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1 NEMOEL ARAUJO PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA TERAPIA NUTRICIONAL – DIETA PARENTERAL INTRODUÇÃO A NP fornece nutrientes diretamente para a corrente sanguínea por via intravenosa. A NP é indicada para os pacientes que ne- cessitam de terapia nutricional, mas não conseguem ou não querem ingerir os nutrientes adequados por via oral ou enteral. A NP pode ser utilizada como adjuvante da nutrição oral ou en- teral para suprir as necessidades nutricionais do paciente. Por outro lado, a NP pode ser a única fonte de nutrição durante a recuperação de uma doença ou lesão ou pode ser uma terapia de manutenção da vida para os pacientes que perderam a fun- ção absortiva do intestino. O profissional encarregado da nutri- ção do paciente precisa escolher entre o acesso central e o pe- riférico. O termo acesso central refere-se à colocação da ponta de um cateter em uma veia grande com fluxo sanguíneo ele- vado, como a veia cava superior; utiliza-se o acesso central na nutrição parenteral central (NPC). Na nutrição parenteral pe- riférica (NPP), utiliza-se um acesso periférico que consiste na colocação da ponta de um cateter em uma veia pequena, nor- malmente da mão ou do antebraço. “ Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e minerais, estéril, acondicio- nada em recipiente de vidro ou plástico, destinada à adminis- tração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em re- gime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.” Portaria nº 272/MS/SNVS, de 8 de abril de 1998. ➢ Administrado em veias de grande calibre e em alguns casos mais periféricos ➢ Deve ser liquida e sem precipitação ➢ Glicose, AA e Ác. Graxos ➢ Estéril ➢ Acesso venoso e equipo laranja ➢ Veia jugular ➢ Possui um filtro para que nada passe(subs estranhas) ➢ Recipiente plástico ➢ Obrigatoriamente hospitalar NP Central/Total •Solução administrada diretamente em uma veia central •Oferece todos os nutrientes essenciais e equilibrados para su- prir as necessidades nutricionais •Osmolaridade >1000 mOsm/L NP Periférica •Solução administrada diretamente em uma veia periférica. •Indicada para curtos períodos (5 a 7 dias) geralmente não atinge as necessidades nutricionais •Osmolaridade < 900 mOsm/L para evitar flebite INDICAÇÕES TGI não funcionante, inacessível ou obstruído – ILEO PARALÍTICO OU ADINÂMICO •Utilização do TGI não é possível ou não é desejável; •Absorção intestinal incompleta; •Quando estas condições estão associadas a um risco nutricio- nal CONTRA-INDICAÇÕES • Instabilidade Hemodinâmica; * • Edema Agudo de Pulmão; • Anúria s/ diálise; • Distúrbios Metabólicos/Eletrolíticos; • Mau prognóstico. *Avaliada pelo pH sanguíneo e gasometria Nutrição enteral mínima – Glutamina – 1 dia Nutrição de alta absorção - Oligomérica – Polimérica - depois 2 VIA DE ACESSO PERIFÉRICO Muitos profissionais não utilizam a nutrição parenteral perifé- rica porque dizem ser um tratamento de curto prazo com im- pacto mínimo no estado nutricional Pode ser utilizada como suplementação alimentar ou numa fase de transição para a alimentação enteral ou oral As veias periféricas não podem tolerar soluções concentradas Infusões diluídas de volumes maiores são frequentemente ne- cessárias para satisfazer as exigências nutricionais Pacientes sensíveis ao volume (insuficiência cardiopulmonar, renal ou he- pática) não são bons candidatos Indicações Punção central contra indicada ou impossível; Sepse relacio- nada ao cateter; Períodos curtos (7 a 10 dias) Contra indicações Dificuldade de acesso venoso periférico; Necessidades aumentadas (Kcal, PTN, eletrólitos); Risco de sobrecarga hídrica; Terapia nutricional prolongada Vantagens Menor risco de complicações; Mais simples; Menor custo; Fácil reconhecimento de flebites. Desvantagens Máximo - 900 mOsm/L; Menor aporte calórico; Período curto de utilização. VIA DE ACESSO CENTRAL Vantagens: •Maior concentração de nutrientes, em menor volume; •Longos períodos de duração; •Uso de soluções hiperosmolares (>1000 mOsm/L). Desvantagens: •Maior custo; •Maior risco de complicações. SISTEMAS DE NUTRIÇÃO PARENTERAL 2 em 1 Compostos por glicose, aminoácidos e micronutrientes Características: Glicose – Única fonte calórica; Não é utilizado quase nunca 3 em 1 Compostos por glicose, Aminoácidos, lipídeos e micronutrien- tes. Fonte calórica (Lipídeos + glicose); Melhor balanço nitrogenado Mais utilizado MACRONUTRIENTES EM NP AMINOÁCIDOS (AA) •Aminoácidos Cristalinos (essenciais e não essenciais) Alto Valor Biológico (AVB); Solução – 8,5 a 15%; 1g = 4 Kcals. Solução de aa modificados: Pacientes com função orgânica comprometida (Renal, Hepá- tica) Stress metabólico – sem evidências; RN - Solução com [ ] de histidina e tirosina; Recomendações 0,8 – 2,0g/kg/dia; ou 10 – 30% VCT. GLICOSE Dextrose monohidratada; 25 a 70%; 1g = 3,4 cals; Velocidade de Infusão de Glicose (VIG) – 5mg/kg/min; VIG máxima – 7mg/kg/min; VIG mínima – 2mg/kg/min; Mínimo de glicose = 100g/dia Complicações Decorrentes da Oferta de Glicose • Hiperglicemia; • Resistência à insulina; • Obesidade; • Oferta excessiva; Glicose > 220mg/dL → Infecção; • Esteatose Hepática. 3 LIPÍDEOS •São isotônicas e podem ser administradas por veia periférica. •10 (1,1Kcal/ml-11Kcal/g) e 20% (2,0 Kcal/ml-10Kcal/g) •Taxa de infusão máx.= 0,11g/kg/h Recomendação: 20 - 30% das kcals totais AGE: 2 a 4% de linoleico Adultos: 0,5 a 1,0 g/kg/dia (máx. – 2,0g/kg/dia) CÁLCULO DA NUTRIÇÃO PARENTERAL: JCS, sexo masculino, 50Kg, 1,60m de altura, com uma obstrução intestinal secundária a tumor. Avaliação Nutricional: - IMC atual: 19,5 Km/m2 Cálculo das necessidades nutricionais: - Calorias: 35 Kcal/Kg/dia = 35 x 50 = 1750 Kcal/dia - Proteínas: 1,5g/Kg/dia = 1,5 x 50 = 75g/dia Distribuição das calorias: Proteínas = 75g x 4 = 300Kcal Lipídio (1g/Kg/dia) = 50g x 10kcal (20%)= 500Kcal Carboidratos: 1750 – 300 – 500 = 950Kcal/3,4 = 279,4g de Cho Volume da solução: AA 15% 100ml---15g xml----75g 500ml 75 x 4 = 300Kcal Glicose 50% 100ml---50g xml---279,4g 558,8ml 279,4 x 3,4 = 950 Kcal Lipídio 20% 100ml---20g 4 xml---50g 250 ml 250 x 2,0 = 500 Kcal ou 50g x 10 = 500Kcal Necessidades normais (eletrólitos): 50ml – 100ml Volume total da solução = 500 + 558,8 + 250 + 100 (eletrólitos) = 1408,8mL Progressão da NPT 1º Dia = 30 % do total; 2º Dia = 70 % do total; 3º Dia = 100 %. VIG = g de glicose x 1000 (mg/kg/min) Peso x 1440 294 x 1000 = 4,08 mg/kg/min 50 x 1440 OBSERVAÇÕES ➢ Nutrição parenteral: ➢ Necessidades: CHO, PTN, LIP ➢ Soma-se: PTN + LIP e subtrai das kcal para encontrar glicose, / 3,4 para encontrar as gramas. ➢ Composição da dieta: % glicose, % AA, % lipídios para encontrar ml. Soma tudo e adiciona os eletrólitos (vo- lume total) ➢ Progressão: 1º dia: 30 %, 2º dia: 70 %, 3º dia: 100 %
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