TGI 
• Propriedades aderentes que o fazem aderir ao alimento ou a outras partículas 
• Consistência suficiente para recobrir a parede intestinal e impedir o contato das partículas alimentares com a 
mucosa 
• Baixa resistência ao deslizamento, de modo que as partículas possam deslizar ao longo do epitélio 
• Camada de muco (protege) que recebe a superfície das 
células epiteliais superficiais 
• HCO3- secretado pelas células superficiais das glândulas 
gástricas na superfície luminal do estomago fica retido 
na camada de muco, mantendo um pH local neutro 
Tampona o HCL e previne a difusão de H+ da luz 
gástrica para o interstício durante a secreção 
ácida e a ação proteolítica da pepsina sobre a 
mucosa gástrica 
ÉRICA LUANA – MED XI – UNIRV – 5ºP - FARMACOLOGIA 
• Provoca a aderência das partículas 
fecais uma às outras para formar o 
bolo fecal 
• Resistente à digestão pelas enzimas 
gastrintestinais 
• As glicoproteínas possuem 
propriedades anfóteras 
• Contém íons bicarbonato, que 
neutralizam os ácidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A célula parietal são as secretoras de ácido HCL, para produzi-la o Cl- é transportado ativamente para canalículos nas 
células que se comunicam com o lúmen das glândulas gástricas e com o próprio estomago 
• Isso é acompanhado pela secreção de K+, que é então trocado, através do carregador (C) de simporte por H+ do 
interior da célula por uma K+-H+-ATPase (a “bomba de prótons”). 
• Dentro da célula, a anidrase carbônica catalisa a combinação de dióxido de carbono e água para produzir ácido 
carbônico, que se dissocia dando origem a íons H+ e bicarbonato. Este último é trocado, através do antiporte (A), 
através da membrana basal da célula parietal, por Cl-. 
• Os fármacos bloqueiam a bomba de prótons que jogam o H+ para o lúmen, pois assim impede que ele se encontra 
com o Cl- e forme o ácido clorídrico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regulação da secreção gástrica 
• Para manter o processo homeostático tem fatores para liberação de ácido, para inibição e proteção. Isso precisa ser 
equilibrado, a produção de muco e de ácido. 
• O parassimpático é sempre estimulatório no TGI, a inervação na célula parietal estimula secreção de ácido, já na 
célula sincicial estimula produção de muco. 
• Alguns medicamentos atuam diretamente em alguns desses receptores. 
 
 
*de forma isolada = pouca secreção de ácido 
*de forma junta = sinergismo 
Fatores estimulatórios 
• Ach (via neural) – neurônio – receptor M3 – ativa bomba de prótons 
→ É liberada (juntamente com uma bateria de outros neurotransmissores e peptídios) de neurônios 
colinérgicos pós-ganglionares. 
→ Estimula receptores M3 muscarínicos específicos na superfície das células parietais, elevando, assim, o 
Ca2+ intracelular e estimulando a secreção de ácido. 
→ Também apresenta efeitos complexos em outros tipos celulares; por meio da inibição da liberação da SST 
das células D, potencializa sua ação sobre a secreção de ácido pelas células parietais. 
• Gastrina (via endócrina) – célula G – receptor CCK2 – ativa a bomba de prótons 
→ É sintetizada pelas células G no antro gástrico e é secretada no sangue portal, agindo como um hormônio 
circulante. Estimula a secreção de ácido pelas células ECS por meio da sua ação nos receptores de 
gastrina/colecistocinina (CCK)2, que aumentam o Ca2+ intracelular. 
→ Estimula também a síntese de histamina pelas células ECS e aumenta, indiretamente, a secreção de 
pepsinogênio, além de estimular o fluxo sanguíneo e intensificar a motilidade gástrica 
→ Sua liberação é controlada por transmissores neuronais, mediadores veiculados pelo sangue e pela química 
do conteúdo gástrico 
→ Aminoácidos e pequenos peptídios estimulam diretamente as células secretoras de gastrina, assim como o 
leite e soluções de sais de cálcio, o que explica por que é inadequado usar substâncias contendo sais de cálcio 
como antiácidos. 
→ Seus receptores também são encontrados em células parietais 
→ Os receptores CCK2 são bloqueados por fármacos experimentais, como a netazepida e a proglumida 
• Histamina (via parácrina) – ECL – H2 – ativa bomba de prótons 
→ As células enterocromafim-símiles (ECS) contém histamina semelhantes aos mastócitos, que se localizam 
próximo às células parietais. Elas proporcionam uma liberação basal constante de histamina, que ainda é 
aumentada pela gastrina e ACh. 
→ A histamina atua como parácrina nos receptores H2 das células parietais, aumentando o monofosfato de 
adenosina cíclico (cAMP) intracelular. 
→ Essas células respondem a concentrações de histamina que estejam abaixo do limiar necessário para 
ativação dos receptores H2 vasculares. 
 
Fatores inibitórios 
• Prostaglandinas – células do TGI – receptor EP3 – bloqueia a bomba de prótons e aumenta a secreção de muco 
→ Exercem efeitos “citoprotetores” em muitos aspectos da função gástrica, incluindo: aumento da secreção de 
bicarbonato (receptores EP 1 e 2); aumento da liberação de mucina protetora (receptores EP 4); redução da 
produção de ácido gástrico, provavelmente por ação sobre os receptores EP 2 e 3 nas células ECS; e prevenção 
da vasoconstrição e, portanto, do dano à mucosa, que ocorre após estímulo agressivo. Essa ação 
provavelmente é mediada pelos receptores EP 2 e 4. 
→ O misoprostol é uma PG sintética que 
provavelmente explora muitas dessas ações 
para manifestar seus efeitos terapêuticos. 
→ Ep: receptores de prostaglandinas 
 
• Somatostatina – células D – receptor SSK → estimula 
a produção de muco 
→ É liberado pelas células D 
→ Mediante atuação no receptor 2 de 
somatostatina (SST)2, exerce efeitos 
inibitórios parácrinos sobre a liberação de 
gastrina pelas células G e sobre a liberação de 
histamina pelas células ECS, assim como 
diretamente sobre a produção de ácido pelas 
células parietais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ O ácido clorídrico é secretado no estômago pelas célulasparietais, que se localizam 
nas glândulas oxínticas do fundo e do corpo gástricos. Elas transportam ativamente H+ através de suas 
membranas canaliculares apicais por intermédio das H+/K+-ATPases (bombas de prótons), 
responsáveis pela troca do H+ intracelular pelo K+ extracelular. 
❖ Isso é regulado por três secretores neuro-hormonais: histamina, gastrina e acetilcolina (ACh). Cada um 
desses liga-se a receptores específicos na membrana basolateral da célula parietal e os ativa, 
desencadeando, assim, as mudanças bioquímicas necessárias para o transporte ativo do H+ para fora 
da célula. 
1. A histamina, que é liberada pelas células enterocromafimsímiles (ECL) localizadas e adjacentes às 
glândulas oxínticas e pelos mastócitos na lâmina própria, liga-se a receptores H2 de histamina sobre a 
célula parietal. 
2. A ativação dos receptores H2 estimula a adenilil ciclase e aumenta o monofosfato de adenosina cíclico 
(cAMP) intracelular. 
3. Por sua vez, o cAMP ativa a proteinocinase dependente de cAMP que fosforila a H+/K+-ATPase na 
membrana apical da célula. A fosforilação do trocador ativa a saída do H+ da célula parietal para a luz 
gástrica. 
4. A gastrina é secretada na corrente sangüínea pelas células G do antro gástrico, enquanto a ACh é 
liberada dos nervos 
pós-ganglionares cujos corpos celulares se localizam na submucosa (plexo de Meissner). 
5. Esses secretores ligam-se a seus receptores respectivos na célula parietal e, desse modo, aumentam os 
níveis intracelulares de cálcio (Ca2+). 
6. O Ca2+ ligase à calmodulina e estimula a adenilil ciclase. O Ca2+ também ativa a proteinocinase C, que 
fosforila e ativa a H+/K+-ATPase para aumentar a secreção de H+. 
7. Enquanto a histamina, a gastrina e a ACh aumentam a secreção de ácido pelas células parietais, as 
células D secretoras de somatostatina e as prostaglandinas limitam a extensão da secreção gástrica de 
ácido. 
❖ A somatostatina diminui a secreção ácida através de três mecanismos 
(1) inibição da liberação de gastrina das células G por um mecanismo parácrino; 
(2) inibição da liberação de histamina das células ECL e dos mastócitos; 
(3) inibição direta da secreção de ácido pelas células parietais. 
❖ A prostaglandina E2 (PGE2) intensifica a 
resistência da mucosa à lesão tecidual ao: 
(1) reduzir a secreção gástrica basal e 
estimulada de ácido; 
(2) aumentar a secreção de bicarbonato 
pelas células epiteliais, a produção de muco, 
 a renovação celular e o 
fluxo sanguíneo local. 
 
 
 
Sempre que descama o epitélio 
intestinal ele é renovado de forma 
rápida 
 
 
 
 
 
• Doença ulcerosa péptica: área de escoriação da mucosa do TGI causada pela ação digestiva do suco gástrico 
• Locais mais suscetíveis: 
→ Pequena curvatura do antro do estomago (úlcera gástrica) 
→ Porção inicial do duodeno (úlcera duodenal) 
→ Extremidade inferior do esôfago (úlcera esofágica) 
• Fisiopatologia: a ulcera péptica refere-se a uma perda da 
integridade do revestimento do estômago ou do duodeno. A 
solução de continuidade pode atingir a mucosa, a muscular da 
mucosa, a submucosa e, em alguns casos, as camadas mais 
profundas da parede muscular. Esse comprometimento da 
integridade da mucosa pode causar dor, sangramento, 
obstrução, perfuração e até mesmo morte. 
As úlceras pépticas são causadas por um desequilíbrio entre os 
fatores protetores e fatores lesivos da mucosa gastrintestinal. 
 
 
Manifestações clínicas e complicações: 
• Dor epigástrica, tipo queimação e azia, com ritmicidade (íntima relação com o ritmo alimentar – 2 a 3h pós-refeição 
ou a noite) 
• Náuseas e vômitos 
• Perda de peso e anemia 
• Hemorragia, hematêmese (sangue vomitado), melena (sangue nas fezes) e perfuração da parede do órgão 
(estomago ou duodeno) 
Etiologia: 
• Desequilíbrio entre o sistema protetor da mucosa e a velocidade de secreção do suco gástrico 
• AINEs, H. pylori, estresse, Zollinger-Ellison, álcool/tabaco 
• Diminui produção de muco e bicarbonato, aumenta a secreção ácida 
 
 
 
 
Outros fatores que podem gerar úlcera péptica... 
SÍNDROME DE ZOLLINGER-ELLISON E ÚLCERA PÉPTICA 
• Tumor de pâncreas (ou duodeno) secretor de gastrina (gastrinoma), que 
motiva a liberação de HCl gástrico, provocando úlceras gastroduodenais 
e jejunais múltiplas e recidivantes 
• Condição clínica rara 
• Sintomas: dor abdominal e diarreia 
• Diagnóstico: dosagem de gastrina sérica 
→ Normal: 50-60 pg/mL 
→ Limite superior: 100-150 pg/mL 
→ Gastrinoma: > 150 pg/mL (pode chegar a 1.000 pg/mL) 
Tratamento: 
• Cura: ressecção cirúrgica 
• Clínico: inibição da secreção ácida 
 
ESOFAGITE DE REFLUXO 
• Afecção crônica, decorrente do fluxo retrogrado de parte do 
conteúdo gastroduodenal para o esôfago 
• Etiologia: acidez em excesso, defeitos anatômicos regionais, 
decúbito pós-prandial, abuso de certos alimentos (frutas 
cítricas, café e gordura) 
• Manifestações típicas: dor epigástrica, regurgitação, eructação 
e náusea 
• Manifestações atípica: asma, tosse, rouquidão, apneia noturna 
• Sinais de alarme: disfagia, anemia, perda ponderal e 
hemorragia 
H. PYLORI E ÚLCERA PÉPTICA 
H. pylori: 
• Bactéria G-, espiralada e flagelada 
• Isolada em 1982 pelos médicos australianos Barry Marshall e J. Robin Warren (prêmio Nobel de medicina de 2005) 
• Alta prevalência em populações com baixas condições higiênicas 
• Rota de transmissão fecal-oral ou oral-oral 
• Principal causa da ocorrência de úlcera péptica: 
→ 90-95% dos casos de úlcera péptica 
→ 70-80% dos casos de úlcera gástrica 
Fatores de virulência: 
• H. pylori fixa-se a moléculas de adesão sobre a superfície das células epiteliais gástricas 
• Produz enzimas como uréase, lipases e proteases e LPS 
→ Uréases: converte a ureia em amônia, o que tampona o H+ e forma hidróxido de amônio, criando uma nuvem 
alcalina ao redor da bactéria, assim ela se protege do ácido estomacal 
→ Produz mediadores inflamatórios como lipases e proteases que geram a inflamação local: degradam a mucosa 
gástrica 
→ LPS: lesam as células epiteliais gástricas 
• Aumenta a secreção ácida: níveis aumentados de gastrina circulante induz proliferação de células parietais 
→ A amônia gerada pelo H. pylori produz um ambiente alcalino na proximidade das células G e, dessa maneira, 
estimula a liberação de gastrina 
→ O número de células D antrais é menor em pacientes, resultando em diminuição da produção de SS e liberação 
aumentada de gastrina 
 
 
 
❖ Para a h.pylori não morrer começa produzir enzimas que produzem amônia, e como é básica deixa essa bactéria 
protegida 
❖ Isso vai aumentando o pH, e os quimiorreceptores que avaliam o processamento do alimento percebem que não 
está muito ácida e aumenta a acidez. Com isso as células G começam a produzir mais gastrina e aumentando a 
produção das células parietais, produtoras de ácido. Ao mesmo tempo ocorre o processo de inflamação e isso 
diminui a produção das células D de somastostatina. 
 
ÚLCERA PÉPTICA ASSOCIADA A AINES 
Segunda causa principal da ocorrência de úlceras pépticas: 
• 9-13% para úlcera gástrica e 10-19% para úlcera duodenal 
• Maior prevalência em usuários crônicos: 46x para úlcera gástrica e 8x para úlcera duodenal 
Produz menos sintomas que a úlcera causada por H. pylori 
• 30 a 40% dos pacientes são assintomáticos 
• Hemorragia: 60% assintomáticos (vs. 25% em outras etiologias) 
Identificação, entre os usuários de AINEs, aqueles 
portadores de fatores predisponentes à 
complicações pelo seu uso: 
• História prévia de úlcera péptica ou 
sangramento digestivo 
• Idade superior a 60 anos 
• Dose, duração e tipo do anti-inflamatório 
Os AINES não seletivos são mais propensos a 
causar úlceras, pois bloqueia também a COX-1 que 
participa de estímulos fisiológicos para a proteção 
gástrica. 
 
• Anamnese 
• EDA (permite a realização de biopsias) 
• Dosagem de gastrina (Sd. de Zollinger-Ellison) 
• Presença do H. pylori: 
→ Endoscopia (pesquisa histológica) 
→ Cultura 
→ Testede uréase 
→ Teste respiratório com ureia marcada (não invasivo) 
→ Determinação de antígenos fecais 
→ Testes sorológicos para a pesquisa de anticorpos anti-HP 
 
Drogas que neutralizam o ácido: antiácidos (neutralizam o ácido já formado) 
Drogas que inibem a secreção ácida: 
• Antagonistas dos receptores 
H2 
• Inibidores da bomba de 
prótons 
Drogas citoprotetoras: não funcionam 
sobre a secreção ácida, atuam sobe 
efeitos protetores (muco) 
• Bismuto 
• Sucralfato 
• Prostaglandinas/misoprostol 
Drogas que combatem a infecção por 
H. pylori: 
• ATB associados à inibidores da 
secreção ácida 
 
 
ANTIÁCIDOS 
• Neutralizam o ácido gástrico (que já foi formado) elevando o pH local e inibindo a atividade péptica 
 BASE + ÁCIDO D SAL + H2O 
• Não possuem receptor 
• Atuam diretamente no lúmen do estômago. São bases que quando reagem com o ácido, formam sal e água. 
• Efeito local (adm via oral e não tem absorção) D se acontecer absorção pode ocorrer interação medicamentosa e 
efeitos adversos 
• Bicarbonato de sódio: NAHCO3 (s) + HCl (aq) +H2O D NaCl (aq) + H2O (l) + H2CO3 (g) 
• Hidróxido de alumínio: Al(OH)3 (s) + 3HCl (aq) D AlCl3 (aq) + 3H2O (l) 
• Hidróxido de magnésio: Mg(OH)2 (s) + 2HCl (aq) D MgCl2 (aq) + 2H2O (l) 
 
Usos clínicos: Dificilmente vão ser prescritos, é mais tratamento de indicação depois que come algo e se sente mal 
• Alívio dos sintomas de azia, mal-estar, náuseas, sensação de queimação, dor abdominal ou estomacal: 
→ Administração 1h após as refeições 
→ Muito usados de forma específica, sem prescrição 
• Em uso contínuo ou em altas doses, pode cicatrizar as ulcerações D 4x/dia: 1h após as 3 principais refeições e ao 
deitar-se 
• Pouco prescritos em esquemas terapêuticos médicos 
→ Efeitos terapêuticos de curta duração 
→ Efeito rebote (aumento da secreção de gastrina estimulado pela redução do pH local) 
Obs.: Se usar de forma crônica começa a compensar 
Farmacocinética: 
• A ingestão conjunta com alimentos e antiácidos retarda o esvaziamento do estômago, permitindo maior tempo de 
ação do antiácido (como o meio fica mais básico, o esvaziamento é mais demorado para dar tempo de haver a 
digestão) 
 
• Não necessitam ser absorvidos para tratamento da hipersecreção ácida (ação local) 
→ Pode ocorrer absorção e isso levar à modificação do pH no leito vascular e urinário D interações 
farmacocinéticas 
→ Evitar a adm concomitante de antiácidos e fármacos destinados à absorção sistêmica D permitido 2h antes ou 
após a ingestão de outros 
• Podem alterar as taxas de absorção, biodisponibilidade e eliminação renal de vários fármacos por alterar o pH 
gástrico e urinário 
Principais representantes: 
• Carbonato de cálcio e bicarbonato de sódio (sais de ENO): 
• Antiácidos potentes 
• Contraindicado em tratamento prolongado (tem uma taxa de absorção mais considerável) 
• Ação rápida e efeito prolongado, porém tem alta taxa de absorção, podendo causar alcalose 
sistêmica no paciente. 
• CaCO3: 
• Ação rápida e efeito prolongado 
• Menor absorção 🡪 hipercalcemia, precipitação de sais de Ca nos rins 
• NaHCO3: 
• Ação rápida e efeito curto 
• Alta taxa de absorção 🡪 alcalose 
• Causam distensão abdominal, eructação, flatulência, náuseas e desconforto abdominal, formação de 
CO2 
• Hidróxidos de magnésio e alumínio: 
• Menor absorção D mais seguros que o CaCO3 e NaHCO3 
• Al(OH)3: 
• Ação lenta 
• Pode provocar náuseas e vômitos pelo seu sabor adstringente 
• São constipantes, provocando retardo do esvaziamento gástrico e prisão de ventre 
• Mg(OH)2: 
• Ação rápida 
• São laxantes e podem causar diarreia 
Obs: tende a fazer uma mistura do hidróxido e alumínio com o hidróxido de magnésio: 
• Magaldrato: 
• Complexo aluminado de hidróxido de magnésio que, em contato com o ácido gástrico, é 
convertido em Mg(OH)2 e Al(OH)3 
 
INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS 
É a classe mais potente, porque independente do que acontece na bomba não secreta o ácido 
• Impedem a liberação de HCl na luz estomacal 
• Inibem irreversivelmente a H+/K+-ATPase (bomba de prótons) ligando-se aos resíduos de cisteína 
• Mais potentes porque bloqueiam a via final da secreção de ácidos 
• Funcionam como pró-fármacos (precisam ser absorvidos) D é absorvido principalmente no intestino pois são bases 
(meio básico) D age em receptores nas bombas de prótons do estômago. O próprio ácido do estomago age ativando 
o fármaco. Eles precisam sofrer algum tipo de metabolismo para se ativar, o omeprazol em meio ácido forma um 
composto reativo e inibe a bomba de prótons. Sofre absorção sistêmica e depois volta para a células parietais para 
agir no local. 
• Então para ser absorvido vai para o intestino, e para ser ativado vai para o estomago. 
 
Principais representantes: Omeprazol, Esomeprazol, Rabeprazol, Lansoprazol, Pantoprazol 
 
 
O omeprazol penetra livremente no citoplasma da 
célula parietal (pH 7,1) na forma sem carga. No 
ambiente ácido do sistema canalicular da célula 
parietal (pH < 2,0), o omeprazol é convertido em 
sua forma sulfenamida ativa. A sulfenamida reage 
com um resíduo de cisteína na H+/K+-ATPase, 
formando uma ligação dissulfeto covalente. A 
modificação covalente da H+/K+-ATPase inibe a 
atividade da bomba de prótons e, portanto, impede 
a secreção de ácido 
 
Usos clínicos: 
• Gastrites por hipersecreção ácida 
• Úlceras duodenais ou gástricas 
• Esofagite de refluxo 
• Síndrome de Zollinger-Ellison (primeira 
escolha) 
• Adjuvantes à antibioticoterapia da úlcera 
péptica 
 
 
 
Farmacocinética: 
• Administração VO em formulações com revestimento entérico (liberação lenta), para serem liberados a partir no 
duodeno D proteção para não serem digeridos pelo ácido no estômago D absorvidos no intestino (absorção 
sistêmica) 
• Posologia: 1x ao dia pela manhã em jejum (30min antes do desjejum) 
• Bases fracas D rapidamente absorvidos em pH alcalino 
• Alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas 
• Metabolização hepática pelo citocromo P450 🡪 metabolitos sulfatados 
• Excreção renal e fecal 
• Tempo de meia-vida curto (~1h), porem única dose afeta a secreção ácida por 2-3 dias devido ao acúmulo nos 
canalículos 
→ Quando ele bloqueia a bomba de prótons ele tem efeito duradouro, porque bloqueia de forma IRREVERSIVEL, 
por isso que se toma somente 1 x ao dia. 
Efeitos adversos e interações medicamentosas: 
• Poucos efeitos adversos: 
→ TGI: náuseas, dores abdominais, flatulência, constipação ou diarreia 
→ SNC: cefaleia, sonolência, confusão mental 
→ Há relatos de miopatia, artralgias e exantemas cutâneos 
→ Uso crônico com omeprazol: 
▪ Redução da absorção de vitamina B12 
▪ Hipergastrinemia 
▪ Crescimento bacteriano anormal no TGI 
• Inibem a atividade de algumas enzimas citocromo P450 hepáticas e, portanto, podem reduzir a depuração de BZD, 
varfarina, fenitoína e muitos outros fármacos 
 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2 
• Inibem a secreção ácida estimulada pela histamina 
• Bloqueiam reversivelmente o receptor H2 para histamina nas células parietais 
• É menos potente que os inibidores da bomba de prótons pois são reversíveis, e bloqueia somente um modulador 
• São mais efetivos para o desconforto noturno 
Principais representantes: Cimetidina, Ranitidina, Famotidina, Nizatidina 
Uso clínico: efeito mais proeminente na secreção ácida basal e menos intensa (porém significativa) na supressão da 
produção ácida que se encontra estimulada 
• Efeito mais proeminente na secreção ácida basal e menos intensa (porem significativa) na supressão da produção 
ácida que se encontra estimulada D eficazes na secreção ácida noturna 
• Tratamento de gastrites e úlceras pépticas por hipersecreção ácida 
• Redução na produção gástrica de ácido impedindo úlceras secundárias ao estresse, esofagite de refluxo e casos de 
sangramento do TGI superior 
• Síndrome de Zollinger-Ellison (segunda escolha) 
Farmacocinética: 
• Administração VO, IV, IM 
• Rápidaabsorção pela VO 
• Concentrações séricas máximas: 1-3h 
• Baixa ligação às proteínas plasmáticas 
• Baixo índice de metabolismo hepático (10-35%) 
• Excreção renal (filtração e secreção tubular renal) 
Efeitos adversos: 
• Incidência global baixa: < 3% 
• Diarreia, cefaleia, tontura, fadiga, dor muscular e prisão de ventre 
• SNC: confusão, delírio, alucinações, fala arrastada e cefaleias 
• Ginecomastia, redução da contagem de espermatozoides e impotência reversível em homens, galactorreia em 
mulheres (cimetidina e famotidina) 
Interações medicamentosas: 
• Interação farmacocinética à nível de metabolismo hepático 
• Cimetidina D inibe citocromo P450 – potencializa os efeitos de outros fármacos associados 
❖ Varfarina, fenitoína, certos antagonistas do receptor b-adrenérgico, quinidina, cafeína, B2, ADT, teofilina, 
clordiazepóxido, carbamazepina, metronidazol, bloqueadores dos canais de Ca e sulfonilureias 
 
CITOPROTETORES 
• Geram uma capa protetora no lúmen do estomago 
• Protegem a mucosa gástrica 
• Potencializam os mecanismos de proteção da mucosa e/ou proporcionam uma barreira física sobre a superfície da 
úlcera 
• Facilitam a cicatrização das lesões e a recuperação do processo inflamatório consequente de gastrites por 
hipersecreção ácida e processos ulcerosos 
• Obs.: não precisam ser absorvidos igual os IBP 
Principais representantes: 
• Quelato de bismuto 
• Sucralfato 
• Misoprostol 
QUELATO DE BISMUTO: 
Mecanismo de ação: 
• Reveste a base da úlcera 
• Adsorve a pepsina, impedindo sua ação lesiva sobre o muco 
• Estimula a produção local de PGs, mucina e bicarbonato 
• Possui efeito tóxico sobre a H. pylori: impede a aderência à mucosa e neutraliza suas enzimas proteolíticas 
Efeitos adversos: náuseas, vômitos e escurecimento da língua e das fezes 
Representante: subcitrato de bismuto potássico 
SUCRALFATO: complexo hidróxido de alumínio/sacarose octasulfatada 
Mecanismos de ação: 
• Liga-se a grupos carregados positivamente em proteínas da mucosa, formando uma camada viscosa que se adere 
à mucosa do TGI 
• Reduz a degradação de muco pela pepsina, ácido e sais biliares 
• Estimula a secreção de muco, bicarbonato e prostaglandinas 
• Parece ter efeito trófico, favorecendo a cicatrização 
MISOPROSTOL: precisa ser absorvido 
• Análogo estável da PG E1 
Mecanismo de ação: agonista do receptor EP3 (receptor de prostaglandina) 
• Inibe a secreção ácida gástrica basal e estimulada 
• Aumenta a secreção de muco e bicarbonato 
Farmacocinética: 
• Rapidamente absorvido 
• Sofre grande e rápido metabolismo hepático 
❖ Pró-fármaco: misoprostol D ácido misoprostol 
• Efeito: 
❖ Início: 30min 
❖ Pico: 60-90min 
❖ Duração: até 3h 
• Excreção renal 
Efeitos colaterais: 
• Efeito estimulante sobre a musculatura lisa – diarreia (30% dos casos) 
• Estimula contrações uterinas – cólicas abdominais e abortivo (uso restrito) 
Uso clínico: prevenção de lesão da mucosa causada por AINEs 
 
Deve associar no mínimo dois antibacterianos 
1 antissecretório + 2 antibacterianos por 10-14 dias: 
 
 
Omeprazol + Tetraciclina + Metronidazol + Quelatos de bismuto 
 
• Amoxicilina D inibe a síntese da parede celular 
• Claritromicina D síntese de proteínas (50S) 
• Metronidazol D síntese de produtos citotóxicos 
• Tetraciclina D síntese de proteínas (30S) 
 
 
omeprazol + claritromicina + amoxicilina (padrão) 
IV Consenso Brasileiro sobre a infecção por Helicobacter pylori 
1ª linha 
❖ IBP dose plena 12/12h + amoxicilina 1000mg 12/12h + Claritromicina 500mg 12/12h por 14d 
❖ IBP dose plena 12/12h + bismuto 240mg 12/12h + tetraciclina 500mg 6/6h + metronidazol 400mg 8/8h 10-14d 
❖ IBP dose plena 12/12h + bismuto 240mg 12/12h + doxiciclina 100mg 12/12h + metronidazol 400mg 8/8h 10-14d 
Alérgicos a penicilina 
❖ IBP dose plena 12/12h + claritromicina 500mg 12/12h + levofloxacina 500mg 24/24h por 14d 
❖ IBP dose plena 12/12h + tetraciclina 500mg 6/6h + metronidazol 400mg 8/8h + bismuto 240mg 12/12h por 14d 
❖ IBP dose plena 12/12h + doxiciclina 100mg 12/12h + metronidazol 400mh 8/8h + bismuto 240mg 12/12h por 14d 
 
 
 
Omeprazol 20 mg 12/12 horas 
Lansoprazol 30 mg 12/12 horas 
Pantoprazol 40 mg 12/12 horas 
Rabeprazol 20 mg 12/12 horas 
Dexlansoprazol 60 mg 12/12 horas 
Esomeprazol 40 mg 12/12 horas

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