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PSICOLOGIA SOCIALunidade 4

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28/09/2021 16:40 Psicologia Social
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PSICOLOGIA SOCIAL
CAPÍTULO 4 - COM BASE NOS
CONHECIMENTOS EM PSICOLOGIA
SOCIAL, QUE INTERVENÇÕES SÃO
POSSÍVEIS?
Tais Regina Ferraz da Silva
INICIAR
28/09/2021 16:40 Psicologia Social
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Introdução
A Psicologia Social é o segmento da Psicologia que estuda o comportamento
humano na relação com os outros seres humanos, grupos, organizações e
instituições sociais. Nosso interesse neste estudo é poder aplicá-lo na compreensão
dos fenômenos sociais e, a partir disso, planejar e executar intervenções que
possibilitem uma melhor inserção do indivíduo na sociedade, além de um
melhoramento da própria sociedade. É assim que começamos nosso quarto capítulo,
com o objetivo de examinar intervenções realizadas nas diferentes instituições
sociais.
Para isso, tenha em mente alguns quesitos: como é possível intervir na instituição
familiar? Que aplicação pode ter a Psicologia Social na instituição escolar? Existem
intervenções possíveis no complexo mundo do trabalho? Como poderia se configurar
uma intervenção de Psicologia Social comunitária? Estas são as questões que vão
guiar nossa exploração de aplicações práticas da Psicologia Social na instituição
familiar, na escolar, no trabalho e na comunidade.
Agora, vamos estudar com dedicação!
4.1 Família
Assim que nascemos, já estamos inseridos no primeiro grupo social de nossas vidas:
a família. A família é a primeira instituição social com a qual o indivíduo tem contato
e, por isso, é de grande importância na construção de sua identidade. Deste modo, a
Psicologia Social está muito interessada no estudo da família e utiliza de seu
arcabouço teórico, tanto na compreensão desta instituição, quanto no planejamento
e implantação de intervenções destinadas a solucionar problemas identificados.
É com base nisso que vamos aprofundar alguns temas relativos à instituição familiar
e analisar uma intervenção realizada neste âmbito.
4.1.1 A instituição familiar
Por ser a instituição responsável pela socialização primária dos indivíduos, é a família
que faz a mediação com a sociedade, transmitindo o próprio modelo e colocando as
bases para a inserção nas demais instituições encarregadas da socialização
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secundária. Sendo assim, as funções da família são a manutenção da vida física e
afetiva dos seus membros e a transmissão da ideologia dominante que define as
regras de funcionamento desta instituição (LANE, 2006).
Os modelos familiares apresentam configurações e normas de funcionamento
bastante variadas, de acordo com o período histórico pelo qual passa cada
sociedade. Historicamente, podemos observar quatro modelos de família: a
aristocrática, dos proprietários de terras e a camponesa, dos trabalhadores rurais,
características dos séculos XVI e XVII; a proletária, dos trabalhadores da indústria e a
família burguesa, dos donos do capital, pós-Revolução Industrial (POSTER apud
LANE, 2006).
Dessas, o modelo de família burguesa foi o que modificou diversos padrões nas
relações familiares, como: a separação casa-trabalho, o homem trabalhar fora e a
mulher cuidar dos filhos, foram determinados limites para a sexualidade da mulher e
Figura 1 - A instituição familiar tem tipos diferentes de configuração e vai se modificando ao longo da
história e das mudanças sociais. Fonte: FotoAndalucia, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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das crianças, se estabeleceu uma hierarquia de poder relacionada à idade, a
privacidade passou a ser priorizada, e as relações afetivas ao interno da família,
valorizadas.
É na dinâmica interna da família burguesa que se configuram os papéis de pai, mãe e
filhos, onde estão prescritas as condutas tidas como únicas alternativas em
determinadas situações. É na família que o indivíduo aprende seu primeiro papel
social, o de filho, assumindo os valores dos pais, a quem está submetido, e
entendendo sua submissão como natural e imutável. O papel de filho servirá de
molde para os demais papéis que o indivíduo assumirá no decorrer da sua vida
(LANE, 2006).
Assim, com essa configuração, é dever da família cuidar, proteger e assegurar os
direitos básicos para seus membros, porém visto que nosso contexto social não tem
garantido a efetivação dos direitos, se torna difícil para a família cumprir com estes
deveres (CARVALHO; PARRÃO, 2016). É por isso que a intervenção da psicologia social
se faz relevante. 
4.1.2 Uma intervenção com foco na instituição familiar
Vamos analisar uma intervenção, com base no programa de educação familiar
“Encontros Dialógicos com Famílias”, realizada por um grupo de estudantes de
graduação e de pós-graduação da Universidade de Rio Grande (FURG) (GARCIA et al.,
2010).
Nessa intervenção, foi feita uma revisão bibliográfica sobre intervenções realizadas
com famílias, e se verificou uma variedade de fatores que influenciam as formas de
organização, as relações e as dinâmicas dos grupos familiares, identificando, assim, a
necessidade de se considerar as especificidades da educação nas famílias em
qualquer projeto de intervenção.
Com esse material de apoio, as pesquisadoras (GARCIA et al., 2010) entraram em
contato com os integrantes da área da saúde do Centro de Atenção Integral à Criança
e ao Adolescente (CAIC) e do Programa Saúde da Família (PSF), e identificaram a
necessidade de criar um espaço, onde as famílias pudessem esclarecer dúvidas sobre
cuidados e educação de crianças e adolescentes. Assim, puderam elaborar uma
proposta para a realização de uma pesquisa participante unida à ação educativa,
com objetivos de (GARCIA et al., 2010, p. 175): 
a) identificar e reconhecer práticas educativas/estilos parentais;
b) levantar as necessidades e prioridades da população;
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c) Criar um espaço/tempo que possibilite a discussão sobre cuidado/educação de
crianças e adolescentes nas famílias, priorizando o diálogo e a troca de experiências
entre os participantes nos encontros. 
A configuração familiar do período colonial no Brasil é demarcada pela hierarquia de poder e de classe,
que foi descrita por estudiosos como Paulo Freire e Antônio Cândido. Leia mais sobre o assunto no artigo
(DOMINGUES, 2015): <http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/familia-no-brasil-colonial/
(http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/familia-no-brasil-colonial/)>.
Para desenvolver a intervenção, a metodologia escolhida foi a “Inserção Ecológica na
Comunidade”, na qual o pesquisador estabelece uma interação com o ambiente
estudado. Primeiro, as pesquisadoras (GARCIA et al., 2010) participaram de atividades
realizadas no bairro foco da intervenção, como festas e reuniões da associação de
moradores. Na sequência, realizaram visitas domiciliares mediadas pelo agente de
saúde do bairro, a fim de conhecer a realidade daquela população, explicar a
atividade educativa e convidar as famílias para participarem do programa. Durante as
visitas, tiveram contato com a situação de pobreza da população e suas
necessidades, inclusive em relação à infraestrutura precária do bairro. Este
conhecimento prévio contribuiu para a programação dos encontros.
Iniciaram-se reuniões quinzenais de, aproximadamente, uma hora e meia de
duração, com duas coordenadoras e uma estagiária, com a função de tomar notas e
criar o diário de campo, documento de fundamental importância nos métodos
etnográficos.Os participantes eram os pais ou os responsáveis pelos cuidados às crianças e
adolescentes no ambiente familiar. Eles eram convidados a se sentar em círculo e,
em cada encontro, discutiam um assunto definido no encontro anterior. Na abertura
era apresentada uma história, a partir da qual eram propostas questões para o
debate, que estimulavam relatos de experiências pessoais e reflexões sobre o tema
escolhido, sempre referido às práticas cotidianas de cuidado e educação de crianças
e adolescentes, tais como limites, sexualidade, agressividade, uso de substâncias
VOCÊ QUER LER?
http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/familia-no-brasil-colonial/
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psicoativas, atitudes sociais na infância e adolescência, com particular atenção à
timidez, direitos e deveres das famílias, papel dos serviços de apoio social, como
escola e conselho tutelar.
Os participantes revelaram satisfação pela possibilidade de trocar experiências com
outras famílias e puderam revisar suas práticas, elaborando as próprias concepções
sobre educação e cuidado das crianças e adolescentes e até de si mesmos, das outras
pessoas e do ambiente onde vivem. Foram aprofundadas temáticas como a conversa
com os adolescentes, o papel do pai, a posição da mulher na família, muitas vezes
submissa, mesmo sem perceber, o entendimento de que os filhos também podem
educar os pais, o conhecimento dos direitos e dos serviços oferecidos no território.
Ao longo dos treze meses em que durou a intervenção, foram realizados vinte
encontros, que reuniram de seis a vinte grupos familiares, representados em sua
maioria por mulheres (mães, avós, tias, irmãs mais velhas). Os homens não
demonstraram interesse, fazendo notar que naquela comunidade a função de cuidar
e educar era reservada às mulheres.
As pesquisadoras (GARCIA et al., 2010) concluíram, assim, que a intervenção foi
positiva, pois contribuiu para a formação de pessoas ativas e participantes nos
processos de ensino-aprendizagem dos seus familiares e fortaleceu a capacidade de
recuperação de famílias em situação de risco psicossocial, além de ter permitido uma
aproximação colaborativa entre vizinhos.
4.1.3 Temas de Psicologia Social na intervenção focada na instituição
familiar
 Figura 2 - Não é raro que pais, mães, ou
outras pessoas responsáveis por crianças e adolescentes, busquem orientação para superar problemas e
melhor realizarem seus papéis na família. Fonte: artproem, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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Ao analisar essa intervenção, você pode facilmente perceber uma série de temas
estudados em Psicologia Social.
O foco é em uma instituição, a família, responsável pela socialização primária, seu
objetivo é possibilitar o melhoramento das condições de cuidar, educar e participar
da educação das crianças e adolescentes, que são um grupo com atenção especial na
nossa sociedade, mas que, muitas vezes, sofre discriminação pela classe social, que
inclui o nível de educação conseguido, além das condições econômicas precárias.
A concepção de sujeito é aquela definida na Psicologia Sócio-Histórica, que entende
o ser humano como construtor da própria realidade e, portanto, participante ativo
nas mudanças necessárias sobre ela. Durante todo o percurso, as pesquisadoras
incluíram as famílias e vivenciaram a realidade delas, conhecendo, assim, a cultura
daquela comunidade, se introduzindo em sua linguagem e podendo assim colocar as
famílias como protagonistas na intervenção.
Em termos práticos, a atividade central foi realizada em grupo, produzindo conteúdo
e compartilhando experiências relacionadas à educação e cuidado com as crianças e
os adolescentes, ao mesmo tempo em que se constituíram enquanto grupo.
Ao refletir sobre essa intervenção em instituição familiar, é possível que você
encontre outros pontos de intersecção com os estudos de Psicologia Social, que vão
contribuir com seu crescimento profissional.
4.2 Escola
A escola, normalmente, é a segunda instituição social com a qual o indivíduo tem
contato. Também revela ter uma participação importante como agência
socializadora, pois o contato da criança com a escola vem acontecendo cada vez
mais cedo na nossa sociedade.
Essa instituição se modifica com o tempo, assim como a ideia de infância. A
Psicologia Social acompanha esta evolução, contribuindo para sua compreensão,
além de servir como base para intervenções que visam a solução de problemas
sociais relacionados com a educação dos indivíduos.
Prosseguiremos nossos estudos abordando alguns aspectos teóricos sobre o tema e
analisando um caso prático de intervenção em instituição escolar.
4.2.1 A escola como instituição social
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Antes dos tempos modernos (séculos XVI, XVII), as crianças eram educadas fora do
ambiente familiar. Quando terminava o período em que a criança necessitava de
cuidados físicos para sua sobrevivência, ela era levada a conviver com outras famílias
para aprender hábitos, costumes e comportamentos, frequentando o mesmo
ambiente dos adultos. No final do século XVI, os filósofos moralistas difundiam a
ideia de que as crianças eram criaturas frágeis que necessitavam ser preservadas e
disciplinadas. Elas foram então separadas dos adultos, passaram a frequentar a
escola, para lá serem preparadas para o mundo. Assim, a origem do sentimento de
infância está no ambiente escolar, quando a criança deixou de participar das
decisões sobre questões que lhe diziam respeito, devendo submeter-se às ideias dos
adultos. A condição social da criança fica marginalizada social, política e
economicamente, tornando-se ideologicamente legítimo o auxílio à criança para a
internalização das normas sociais (MIRANDA, 2006; CAUVILLA, 1999; ARIÈS apud
CAUVILLA, 1999).
Figura 3 - A instituição escolar é um importante agente de socialização secundária e tem, entre suas
funções, facilitar a apropriação e valorização de características socioculturais. Fonte: Pressmaster,
Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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Após a Revolução Industrial, a sociedade capitalista impõe uma condição específica
de infância, dependendo do estrato social da sua origem. Não existe uma natureza
infantil, pois a condição da criança é socialmente determinada a partir dos fatores
biológicos e sociais, que constroem sua realidade concreta, indicando que a
dependência da criança não é natural, mas um fato social (MIRANDA, 2006).
A pedagogia tradicional e a pedagogia nova têm concepções diferentes sobre a
criança. A ideia da pedagogia tradicional é que a educação deve ensinar normas e
conteúdo de moral sadia para evitar que a criança seja corrompida pelo mal. A
pedagogia nova, por sua vez, entende a criança como um ser naturalmente bom e
ingênuo que será corrompido somente se não for adequadamente protegido e
respeitado, sendo tarefa da educação favorecer seu desenvolvimento espontâneo e
natural. As duas posições foram criticadas pela Psicologia Social, pois não
consideram as condições históricas e sociais das crianças (MIRANDA 2006).
O Sorriso de Mona Lisa (KONNER; ROSENTHAL, 2004) é um filme que conta a história de uma instituição
escolar feminina tradicional dos anos 1950, que contrata uma professora disposta a questionar a ideologia
dominante, para a qual as mulheres precisam ser cultas e saberem se comportar para arranjarem bons
maridos e serem boas esposas. A professora sofre resistências da direção da escola, mas também de
algumasalunas, que não estão dispostas a promover mudanças culturais naquelas regras
institucionalizadas.
Para Miranda (2006, p. 133), a escola tem uma finalidade social com três tarefas a
favor das classes populares: 
a) “facilitar a apropriação e valorização das características socioculturais próprias das
classes populares”;
b) garantir a aprendizagem de conteúdos de cultura básica (leitura, escrita,
matemática, geografia, história, ciências);
c) propor a síntese dos pontos precedentes, “possibilitando a crítica dos conteúdos
ideológicos propostos pela cultura dominante e reapropriação do saber” alienado pela
dominação.
VOCÊ QUER VER?
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Existem, porém, problemas sociais na escola pública brasileira, que merecem uma
análise crítica, pois são sinais que indicam a necessidade de “repensar o processo de
socialização da criança na escola” (MIRANDA, 2006, p. 135), como indisciplina,
violência, descompromisso e individualismo. 
4.2.2 Intervenção com foco na instituição escolar
O caso em destaque se refere a uma intervenção realizada em uma escola pública de
ensino fundamental com 500 alunos, em sua maioria em situação de vulnerabilidade
socioeconômica. A escola possui infraestrutura bastante adequada, fornece
alimentação para os alunos e tem acessibilidade para pessoas com deficiência
(LOPES; GESSER; OLTREMARI, 2014).
O trabalho foi iniciado a partir de uma demanda da própria escola: dificuldades
relacionais com os alunos do oitavo ano, devido à falta de interesse e desmotivação e
escasso vínculo afetivo na relação professor-aluno. Primeiro, foram realizadas
entrevistas informais, análise documental e observação na turma do oitavo ano. Com
as informações colhidas, foi elaborado um projeto propondo duas intervenções:
formar e orientar professores para a construção de estratégias de ensino dirigidas à
solução das dificuldades apresentadas pelos alunos do oitavo ano; realizar
entrevistas reflexivas com os professores a fim de verificar as relações professor-
aluno (LOPES; GESSER; OLTREMARI, 2014).
A intervenção para a construção de estratégias de ensino foi realizada com a
professora de geografia, por ter um bom vínculo com os alunos do oitavo ano e por
estar interessada em realizar a atividade em parceria com os pesquisadores. Já as
entrevistas reflexivas com objetivo de trabalhar as relações professor-aluno foram
realizadas com cinco professores que se propuseram voluntariamente (LOPES;
GESSER; OLTREMARI, 2014).
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A promoção de uma aprendizagem significativa para os estudantes foi feita pela
relação entre os conteúdos da matéria com aspectos da realidade histórico-cultural
deles. Para a abordagem do tema “colonização africana” foram utilizados cartazes
com figuras e desenhos, leituras de textos e pesquisa em dicionários. Por iniciativa
dos alunos, foi feita pesquisa na internet sobre a realidade dos jovens na África atual.
Os alunos leram reportagens e elaboraram análises sobre semelhanças e diferenças
entre os jovens africanos e os brasileiros. O grupo apresentou suas considerações
sentados em baixo de uma árvore no jardim da escola. A temática sobre a “origem do
povo brasileiro” foi abordada a partir de pesquisas sobre as origens da própria
família, o uso dos celulares para estudarem a música “Loirinha Bombril” da banda
Paralamas do Sucesso, a pesquisa de outras músicas com esta temática, e o quadro
“Operários” de Tarsila do Amaral. Estas estratégias foram utilizadas com o objetivo de
romper com o modelo hegemônico de educação que propõe uma única forma de
pensar e atuar, dando espaço à criatividade, à autonomia e à transformação da
escola em local provedor de potencial inventivo e construção coletiva (LOPES;
GESSER; OLTREMARI, 2014).
Figura 4 - A instituição escolar precisa romper com métodos autoritários, motivando professores e
alunos para a construção do conhecimento, em modo inclusivo e participativo. Fonte: wavebreakmedia,
Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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VOCÊ SABIA?
Somente 2,1% dos alunos pobres têm bom desempenho escolar no Brasil. Uma
pesquisa realizada pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), avaliou o Brasil como um dos países em que há menos estudantes
considerados resilientes, ou seja, que apesar da condição de pobreza, conseguem ter
bom desempenho escolar. A pesquisa analisou os resultados da última edição do Pisa,
maior avaliação internacional de educação, que definiu a média de resiliência entre
países membros da OCDE, em 25,2%, o que mostra que a instituição escolar brasileira
está longe de considerar as necessidades e os problemas sociais dos mais pobres
(CAFARDO, 2018). Saiba mais em:
  <http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,apenas-2-1-dos-alunos-pobres-do-
pais-tem-bom-desempenho-escolar,70002213621
(http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,apenas-2-1-dos-alunos-pobres-do-
pais-tem-bom-desempenho-escolar,70002213621)>.
As entrevistas reflexivas obtiveram informações que foram agrupadas em três
conjuntos: acreditar e potencializar; afetividade; desinteresse. Os professores
confiam no potencial dos alunos e buscam desvendá-lo. Quanto à afetividade, os
discursos afirmaram que a relação professor-aluno precisa ser de respeito, carinho,
amizade, educação, diálogo, mas alguns professores têm dificuldade de colocar em
prática esta relação ideal. Sobre o problema do desinteresse dos alunos, os
professores entendem que precisam identificar maneiras de reverter esta situação,
mas alguns se desmotivam por tentar novas estratégias que não são bem recebidas
pelos alunos. Para eles o aluno ideal é aquele que é interessado, questionador, tem
vontade de aprender, tem disposição, motivação e alegria, que busquem o
conhecimento e não estejam ali somente por obrigação. As entrevistas reflexivas
proporcionaram aos professores uma revisão dos conceitos relativos ao mundo
escolar, sobre a própria atuação como professores, sobre os alunos e sobre as
famílias.
Ao final da intervenção, os pesquisadores (LOPES; GESSER; OLTREMARI, 2014)
obtiveram uma avaliação positiva do trabalho feito, e resolveram dar continuidade a
ele no semestre seguinte.
4.2.3 Temas de Psicologia Social na intervenção focada na instituição
escolar
Vamos continuar analisando a intervenção dos pesquisadores Lopes, Gesser e
Oltremari (2014) na instituição escolar, que abrange uma variedade de temas
estudados em Psicologia Social.
http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,apenas-2-1-dos-alunos-pobres-do-pais-tem-bom-desempenho-escolar,70002213621
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O trabalho foi feito na instituição escolar, que é um importante agente de
socialização secundária. A escola pode seguir uma linha pedagógica tradicional,
transmissora da ideologia dominante, na qual os alunos devem se adaptar ou serem
culpabilizados pelos seus fracassos, juntamente com suas famílias, promovendo um
distanciamento entre a realidade escolar e a de seus alunos. A instituição resiste às
mudanças, mas elas vão acontecendo devagar e, aos poucos, vão se consolidando.
CASO
João César Campos Vargas é um rapaz de 19 anos. Ele nasceu em uma
cidadezinha de Minas Gerais chamada Passa Tempo. É filho de um trabalhador
rural e de uma professora de história, estudou em escolas públicas até o
segundo ano do ensino médio e, no terceiro, ganhou uma bolsa de estudos.
Para o curso superior, ele participou de seleções para estudar matemática nas
mais cobiçadas universidadesestadunidenses e foi aprovado em cinco, entre
elas MIT e Princeton.
Esta trajetória de sucessos é resultado das escolhas que tem feito, pois desde
2013, João César tem participado e vencido uma série de concursos e
olimpíadas de matemática. Já ganhou sete medalhas de ouro, sete de prata e
uma de bronze. Na primeira, ele foi levado pela mãe e gostou da experiência,
depois disto dedicou-se bastante aos estudos e seguiu vencendo e sendo
reconhecido pela sua bravura. Ele diz que seus resultados se devem, além de
seu esforço, às oportunidades que teve e aproveitou.
Sua história contraria a crença de que toda a escola pública não oferece uma
boa formação. A ideia institucionalizada que se tem, não é sempre
confirmada, são as brechas por onde passam mudanças que podem iniciar
um caminho diferente para aquela instituição (FAJARDO, 2017).
Notamos que a concepção de ser humano é aquela defendida pela Psicologia Sócio-
Histórica, na qual o indivíduo é construído historicamente, e participa ativamente
desta construção, desenvolvendo a própria subjetividade, ao mesmo tempo que
produz e transforma a sociedade onde vive. Os pesquisadores (LOPES; GESSER;
OLTREMARI, 2014) estiveram, em cada fase do trabalho, atentos aos atores
envolvidos, agindo como facilitadores das relações e se mantendo no papel de
coadjuvante, visto que os protagonistas eram os alunos e os professores. Desde o
início, os pesquisadores deram voz aos atores do processo, com as entrevistas, a
análise de documentos e as observações, houve uma aproximação à cultura do
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grupo, seus valores e crenças, permitindo a elaboração de uma proposta de
intervenção focada naquela realidade. Não foram tratados de forma direta, mas
estiveram presentes a comunicação e os processos grupais. Também não foram
relatados outros problemas sociais, além da referida situação de pobreza dos
estudantes.
Foi plantada uma semente de mudança, pois, a partir das intervenções realizadas, se
abrem novas possibilidades de percepção de alunos, professores, ambiente escolar,
metodologias de ensino.
4.3 Organizações de trabalho
Trataremos agora do trabalho enquanto instituição social, extremamente importante
na formação da identidade do indivíduo. O trabalho é estudado por inúmeras
disciplinas, pois impacta transversalmente a dinâmica social. Você verá estudos
sobre o trabalho no Direito, na Engenharia de Produção, na Administração de
Empresas, na Medicina, na Engenharia de Segurança, na Sociologia, na Antropologia,
enfim, cada disciplina toma o trabalho e o trabalhador por um determinado viés,
porém, este objeto de estudo é sempre um indivíduo, com sua atividade, com suas
necessidades, com suas potencialidades, com suas condições de vida.
Ou seja, o trabalho é algo complexo e, mesmo dentro da psicologia, pode ser
analisado de diversos pontos de vista, considerando a linha de pensamento que
temos por base. Neste sentido, buscaremos um entendimento sobre o trabalho do
ponto de vista da Psicologia Sócio-Histórica, e veremos alguma intervenção que
elucide como se pode colocar em prática estes conhecimentos.
4.3.1 O trabalho: instituição social e vivência cotidiana
O trabalho é uma invenção humana, que se relaciona com a modificação da
natureza, transformando-a nos mais diversos produtos que facilitam a vida dos seres
humanos, desde que se lapidava de pedras para fazer lanças e caçar. A palavra
“trabalho” tem sua origem em um instrumento de tortura, o “tripálio” – composto de
três paus – usado para castigar uma indivíduo, por algum crime cometido. Como
sabemos, as palavras seguem o seu percurso na cultura dos povos e hoje a palavra
trabalho não tem mais a conotação de tortura. Um sinônimo menos dramático seria
labuta, do latim “labor”. Enfim, hoje quando falamos em trabalho, nos vem em mente
uma representação bem diferente.
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No percurso histórico, o trabalho evoluiu junto com a tecnologia e as fontes de
energia. Nesse contexto, é necessário nos atermos sobre a Revolução Industrial, que
representou um marco fundamental, responsável por muitas mudanças sociais,
institucionais e culturais, vindo assim a contribuir para a construção da subjetividade
dos seres humanos.
Antes da Revolução Industrial, o trabalho se caracterizava pela agricultura e pelo
artesanato, com a maior parte da população vivendo e trabalhando nos campos.
Com o desenvolvimento industrial houve grande migração das pessoas para os
subúrbios ao redor das fábricas, incrementando a população urbana e alterando as
rotinas e hábitos, em adequação a essa nova realidade. Mas, o importante a ser
destacado para nossos estudos, é a venda da força de trabalho para o dono do
capital. As consequências desta mudança se refere a um novo tipo de construção da
realidade e, por consequência, das instituições e dos processos de socialização.
Foi a partir do desenvolvimento industrial que o capitalismo e a burguesia, como
classe dominante, se estabeleceram. O humano comum não era mais dono do que
produzia, vendia seu tempo e sua força e permanecia alienado dos resultados. Havia
Figura 5 - A Revolução Industrial trouxe grandes mudanças sociais, entre elas o aumento da população
urbana e o estabelecimento de novas relações de trabalho. Fonte: Marzolino, Shutterstock, 2018.
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se tornado a classe proletária.
O novo ritmo imposto por essas mudanças se tornou  determinante na vida dos
indivíduos, pois as relações estabelecidas no trabalho passaram a englobar outras
esferas de vida, definindo também o círculo de relações interpessoais fora dos
ambientes profissionais. Esta entrega do ser humano ao trabalho passou a se dar de
forma acrítica, o que interessava (e ainda interessa) ao capital e, por muito tempo,
até a ciência encontrava modos de explorar o trabalhador.
O taylorismo e o fordismo, ícones da Administração Científica, buscavam as
condições ideais para aumentar o ritmo do trabalho, utilizando o salário e boas
condições ambientais como reforço comportamental. A ideologia da classe
dominante foi, assim, fortemente introjetada, passando a fazer parte do senso
comum e a influenciar as escolhas dos indivíduos. 
Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá (1813 - 1889), foi o precursor da indústria no Brasil, ainda no
tempo do império. Ele investiu muito em transportes e infraestrutura, empregando mão-de-obra escrava e,
também, empregados contratados, aos quais chamava “meus auxiliares”. Foi criticado pelos senhores de
terra, pois era abolicionista e dava abrigo a escravos foragidos. Também foi contrário à guerra do Paraguai
e colaborou financeiramente com Montevidéu, para evitar a intervenção do Brasil nas questões do Prata.
Em sua biografia, podemos notar a evolução não somente do mundo do trabalho, mas também de outras
instituições como a família e o estado (FRAZÃO, 2017). 
Neste sentido, a Psicologia Sócio-Histórica enfatiza sua concepção de ser humano,
como produto histórico-social, que é ao mesmo tempo construtor e transformador
da sociedade, na qual está inserido. Se o trabalho é assim importante para a
construção da subjetividade e para a inserção social dos indivíduos, cabe à Psicologia
Social promover a atividade concreta e não alienada, pois o ser humano vende seu
trabalho, mas não vende a si mesmo, ele é um trabalhador e é também uma série de
outros papéis integrados em um indivíduo – que não pode ser dividido (CODO, 2006;
BORGES; YAMAMOTO, 2004; GRISCI; LAZZAROTTO, 2013).
Vamos, então, acompanhar mais uma intervenção feita por pesquisadores em
campo. 
VOCÊ O CONHECE?
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4.3.2 Intervenção com foco em organização de trabalho
Agora, vamos analisar a intervenção realizada pelas pesquisadoras Carmen Grisci e
Gislei Lazzarotto (2013), em um hospital veterinário, que consistia na formação dos
cipeiros (pessoas integrantes da CIPA, comissão interna de prevenção de acidentes)
em uma proposta de organização sindical. Até aquele momento, os cipeiros se
consideravam somente aquelas pessoas que cobravam dos colegas a atenção ao ato
inseguro, simplesmente agindo em consonância com a ideologia dominante,
buscando evitar acidentes, já que os acidentes de trabalho trazem consequências
importantes para a empresa. Mas, neste contexto, houve a necessidade de pensar
sobre a noção de saúde nas relações de produção, referentes aos bens ou serviços
produzidos, e nas relações de reprodução, referentes à alimentação, moradia,
vestuário, lazer, educação, já que questões relativas à saúde eram entendidas como
limitadas a aspectos que se referiam aos indivíduos isoladamente.
Figura 6 - Quando o treinamento no trabalho dá valor aos participantes e seus conhecimentos prévios,
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O treinamento contribuiu para que os participantes se dessem conta de que as
relações estabelecidas podiam causar adoecimento relacionado ao trabalho, com
consequências que poderiam levar à exclusão, indo além das tradicionais avaliações
dadas a identificar atos ou condições inseguras. Estabelecer relações entre o modo
de trabalhar e o de viver remete à consciência de serem, ao mesmo tempo, singulares
e coletivos em um contexto de relações sociais. A reflexão sobre as próprias ações,
em relação às atividades desenvolvidas com o grupo, permitiu a eles concluir que
aprenderam e ensinaram muito sobre o trabalho, sobre o papel do cipeiro e sobre a
vida. De fato, ensinar e aprender se dá no coletivo e diz respeito ao social. Ao
valorizarem o próprio conhecimento e o dos outros, os trabalhadores reafirmam a
existência de suas identidades, indicando que o sujeito que ensina é o mesmo que
aprende (GRISCI; LAZZAROTTO, 2013).
4.3.3 Temas de Psicologia Social na intervenção focada na
organização de trabalho
Ao analisar a intervenção das pesquisadoras (GRISCI; LAZZAROTTO, 2013), é possível
perceber a contribuição da Psicologia Social nos resultados obtidos.
Podemos identificar como ponto de força a grande mudança no ângulo de
interpretação do próprio trabalho por parte dos cipeiros. Como se, até aquele
momento, executassem mecanicamente a função de cipeiro, sem se dar conta de sua
importância em relação ao cuidado que é necessário ter com a vida de todos e de
cada um, pois não são somente trabalhadores. Ao considerar que as sequelas de um
acidente de trabalho, marcam a vida do acidentado e podem deixá-lo estigmatizado.
Foi possível observar novamente a concepção de homem da Psicologia Sócio-
Histórica, aquele que sai do lugar do fazer automático para o fazer consciente, para
dar uma efetiva contribuição no melhoramento das condições de trabalho e de
consequência na qualidade de vida dos trabalhadores.
VOCÊ SABIA?
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é obrigatória em todas as
empresas com mais de 20 funcionários e tem como objetivo trabalhar para evitar
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. No Brasil, existe uma legislação voltada
além do aprendizado técnico, desenvolvem as relações humanas e grupais. Fonte: Rawpixel.com,
Shutterstock, 2018.
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para a normatização da segurança no trabalho, porém muitas organizações de
trabalho instituem suas CIPAs porque é obrigatória, subestimando os motivos pelos
quais a segurança no trabalho é importante (cuidar da saúde e da vida dos
trabalhadores). Sendo assim, trabalhos de conscientização nesta esfera podem
contribuir com um saudável mundo do trabalho, pois este é uma das importantes
instituições responsáveis pela socialização secundária dos indivíduos (GUIA
TRABALHISTA, [s/d]). Você pode ler mais em:
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr5.htm
(http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr5.htm)>.
Você poderá observar na intervenção (GRISCI; LAZZAROTTO, 2013), a construção
cultural que acompanhou e reforçou a configuração do mundo do trabalho, a
ideologia, para a qual basta que os acidentes não aconteçam, as representações
sociais, que os cipeiros faziam do próprio papel, a experiência do treinamento como
elemento de socialização secundária, e o trabalho preventivo que a CIPA pode fazer,
evitando doenças e acidentes que possam estigmatizar ou discriminar os
trabalhadores. Aqui, também se percebe a presença evidente da comunicação e dos
processos grupais.
As mudanças institucionais podem ser lentas, mas iniciam com pequenas efetivas
mudanças no interesse e na convicção de que se pode fazer diferente e melhor, como
vemos no resultado desta intervenção.
No próximo tópico, vamos entender mais sobre a psicologia social inserida na
comunidade. 
4.4 Comunidade
A psicologia na comunidade se realiza por meio dos conhecimentos da Psicologia
Social, considerando fortemente as relações grupais, porém não podemos dizer que
a comunidade seja uma instituição social, mas sim que ela é atravessada por todas as
instituições: o Estado, a igreja, o trabalho, a escola, a família, praticamente todas as
instituições sociais contribuem para a dinâmica comunitária, fazendo-a bastante
complexa e objeto de aplicação de muitas intervenções.
Para entender melhor como isso funciona, exploraremos um pouco esta temática e
apresentaremos um exemplo de intervenção prática de Psicologia Social na
Comunidade.
4.4.1 Psicologia na comunidade
http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr5.htm
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Quando se fala em Psicologia na comunidade, estamos nos referindo à utilização de
conhecimentos e técnicas da Psicologia para o melhoramento da qualidade de vida
de grupos e indivíduos que habitam nos diversos agrupamentos humanos que
formam uma grande cidade. Fugindo da psicologia tradicional, a Psicologia na
comunidade busca aproximação com o cotidiano das pessoas nos bairros e nas
instituições populares, nas quais esta parcela da população vive e cria seu espaço de
expressão, visando auxiliar na conscientização de sua identidade psicossocial,
trabalhando a autopercepção de indivíduos e grupos, reavaliando atitudes, valores e
hábitos individuais e coletivos, por uma consciência de classes e promovendo um
posicionamento ativo na construção da própria história (ANDERY, 2006; NEVES;
BERNARDES, 2013).
O artigo “Pobreza e suas relações com a Psicologia Comunitária na 5ª Conferência Internacional de
Psicologia Comunitária” (MORAIS; FERREIRA; CASTRO, 2015) relata um levantamento feito sobre a
produção científica apresentada na 5ª CIPC, buscando por trabalhos apresentados que tivessem estudado
o tema “pobreza”. Considerando que as intervenções de Psicologia Comunitária tem grande vocação para
o atendimento a comunidades carentes, o artigo mostra que existe ainda muito espaço para esta
abordagem teórico-metodológica. Leia o artigo em:
<https://revista.psico.edu.uy/index.php/revpsicologia/article/view/260/244
(https://revista.psico.edu.uy/index.php/revpsicologia/article/view/260/244)>.
A Psicologia na comunidade é multidisciplinar, podendo ser praticada por
psicólogos, assistentes sociais, educadores, médicos, sociólogos, principalmente em
um grupo integrado que planeje e execute intervenções que atendam às complexas
problemáticaspresentes nesses grupos. Temos notícias de experiências na área da
saúde mental, grupos de mulheres e de jovens, ações conjuntas com associações de
bairro, em escolas da rede pública. São intervenções que servem também para a
construção de conhecimento, utilizando métodos e técnicas comuns nestas áreas de
atuação profissional, que permitem reflexões sobre procedimentos e resultados
(ANDERLY, 2006; NEVES; BERNARDES, 2013).
Vamos acompanhar uma aplicação prática a seguir. 
VOCÊ QUER LER?
https://revista.psico.edu.uy/index.php/revpsicologia/article/view/260/244
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4.4.2 Intervenção na comunidade
No exemplo de aplicação prática da Psicologia Social em comunidade que vamos
acompanhar agora, temos uma experiência muito enriquecedora, pois diz respeito a
uma intervenção que dura já alguns anos.
Os pesquisadores Rafael Rodrigues e Soraia Cruz (2013), acompanharam o trabalho
realizado em uma ONG (Organização Não Governamental), que originalmente
buscava atender, na comunidade, crianças e adolescentes em risco de delinquência.
O perfil dos chamados a participar era bastante estereotipado: pobres, negros, de
famílias desestruturadas (qualquer família não formada por pai, mãe, filhos). No
início das atividades, foi realizada a análise institucional com o objetivo de
diagnosticar a situação e propor intervenções. Como as intervenções prosseguem no
tempo, a análise institucional também continua a colher os efeitos dos trabalhos
realizados que podem, assim, serem atualizados e redirecionados, quando
necessário (RODRIGUES; CRUZ, 2013).
Os pesquisadores identificaram concepções e práticas que não ofereciam
alternativas de mudança na situação de vida dos frequentadores da ONG. Isso
porque se reforçava “o preconceito, a vitimização, os processos de estigmatização e
de exclusão social, tomados como inerentes às camadas pobres da sociedade
brasileira”  (RODRIGUES; CRUZ, 2013, p. 200).  A proposta de intervenção, então,
objetivou dar visibilidade às forças institucionalizadas que levam a produções
instituintes, promovendo a homogeneização das subjetividades, tais como as redes
de poder que influenciam as práticas de controle, tutela e disciplina, e as redes de
saberes, ligadas à educação, à psicopedagogia e à psicologia. Esta era uma
perspectiva dissociada do mundo externo, ou seja, fatores históricos, sociais e
políticos das crianças e adolescentes (RODRIGUES; CRUZ, 2013).
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Em termos práticos, foram planejadas oficinas, para nelas problematizar questões
relacionadas aos direitos humanos e à cidadania, tendo como visão guia o artigo
primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todos os homens nascem
livres e iguais em dignidade e direitos”. Tais direitos não vêm sendo garantidos às
classes pobres. As oficinas colocadas em prática são: flauta doce e sensibilização
musical; capoeira: uma desconstrução do corpo; fanzine (revista para fãs) e leitura;
oficinas literárias; oficinas de cartunismo; dança; e oficina de cidadania e direitos
humanos. Os encontros tinham de três a quatro horas de duração e o público era
variável, segundo o interesse das crianças e adolescentes atendidos pela ONG. As
atividades buscam ampliar relações e conexões, valorizar o coletivo e a diversidade,
discutir aspectos pertinentes à cultura dos grupos, criar histórias, livros e
apresentações, experimentando novos papéis e pontos de vista, integrar
conhecimentos para representar concretamente suas vivências, experimentar novos
modos de expressão, debater e questionar o instituído que, em geral, é reprodutor e
mantenedor das desigualdades sociais (RODRIGUES; CRUZ, 2013).
Figura 7 - Comunidades mais pobres são bastante sujeitas à relações de dominação e a Psicologia
comunitária auxilia na conscientização da identidade psicossocial destes grupos. Fonte: Fred Cardoso,
Shutterstock, 2018.
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As oficinas proporcionaram aos jovens novas formas de pensar a vida em relação às
instituições família, Estado, escola, igreja, movendo resistências aos conceitos
preconcebidos. O fato de serem tratados sem nenhum tipo de discriminação
auxiliaram os participantes a trazer ao grupo discussões sobre temas como
sexualidade, gravidez, drogas, etc. O dispositivo das oficinas abriu a possibilidade
dos jovens valorizarem produções de modos de vida da ordem do coletivo
(RODRIGUES; CRUZ, 2013).
4.4.3 Temas de Psicologia Social na intervenção em comunidade
Essa intervenção na comunidade, relatada por Rodrigues e Cruz (2013), transborda
de temas relacionados à Psicologia Social.
A instituição que inicialmente era tradicional, reprodutora da ideologia dominante,
com uma visão hegemônica e paternalista do problema da delinquência, baseada em
estereótipos sedimentados quanto a negros e pobres, que amplificava a
estigmatização social e promovia uma atitude passiva das crianças e adolescentes
frequentadores da ONG, recebeu um projeto que tem trazido novas leituras da
realidade, provocando mudanças positivas, que não têm como serem questionadas
por eventuais resistências. As oficinas não deixam espaço para os antigos padrões de
gestão, tendo mexido fundamentalmente na concepção de indivíduo, que de
ajustados ao ambiente passam a contribuir com sua construção. As oficinas dão voz
às crianças e adolescente, contribuem para que se redefinam e adquiram autonomia
de escolha, fazendo uma importante mudança no processo de socialização
secundária deles e vindo a contribuir para uma nova identidade.
Podemos observar o estabelecimento de uma comunicação equilibrada, simétrica.
Identificamos o processo grupal baseado nos procedimentos dos grupos operativos,
além do acolhimento às diferenças, sem discriminações, aqui principalmente no que
se refere a ser criança ou adolescente e, independentemente da idade, participar da
construção da própria subjetividade e da própria história.
Para o desenvolvimento de intervenções deste tipo, compatíveis com o que nos
assinala a Psicologia Sócio-Histórica, é muito importante que os agentes dos serviços
sociais estejam imbuídos desta concepção de ser humano e do interesse em trazer
mudanças que questionem a ideologia dominante, abrindo espaço para a vez e voz
das categorias excluídas do processo social.
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Síntese
Chegamos ao fim do quarto capítulo de Psicologia Social. Aqui, você teve
oportunidade de conhecer um pouco da prática desta disciplina em diversos tipos de
instituições sociais. Os conteúdos estudados contribuirão para um novo modo de
observar a dinâmica social e promover efetivas ações de mudança nas instituições,
organizações, grupos e indivíduos.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
conhecer, analisar e identificar os temas da psicologia social na instituição
familiar;
entender a dinâmica de uma instituição escolar, observando que existem
muitos espaços de mudança, além do que a intervenção analisada pôde
desenvolver;
compreender o papel do trabalho na construção da subjetividade do ser
humano e perceber que, quando o trabalhador tem voz, ele se torna mais
consciente do seu papel;
examinar uma intervenção da psicologia na comunidade, perceber a
complexidade deste lugar e a importância de contribuir para tornar seus
integrantes mais cidadãos.
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28/09/2021 16:40 Psicologia Social
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