Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TERAPIA NUTRICIONAL E GASTRONOMIA HOSPITALAR NUTRIÇÃO ENTERAL E PARENTERAL NUTRIÇÃO ENTERAL (NE) DEFINIÇAO É uma alternativa terapêutica para alimentar pessoas que não podem e/ou não conseguem se alimentar pela boca em quantidade suficiente para manter a saúde, podendo ser utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral. 2. INDICAÇAO - Quando o paciente não consegue atingir suas necessidades nutricionais apenas com a dieta oral apresentando risco nutricional ou desnutrição, por ingestão inadequada: trauma, anorexia, alcoolismo, queimaduras. - Quando o trato digestivo está funcionante ou parcialmente funcionante - Quando o paciente não pode se alimentar: inconsciente, feridas orais, AVC (Acidente Vascular Cerebral). - Quando o paciente não se alimenta, pois sente dor ou desconforto: doenças gastrintestinais graves, pancreatite, quimo e radioterapia. - Quando o paciente apresenta alguma disfunção no trato gastrintestinal: fístulas, síndromes de má absorção . 3. VIAS DE ACESSO A administraçao da NE é feita por meio de sondas , um tubo fino, macio e flexível , normalmente de silicone ou poliuretano.Essas sondas são radiopacas, ou seja, podem ser visualizadas através de RX permitindo que seja confirmada a sua posição correta no órgão em questão. O tipo de sonda depende da duração prevista deste tipo de administração, das condições do trato gastrointestinal e dos riscos de aspiração Via Nasal: Nasogástrica - sonda passada pelo nariz até o estomago) Nasoenteral - sonda passada pelo nariz até o intestino delgado ( duodeno) Via oral Orogastrica e Oroenteral Acesso direto no órgao: Requer procedimento cirúrgico no abdomem para colocá-la, geralmente utilizada quando o paciente requer nutrição enteral por mais de três meses, pois é mais confortável do que a sonda nasogástrica. Entretanto, podem ocorrer complicações de deslocamento, erosão da pele, vazamento do conteúdo gástrico, causando infecção Quando a sonda for colocada direto no estomago temos a Gastrostomia e quando for direto no jejuno ou duodeno temos a Jejunostomia. http://karinarigo.blogspot.com.br/p/nutricao-enteral.html 4. TIPOS DE DIETAS ENTEREAIS a- Dieta caseira ou artesanal : dieta com alimentos naturais preparada em casa, liquidificada e coada. Neste tipo de dieta deve haver uma combinação adequada de alimentos para que esta supra a necessidade nutricional do paciente. Tem a vantagem de apresentar um menor custo do que a industrializada ,porem o risco de contaminação é maior., alem de oferecer algumas dificuldades para quem está preparando. b- Dieta industrializada: dieta pronta, balanceada, contendo todos os nutrientes necessários de acordo com a patologia que o paciente apresenta. Pode ser encontrada : - Na forma de pó: que deverá ser dissolvida com água, - Líquida : pronta para se administrada em sua própria embalagem - Liquida : que precisam ser transferidas para um frasco descartável antes da sua administração. Hoje em dia são as mais utilizadas. 5. TIPOS DE SISTEMAS DE ADMINISTRAÇAO Aberto: Requer algum tipo de manipulação antes de sua administração, como no caso da dieta caseira ou da dieta industrializada na forma de pó ou a liquida que vem em embalagens tipo tetrapack . Fechado: Não requer nenhum tipo de manipulação já que são diretamente conectadas ao equipo de administração. 6. TIPOS DE FORMULAS ENTERAIS, SEGUNDO A INTEGRIDADE DE NUTRIENTES Monoméricas: ou elementares: são aquelas que apresentam os nutrientes já hidrolisados, como por exemplo: aminoácidos, glicose, ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais. Poliméricas: apresentam nutrientes intactos requerendo processo de hidrólise completo. Oligoméricas: apresentam-se parcialmente hidrolisadas. 7. TIPOS DE FORMULAS ENTERAIS SEGUNDO A COMPLEXIDADE DE NUTRIENTES Nutricionalmente completas: são aquelas que atendem todas as necessidades calóricas e de nutrientes Nutricionalmente incompletas: são aquelas administradas apenas com o objetivo de suplementação. 8. TIPOS DE ADMINISTRAÇAO Continua: controlada pela força gravitacional ou preferencialmente por meio de bombas de infusão. Pode e costuma ser mais bem tolerada do que a administração intermitente Intermitente:dieta administrada em intervalos regulares como se fosse uma refeição. Pode ser realizada com uma seringa de grande calibre que aspira o conteúdo alimentar e o injeta na sonda ; pela força gravitacional ou até mesmo por meio da bomba de infusão ( programada) A dieta não deve ser dada ao paciente deitado, a menos que a cabeça e o tórax estejam com uma elevação de 30° e permaneça nesta posição, durante meia hora após a refeição. Este cuidado previne a aspiração de alimentos para os pulmões. É importante a administração de água logo após a refeição, com a finalidade de evitar desidratação hipertônica e também efetuar a limpeza da sonda. 9- COMPLICACÓES DA NE Obstrução da sonda: dietas espessas e medicamentos podem obstruir as sondas,principalmente as mais finas. Para evitar esse problema , sempre lavar a sonda com água após passagem de dieta ou medicamentos. Deslocamento ou remoção acidental da sonda. Broncoaspiraçao. Lesao de tecidos : nariz , faringe e esôfago 10. CONTRA INDICAÇOES DA NE Hemorragias Vomitos incontroláveis Obstrucao intestinal NUTRIÇÃO PARENTERAL (NP) DEFINIÇAO Entende-se por nutrição parenteral (NP) a administração, por via endovenosa, de nutrientes JÁ HIDROLISADOS como :glicose, aminoácidos, ácidos graxos, bem como água, eletrólitos, sais minerais e vitaminas, possibilitando, deste modo, a manutenção da homeostase. Esta forma de alimentação tem como finalidade complementar ou substituir a alimentação via oral ou enteral, oferecendo por via extra-digestiva, os nutrientes necessários à manutenção dos processos vitais, em condições semelhantes em que normalmente são oferecidos à circulação após os processos de absorção. INDICAÇOES Quando houver uma incapacidade de absorção de nutrientes pelo trato gastrointestinal ou que o mesmo necessidade de repouso. Alguns pós operatórios . Complementação da alimentação natural, quando por causas especiais, complementa-se os nutrientes necessários pela via parenteral. Exemplo: desnutrição grave, pacientes debilitados, carências, etc... VIAS DE ACESSO Nutrição parenteral periférica (NPP), infundida em vasos periféricos da mão ou antebraço, sendo utilizada em curto prazo, geralmente inferior a 7 dias, ou em combinação com a NE ou para complementar o aporte de nutrientes. Nutrição parenteral total ou central (NPT), infundida em vasos profundos como a veia cava superior (VCS) que é a preferida, por ser a veia de maior diâmetro do corpo, podendo ser também administrada na veia jugular ou subclávia. É utilizada na impossibilidade de uso do trato gastrointestinal por mais de 7 dias. * Sugestao de vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=5y9B0qCrUfo
Compartilhar