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1 Módulo 2 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA CONSUMIDORES CURSO 01 - planejar para realizar sonhosCURSO 01 - planejar para realizar sonhos MÓDULO 2 Curso desenvolvido no âmbito do Termo de Execução Descentralizada nº 1/2015 celebrado entre a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e a Fundação Universidade de Brasília, por intermédio do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (FUB/CDT). 2019 © Secretaria Nacional do Consumidor Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo com autorização por escrito da Secretaria Nacional do Consumidor. Esplanada dos Ministérios, Bloco “T”, Palácio da Justiça Raymundo Faoro, Edifício Sede, 5º andar, Sala 542 – Brasília, DF, CEP 70.964-900. Programa de Educação Financeira para Consumidores - Curso 1 - Planejar para realizar sonhos Edição Ministério da Justiça e Segurança Pública Secretaria Nacional do Consumidor Escola Nacional de Defesa do Consumidor O conteúdo deste curso foi adaptado a partir da obra produzida pela Consultora Cristiana Menezes Santos, Curso de Educação Financeira para Consumidores – PROJETO UNESCO 914BRZ5005 – Desenvolvimento de Mecanismos de Gestão da Informação do Conhecimento para as Políticas de Defesa do Consumidor, Brasília: Secretaria Nacional do Consumidor, Ministério da Justiça e Segurança Pública, 2014. Ministério da Justiça e Segurança Pública - MJ Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública Sérgio Fernando Moro Secretário Nacional do Consumidor Luciano Benetti Timm Diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor Fernando Boarato Meneguin Supervisão Andiara Maria Braga Maranhão Apoio Técnico Ana Cláudia Sant’Ana Menezes Conteudista Cristiana Menezes Santos Coordenação Prof. Dr. Rafael Timóteo de Sousa Júnior Prof. Dr. Ugo Silva Dias Coordenação Pedagógica Janaína Angelina Teixeira Design Instrucional Andréia Santiago de Oliveira Apoio ao Núcleo Pedagógico Josiane do Carmo da Silva Meirirene Moslaves Meira Nayara Gomes Lima Suzane Lais de Freitas Revisão Renatha Choairy Ilustração Philippe Lepletier Cristiano Silva Gomes Diagramação Sanny Saraiva Patrícia Faria Equipe Técnica da Fundação Universidade de Brasília - FUB Sumário 1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 5 2 SABENDO QUANTO GANHO E QUANTO GASTO ..................................................................... 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................... 37 5 Módulo 2 1 APRESENTAÇÃO Olá pessoal, eu sou o João. Sejam bem-vindos ao Módulo 2 do Curso 1 do Programa de Educação Financeira para Consumidores! Nesse Módulo você aprenderá a organizar suas próprias contas. Bons estudos! 6 Escola Nacional de Defesa do Consumidor 2 Sabendo quanto ganho e quanto gasto Vejam! Um dos objetivos de um programa de Educação Financeira é ensinar as pessoas a organizar suas próprias contas. Embora isso não seja difícil ou complicado, pouca gente faz. E muitas são as razões. Algumas pessoas simplesmente não sabem como fazer. Outras não gostam de controlar seus gastos. Há, também, quem tenha dificuldade de criar novos hábi- tos, novas atitudes. Apesar de não sobrar dinheiro no final do mês, elas também não passam pelo sufoco de um grande endividamento. Então, vivem assim por vários anos sem se incomodar ou querer mudar. Embora não consigam juntar dinheiro pra investir ou poupar, também não ficam sem conseguir pagar as contas do mês. Sem perce- ber, vivem na corda bamba. Qualquer movimento errado pode causar uma queda feia. Figura 1 7 Módulo 2 Qual a solução? Procurar o banco e fazer um segundo empréstimo? Não. Ao fazer isso, ele apenas empurra o problema com a barriga, pois a despesa continua crescendo e as contas se acumulando. Constrangido por não conseguir pagar as contas, o sujeito toma dinheiro emprestado, sem sequer saber como vai pagar. Não percebe que se não tinha condições de quitar uma despesa menor, também terá dificuldade para pagar o empréstimo. Assim, aquela conta que era tão pequena que a gente achava que ia dar um jeito de pagar virou algo tão grande que nos atormenta e tira o sono exatamente porque não enfrentamos o problema antes, quando ele era pequeno. Eu tenho um primo que se endividou quando a mãe adoeceu. E um amigo que passou a ter despesas maiores depois que separou da esposa. Minha vizinha teve o nome negativado porque aceitou colocar as compras feitas por um amigo no seu cartão e, na data do vencimento, ele não pagou. Todos nós temos amigos que tinham uma condição financeira equilibrada, até que um problema sério mudou esse quadro. Nestes momentos, quem não tem o controle da sua vida financeira entra em uma bola de neve. 8 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Conhecem alguém que, quando �ca doente, recusa-se a ir ao médico ou a seguir o tratamento? Ou que precisa perder peso, mas sempre tem uma desculpa para não fazer uma reeducação alimentar? PARA REFLETIR Às vezes, a pessoa endividada age de forma parecida: foge do problema, pois não sabe como resolvê-lo. Ela não sabe quais as suas dívidas, quanto deve, nem qual a taxa de juros de cada empréstimo. E também não sabe quanto gasta, nem se tem condições de pagar as prestações que vencem todo mês. A verdade é que todo problema tem solução, mas ela só surge quando decidimos enfrentá-lo. Uma pessoa doente não fica curada se não cuidar da sua saúde e cumprir as recomendações do seu médico. Por mais que a família a ame e os amigos desejem que fique boa, cabe a ela decidir tomar os remédios na hora certa e fazer o tratamento indicado. Em resumo, determinado tipo de problema, para ser resolvido, depende de uma atitude nossa. Com a questão do endividamento, também é assim. Quem está endividado precisa estar decidido a mudar de situação. E isso exige, sobretudo, novos hábitos e novas atitudes. DICA Por isso, busque apoio na família e nos amigos. Mas tenha sempre em mente que quem faz o seu caminho é você. O problema só tem solução quando você decide enfrentá-lo. Amigos e familiares são importantes, mas a decisão de mudar é apenas sua. Figura 2 Figura 3 9 Módulo 2 Eu acredito que a maior prova de que vocês querem organizar as suas �nanças está aqui. É a participação de vocês neste programa. Então, vamos em frente, pois dias melhores os esperam! Foi com essas palavras que Adriana começou a falar sobre orçamento doméstico. Antônia, que tinha ouvido tudo com atenção, comentou com Norma: 10 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Eu quero muito pagar minhas dívidas e nunca mais �car nessa situação. Será que vou conseguir? Mas para mim não vai ser fácil. Eu detesto que me digam o que posso e o que não posso fazer. E, menos ainda, que controlem meus gastos. Toda vez que meu marido tenta fazer isso, nós brigamos. Claro que vai, Antônia! Você não ouviu o que Adriana disse? Para todo problema há uma solução. Mas a gente precisa ter a coragem necessária para enfrentar o problema e a decisão de construir a solução. Adriana ouviu e aproveitou para esclarecer: 11 Módulo 2 Sua observação é muito importante, Laura. Fique tranquila, pois aqui ninguém vai controlar seus gastos. Não é esse o objetivo do programa. Como eu expliquei, a nossa intenção é a de dar a vocês ferramentas para que possam decidir o que fazer com o dinheiro de modo consciente. Mas quem vai decidir se isso signi�ca poupar, comprar roupas ou fazer uma viagem são vocês. Nossa, que viagem! Organizar contas não tem nada a ver com fazer mercado. Em um a gente poupa, no outro a gente gasta. Não há nada mais simples do que a organização das nossas contas, pois é parecido com fazer mercado. Será? Vamos ver. PARAREFLETIR Imagine que uma dona de casa, a quem eu vou chamar de Maria, esteja se preparando para ir ao mercado. Para isso, ela dá uma olhada na despensa, verifica o que está faltando, anota na lista de compras, calcula aproximadamente quanto vai gastar e coloca R$ 150,00 na carteira. Quando chega ao mercado, pega o carrinho e vai procurando os produtos da lista. No meio do caminho, vê um item em promoção e o acrescenta às compras. Depois, vai ao caixa, passa as compras, entrega o dinheiro e recebe o troco. 12 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Fazer o orçamento doméstico segue a mesma lógica. Da mesma forma que D. Maria coloca R$150,00 na carteira para gastar no mercado, todo mês nós recebemos um valor que será usado para pagarmos nossas contas. > Salário. > Prestação de serviços. > Aposentadoria. > Gorjetas. > Bicos. > Seguro-Desemprego. > Pensão. > Aluguel de um imóvel. > Mesada. > Estágio, entre outras. Essa receita pode vir de várias fontes: 13 Módulo 2 E da mesma forma que D. Maria fez com a sua lista de compras, nosso primeiro passo deve ser planejar, ou seja, relacionar quais são nossas despesas e quanto vamos gastar com elas. Hoje, nós vamos aprender a fazer isso. Mas observem que depois de ter feito a lista, D. Maria foi ao mercado, colocou as compras no carrinho e passou-as no caixa. Em seguida, pagou com o dinheiro que tinha na carteira. Nosso mês também é assim. Devemos pagar nossas despesas com o dinheiro que recebemos. IMPORTANTE Quando gastamos menos do que ganhamos, sobra dinheiro. Mas se as despesas forem maiores que as receitas, vai faltar. E para fechar as contas do mês, nos restarão três caminhos: 1. Buscar mais uma fonte de receita (um trabalho extra, etc); 2. Economizar nas despesas; ou 3. Tomar dinheiro emprestado. Professora, seu exemplo está furado, pois D. Maria não seguiu a lista de compras. Então, para que planejar? Gostei de sua observação, Marcelo. Nem ela, nem a gente segue. Raramente, entramos no mercado e compramos exatamente o que está na lista. Sempre levamos alguma coisa a mais. No caso, foi um produto em promoção. 14 Escola Nacional de Defesa do Consumidor IMPORTANTE Mas observe que não faltou dinheiro para D. Maria pagar a conta. Ou seja, ela foi precavida e saiu de casa saben- do que poderia precisar de um dinheiro a mais para uma despesa extra. Por isso é importante planejar. Você quer dizer que, quando a gente planeja, o imprevisto pode até acontecer, mas a gente está preparado? É isso? Exatamente. O planejamento do orçamento do mês tem várias �nalidades, veja a seguir: IMPORTANTE • Primeiro, vamos ver, de imediato, qual a nossa situação financeira. Terminaremos o mês com folga ou não vai dar para pagar as contas? • Segundo, vamos planejar gastos extras. Tenho dinheiro para comprar uma televisão nova este mês ou não? • Por fim, vamos programar o futuro e, neste sentido, sonhar. O planejamento nos faz enxergar quanto a gente ganha e quanto gasta. Figura 4 15 Módulo 2 Oba! Isso eu gostei! Pois é. Quando a gente coloca as nossas despesas no papel, pode ver melhor onde vai cortar, de forma a conseguir realizar nossos sonhos. Mas prestem atenção: IMPORTANTE Planejar é o primeiro passo. Essa programação pode ser anual, semestral ou mensal. O ideal é que cada um tenha um planejamento mais longo e outro mais curto. Por exemplo, um anual e outro mensal, que devem ser feitos sempre no começo de cada período. Em seguida, a gente tem que cumprir, ao máximo, o que foi plane- jado. Para isso, é preciso acompanhar as despesas que fazemos a cada dia. É a fase de execução. $ Emprestimos?Juros! Se D. Maria tivesse comprado vários itens que não estavam previstos na sua lista, tinha estourado o planejamento e teria que devolver produtos quando passasse as compras no caixa. Muitas pessoas começam a se endividar assim. Assumem mais dívidas do que podem pagar e, na hora do vencimento da conta, no lugar de cortar algo, preferem pegar mais dinheiro emprestado. Por último, chega o momento da avaliação, quando nós examinamos o perfil das despesas, vemos se conseguimos cumprir o planejado e, caso negativo, qual a razão. Feita a avaliação, é hora de planejar o próximo mês. Voltando ao começo de nossa conversa, vejam como os passos que damos ao organizarmos nosso orçamento se parecem com os de D. Maria: 16 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Quando D. Maria vai ao mercado ela: Ao organizar sua vida fi anceira você: Separa o dinheiro que vai gastar e faz a lista de compras do mercado. Relaciona quanto ganha e as despesas que pretende fazer ao longo do mês. Faz as compras observando a lista. Faz gastos de acordo com a planilha de planejamento. Quando encontra um produto em promoção, olha o preço e checa se tem dinheiro para pagar. Quando pensa em fazer algum gasto extra, examina a planilha de planejamento para saber se tem como pagar. Leva as compras ao caixa, paga e vê quanto sobrou. Paga as contas do mês. Compara as compras que fez com o que estava na lista. Avalia se conseguiu comprar tudo, se faltou algo e se comprou itens não previstos. Checa se gastou o que programou ou não. Decide o que fazer com o troco. Compara as receitas e despesas que relacionou no planejamento com o que acontececu ao longo do mês. Avalia se tudo correu como previsto ou não. Se ti ver sobrado dinheiro, decide o que vai fazer com ele. Caso tenha faltado, decide como vai fazer para pagar a conta que fi cou em aberto. Passo Passo Passo PLANEJAMENTO (antes do início do mês) AVALIAÇÃO (final do mês) EXECUÇÃO (durante o mês) Passo Passo Passo PLANEJAMENTO (antes do início do mês) AVALIAÇÃO (final do mês) EXECUÇÃO (durante o mês) Passo Passo Passo PLANEJAMENTO (antes do início do mês) AVALIAÇÃO (final do mês) EXECUÇÃO (durante o mês) Quero ver como se faz isso. Figura 5 17 Módulo 2 Boa pergunta, Antônia! Por várias razões. Posso mencionar algumas: Mas fazer o orçamento é só isso? Se é simples assim, por que tem tanta gente endividada? a) Primeiro: muita gente sabe quanto ganha, mas não sabe quanto gasta. Observe que uma pessoa pode ganhar R$ 10.000,00 por mês e ter despesas de R$ 15.000,00. Apesar do salário alto, quando o mês terminar ela estará devendo R$ 5.000,00. Ou seja, terá menos dinheiro do que alguém que ganha R$ 2.000,00 e gastou menos do que ganha. Acontece que é fácil saber qual a nossa receita, porque normalmente ela vem de poucas fontes. E como é nosso interesse receber, acompanhamos os pagamentos e cobramos direitinho o que os outros nos devem. Eu tenho amigos que só olham o saldo da conta corrente para ver se o salário já foi pago. Acontece que relacionar e controlar as despesas exige que a gente incorpore hábitos que nunca fomos educados para ter. Então, normalmente nós não sabemos quanto gastamos. Esse é o meu caso. Eu até ganho bem, mas nunca consigo terminar o mês sem dever. 18 Escola Nacional de Defesa do Consumidor b) Segundo: Outra razão é a forma como usamos o crédito. – Vamos voltar ao exemplo do mercado. Se D. Maria colocar no carrinho de compras produtos que custem mais do que os R$ 150,00 que ela tem no bolso, vai ter que desistir de levar alguma coisa. Mas, se ela tiver cartão de crédito, leva! Eu nunca saio sem o meu. Uma pessoa, a quem vamos chamar de João, tem como única receita o salário de R$ 1.500,00, que é pago no primeiro dia do mês. Portanto, este é o valor que ele pode gastar, sem se endividar. Pois é, Laura, o problema é que todo crédito, o que inclui empréstimos e �nanciamentos, precisa ser pago. E, quando não conseguimos pagar, a situação se agrava. Vou dar um exemplo: 1º DIA DE CADA MÊS Receita = Salário = R$ 1.500,00 Capacidade de gasto = R$ 1.500,00 (salário) $ Figura 6 Figura 7 19 Módulo 2 Acontece que, quando a gente faz um empréstimo ou contrata um cartão de crédito,apesar da nossa receita continuar a mesma, a nossa capacidade de gasto aumenta. Com isso, a situação de João passa a ser a seguinte: Como João é um bom cliente, o gerente do banco lhe ofereceu um cartão de crédito com um limite de R$ 1.000,00. Ele aceitou e programou o vencimento da fatura para o dia 2 de cada mês. Receita = Salário = R$ 1.500,00 Capacidade de gasto = R$ 1.500,00 (salário) + R$ 1.000,00 (limite do cartão) = R$ 2.500,00 Figura 8 20 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Animado com o crédito que tem disponível, ele acaba fazendo despesas no valor de R$ 2.300,00, sendo R$ 1.000,00 no cartão e R$ 1.300,00 com o dinheiro do salário. No �nal do mês, seu saldo será de R$ 200,00. No primeiro dia do mês seguinte, João recebe novamente o salário. E o saldo da sua conta corrente passa a ser de R$ 1.700,00, sendo R$ 200,00 referentes ao que restou do mês anterior e R$ 1.500,00 do salário. No dia 2, quando a fatura do cartão vence, sua situação é essa: Figura 9 21 Módulo 2 Após a fatura ser paga, João terá apenas R$ 700,00 para custear as outras despesas do mês. Na verdade, o saldo de R$ 1.700,00 era uma ilusão, pois parte dele �cou comprometido na hora em que ele usou o cartão no mês anterior. Figura 11 Figura 10 22 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Para piorar, neste mês a capacidade de gasto de João será de apenas R$ 1.700,00, mesmo contando com o limite do cartão, pois após o pagamento da fatura o seu saldo será de apenas R$ 700,00. Portanto, se ele continuar tendo despesas no valor de R$ 2.300,00, vai acabar tendo que pedir dinheiro emprestado. Com muita frequência, saímos de casa apenas para passear no shopping e voltamos cheios de sacolas de compras. Precisamos, mesmo, de todos aqueles itens? Quem não tem uma roupa que nunca usou ou um livro que não leu? Quem conhece uma criança que queria muito um presente e quando ganhou brincou 5 minutos e deixou de lado? A verdade é que, além de não controlarmos nossas despesas, gastamos mal. Eu tenho uma �lha que faz isso mesmo! Estou impressionada. Tudo o que você disse faz sentido. Mas ainda não entendi o que devo fazer para me organizar melhor. Eu também! Quando chegam nesse ponto, muitas pessoas, sem querer cortar despesas, optam por fazer o pagamento mínimo do cartão de crédito ou entram no cheque especial. Ao fazerem isso, entram em uma verdadeira roda-viva, pois os juros passam a comer boa parte da receita que ganham, e em poucos meses, elas estarão atoladas em dívidas. No �nal, terão que fazer exatamente o que não aceitaram fazer antes: cortar despesas. Foi exatamente assim que eu comecei a me endividar. Muita gente passa por isso. Vai gastando mais do que ganha, sem nem perceber que está se endividando. Para terminar, não posso deixar de mencionar que entre as causas mais frequentes do endividamento está a compra por impulso. 23 Módulo 2 O Talão de Pequenas Despesas, que está disponível para vocês, irá ajudá-los nisso tudo. Daqui a alguns capítulos, nós vamos veri�car se vocês conseguiram cumprir o que planejaram e onde podem diminuir os gastos. Agora, mãos à obra. Então, vamos lá. Primeiro eu vou mostrar como é simples planejar o orçamento. Feito isso, vamos passar à fase da execução, momento em que cada um acompanha suas receitas e despesas, para que elas correspondam ao que foi planejado. Talão de Pequenas Despesas 24 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Para começar, crie uma tabela e lance nela o quanto você recebe todo mês e de onde vem o dinheiro. Isso inclui salário, aposentadoria, aluguéis, pensão alimentícia, serviços extras (bicos), etc. IMPORTANTE Quem vive somente com suas receitas e paga apenas suas próprias despesas pode fazer um orçamento individual. Mas quem divide as responsabilidades da casa com outra pessoa deve anotar as receitas de todos. Observe o exemplo: RECEITAS: FIXAS, VARIÁVEIS E EVENTUAIS As receitas podem ser classi�cadas em �xas, variáveis e eventuais. O aluguel da garagem e a aposentadoria são exemplos de uma receita �xa, pois seu valor permanece o mesmo por vários meses. 25 Módulo 2 IMPORTANTE Mas algumas pessoas, a exemplo dos vendedores, recebem um salário composto de uma parte fixa e outra, que corresponde à comissão pelas vendas, variável. Outros recebem um valor diferente todo mês, como é o caso dos profissionais liberais (corretores, médicos, advogados, etc.). Quem tem receita variável deve usar o menor valor que recebeu nos últimos seis meses. Por fim, algumas receitas são classificadas como eventuais, pois nós as recebemos poucas vezes ao longo do ano. Por essa razão, é prudente que elas não sejam contabilizadas no planejamento das despesas mensais. Entretanto, é importante colocá-las no planejamento anual. Até porque, podemos planejar para fazer uma despesa extra no mês que a recebemos, sem precisar comprometer o equilíbrio do nosso orçamento. Nessa categoria estão o 13º salário, o adicional de 1/3 sobre o salário que é pago nas férias e de outras não previstas (premiação no trabalho, etc). Carla trabalha como vendedora em uma loja de roupa que lhe paga R$ 1.200,00 de salário, mais uma comissão sobre as vendas. Seu marido, Eduardo, é servidor público e ganha R$ 2.000,00. Esta é a receita de cada um depois de todos os descontos legais que são feitos na folha, inclusive com INSS e FGTS. Ou seja, é o chamado “salário líquido”. Nos meses de baixo movimento, ela ganha menos. Mas no Natal, as vendas aumentam e sua comissão é maior. Veja o exemplo ao lado: 26 Escola Nacional de Defesa do Consumidor MÊS SALÁRIO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO R$ 1.508,00 R$ 1.350,00 R$ 1.820,00 R$ 2.300,00 R$ 1.940,00 R$ 1.470,00 Para manter suas contas equilibradas, Carla sabe que deve organizar suas despesas de maneira a não gastar mais do que o menor salário que recebeu nos últimos seis meses. Ao fazer isso, ela não corre o risco de �car endividada nos meses de pouco movimento; e quando ganha mais, pode fazer um gasto extra. Ao examinar seu contra-cheque dos últimos meses ela veri�cou a seguinte situação: OBSERVAÇÃO Ou seja, seu menor salário líquido foi no mês de outubro, quando ganhou apenas R$ 150,00 de renda variável. Esse será, portanto, o valor referente às comissões que ela vai colocar na tabela. Como sabe que Eduardo e Carla têm uma vida apertada, a mãe dela, D. Francisca, se ofereceu para dar uma ajuda ao casal, pagando a escola do neto. A receita da família, portanto, é assim: 27 Módulo 2 DICA O valor a ser anotado como receita é aquele que entra livre em sua conta corrente depois que são abatidos os impostos, INSS, FGTS, pensão alimentícia, etc. É a sua receita líquida. Agora que você já sabe quanto ganha, é hora de saber quanto gasta. As despesas também podem ser classi�cados em �xas, variáveis e eventuais. Despesas fixas São as que têm o mesmo valor todos os meses do ano. Entre outras, podemos mencionar o pagamento de aluguel, condomínio, mensalidade escolar e plano de saúde. Despesas variáveis São as que fazemos todos os meses, embora o valor gasto mude. É o caso da conta de água, luz, telefone, transporte, mercado, lazer e outras. Despesas eventuais São as que fazemos, em alguns poucos momentos ao longo do ano. A compra de material escolar e o pagamento de IPTU são exemplos. 28 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Eu preciso classi�car cada uma das despesas dessa forma? Para quê? Isso é complicado e dá trabalho! Adriana sorriu. Ela sabia que ele falava isso porque estava ansioso para ter uma solução rápida para a sua situação �nanceira. E explicou: Marcelo, a gente vai usar essa classi�cação quando for dar dicas para economizar e sair do vermelho. Normalmente o primeiro lugar em que a gente consegue cortar gastos é nasdespesas variáveis, pois basta economizar. 29 Módulo 2 Já as despesas �xas, algumas são necessárias, como a mensalidade da escola, o plano de saúde, entre outras. Então, é difícil mexer nelas. Outras, podem ser trocadas ou eliminadas. Entre o plano de saúde e a mensalidade da TV à Cabo, ambas despesas �xas, é melhor cortar a segunda. Mas pode haver também a possibilidade de contratar um plano mais barato. Nós estamos classi�cando as despesas dessa forma para facilitar essa análise. As minhas contas de água, telefone e energia mudam de valor todo mês. Quanto eu coloco no planejamento? Use um valor médio. Para saber quanto dá, some as três últimas contas e divida por três. Cálculo da média das despesas variáveis 1º) Some as contas dos últimos três meses: 2º) Valor médio mensal Divida o total por três meses R$ 264,00 / 3 meses = R$ 88,00 30 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Antônia, com relação aos gastos semana faça uma estimativa: Eu até sei qual a minha despesa mensal com condomínio e plano de saúde, mas não tenho a menor ideia de quanto gasto quando de semana. Como eu faço? saio com meus �lhos no �m com lazer no �m de EXEMPLO Se, aos domingos, você leva seus filhos para passear e depois faz um lanche com eles, calcule mais ou menos quanto gasta, multiplique por quatro semanas e anote. Lembre que esse orçamento é apenas um ponto de partida. Hoje, nós estamos planejando o mês. IMPORTANTE A questão é que nós não temos tempo a perder. Precisamos começar a nossa organização financeira hoje. Então, anotem tudo o que lembram. Feito isso, cada um vai poder examinar a sua própria situação e, a partir daí, tomar decisões. Quem estiver com o orçamento equilibrado, mas quiser separar um dinheiro para poupar e realizar algum sonho, vai poder escolher onde cortar. E quem estiver endividado vai ter condições de montar uma estratégia para sair do vermelho, que será executada ao longo dos próximos meses. Eu também tenho um empréstimo que �z. uma dúvida. Todo mês pago a parcela de Onde coloco? Pode colocar em “despesas com empréstimos e �nanciamentos ”, Seu Alfredo. Na tabela de Carla e Eduardo estão anotadas as seguintes despesas: 31 Módulo 2 O que eu pago com cartão de crédito �ca em despesas gerais ou em despesas com empréstimos e �nanciamento DESTAQUE As despesas que você paga com dinheiro, cheque, cartão de débito ou crédito, mas que saem de sua conta no mesmo mês, são despesas gerais. Mas se você precisou pegar dinheiro emprestado ou parcelou o pagamento, é uma dívida. Quando você tiver quitado, ela vai sair de sua tabela. Mas se você não pagar em dia, sobre aquele valor serão cobrados, além dos juros remuneratórios, os juros de mora, multa e correção monetária. Então é bom colocar esses valores separados. Facilita o seu acompanhamento. 32 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Eu queria �nalizar esse item chamando a atenção de vocês para o seguinte. Quando terminamos o planejamento, começa a fase E algumas das nossas despesas, como a compra de pão e leite, são de pequeno valor, o que faz com que normalmente não saibamos qual o nosso gasto total com elas. Então, vocês vão anotá-las no Talão de Pequenas Despesas, o que vai lhes permitir ter informações mais precisas. de execução. Depois que vocês relacionaram quanto ganham e quanto gastam, é hora de fazer conta. Se preferirem, usem uma calculadora. Pode ser a dos celulares de vocês. Façam o seguinte: Figura 12 33 Módulo 2 Somem todas as receitas fixas e variáveis e anotem o total. Não somem as eventuais, como 13º salário e férias, por exemplo, pois elas não acontecem todo mês. Somem todas as despesas fixas e variáveis e anotem o total. Por enquanto, também não considerem as despesas eventuais. Nesse primeiro momento, o nosso objetivo é apenas levantar informações para que você possa planejar o seu mês. Como elas são raras, não tem sentido relacioná-las aqui. Entretanto, as despesas eventuais devem aparecer no planejamento anual, e os recursos para que sejam pagas poderá sair da poupança ou de receitas eventuais especialmente separadas para este fim. Assim, o consumidor pode, por exemplo, se programar para pagar parte do material escolar solicitado pela escola do filho, no mês de janeiro, com o dinheiro do 13º salário. Por fim, subtraiam do total das receitas o valor das despesas. RECEITA/DESPESA RECEITA DESPESA SALDO R$ 3.750,00 R$ 3.295,00 R$ 455,00 A família de Carla e Eduardo estão na seguinte situação. E na sua tabela? Sobrou dinheiro ou faltou? Se sobrou, ótimo. Aplique na poupança ou em algum outro investimento. Se faltou, vamos enfrentar o problema e buscar uma solução para sair do vermelho. Figura 13 34 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Agora que a gente aprendeu a fazer o planejamento do mês, precisamos acompanhar os nossos gastos de modo a não fugir do programado. Veja como isso pode ser feito: Observe que nós temos certa facilidade em recuperar as informações de quase todas as nossas despesas, menos as que pagamos em dinheiro. E isso pode fazer seu planejamento ir por água abaixo. Vamos às contas: 35 Módulo 2 As pequenas despesas, portanto, quando somadas, chegam a um valor razoável. Deixar de anotá-las vai lhe dar a falsa impressão de ter um dinheiro disponível que, na verdade, você não tem. Com o cartão de crédito acontece algo parecido. Apesar de recebermos sempre o comprovante da operação, raramente acompanhamos quanto foi gasto durante o mês. Portanto, anote tudo. Para facilitar isso, o Talão de Pequenas Despesas tem um formato que cabe em sua carteira. Quem está endividado tem pressa de sair do vermelho. Para isso acontecer é preciso saber quanto se ganha e quanto se gasta. Então: Quando chegar em casa, faça o planejamento dos seus orçamentos anual e mensal. A partir de hoje, anote tudo o que você gasta no Talão de Pequenas Despesas. Isso vai lhe ajudar a: 11 22• checar se você esqueceu de colocar alguma despesa no planejamento; • acompanhar a execução do que foi programado; • escolher o que cortar para economizar. Figura 13 Figura 14 36 Escola Nacional de Defesa do Consumidor Pessoal, �nalizamos aqui o Módulo 2 do nosso curso. Nos vemos no Módulo 3, onde você entenderá sobre a mágica dos juros. Bons estudos! 37 Módulo 2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRÃO, Nelson. Direito Bancário. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011. ANTAS JR., Ricardo Mendes (org.). Desafios do consumo. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2007. BAUMAN, Zygmunt. 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