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EfeitosEfeitosEfeitos Farmacológicos eFarmacológicos eFarmacológicos e AspectosAspectosAspectos FarmacocinéticosFarmacocinéticosFarmacocinéticos RadiofármacosRadiofármacosRadiofármacos Radiofármacia Atualmente há um registro de aumento dos números de câncer e as doenças crônicas não contagiosas, em função do envelhecimento da população e de fatores de saúde, alimentares e culturais, entre outros. Isso é natural, por exemplo, e existem previsões do próprio INCA. Quem controla essa área não é só a Anvisa, mas também a medicina nuclear e órgãos do próprio governo que cuidam da energia nuclear. Apesar de não ser tão frequente a questão do radiofármaco, hoje em dia ele é extremamente utilizado para diagnóstico ou tratamento. Na maior parte das vezes, esse radiofármaco é uma terapia adjuvante no tratamento, associado a uma cirurgia, por exemplo, com a intenção de exterminar todas as células malignas. O radiofármaco também pode, em algumas situações, ser utilizado de forma isolada ou acoplá-lo a outras estruturas que levam a uma terapia alvo, com maior efeito. Portanto, com o advento e crescimento dessas terapias, surgem melhores perspectivas para que o tratamento de terapia alvo com um radiofármaco seja efetivado. Medicina Nuclear É a especialidade médica que envolve uso de isótopos radioativos no diagnóstico e tratamento de doenças. Nos procedimentos da medicina nuclear, os radionuclídeos são combinados com outros elementos para formar compostos químicos ou componentes farmacêuticos existentes, para gerar radiofármacos. Os radionuclídeos são a parte ativa que se une a outra estrutura molecular, como sequência de aminoácidos ou proteica, é uma forma que os leva até o alvo. Radiofarmácia hospitalar: serviço clínico que adquire, prepara, dispensa produtos radiofarmacêuticos e garante a qualidade uso diagnóstico ou terapêutico em pacientes encaminhados para a medicina nuclear serviço de um hospital. O que são radiofármacos Preparações farmacêuticas com finalidade diagnóstica ou terapêutica que, quando prontas para o uso, contêm um ou mais radionuclídeos. Compreendem também os componentes não radioativos para marcação e os radionuclídeos, incluindo os eluatos dos geradores de radionuclídeos. Na primeira imagem está a albumina humana, que junto a radionuclídeos torna-se um radiofármaco. Eluato é uma solução salina que sai de uma estrutura em que há material radioativo, que possui radionuclídeos. Radiofármaco é um fármaco, produto biológico ou droga que contém um elemento radioativo. O radiofármaco é primariamente utilizado para obtenção de imagem como agente diagnóstico, mas pode também ser usado no tratamento de enfermidades. O isótopo radioativo está ligado a uma molécula de endereçamento. Dessa união surge um tratamento do tipo alvo, ou seja, direcionado. O isótopo radioativo é instável e pode ser produzido em usinas nucleares, aceleradores ou na situação com o eluato. Uma vez produzido o isótopo, deve ser verificada sua qualidade, pois pode haver impureza. A maior parte utilizada hoje para tratamento e diagnóstico é o tecnécio. Eles são recebidos nos centros em que são feitos os preparos das doses, seja de forma intravenosa ou oral. O farmacêutico da área deve ter a capacitação para conseguir manipular um produto radioativo, que necessita de um uso grande de EPIs e procedimentos bem definidos, de acordo com situações da oncologia, como técnica asséptica, operação em câmara de fluxo laminar classe 2B2. O procedimento deve garantir que o radiofármaco ativo pode ser utilizado. Representação de um radiofármaco O tálio (TI), por exemplo), é um nuclídeo que, por si só, quando administrado no organismo, tem uma afinidade grande com o tecido cardíaco. Essa afinidade acontece naturalmente no organismo, pois a própria estrutura funcional fisiológica, junto a uma bomba de sódio e potássio, será capaz de ver esse tipo de elemento químico e colocá-lo para dentro da célula. E por essa afinidade com o tecido cardíaco, o tálio pode ser utilizado para fazer diagnóstico, ver se o paciente sofreu algum acidente vascular, por exemplo. O nuclídeo foi usado diretamente para essa finalidade. O tecnécio usado na terapia, por exemplo, tem uma meia vida de aproximadamente seis horas, portanto o medicamento deve ser preparado no dia do uso, de forma a garantir que saia com qualidade da linha de preparação da dose. Se, de repente, esse eluato que sai do ambiente radioativo ainda trouxer molibdênio, a substância precursora do tecnécio, ou outro resíduo, as impurezas presentes atrapalharão o diagnóstico, por exemplo. O importante é saber que o radiofármaco terá uma ação principalmente voltada para células alvo. Se for para fins de diagnóstico e se já houver alguma molécula de endereçamento com afinidade para algum tipo de câncer, de neoplasia, ela se conectará ao tecido, e quando é efeito o exame, as emissões de partículas desse produto radioativo ajudam a medicina de imagem a encontrar os pontos tumorais no corpo, com um escaneamento do corpo. Sabendo a localização, parte-se para as outras ações. Radioisótopos podem ser radiofármacos (diretamente) Radionuclídeos ou radioisótopos são isótopos instáveis, ou seja, sujeitos ao processo de decaimento radioativo (desintegração). Radioisótopo Se alguma dessas substâncias alcançarem a estabilização energética, elas liberarão energia. O decaimento radioativo auxilia também na produção de outros elementos. Perceba que os decaimentos de energia variam muito de um elemento para outro. O tempo de meia- vida é calculado para o uso do radioisótopo. O radioisótopo mais frequentemente usado nas clínicas é o tecnécio, com um tempo de meia-vida de seis horas. A droga é entregue à clínica, que já a utiliza no organismo do paciente nesse tempo, para diagnóstico ou radioterapia Para a prova é importante saber o tempo de meia-vida dos mais importantes, como tecnécio e iodo. A radiação é a propagação de energia sob várias formas. Dependendo da quantidade de energia, pode ser classificada em não ionizantes e ionizantes. Radiação Radiações não ionizantes As radiações não ionizantes são caracterizadas por não possuírem energia suficiente para remover elétrons da eletrosfera do átomo, não ocasionando o processo de ionização da matéria. São classificadas de acordo com o comprimento de onda: ultravioleta, luz visível, infravermelho, micro-ondas e ondas de rádio. Radiações ionizantes As radiações ionizantes possuem energia su ciente para provocar a ionização da matéria, ou seja, são capazes de promover a saída de elétrons da eletrosfera dos átomos, podendo causar modificações na estrutura de moléculas e do DNA. Estas radiações podem ser corpusculares (partículas alfa e beta) ou ondas eletromagnéticas (radiação gama). Obs.: as questões de provas costumam trocar os conceitos, afirmando que o radiofármaco é feito de radiação não ionizante, porém é o contrário. Exemplo: o núcleo do radioisótopo está emitindo partículas como elétrons, que são de cargas negativas, do tipo alfa ou beta, e sua característica é de um radioisótopo terapêutico, para atingir o DNA da célula tumoral. No entanto, se emitir raio gama, fóton ou pósitron, ele terá efeitos diagnósticos. Obs.: a radiofarmácia não é exclusividade para estudo de situações que envolvam somente tratamento oncológico, ela também é responsável pela emissão dos raios gama, que podem mostrar a ação de tratamentos, terapias, pesquisa clínica. Alfa e beta são partículas que conseguem atingir o tecido (camada da pele), atuando nele para fins de tratamento terapêutico. Já com os prótons instáveis, eles emitem radiação alfa e beta, que será utilizada para a lesão de um tecido neoplásico. Ela pode chegar até a neutralizar células sadias, trazendo efeitos colaterais, por isso há determinadas limitações no tratamento. Esse tipo de partícula também pode ser injetado no organismo, sem molécula com especi cidade, transitandolivremente, utilizado para outros fins terapêuticos. Já o raio gama tem a propriedade de passar pela matéria. Portanto, ao se falar de partículas de nêutrons, de raios gama, raio-X, eles são fármacos da radiofarmácia utilizados para fins de diagnóstico. Eles não causam lesões, mas emitem sinais que podem ser visualizados por determinados equipamentos. As radiações do tipo gama aparecem no escaneamento dos aparelhos. Essa radiação também pode ser administrada de forma endovenosa, subcutânea, vesical, intratecal e até por via oral. O radiofármaco entra no organismo, sofre uma depuração normal pelo fígado, com excreção normal, mas com um tempo de meia-vida já calculado, dosado, por isso o paciente não fica exposto muito tempo ao produto. Nos radiofármacos, os nuclídeos podem ser usados diretamente. Porém, é interessante usar uma partícula radioativa e associá-la a uma célula (uma molécula ou uma proteína, por exemplo), algo que vai fazer com essa substância se transforme em uma terapia-alvo. Essa terapia-alvo é feita pelo radiofármaco. As radiações alfa e beta terão uma propriedade particular de emissão de energia, que vai adentrar os nossos tecidos e é capaz de causar lesão a uma célula maligna. Já os raios gama serão usados para fazer diagnóstico. Os raios gama passam pelo corpo todo, por um equipamento que consegue escanear todo o corpo e fazer um mapeamento do que está sendo buscado nesse diagnóstico Para isso acontecer, o farmacêutico fará a manipulação dos radioisótopos e radiofármacos. Manipulação dos radioisótopos e radiofármacos Essa manipulação deve ter, principalmente, ações de segurança. As atividades que envolvem manipulação de radioisótopos e radiofármacos na radiofarmácia hospitalar são: Eluição dos geradores de radioisótopos, feita pelo gerador da figura que está mais abaixo. Manipulação dos radiofármacos. Controle de qualidade do eluato dos geradores de radioisótopos: pH, pureza química, pureza radionuclídica. Controle de qualidade dos radiofármacos: pH, pureza radioquímica. Fracionamento e dispensação em doses individuais. O gerador de radioisótopo acima realiza a eluição. Dentro dele, há uma coluna de vidro com molibdênio, que é o precursor do tecnécio 99. Na coluna, há um mecanismo em que é injetada uma solução salina que passará por esse mecanismo. Com isso, a coluna ficará com a radiação. A solução voltará a um frasco, guardado em vácuo, que coletará o material. O centro do cilindro é feito de chumbo. O frasco em vácuo vai guardar o eluato, que está com tecnécio 99 (também pode ter um resto de molibdênio e um pouco da coluna de vidro) e que é uma solução que está pronta para começar a preparação do radiofármaco. Aqui, há emissão de raios gama e de pósitrons. Para isso, será usada tomografia do tipo PET ou do tipo SPECT. Há o uso do tecnécio 99, mas é possível usar outros radioisótopos, de acordo com a afinidade desse radioisótopo por algum tecido, ou sua estabilidade, ou o seu tempo de meia vida. Radiofármacos para diagnósticos Imagens diagnósticas: as câmaras planares Os radiofármacos gama emissores permitem o diagnóstico de doenças pela aquisição das imagens cintilográficas que são realizadas na gama câmara, podendo ser usada a técnica SPECT- CT, do inglês, Single Photon Emission Tomography – Computed Tomography. Também é usada a PET-CT, do inglês, Positron Emission Tomography – Computed Tomography, ou seja, em um mesmo equipamento são realizadas as imagens metabólicas (PET) e imagens anatômicas por Tomografia Computadorizada (CT). O paciente recebeu, na radiofarmácia, por solução intravenosa ou por via oral, a solução que emitirá raio gama. A máquina fará um escaneamento que mostrará resultados importantes sobre a saúde desse paciente. Radiofármacos terapêuticos O pet scan localiza o tumor, e então pode ser feita a radioterapia convencional. A radioterapia alvo dirigida é o futuro desse tipo de tratamento. São usados receptores específicos nas células tumorais que são utilizados também em outros tratamentos na quimioterapia. Ela vai direto na célula-alvo, o que diminui bastante a situação da terapia que não é especí ca e reduz consideravelmente os efeitos adversos ao paciente. Abaixo, uma amostra de como as preparações disponíveis no mercado serão utilizadas no tratamento e no diagnóstico da parte oncológica. Veja que o tecnécio tem grande presença nestas tecnologias. Radiofármacos para terapia Tratamento de doenças de forma direcionada. Atingir alvos específicos tumorais tais como: o câncer da tireóide, linfomas ou metástases ósseas. A terapia com radionuclídeos tem por objetivo curar, mitigar e/ou controlar um processo patológico, observando-se poucos eventos adversos e efeitos colaterais. O mecanismo da destruição consiste no poder de ionização das radiações corpusculares (partícula alfa e partícula beta). Quando a célula tumoral absorve o radionuclídeo, seu DNA pode ser danificado pela ação direta da radiação, que resulta na quebra das fitas duplas contendo as bases nitrogenadas ou indiretas, por meio da formação de radicais livres após a interação da radiação com as moléculas de água presentes nas células. É o mecanismo de ação do radiofármaco, a forma como ele destrói a célula. Características dos radiofármacos para terapias Ser emissor de radiação particulada, como beta (β-), alfa (α) e elétrons Auger, com energia maior que 500 keV. Esse índice deve ser medido antes que o pro ssional saia da farmácia. Ter capacidade de se concentrar o mais especificamente possível no tecido alvo para transferir a ele uma alta taxa de dose de radiação para destruí-lo, não prejudicando os tecidos sadios adjacentes. Nesse caso, o radiofármaco pode também promover efeito farmacológico 1. 2. 3. Em relação à meia-vida do radionuclídeo, alguns fatores devem ser considerados, dentre eles, a cinética de concentração no tecido alvo. O tecnécio, que é bastante usado, tem t 1/2 de 6 horas É importante que haja uma compatibilidade entre o tempo necessário para o radiofármacos se concentrar no tecido alvo e a meia-vida efetiva do radionuclídeo. 1. 2. Há uma tecnologia sendo pesquisada no Brasil em que o radionuclídeo tem a capacidade de se ligar a receptores específicos O radionuclídeo foi tratado e, aplicado o radiofármaco, houve a melhora do paciente (acima, é possível ver a diferença no fígado antes e depois do tratamento). Abaixo, mais exemplos: Como é feita a radioterapia? Radioterapia externa ou teleterapia: a radiação é emitida por um aparelho, que fica afastado do paciente, direcionado ao local a ser tratado, com o paciente deitado. As aplicações são, geralmente, diárias. Braquiterapia: aplicadores são colocados pelo médico, em contato ao local a ser tratado, e a radiação é emitida do aparelho para os aplicadores. Esse tratamento é feito no ambulatório (podendo necessitar de anestesia), de uma a duas vezes por semana. Metade dos pacientes com câncer são tratados com radiações e o resultado costuma ser muito positivo. É feito de forma adjuvante. Para muitos pacientes, é um meio bastante e caz, fazendo com que o tumor desapareça e a doença que controlada, ou até mesmo curada. Quando não é possível obter a cura, a radioterapia pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Isso porque as aplicações diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz hemorragias, dores e outros sintomas, proporcionando alívio aos pacientes. Segundo o INCA, são: Quais os benefícios da radioterapia? Fadiga. Reações cutâneas (estomatite); o paciente pode apresentar ulcerações. Perda de cabelo. Alterações nas taxas sanguíneas. Náuseas e vômitos. Perda de apetite. Possíveis efeitos colaterais da radioterapia Principais radioisótopos usados na Medicina Existem milhares de isótopos radioativos. No entanto, nem todos podem ser aproveitados pela medicina. O uso em procedimentos de medicinanuclear envolve alguns requisitos, como informa este material da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). O ideal é que tenham meia-vida curta, sejam eliminados rapidamente pelo organismo, absorvidos em maior quantidade por um órgão específico e liberem baixa quantidade de radiação. É o caso do iodo-131, utilizado tanto na avaliação da tireoide quanto no combate a lesões nessa glândula. O tecnécio-99 é bastante usado na cintilogra a e diagnóstico de infarto do miocárdio. Pacientes com metástase nos ossos têm a dor reduzida a partir da injeção de doses de samário-153. Cobalto-60 e césio-137 são aplicados na radioterapia, enquanto o sódio-24 trata lesões. Para que sejam absorvidos pelo organismo, os radionuclídeos precisam estar associados a radiofármacos, que são os medicamentos utilizados em medicina nuclear. Formados por moléculas que se ligam ao radioisótopo, os radiofármacos são compostos radioativos administrados no paciente para possibilitar exames e tratamentos. Radionuclídeos e radiofármacos Instrução normativa – IN N. 81, de 16 de dezembro de 2020 da ANVISA É o começo de uma revisão feita pela agência. Regulamenta a lista de radiofármacos passíveis de apresentarem dados de literatura para comprovação da segurança e eficácia As substâncias da segunda linha serão associadas a nuclídeos, que serão transformados em radiofármacos. É importante ficar atento ao Ph da substância e é preciso validar uma técnica asséptica, evitando contaminantes. Questão de depuração: o fármaco normalmente tem um tempo de meia-vida curto (já que emite energia), será depurado, passará por biotransformação hepática e será excretado via renal.
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