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Bases Celulares e Moleculares II 28/09/2021 Controle da Expressão Gênica (parte 2) Processamento do RNAm – Splicing alternativo • Não é necessário todos os éxons para formar uma determinada proteína; • Alguns pré-mRNAs podem ser processados de mais de uma maneira; • mRNAs contendo diferentes grupos de éxons podem ser gerados a partir de um mesmo pré- mRNA. Esse processo é denominado splicing alternativo e, por meio dessa estratégia, um gene pode dar origem a mais de um produto polipeptídico, esses produtos alternativos são chamados de isoformas; • Estima-se que 90% ou mais dos genes do genoma humano possam sofrer splicing alternativo, gerando mais de uma isoforma. Após a sua transcrição, o RNA eucariótico precisa ser processado de várias maneiras, antes de ser exportado do núcleo para onde possa ser traduzido. Os eventos de processamento incluem: • A adição do cap na extremidade 5' do RNA (capping ou capeamento); • O processamento propriamente dito (splicing ou retirada de íntrons); • A poliadenilação da extremidade 3' do RNA (cauda poli-A). Edição de RNA: Desaminação da adenina: é perder a amina, gerando inosina (hipoxantina + ribose), que se pareia com guanina. Desaminação da citosina: gera a Uracila que irá se parear com a adenina. Esses processos de Desaminação são feitos por enzimas denominadas como desaminases. Exemplo: Transporte de RNAm • É o controle da exportação do RNAm a partir do núcleo em direção ao citoplasma; • No núcleo ele está integro, já está maduro antes de chegar no citosol, o receptor de exportação é uma proteína que só se liga ao RNA se ele estiver integro, ou seja, se ele foi corretamente processado; • Proteínas do poro nuclear fazem o controle de qualidade; • Quando ele chega no citosol o receptor de exportação se desliga do RNA, voltando para o núcleo, para ajudar outros RNAs; Resumindo ↠ Algumas proteínas acompanham o mRNA à medida que ele atravessa o poro, enquanto outras permanecem no núcleo; ↠ O receptor de exportação nuclear de mRNA é um complexo de proteínas que se liga a uma molécula de mRNA, uma vez que ela tenha sido corretamente processada e poliadenilada; ↠ Depois que o mRNA é exportado para o citosol, esse receptor de exportação se dissocia do mRNA e é transportado de volta ao núcleo, onde pode ser novamente utilizado. Estabilidade do RNAm • Lembrar do tempo que ele permanece no citosol, quanto mais tempo ele permanece no citoplasma antes de ser degradado, mais proteínas ele irá sintetizar; RNA de interferência: siRNA; miRNA; piRNA miRNA • Os miRNA Regulam a tradução e a estabilidade de mRNA; • A RNApolimerase II atua sobre o gene de miRNA, que propriamente dito também sofreu um processo de maturação, sendo formado no núcleo de forma mais inativa (Pri-miRNA); • O pri-miRNA vai para o citosol por meio de uma proteína denominada como exportina 5; • A proteína Dicer no citosol cliva o Pre-miRNA, fazendo com que fita que foi liberada se associe com outras proteínas formando o complexo de silenciamento (RISC); Resumindo ↠ O miRNA precursor, por meio da complementaridade entre uma parte e outra de sua sequência, forma uma estrutura de fita dupla; ↠ Esse RNA é “recortado” ainda enquanto no núcleo e então exportado para o citosol, onde é adicionalmente clivado pela enzima Dicer para formar o miRNA apropriado; ↠ Argonauta, em conjunto com outros componentes de RISC, inicialmente associa-se a ambas as fitas do miRNA e, então, cliva e descarta uma delas. A outra fita guia RISC para mRNAs específicos pelo pareamento de bases; ↠ Nos mamíferos, a combinação miRNA-mRNA frequentemente não se estende além da curta região “semente” de sete nucleotídeos próxima da extremidade 5’ do miRNA. Esse pareamento de bases menos extenso induz a inibição da tradução, a desestabilização do mRNA e a transferência do mRNA para os corpos P onde é degradado. (Obs: nas neoplasias pode haver deficiência de miRNA, fazendo com que ele não iniba a produção da proteína oncogênica corretamente) siRNA siRNAs (RNAs interferentes): Originados de pareamento perfeito do RNA dupla hélice, geralmente de origem exógena (viral), ou elementos transponíveis. A formação de heterocromatina dirigida por RNAi é um importante mecanismo de defesa celular que limita a disseminação de elementos transponíveis em genomas, pois mantém suas sequências de DNA em uma forma silenciosa transcricionalmente. Os piRNAs são produzidos especificamente na linhagem germinativa, na qual eles bloqueiam o movimento de elementos transponíveis. Controle traducional Controle Pós-Traducional • A regulação de proteínas já produzidas ("após tradução") pode ajudar as células a responderem a estímulos ou mudar seu comportamento de forma rápida e acentuada; • Por exemplo, uma proteína que já havia sido produzida, mas estava em seu estado inativo, pode ser "ativada" por uma simples modificação química, sem precisar passar pela transcrição e tradução; • É o controle da atividade proteica; • Esse controle Pós-Traducional pode ocorrer por: fosforilação (sinalização intracelular), Glicosilação, ubiquitinação (proteossomo), formação de ligações dissulfeto / dobramento, adição de âncoras lipídicas (Ex: proteínas de membrana), clivagem da cadeia (Ex: insulina). Fosforilação • Quais aminoácidos podem ser fosforilados? Aqueles que possuem hidroxila na sua cadeia lateral, sendo eles: serina, treonina e tirosina; O efeito da fosforilação varia de proteína para proteína: algumas são ativadas, outras desativadas. • Aminoácidos fosforilados podem tornar-se inativos; Glicosilação de proteínas • Ocorre principalmente no reticulo endoplasmático e no Complexo de Golgi; • 50% das proteínas são glicosiladas; • No processo da N-glicosilação a proteína tem os açúcares ligados a proteína através do nitrogênio da amida de resíduos de asparagina; • No processo O-glicosilação, a ligação é feita entre o grupo hidroxila da serina ou treonina e o açúcar; • Esses processos são concomitantes a tradução, isto é, ocorrem enquanto a proteína está sendo sintetizada e, assim, pode afetar o enovelamento da proteína. Ubiquitinação • Proteínas podem ser marcadas para degradação pela adição de um marcador chamado Ubiquitina. A proteína marcada é reconhecida por uma protease responsável por destruir proteínas marcadas para degradação. Controle Expressão Genica em procarioto • Operon: é um conjunto de genes controlados sobre um único promotor (policistrônico). Em geral um Operon contém genes que atuam em um mesmo processo. • Cada gene codifica uma proteína, mas são controlados por um mesmo promotor. • Proteína repressora: em baixa concentração, ela é inativada, já na alta concentração ela se conecta no promotor reprimindo a síntese dessa proteína. Exemplo: (triptofano)
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