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AULA 5 - PICORNAVÍRUS

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1 MICROBIOLOGIA II 
AULA 5 – PICORNAVÍRUS (ENTEROVÍRUS E RINOVÍRUS) 
 
PICORNAVÍRUS: 
 Família muito grande de vírus tanto com relação ao número de membros que tem as características genéticas 
comuns quanto aos sintomas, pode ter o mesmo vírus causando sintomas diferentes e pode ter o mesmo 
sintoma causados por diversos vírus. 
 Vírions pequenos e de baixa complexidade genética. São vírus de RNA de fita simples, positiva e que 
costumam ter um ciclo de replicação rápido. 
 Dois grandes grupos de patógenos humanos: 
♠ Enterovírus: isolados da garganta e da porção inferior do intestino. 
♠ Rinovírus (principalmente resfriado): isolados principalmente da orelha e da garganta. 
 Grande diversidade de doenças. 
 Infecção subclínica é a mais comum, a maior parte dos casos são infecções subclínicas. 
 Doença mais grave: Poliomielite. Responsável até meados do século passado por um número grande de 
paralisia flácida (normalmente na primeira infância). 
 
PROPRIEDADES IMPORTANTES DOS PICORNAVÍRUS: 
 
 
 
 
 
 
 Composição das proteínas que formam o capsídeo do vírus 
ajudam a entender tanto os processos de defesa do nosso 
organismo quanto os processos vacinais e medicamentosos. 
 É um vírus formado por um envelope proteico, tendo 4 principais 
proteínas, sendo 3 externas (VP1 VP2 e VP3), sendo apenas 1 
interna (VP4 que ficam nos sulcos chamados de desfiladeiro ou 
fenda). Internamente tem – se as Vpgs que são as proteínas virais 
do genoma. 
 São vírus não envelopados, onde a estrutura do envelope ficaria, 
é a estrutura do capsídeo. 
 Os capsômeros são a parte funcional do capsídeo. Estão 
relacionadas com o reconhecimento celular, são essas proteínas 
com a ênfase maior para VP3 e VP4 que estão relacionadas com 
o reconhecimento celular, tem – se receptores celulares que 
permitem a entrada do vírus, mas também o reconhecimento dos 
anticorpos. Tem – se a imunoglobulina que reconhece o vírus também nessas proteínas. 
 As fendas são regiões que permite a entrada de algumas moléculas que vão funcionar como bloqueadores 
dessa região. 
 A célula vai ter um receptor celular, a fechadura está na proteína que reveste o vírus. Qual a estratégia para 
impedir a entrada do vírus? O fármaco impede a “fechadura”. Impedem a ligação do vírus com a membrana 
por ocupar a fenda que está relacionada com o reconhecimento da célula, impedindo a entrada do vírus e 
impede o início do ciclo viral. 
 
 
 
2 MICROBIOLOGIA II 
FAMÍLIA PICORNAVIRIDAE: 
☛ Enterovirus (enterovírus e rinovírus). Os dois principais fazem parte de uma única subfamília. 
☛ Hepatovirus (vírus da hepatite A). 
☛ Kobuvirus (Aichi vírus). 
☛ Parechovirus (parechovírus). 
☛ Aphthovirus (vírus da febre aftosa). 
☛ Cardiovirus (cardiovírus). 
 
CARACTERÍSTICAS DOS PICORNAVÍRUS HUMANOS: 
 
→ A maior parte se desenvolve na garganta. 
→ O único que se desenvolve bem em vias aéreas superiores é o rinovírus. 
→ Muitos se desenvolvem com facilidade na porção inferior do intestino. 
→ Rinovírus não se desenvolve no intestino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CICLO VIRAL: 
 Primeiramente, é necessário a penetração (apesar de não existir envelope, existe um reconhecimento das 
proteínas virais com relação as proteínas de membrana). Havendo a penetração, não fica nada fora, não fica 
nada na membrana. 
 Ocorre a liberação do RNA. Boa parte dos vírus de RNA, para iniciarem seu processo de multiplicação precisam 
primeiro transformar seu RNA em DNA (transcriptase reversa). Não são todos os vírus de RNA que tem a 
transcriptase reversa e essa figura é um exemplo de vírus de RNA sem transcriptase reversa. 
 O vírus entrou, liberou o seu RNA de fita positiva (junto com uma VPg). Quando ele é liberado, imediatamente 
o RNA viral que acabou de ser liberado será traduzido dando origem primeiro a uma lipoproteína que está 
relacionada com o corte das demais proteínas que vão fazer parte da estrutura viral. Essa lipoproteína são 
todas as proteínas do vírus unidas, ela forma uma única estrutura e depois que tem esse processamento 
proteolítico, ela é subdividida em todas as demais proteínas dos vírus, tanto as proteínas estruturais quanto as 
proteínas não estruturais. 
 Filamento de RNA – Capsídeo entra na célula, libera seu RNA e ele será lido inteiro formando uma proteína 
gigante (proteína é como se fosse um “colar” cheio de missangas, e cada missanga é um aminoácido, a 
informação vai ser produzida todo os colares de uma vez e depois vai cortando nas regiões em que se produz 
as proteínas especificas). Se produz primeiro a sequência total de aminoácidos (lipoproteína sem uma função, 
 
3 MICROBIOLOGIA II 
ou seja, traduz o RNA inteiro de uma vez), e depois vai ter o processamento proteolítico para dividir essa 
proteína gigante nas proteínas funcionais. 
 São algumas dessas proteínas que não são estruturais, que vão conduzir os processos de síntese dos novos 
RNAs, dos RNAs dos novos vírus. 
 Por enquanto produzi as proteínas, a parte estrutural e enzimática, e agora? Pega o filamento de RNA positivo 
e transforma em um filamento de RNA negativo, vai funcionar como se fosse um molde e a partir desse molde 
(filamento negativo) produz os novos filamentos e dará origem aos novos vírons que irão sair da célula por lise 
celular. Nesse caso eles não tem o envelope, eles arrebentam a célula e sai. 
 Repassando: O vírus entra, libera o RNA positivo. Esse RNA vai ser inteiramente lido formando uma proteína 
grande chamada de lipoproteína. Essa lipoproteína vai ser quebrada dando origem as proteínas funcionais do 
vírus, sejam estruturais ou não estruturais. Esse conjunto de proteínas não estruturais que vão conduzir os 
próximos passos que é a partir do RNA do vírus dar origem a um RNA negativo e vai ser um molde para 
produzir vários e cada um desses vai receber a estrutura dessas proteínas produzidas. 
 Tudo isso aconteceu fora do núcleo, aconteceu no citoplasma da célula. O vírus está usando principalmente a 
estrutura do ribossomo e algumas enzimas da célula, mas não usa material nuclear. Se fosse vírus típico que 
transforma RNA em DNA (transcriptase reversa), aí sim precisaria ir para o núcleo para iniciar o processo de 
duplicação. Esses são vírus de RNA, porém não tem transcriptase reversa, ou seja, os inibidores de 
transcriptase reversa não funcionam nesse caso. 
 
ENTEROVÍRUS: POLIOVÍRUS 
 Vírus da poliomielite. A poliomielite é uma doença infecciosa aguda. 
 Em sua forma grave, afeta o SNC, destruição dos neurônios motores na medula espinhal e consequentemente 
causando a paralisia flácida. A paralisia pode ocorrer só nas pernas (mais comum), em alguns casos a pessoa 
perde parte do movimento, mas consegue fazendo fisioterapia não perder massa muscular. Como regra, a 
pessoa que teve poliomielite na infância será cadeirante, não perde necessariamente a sensibilidade. 
 Os vírus não são afetados pelo éter nem pelo desoxicolato de sódio. São dois desinfetantes. 
 Os vírus são afetados por cloro, mas matéria orgânica promove resistência. 
 Boca constitui a porta de entrada do vírus. Muito comum na infância por isso. 
 Multiplicação primária na orofaringe ou no intestino. 
 SNC pode ser invadido através do sangue circulante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS VIAS DE POSSÍVEL TRANSMISSÃO DE ENTEROVÍRUS NO AMBIENTE? 
COMO PREVINIR A SUA TRANSMISSÃO? 
→ TRANSMISSÃO: A principal é a ORAL FECAL, ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes de uma pessoa 
infectada. Tocar em uma superfície contaminada (pela saliva de uma pessoa infectada ou por gotículas expelidas quando 
uma pessoa infectada espirra ou tosse) e depois levar a mão à boca. Inalar gotículas contaminadas transmitidas pelo ar. 
→ PREVENÇÃO: Imunização via vacinação e o adequado saneamento básico. 
 
4 MICROBIOLOGIA II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE EXPLICA A MAIOR INCIDÊNCIA DE INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS NOS MESESDE 
INVERNO? 
No inverno é comum a aglomeração nos lugares e, consequente maior transmissão do agente causador da doença. No Brasil temos 
um inverno seco, a umidade do ar baixa pode contribuir para o maior número de infecções. Obs.: O ar frio entrando pelas vias 
aéreas pode alterar a movimentação ciliar das células do sistema respiratório, debilitando a resposta contra os microrganismos. 
RINOVÍRUS: 
 Vírus causadores do resfriado comum (doença leve das vias respiratórias superiores). Muito confundido com 
gripe. 
 Isolados das secreções nasais, garganta e secreções orais. 
 Responsáveis por cerca de metade das exacerbações da asma. 
 Mais de 150 sorotipos. Grande diversidade genética. 
 Penetra no organismo através das vias respiratórias superiores. 
 A replicação se limita ao epitélio superficial da mucosa nasal. Relacionado com dores no corpo, tosse. 
 A secreção nasal aumenta em quantidade e na sua concentração proteica. 
 O calafrio constitui um sintoma inicial do resfriado comum. Não tem febre. 
 
RESFRIADO: 
 Período de incubação é curto, de 2 a 4 dias. 
 Doença aguda dura 7 dias (tosse improdutiva durante 2 a 3 semanas). 
 Adulto médio apresenta um ou dois episódios por ano. 
 
5 MICROBIOLOGIA II 
 Espirros, obstrução e corrimento nasais e faringite. 
 Cefaleia, tosse discreta, mal-estar e sensação de calafrio. 
 Pouca ou nenhuma febre. 
 Mucosas nasal e nasofaríngea tornam-se avermelhadas e edematosas. 
 Infecção bacteriana secundaria pode induzir otite média aguda, sinusite, bronquite e pneumonite. 
 A recuperação da doença normalmente ocorre antes da presença de anticorpos. 
RESUMO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LETICIA GRECCO T5

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