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Psicologia e Saúde do Trabalhador

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Aula 7: A Psicologia e a saúde do trabalhador
Aspectos essenciais da saúde do trabalhador
O trabalho, as obrigações, as máquinas manuseadas e os ruídos frequentes, dentre outros fatores, são situações constantes para os trabalhadores de fábricas, instituições, organizações e outros espaços do trabalho, que lhes causam doenças.
Com o passar do tempo, e com as discussões estabelecidas em Congressos e encontros de profissionais da área da saúde, percebeu-se a necessidade de criar políticas públicas que viessem a amparar o trabalhador nas suas atividades laborais e de sobrevivência. 
Saiba mais: 
A partir de então, a saúde do trabalhador não passa a ser apenas uma atenção, mas sim uma obrigação do estado e dos municípios com aqueles que exercem suas funções diariamente.
Lei Orgânica da Saúde
A Lei Orgânica da Saúde (nº 8080/90), no seu parágrafo 3°, regulamenta a saúde do trabalhador da seguinte forma: 
“Entende-se por Saúde do Trabalhador, para fins desta lei, o conjunto de atividades que se destina, através de ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho” (CREPOP, 2008, p.21).
Hoje, a preocupação não é somente com o atendimento* a esses trabalhadores. Os órgãos estaduais e municipais preocupam-se em dar assistência e vigilância aos trabalhadores em atividade.
* 
O Ministério da Saúde criou em 2002 a Rede Nacional de Atenção Integrada à Saúde do Trabalhador (RENAST), que integra a rede de serviços SUS. 
Depois disso, foi possível criar, com a ajuda dos municípios, os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs) , “que devem desempenhar a função de suporte técnico, de coordenação de projetos e de educação em saúde para a rede do SUS da sua área de abrangência” (CREPOP, 2008, p.22). 
Os únicos profissionais considerados obrigatórios nos CERESTs são médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, sendo o restante de contratação facultativa. Sabe-se, no entanto, que apenas com os profissionais determinados obrigatórios pela lei não se pode oferecer um serviço de qualidade. 
Desta forma, deve haver uma conscientização nos líderes desses centros para um trabalho que traga de fato a saúde para o trabalhador. 
Apesar de o psicólogo não ser um profissional obrigatório nos CERESTs, muitos destes têm contrato, pois consideram a saúde mental como primordial ao bem-estar do trabalhador.
Qual é a atuação do psicólogo na saúde do trabalhador?
Pode parecer que o psicólogo que trabalha com saúde do trabalhador se posicione somente dentro das organizações, vinculados ao processo de seleção, treinamento, avaliação de desempenho, dentre outras funções. Mas esta não é uma verdade, além de ser pouco esclarecida aos alunos.
 
Em diversos contextos de atuação, o psicólogo se deparará com problemas voltados à saúde do trabalhador. No ambulatório, poderá chegar um paciente em surto devido ao alto estresse no trabalho; na saúde coletiva, você pode atender uma comunidade que sofre dos mesmos problemas devido ao mercado que movimenta o capital daquela cidade, e assim por diante.
Saúde do trabalhador
O psicólogo voltado para a saúde do trabalhador pode atuar nas unidades de atenção básica, ambulatórios de especialidades, CAPS, hospitais e serviços de vigilância em saúde. 
Portanto, saúde do trabalhador não está vinculada ao psicólogo que quer trabalhar com Psicologia Organizacional, mas sim àquele que quer trabalhar com saúde. Então, pode-se dizer que está vinculada à ciência psicológica como um todo.
Ainda se deve ressaltar que “a atuação do psicólogo nesse âmbito pode estar delimitada por determinações legais (como no caso da vigilância) e pode subsidiar a concessão de benefícios previdenciários (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, por exemplo) e trabalhistas (direito à reintegração)” (CREPOP, 2008, p.29).
“Para classificar sintomas de doenças no âmbito do trabalho, o Ministério da Saúde publicou em 2001 o Manual de doenças relacionadas ao trabalho, que no capítulo 10, fala dos transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho, e da Portaria nº 777/GM, de 28 de abril de 2004, que institui a notificação” (CREPOP, 2008).
É importante destacar que o psicólogo deve estar preocupado com a saúde do paciente como um todo, mas que, para facilitar o atendimento, têm-se agrupado pacientes conforme suas queixas para atendimentos grupais. Essas queixas podem ser por estresse, LER (lesão por esforço repetitivo), DORT (distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho), lombalgia, dentre outras.
“Em tais atividades, são adotadas diversas perspectivas teóricas. De modo geral, os grupos têm caráter informativo-terapêutico, valorizam o conhecimento e a subjetividade dos trabalhadores e visam à ressignificação do processo de adoecimento, além de legitimar o seu discurso, estimular a sua participação e autonomia em relação ao tratamento, o que propicia o autoconhecimento” (CREPOP, 2008, p.31).
O psicólogo e a vigilância em saúde
Outro trabalho desenvolvido pelo psicólogo que trabalha com a saúde do trabalhador é o de vigilância com a saúde (incluem a identificação, o controle e a eliminação dos riscos nos locais de trabalho) . Ele consiste em conhecer os procedimentos técnicos e científicos de algumas atividades e identificar quais podem causar mais danos aos trabalhadores. 
Promove, assim, um trabalho de conscientização e fiscalização, com o intuito de saber se as práticas saudáveis e de prevenção estão sendo cumpridas.
Pode-se citar ainda que o psicólogo tem o dever de promover a educação desses trabalhadores, por meio de palestras, simpósios, encontros e congressos. Nesses encontros, deve esclarecer dúvidas sobre a saúde mental e física desses que desempenham atividades cotidianamente. 
A partir das queixas e dos dados obtidos nos seus atendimentos e encontros, o psicólogo deve publicar manuais, artigos e periódicos, dentre outros materiais científicos, com a intenção de produzir conhecimento e tornar as informações mais acessíveis à população que trabalha.
Aspectos éticos do psicólogo
Quanto aos aspectos éticos do psicólogo que trabalha com a saúde do trabalhador, este deve priorizar o bem-estar dos seus pacientes, denunciando organizações e instituições que não forneçam condições dignas para o funcionário exercer suas funções.
Nestas denúncias, não devem ser privilegiados os interesses políticos e dos empregadores. O psicólogo deve respeitar seu código de ética e zelar pela integridade biopsicossocial dos trabalhadores.
Formação do psicólogo
Para o psicólogo que queira ter formação e preparo para este tipo de atuação, é muito importante que procure cursos de especialização ou de extensão, reconhecidos pelo CFP, que abordem os seguintes assuntos:
A criação de disciplinas que tematizem adequadamente a relação subjetividade/objetividade, evitando dicotomias ou vieses que impeçam a visão adequada de como se efetiva tal relação e, sobretudo, o lugar ocupado pelo trabalho na integração sujeito/objeto;
O enfoque nos processos de individuação, levando sempre em conta o seu caráter histórico e processual;
O enfoque nas diferentes possibilidades de atuação do psicólogo do trabalho, superando a visão estreita de uma atuação restrita ao contexto das organizações empresariais;
A ênfase na formação interdisciplinar, possibilitando ao profissional o acesso a conhecimentos proporcionados por disciplinas afins, tais como a Ergonomia, a Sociologia, a Filosofia, a Epidemiologia Social, a Antropologia, a Saúde Coletiva, a Economia etc.;
A criação de instrumentos que permitam a melhor compreensão das vivências subjetivas no trabalho, conciliando a clínica com a análise da atividade (CLOT, 2006);
O desenvolvimento de habilidades que permitam ao profissional apreender as reais necessidades dos trabalhadores, ao assumir o compromisso com a preservação da saúde nos contextos laborais;
O conhecimento de políticas públicas,sobretudo aquelas voltadas para a saúde;
A aquisição de noções/conceitos sobre o mundo do trabalho (inserção no trabalho, relações de trabalho, processo, organização e condições);
A ênfase em pesquisas, "visando ao avanço da disciplina e à resposta mais adequada às demandas sociais em torno da saúde do trabalhador, propondo um psicólogo como investigador prático, e não como mero aplicador de técnicas (CREPOP, 2008, pp.45-46).
Percebe-se, portanto que a formação nesta área não é tão simples como se pode pensar. Os currículos da graduação apenas oferecem um conhecimento sobre esta área de atuação, mas não preparam o aluno para se tornarem futuros profissionais capacitados para esta área. 
Para isso, é preciso ter conhecimento das legislações, da ética e das obrigações do psicólogo que escolhe atuar nesta área.
• Estresse;
• Depressão;
• Síndrome do pânico;
• Distúrbios cardiovasculares;
• LER/DORT;
• Fobias; 
• Diabetes.
O psicólogo, na área da saúde do trabalhador, atua como:
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1) Recrutador de candidatos. 
2) Selecionador de funcionários. 
3) Educador dos trabalhadores quanto aos problemas de saúde advindos do trabalho. 
4) Avaliador do desempenho. 
5) Instrutor de treinamento. 
Em qual década foram criados os primeiros programas de assistência ao trabalhador, pelos municípios e estados?
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1) 1990 
2) 1970 
3) 1980 
4) 1950 
5) 1960 
Qual subárea de atuação do psicólogo organizacional procura promover uma aprendizagem contínua sobre os riscos que o trabalho causa aos seus funcionários?
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1) Vigilância 
2) Educação 
3) Terapia 
4) Treinamento 
5) Atendimento 
Os programas de saúde do trabalhador (PST) deram o pontapé inicial para uma conscientização dos municípios e estados quanto às responsabilidades com a saúde do trabalhador. Em 1988, essa proposta foi incluída na Constituição Federal, em seu art. 200. Qual órgão ficou responsável por prestar atendimento e suporte ao trabalhador?
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1) CAPS 
2) NAPS 
3) CRAS 
4) SUS 
5) RENAST 
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