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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO PROCURADORIA-GERAL DA UNIÃO COORDENAÇÃO-GERAL DE DIREITO ECONÔMICO, SOCIAL E INFRAESTRUTURA (DSP/CGESI) PARECER REFERENCIAL n. 00026/2020/PGU/AGU NUP: 00485.002588/2020-92 INTERESSADOS: Procuradoria-Geral da União e Ministério da Cidadania ASSUNTOS: Auxílio emergencial (Lei 13.982/2020) - Programa de Redução de Litígios Instituído pela Lei 13.982/2020, o auxílio emergencial garante verba de R$ 600,00, em três parcelas ao trabalhador que atende, cumulativamente, os requisitos previstos no artigo 2º da mencionada lei, que restaram refletidos nos seguintes CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE, como tratados pela DATAPREV (empresa pública responsável pela análise administrativa dos pedidos): Ter, no mínimo, 18 anos de idade (salvo caso de mães adolescentes - Lei 13.998/2020) Não ter emprego formal Não receber benefício previdenciário ou assistencial Não possuir seguro desemprego Renda familiar inferior a 3 salários mínimos Rendimentos tributáveis menor que R$ 28.559,70 declarados no Imposto de Renda 2018 Não ter contrato de trabalho intermitente Até 2 (duas) cotas do Auxílio Emergencial por Família Não ser agente público Não possuir registro de óbito Requerente ou membro da família com Auxílio Emergencial pelo Cadastro Único e não pertencente ao Bolsa Família Requerente ou membro da família com Auxílio Emergencial pelo Cadastro Único e pertencente ao Bolsa Família Requerente não contemplado no auxílio emergencial em análise anterior. Grupo familiar do requerente não contemplado em outras análises do auxílio emergencial Residente no Brasil Não ser militar Diante da crescente judicialização do tema - ações coletivas que discutem a política em si (regras, procedimentos etc) e individuais em que se alega atender aos requisitos legais, buscando infirmar análise administrativa realizada pela DATAPREV - orientações foram elaboradas a respeito, com teses de defesa e rotinas para instrução da atuação das unidades desta Procuradoria-Geral da União 00405.009246/2020-46: Informações 55/2020/PGU/AGU 00405.012441/2020-53: Informações 70/2020/PGU/AGU e INFORMAÇÕES REFERENCIAIS nº 00778/2020/CONJUR-MC/CGU/AGU Em sua atuação, a Procuradoria-Regional da União (no presente NUP, sequencial 32), a Procuradoria da União no Estado da Paraíba (NUP 00490.001422/2020-80) e a Procuradoria da União no Estado do Rio Grande do Norte (00525.003067/2020-39), elaboraram, no âmbito do Programa de Redução de Litígios, manifestações referenciais pela dispensa de recurso (Agravo de Instrumento, no âmbito dos Juizados Especiais Federais), dos quais valem ser destacados: NOTA JURÍDICA n. 00488/2020/EQ-JEF1/PRU1R/PGU/AGU CONCLUSÃO Considerando que a finalidade da presente nota jurídica é o aperfeiçoamento da defesa judicial da União, visando uma atuação mais estratégica, racional e eficiente, sugere-se: a) que os Advogados da União desta Coordenação fiquem autorizados a se abster de recorrer de decisões que defiram tutela provisória de urgência para a concessão do auxílio emergencial de que trata a Lei 13.982/2020; b) a interposição do Agravo de Instrumento apenas nas hipóteses que houver alta probabilidade de êxito, quando identificado uma situação de abuso de direito ou congênere; c) a priorização de manifestações prévias à citação da União, uma vez que a Pandemia da Covid-19 autoriza uma presunção quase que absoluta de perigo na demora, o que aumenta a probabilidade de decisões inaudita altera pars; d) O item anterior pode ser viabilizado mediante a instituição de um monitoramento do acervo desta Regional no Pje NOTA JURÍDICA n. 00067/2020/SAS/PUPB/PGU/AGU III - CONCLUSÃO Considerando que a finalidade da presente nota jurídica é o aperfeiçoamento da defesa judicial da União, visando uma atuação mais estratégica, racional e eficiente, sugere-se que a presente nota seja alçada à condição de referencial, para: a) que os Advogados da União desta Procuradoria fiquem autorizados a se abster de recorrer de decisões que defiram tutela provisória de urgência para a concessão do auxílio emergencial de que trata a Lei 13.982/2020; b) a interposição do Agravo de Instrumento apenas nas hipóteses que houver alta probabilidade de êxito, quando identificado uma situação de abuso de direito ou congênere; NOTA JURÍDICA n. 00003/2020/NUREDSP/PURN/PGU/AGU Com efeito, confere-se a natureza referencial à NOTA JURÍDICA n. 00003/2020/NUREDSP/PURN/PGU/AGU, nos termos a seguir: "a) que os Advogados da União desta Procuradoria fiquem autorizados a se abster de recorrer de decisões que defiram tutela provisória de urgência para a concessão do auxílio emergencial de que trata a Lei 13.982/2020; b) a interposição do Recurso Inominado apenas nas hipóteses que houver alta probabilidade de êxito, quando identificado uma situação de abuso de direito ou congênere;" Ambas análises levaram em consideração o permissivo da Portaria AGU 487/2016 (com a redação da Portaria AGU 160/2020), especialmente os critérios de racionalidade, economicidade e eficiência. E, como se trata de processos judiciais em tramitação em todo o país, necessária e urgente a uniformização da atuação das Unidades desta Procuradoria-Geral da União. De plano, cabe destacar a base normativa da presente análise: Lei 10.522/02 Art. 19. Fica a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional dispensada de contestar, de oferecer contrarrazões e de interpor recursos, e fica autorizada a desistir de recursos já interpostos, desde que inexista outro fundamento relevante, na hipótese em que a ação ou a decisão judicial ou administrativa versar sobre: [...] II - tema que seja objeto de parecer, vigente e aprovado, pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, que conclua no mesmo sentido do pleito do particular; [...] § 1o Nas matérias de que trata este artigo, o Procurador da Fazenda Nacional que atuar no feito deverá, expressamente: I - reconhecer a procedência do pedido , quando citado para apresentar resposta, inclusive em embargos à execução fiscal e exceções de pré-executividade, hipóteses em que não haverá condenação em honorários; ou II - manifestar o seu desinteresse em recorrer , quando intimado da decisão judicial. Art. 19-C. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderá dispensar a prática de atos processuais, inclusive a desistência de recursos interpostos, quando o benefício patrimonial almejado com o ato não atender aos critérios de racionalidade, de economicidade e de eficiência. § 1º O disposto no caput deste artigo inclui o estabelecimento de parâmetros de valor para a dispensa da prática de atos processuais, § 2º A aplicação do disposto neste artigo não implicará o reconhecimento da procedência do pedido formulado pelo autor. § 12. Os órgãos do Poder Judiciário e as unidades da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderão, de comum acordo, realizar mutirões para análise do enquadramento de processos ou de recursos nas hipóteses previstas neste artigo e celebrar negócios processuais com fundamento no disposto no art. 190 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). Art. 19-D. À Procuradoria-Geral da União, à Procuradoria-Geral Federal e à Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil aplica-se, no que couber, o disposto nos arts. 19, 19-B e 19-C desta Lei, sem prejuízo do disposto na Lei nº 9.469, de 10 de julho de 1997. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) § 1º Aos órgãos da administração pública federal direta, representados pela Procuradoria- Geral da União, e às autarquias e fundações públicas, representadas pela Procuradoria- Geral Federal ou pela Procuradoria-Geral do Banco Central do Brasil, aplica-se, no que couber, o disposto no art. 19-B desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) § 2º Ato do Advogado-Geral da União disciplinará o disposto neste artigo. Portaria AGU 487/2016 (redação dada pela Portaria AGU 160/2020) Art. 2º Os Advogados da União ficam autorizados a abster-se de ajuizarações, de contestar, de impugnar o cumprimento de sentença, de embargar a execução e de recorrer, a reconhecer a procedência do pedido , e a desistir dos recursos já interpostos, quando o tema, a pretensão deduzida ou a decisão judicial estiver de acordo com: [...] IX - parecer aprovado pelo Procurador-Geral da União. Art. 8º A Secretaria-Geral do Contencioso e a Procuradoria-Geral da União, conforme o caso, poderão dispensar a prática de atos processuais, inclusive embargos à execução, impugnação ao cumprimento de sentença e outros incidentes processuais na fase de execução, bem como autorizar a desistência de recursos interpostos, quando o benefício patrimonial almejado com o ato não atender aos critérios de racionalidade, de economicidade e de eficiência, nos termos dos artigos 19-C e 19-D da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002. § 1º Os titulares dos departamentos da Secretaria-Geral do Contencioso ou dos departamentos e dos órgãos de execução da Procuradoria-Geral da União, conforme o caso, poderão autorizar os Advogados da União a se abster de interpor e a desistir de recurso interposto, em casos específicos e concretos ou conjunto de casos específicos e concretos idênticos, desde que demonstrada: I - a inexistência de probabilidade de êxito da tese da União; ou II - o prejuízo à estratégia de atuação específica para a tese discutida. § 2º Os titulares dos órgãos mencionados no § 1º poderão fazer pareceres referenciais locais ou regionais nas hipóteses de casos com potencial efeito multiplicativo, devendo a Procuradoria-Geral da União ser comunicada para que seja analisada a eventual necessidade de extensão aos demais órgãos de execução da PGU, para os fins do inciso IX do art. 2º. § 3º Na hipótese de existência de parecer referencial local ou regional, os Advogados da União do respectivo órgão de execução ficarão dispensados da autorização prevista no § 1º. § 4º A Procuradoria-Geral da União e a Secretaria-Geral de Contencioso disciplinarão o disposto neste artigo nos seus respectivos âmbitos de atuação, inclusive quanto à fixação de valores de alçada que autorizem a aplicação do disposto no caput." Art. 8º-A. Nas hipóteses em que a autoridade administrativa competente houver reconhecido administrativamente o pedido correspondente à pretensão autoral, os Advogados da União ficam autorizados a reconhecer a procedência do pedido e a desistir dos recursos eventualmente interpostos, desde que não haja outro fundamento relevante nos termos do art. 13, devendo, quando aplicável, cumprir o que estabelece o parágrafo único do art. 10 desta Portaria. E, em atenção ao comandos dos artigos 19-C e 19-D da Lei 10.522/02 e do que destacado pela Portaria AGU 487/2016, foi editada a Portaria PGU 10/2020, que traz as seguintes regras: Art. 2º Nos processos que tramitam na Justiça Comum, Juizados Especiais Federais e na Justiça do Trabalho, os Advogados da União ficam dispensados da prática de atos processuais e autorizados a desistir dos recursos interpostos quando: I - na fase de conhecimento, se o valor controvertido for igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais); [...] Parágrafo único. Nas hipóteses do inciso I, a dispensa de que trata o caput depende: I - da existência de pedido, de decisão ou de sentença líquidos; e II - da elaboração de nota jurídica submetida e aprovada pela chefia imediata. Art. 5º O disposto no art. 2º aplica-se a quaisquer atos processuais, inclusive contestação, recursos,embargos à execução, impugnação ao cumprimento de sentença e outros incidentes processuais, nas fases de conhecimento e de execução. Já no âmbito administrativo, o Ministério da Cidadania editou Portaria disciplinando a contestação administrativa e os documentos aptos a comprovar o atendimento aos requisitos legais, refutando a informação contida na base de dados usada na análise do requerimento administrativo e processado pela DATAPREV, restando reconhecido o direito então. Decreto 10.316/2020 Art. 4º Para a execução do disposto neste Decreto, compete: I - ao Ministério da Cidadania: a) gerir o auxílio emergencial para todos os beneficiários; Art. 11-A. Eventuais contestações decorrentes de inelegibilidade ao auxílio emergencial poderão ser efetuadas na forma a ser estabelecida em ato do Ministro de Estado da Cidadania.” (NR) PORTARIA Nº 423/GM/MC Dispõe acerca da contestação extrajudicial relativa aos indeferimentos de requerimentos de auxílio emergencial, previsto na Lei 13.982, de 2 de abril de 2020, no âmbito da Defensoria Pública da União, por meio de comprovação documental. No anexo de tal ato do Ministério da Cidadania (instruído pela NOTA TÉCNICA Nº 25/2020 e pelo PARECER n. 00551/2020/CONJUR-MC/CGU/AGU, NUP: 71000.036738/2020-13), consta tabela com correção 'motivo do indeferimento' e 'documento a ser juntado para contestar', que seria a prova do direito que se alega possuir. De forma que, diante dos parâmetros objetivos acima postos, o presente abordará o reconhecimento jurídico do pedido e a dispensa da prática de atos como contestação e recursos. De plano, já se observa o atendimento ao parâmetro de valor, tendo em vista que os processos judiciais relativos ao auxilio emergencial veiculam pretensão de recebimento de valores que alcançam de regra o limite de R$ 1.800,00 em regra; podendo alcançar o valor de R$ 2.400,00, diante da noticiada prorrogação[1] do auxílio por mais um ou dois meses, com valor teto de R$ 600,00 (uma parcela de R$ 600,00 ou duas parcelas de R$ 300,00). Assim, e mesmo diante da possibilidade de se pleitear, sendo autora da ação 'mulher provedora de família monoparental (que possui direito a 2 cotas do auxílio, na forma do art. 2º, §3º da Lei 13.982/2020, o que totalizaria R$ 4.800,00), não se alcançará o valor de R$5.000,00. Vale ressaltar, também, que a judicialização do auxílio emergencial, fundamentada na alegação de atendimento aos requisitos legais e no equívoco da análise administrativa, enfrenta algumas peculiaridades que vale a pena destacar aqui, trazendo contornos mais detalhados para análise dos casos concretos, que formam esse conjunto específico e idêntico. A legislação estabeleceu, para o requerimento e análise dos pedidos de auxílio emergencial, dois primados: a autodeclaração (Lei 13.982/2020, artigos 2º, VI, 'c' e §4º e Decreto 10.316/2020, artigos 5º e 6º) e a consulta às bases de dados dos órgãos federais . Com isso, os órgãos federais responsáveis pela política pública - Ministério da Cidadania e DATAPREV - estabeleceram sistemática de processamento dos pedidos (detalhada nas orientações mencionadas no início do presente Parecer) em que para cada requisito legal um conjunto de base de dados era consultado para conferência do que já declarado pelo requerente; pode-se assim resumir tal procedimento[2]: Critérios de Elegibilidade (Lei 13.982/2020) Base de dados Portaria Min. Cidadania 351 2020 Art. 3º § 1º As informações autodeclaradas serão confirmadas por meio de cruzamento com as bases oficiais descritas neste artigo, inclusive aquelas que disserem respeito à renda auferida pelos integrantes do grupo familiar Ter, no mínimo, 18 anos de idade Cadastro Único Base de dados de pessoa física I - ser maior de 18 (dezoito) anos de idade; a) na data de 02 de abril de 2020, para a primeira concessão aos integrantes do CadUnico; b) na data de 02 de abril de 2020 para os beneficiários na Folha do PBF de abril e na data da extração do Cadastro Único de abril e maio para os beneficiários nas Folhas do PBF de maio e junho, respectivamente, para os beneficiários do PBF; a ) CNIS GFIP: Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social Gestor: Receita Federal Não ter emprego formal ativo Não ser agente público Origem: Caixa Econômica Federal Data referência: Competência FEV/20 - Informações recepcionadas na DATAPREV até o dia 16/03/2020 b ) CNIS eSocial: Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e TrabalhistasGestor: Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, Receita e INSS Origem: SERPRO Data referência: Competência FEV/20 - Informações recepcionadas na DATAPREV até o dia 16/03/2020 c ) RAIS: Relação Anual de Informações Sociais Gestor: Secretaria Especial de Previdência e Trabalho Origem: SERPRO Data referência: Ano de 2018 d ) SIAPE: Sistema Integrado de Administração de Pessoal Gestor: Ministério da Economia Origem: SGD / SERPRO Data referência: Competência Mar/20 e ) Mandatos Eletivos do TSE: Base de candidatos eleitos e suplentes (esfera municipal, estadual e federal) Gestor: TSE Origem: Base pública Data referência: Referência 2014 – Senadores; Referência 2016 – Prefeitos e Vereadores; Referência 2018 – Presidente e Vice- Presidente, Deputados Federais, Estaduais e Distritais e Governadores.” Ar. 3º II - não existir vínculo ativo ou renda nos últimos três meses identificada no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS); § 2º Para fins de verificação da condição de agente público, será utilizado o Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS, a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS, o Sistema Integrado de Administração de Pessoal - SIAPE, e a base de mandatos eletivos disponibilizada pelo Tribunal Superior Eleitoral - TSE, sem prejuízo de eventual verificação em bases oficiais disponibilizadas ao agente operador. Não receber benefício previdenciário ou assistencial Benefícios Previdenciários e LOAS Art. 3º § 4º A ausência de titularidade de benefícios previdenciários ou assistenciais ou, ainda, a percepção de benefícios do seguro desemprego ou de programa de transferência de renda, com exceção do PBF, será verificada por meio do cruzamento de dados com as bases de dados dos respectivos programas. Renda familiar (per capita até meio salário mínimo ou inferior a 3 salários mínimos CNIS GFIP CNIS eSocial IV - cuja renda familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio) salário mínimo ou cuja renda familiar mensal total seja de até 03 (três) salários mínimos: a) por meio da renda declarada n o CadUnico, para os trabalhadores inscritos e beneficiários do PBF; b) por meio de autodeclaração, para os demais trabalhadores. Rendimentos tributáveis menor que R$ 28.559,70 declarados no Imposto de Renda 2018 IRPF 2018 - RFB Não ter contrato de trabalho intermitente CNIS eSocial Não possuir seguro desemprego Seguro desemprego Art. 3º § 4º A ausência de titularidade de benefícios previdenciários ou assistenciais ou, ainda, a percepção de benefícios do seguro desemprego ou de programa de transferência de renda, com exceção do PBF, será verificada por meio do cruzamento de dados com as bases de dados dos respectivos programas. Até 2 (duas) cotas do Auxílio Emergencial por Família Próprio sistema aux. emergencial Não possuir registro de óbito SISOBI (Sistema de Controle de Óbitos) e SIRC (Sistema Nacional de Informações de Registro Civil) Requerente ou membro da família com Auxílio Emergencial pelo Cadastro Único e não pertencente ao Bolsa Família (*) Requerente ou membro da família com Auxílio Emergencial pelo Cadastro Único e pertencente ao Bolsa Família (*) CADÚNICO (enviado pelo Min. Cidadania), data base 02-04-2020 * Como deve proceder quem não tem Cadastro Único no Governo Federal? A pessoa que se encaixa no perfil para receber o auxílio emergencial e não estiver no registro do Cadastro Único até 02 de abril deverá fazer uma autodeclaração por meio do aplicativo, em versão para Android ou IOS, ou pelo site, todos disponibilizados pela Caixa Econômica Federal. O aplicativo e o site permitem que o Ministério da Cidadania e a Caixa Econômica Federal identifiquem os trabalhadores informais, os microempreendedores individuais (MEI) e os contribuintes individuais do INSS que se enquadram na lei e têm direito ao pagamento emergencial, mas não estão no Cadastro Único. art. 2º O auxílio emergencial será concedido aos trabalhadores que cumprirem os critérios estabelecidos na Lei nº 13.982, de 2 de abril de 2020, nos seguintes termos: I - os trabalhadores incluídos em famílias beneficiárias do PBF serão selecionados automaticamente considerando os requisitos da Lei nº 13.982, de 2020 e o respectivo auxílio será pago para o Responsável Familiar; II - os trabalhadores incluídos em famílias cadastradas no Cadastro Único até 20 de março de 2020 serão selecionados automaticamente considerando os requisitos da Lei nº 13.982, de 2020 e o respectivo auxílio será pago para o trabalhador; e Requerente não contemplado no auxílio emergencial em análise anterior. Próprio sistema DATAPREV aux. emergencial Grupo familiar do requerente não contemplado em outras análises do auxilio emergencial base analítica - reconhecimento do direito (DATAPREV) De todos os casos acima mencionados, alguns se mostram mais repetitivos, o que se observou após diversas reuniões com as Coordenações Regionais de Serviço Público e Juizados Especiais, especialmente diante da peculiaridade que as principais bases de dados para verificação da existência de vínculo de emprego formal não possuem atualização suficiente a alcançar a situação atual dos requerentes do auxílio. Na própria Nota Jurídica elaborada pela PRU1 no presente expediente, observa-se a descrição do caso: Narra para tanto, ter realizado o requerimento do benefício em 07/04/2020 por meio do aplicativo de celular "Caixa/Auxílio Emergencial". Sem embargo, o requerimento foi indeferido pelas seguintes razões: (i) Cidadão com emprego formal-vinculado ao RPPS; e (ii) Cidadão com emprego formal-Vinculado ao RAIS. Segue aduzindo que a fundamentação do indeferimento não corresponderia com a realidade dos fatos, uma vez que o seu último vínculo formal de emprego, com a Prefeitura Municipal de Belém, teria encerrado em janeiro de 2020, conforme a documentação acostada nos autos. Assevera, ainda, que a Relação Anual de Informações sociais (RAIS), a qual serve como uma das bases de dados para o Governo Federal analisar se o cidadão mantém contrato de trabalho na iniciativa privada ou na administração pública, estaria desatualizada, não adiantando, dessa forma, formular um novo requerimento na esfera administrativa, uma vez que o sistema bloqueia a inclusão de documentos quando acusa a existência de um suposto vínculo formal de emprego. Por email, o Coordenador-Regional de Serviço Público da Procuradoria-Regional da União na 1ª Região enumera outros casos: - auxílios indeferidos por VÍNCULO RPPS/RAIS – principalmente temporários de municípios que afirmam ter rompido o vínculo de 2018 em diante; - auxílios indeferidos porque outros “cidadãos ou membros da família já recebeu”, ou “inconsistência” por esse fundamento. Juízes querem informações mais pontuais acerca do indeferimento; - auxílios indeferidos por VÍNCULO ATIVO NO CNIS/RGPS – maioria teve o contrato de trabalho encerrado de meados de março em diante; - auxílios indeferidos em que afirma que a parte autora é CANDIDATO NÃO ELEITO (base de dados TSE); - pendência de BENEFÍCIO (auxílio doença, seguro desemprego etc.); - renda declarada na DIRPF teria sido maior que R$ ...; - causas diversas (pedido de devolução; demora no recebimento; CPF irregular; requerimento não encontrado; e, auxílio liberado conta corrente de outrem) - Como corrigir as informações do Cadastro Único ? Assim, observa-se que diversas situações tem encontrado análise administrativa de indeferimento motivada por desatualização de base de dados, o que atende ao primado legal do uso dos sistemas de informação dos órgãos públicos mas cede diante do que declarado pelo solicitante e da situação fática que não resta refletida naqueles sistemas. Vale destacar as datas das atualizações dos sistemas acima mencionados (00742.000548/2020-28): a) Cadastro Único – Referência: 02 de abril de 2020, b) Folha de beneficiários do Bolsa Família – Referência: abril de 2020, sendo recentemente gerada a folha de maio de 2020; c) CNIS i) GFIP/eSocial: Fevereiro de 2020 ii) BenefíciosPrevidenciários e LOAS: Março de 2020 iii) Seguro Desemprego: Março de 2020 iv) GPS: Fevereiro/2020 d) SISOBI, SIRC – Referência: 19/03/2020 e) RAIS – Ano 2018 f) SIAPE – Competência: Março/2020 g) Arquivo do Microempreendedor Individual – MEI da Receita Federal do Brasil – Competência: Março/2020 h) Arquivo do IRPF 2018 da Receita Federal do Brasil (referência 2018) i) Mandatos Eletivos do TSE i) Referência 2014 – Senadores ii) Referência 2016 – Prefeitos e Vereadores iii) Referência 2018 – Presidente e Vice-Presidente, Deputados Federais, Estaduais e Distritais e Governadores j) DEPEN/MJ – Base de Presidiários – Recebida em 15 de abril de 2020 k) Base de Presidiários de SP (Regime Fechado) – Recebida em 23 de abril de 2020 l) Base do Ministério da Defesa (Forças Armadas) – Recebida em 24 de abril de 2020 Há que se observar, tal qual destacado pelo Ministério da Cidadania nas Informações Referenciais 778/2020/CONJUR-MC/CGU/AGU: 13. Uma das formas de acesso ao auxílio emergencial, a denominada plataforma digital, não existia no momento da aprovação da Lei nº 13.982, de 2020, tendo sido criada com o objetivo de identificar os trabalhadores que não estejam inscritos no CadÚnico e atendam às exigências para acesso ao auxílio emergencial, mediante procedimentos mínimos de identificação do futuro beneficiário do auxílio emergencial, uma vez que a plataforma digital é alimentada por autodeclarações de pessoas interessadas, sem a necessidade de qualquer contato pessoal com algum agente público do Município. 20. Assim, ao instituir o referido auxílio emergencial, visando conferir celeridade na concessão e evitar o deslocamento dos cidadãos até as agências bancárias, com possíveis aglomerações, utilizou-se de mecanismos digitais para o pronto cadastramento dos beneficiários e acesso ao auxílio para aqueles que não constam do Cadastro Único, seja aceitando a autodeclaração como prova da hipossuficiência do trabalhador, seja dispensando a apresentação de documentação para abertura da poupança digital. 99. Para tanto, é preciso repisar a divisão metodológica dos beneficiários em grupos, conforme a base de dados que será utilizada para a análise da concessão do auxílio emergencial. Como já detalhado, um grupo é formado pelos microempreendedores individuais, contribuintes individuais e trabalhadores informais, que têm que fazer o seu cadastro por meio da plataforma digital disponibilizada pela Caixa Econômica Federal, que chamaremos de Grupo A. O outro grupo será formado por cidadãos inscritos no CadÚnico beneficiários ou não do Programa Bolsa Família, o Grupo B. 100. Em relação ao Grupo A, a Caixa Econômica Federal encaminha os dados da plataforma digital para a Dataprev, e em relação ao Grupos B, é o Ministério da Cidadania que disponibiliza para a Dataprev os dados do CadÚnico. De posse dos referidos dados, a Dataprev faz os cruzamentos cabíveis com as bases de dados a ela disponibilizadas pelo Poder Público Federal, como por exemplo o CNIS, e identifica aqueles elegíveis ao recebimento do auxílio emergencial. Em seguida, o Ministério da Cidadania reconhece o direito ao auxílio, a partir do público elegível identificado pela Dataprev e, após homologadas as informações geradas pela Dataprev, solicita o envio das informações daqueles que tiveram seu direito reconhecido para a Caixa Econômica Federal, para fins de processamento do pagamento. 143. O processamento do benefício, ante o grande número de pedidos em todo país é feito, reitere-se, por cruzamento de dados de forma automática, e não há participação de agente público, visto que a verificação de elegibilidade é realizada por meio de cruzamentos automatizados de bases de dados do Cadastro Único, folha de pagamento do Programa Bolsa Família, inscritos no aplicativo CAIXA-Auxílio Emergencial, com a Guia de Recolhimento do FGTS (GFIP), a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e a folha de pagamento do INSS, dentre outras, operacionalizados pela DATAPREV. Dali, se observa que foi criado todo um sistema de levantamento, identificação e cruzamento de dados, para dar segurança do atendimento aos requisitos legais, diante da autodeclaração prestada pelos solicitantes. Todavia, diversas situações fáticas, por sua mudança ou não reflexo imediato nos sistemas de dados, deixam de ser atendidas, e que podem ser superadas com apresentação de documentos reforçando a autodeclaração, suficientes a comprovar o atendimento aos requisitos legais. Em tempo, vale registrar o que previsto na Portaria 351/2020, do Ministro da Cidadania: Art. 4º Sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, o trabalhador que prestar declarações falsas ou utilizar qualquer outro meio ilícito para indevidamente ingressar ou se manter como beneficiário do auxílio emergencial, será obrigado a ressarcir os valores recebidos de forma indevida. Parágrafo único. O agente operador, conforme pactuado em contrato, fará o cruzamento das bases cedidas pelos órgãos citados no art. 3º e, caso sejam identificadas divergências nas informações, deverá encaminhar ao Ministério da Cidadania, para a devida apuração. Ademais, conforme o Decreto 9.094/17, um ponto deve ser destacado, quanto às informações que podem ser apresentadas por meio de certidões, declarações e consultas a sites públicos: Art. 7º Não será exigida prova de fato já comprovado pela apresentação de documento ou informação válida. De forma que, tem-se de plano, conforme ato do Ministério da Cidadania, rol de documentos que, se apresentados, afastam o indeferimento administrativo, comprovando que o requerente/solicitante/autor tem o direito que alega possuir. Na forma da PORTARIA Nº 423/GM/MC, tem-se de plano os seguintes requisitos (daqueles colocados no início do presente Parecer) a respeito dos quais se aceita contraprova documental: Ter, no mínimo, 18 anos de idade (salvo caso de mães adolescentes - Lei 13.998/2020) Não ter emprego formal Não receber benefício previdenciário ou assistencial Não possuir seguro desemprego Rendimentos tributáveis menor que R$ 28.559,70 declarados no Imposto de Renda 2018 Não ter contrato de trabalho intermitente Não ser agente público Não possuir registro de óbito Residente no Brasil Não ser militar Não estar preso em regime fechado Ao passo que, na forma do ato do Ministério da Cidadania, os seguintes fundamentos de indeferimento, por dificuldade de produção sumária de prova e impacto em outras análise de outros solicitantes, restaram de fora: Renda familiar inferior a 3 salários mínimos Até 2 (duas) cotas do Auxílio Emergencial por Família Requerente ou membro da família com Auxílio Emergencial pelo Cadastro Único e não pertencente ao Bolsa Família Requerente ou membro da família com Auxílio Emergencial pelo Cadastro Único e pertencente ao Bolsa Família Grupo familiar do requerente não contemplado em outras análises do auxílio emergencial Com o objetivo de orientar a análise casuística dos Advogados da União nos processos judiciais a respeito da matéria, alguns pontos podem ser desde já indicados, destacam-se no presente, em complemento ao que constante do ato do Ministério da Cidadania, meios de comprovação documental do atendimento aos requisitos legais para recebimento do auxílio emergencial e meios de consulta disponíveis aos Advogados para confirmação do que informado nos autos: COMPROVAÇÃO DE ATENDIMENTO AO REQUISITO IDADE . apresentação de documento oficial de identidade, dentre os quais destacam-se: RG - Lei 7.116/83 Art 1º - A Carteira de Identidade emitida por órgãos de Identificação dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios tem fé pública e validade em todo o território nacional. CNH - Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com as especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivaleráa documento de identidade em todo o território nacional. COMPROVAÇÃO DE AUSÊNCIA DE EMPREGO FORMAL . apresentação de cópias da Carteira de Trabalho e Previdência Social atualizada, sem registro de contrato de trabalho em vigor (CTPS como documento legal para comprovar vínculo empregatício) ou do termo de rescisão de contrato de trabalho CLT Art. 13 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada. . comprovação de encerramento das atividades da empresa empregadora (CNPJ) . apresentação, pelo solicitante, de consulta ao CNIS atualizada (a base de dados utilizada pela DATAPREV é de março/2020) Lei 8.213/91 Art. 29-A. O INSS utilizará as informações constantes no Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS sobre os vínculos e as remunerações dos segurados, para fins de cálculo do salário-de-benefício, comprovação de filiação ao Regime Geral de Previdência Social, tempo de contribuição e relação de emprego. Decreto 3.048/99 Art. 19. Os dados constantes do Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS relativos a vínculos, remunerações e contribuições valem como prova de filiação à previdência social, tempo de contribuição e salários-de-contribuição. . consulta, pelo número PIS/PASEP, à RAIS (a base de dados utilizada pela DATAPREV é do ano de 2018 - entregue em 2019 pelos empregadores, ao passo que o site permite consulta mais atualizada, com identificação da situação ao final de 2019) http://www.rais.gov.br/sitio/consulta_trabalhador_identificacao.jsf Decreto 76.900/75 Art 1º Fica instituída a Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, a ser preenchida pelas empresas, contendo elementos destinados a suprir as necessidades de controle, estatística e informações das entidades governamentais da área social. Art 2º A RAIS identificará: a empresa, pelo número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC) do Ministério da Fazenda; e o empregado, pelo número de inscrição no Programa de Integração Social (PIS). Art 7º A RAIS será obrigatória, para as empresas, a partir do exercício de 1977, e sempre relativa ao ano-base anterior. COMPROVAÇÃO DA AUSÊNCIA DA QUALIDADE DE AGENTE PÚBLICO/DETENTOR DE MANDATO ELETIVO/MILITAR . apresentação do ato de exoneração/desligamento/demissão ou declaração do ente público a respeito da inexistência/término do vínculo Lei 8.112/90 Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder. . consulta, pelo número PIS/PASEP, à RAIS (a base de dados utilizada pela DATAPREV é do ano de 2018 - entregue em 2019 pelos empregadores, ao passo que o site permite consulta mais atualizada, com identificação da situação ao final de 2019) http://www.rais.gov.br/sitio/consulta_trabalhador_identificacao.jsf . consulta aos portais da transparência dos entes respectivo onde apontado existir vínculo . para servidores militares - ato de desincorporação ou anulação de incorporação, ato de licenciamento ou demissão Lei 4.375/64 (Lei do Serviço Militar) Art. 31. O serviço ativo das Forças Armadas será interrompido: a) pela anulação da incorporação; b) pela desincorporação; c) pela expulsão; d) pela deserção. . apresentação, pelo solicitante, de certidão TSE informando não ter sido eleito . consulta ao site TSE a respeito da eleição 2018: http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/ Inclusive, a respeito dessa segunda questão - candidatos não eleitos na base de dados do TSE - as INFORMAÇÕES REFERENCIAIS nº 00778/2020/CONJUR-MC/CGU/AGU (00405.012441/2020-53) L) CANDIDATOS NÃO ELEITOS NA BASE DE DADOS DO TSE 171. Cumpre ainda salientar a orientação da SAGI desta Pasta quanto à base de dados do Tribunal Superior Eleitoral, que não faz distinção entre candidatos e suplentes, eleitos e não eleitos, o que tem gerado inconsistências, as quais estão sendo reprocessadas pela própria DATAPREV, de modo que pedidos de auxílio de candidatos não eleitos serão reanalisados.Vejamos: Em complemento ao Despacho nº 201/2020/SAGI/DECAU, informo que a DATAPREV, quando dos cruzamentos de bases de dados para identificação da elegibilidade ao auxílio emergencial instituído pela Lei no. 13.982/2020, utilizou a totalidade da base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), englobando indistintamente candidatos e suplentes, eleitos e não eleitos. Esta Pasta da Cidadania detectou tal inconformidade e realizou gestões junto à DATAPREV, a qual concordou em realizar o reprocessamento dessa base atendo-se apenas aos candidatos eleitos, de modo que os pleiteantes recusados por esse movo terão suas situações revertidas. 172. Considerando que o sistema é informatizado, sem a participação de servidor público, deve o requerente aguardar o resultado do segundo processamento a ser realizado, de modo que, sanando as irregularidades detectadas e cumprindo os requisitos cumulativos dispostos na lei, poderá receber o auxílio. 173. Destaca-se que independente do momento em que o benefício foi deferido, o autor, se tiver direito, fará jus a três parcelas do auxílio emergencial. É o que dispõe o Decreto nº 10.316, de 7 de abril de 2020: Art. 9º Serão pagas ao trabalhador três parcelas do auxílio emergencial, independentemente da data de sua concessão, exceto para os recebedores de benefícios temporários, que serão considerados elegíveis nos meses de abril, maio e junho de 2020 e não poderão acumular o auxílio emergencial com o benefício temporário. 174. Verifica-se, portanto, que está a União Federal envidando esforços para regularizar e propiciar medidas no sentido de conceder o Auxílio Emergencial, que consiste um benefício financeiro destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, de modo a fornecer proteção emergencial no enfrentamento da crise causada pela pandemia do Coronavírus - COVID 19 COMPROVAÇÃO DO NÃO RECEBIMENTO DE SEGURO-DESEMPREGO OU BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO/ASSISTENCIAL . apresentação, pelo solicitante, de documento (Min. Economia ou INSS) comprovando o encerramento do benefício: - INSS - 'declaração de beneficiário do INSS' - ME - carta de concessão do seguro defeso ou do seguro desemprego . consulta ao site do seguro desemprego: https://sd.maisemprego.mte.gov.br/sdweb/consulta.jsf COMPROVAÇÃO DE ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DE RENDA Lei 13.982/2020 Art. 2º IV - cuja renda familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio) salário-mínimo ou a renda familiar mensal total seja de até 3 (três) salários mínimos; § 4º As condições de renda familiar mensal per capita e total de que trata o caput serão verificadas por meio do CadÚnico, para os trabalhadores inscritos, e por meio de autodeclaração, para os não inscritos, por meio de plataforma digital. § 6º A renda familiar é a soma dos rendimentos brutos auferidos por todos os membros da unidade nuclear composta por um ou mais indivíduos, eventualmente ampliada por outros indivíduos que contribuam para o rendimento ou que tenham suas despesas atendidas por aquela unidade familiar, todos moradores em um mesmo domicílio. § 7º Não serão incluídos no cálculo da renda familiar mensal, para efeitos deste artigo, os rendimentos percebidos de programas de transferência de renda federal previstos na Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e em seu regulamento. § 8º A renda familiar per capita é a razão entre a renda familiar mensal e o total de indivíduos na família. § 11. Os órgãos federais disponibilizarão as informações necessárias à verificação dos requisitos para concessão do auxílio emergencial, constantes das bases de dados de que sejam detentores. Portaria 351/2020 IV - cuja renda familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio) salário mínimo ou cuja renda familiar mensal total seja de até 03 (três) saláriosmínimos: a) por meio da renda declarada no CadÚnico, para os trabalhadores inscritos e beneficiários do PBF; b) por meio de autodeclaração, para os demais trabalhadores. § 1º As informações autodeclaradas serão confirmadas por meio de cruzamento com as bases oficiais descritas neste artigo, inclusive aquelas que disserem respeito à renda auferida pelos integrantes do grupo familiar Como se observa acima, quanto ao critério renda (art. 2º, IV Lei 13.982/2020, seja a familiar mensal, seja a per capita, para aqueles não inscritos no CadÚnico, a legislação estabelece a autodeclaração - cotejada, conforme Portaria 351/2020 do Ministério da Cidadania, com informações constantes das bases oficiais de dados ali previstas, e que deve ser analisada, casuisticamente, tendo em vista todos os membros da composição familiar. Já aqueles inscritos no CadÚnico e beneficiários do Programa Bolsa Família, há que se refutar a informação ali constante. Para ambos, a possível comprovação do direito - refutando o indeferimento administrativo - admite prova documental: . para fins de comprovação da renda familiar mensal por pessoa ou total = comprovantes de renda (aliados à composição familiar) . para fins de comprovação de rendimentos tributáveis menores que R$ 28.559,70 declarados no Imposto de Renda 2018 = certidão ausência de declaração de IRPF ano 2019 . consulta à Receita Federal do Brasil https://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/consrest/Atual.app/paginas/index.asp Para tanto, em tais casos, devem ser analisados (mediante solicitação específica e detalhada à DATAPREV, até que tais informações constem do sistema de consulta detalhada em desenvolvimento) : - componentes do grupo familiar - renda formal de cada membro (entendimento TCU - Acórdão 1428/2020 - plenário) Como se observa da NOTA TÉCNICA Nº 25/2020 (PROCESSO Nº 71000.036738/2020-13), que fundamentou a edição da PORTARIA Nº 423/GM/MC, tal requisito não foi, no momento, abrangido por tal ato por dificuldades de criação de sistema de dados para análise e conferência; o que não impede que, à luz do caso concreto e da instrução probatória, seja analisado, pelo Advogado da União responsável pelo feito, o atendimento ao requisitos legal. Para tanto, acima são dados parâmetros objetivos de análise. Esclarecidos os pontos acima - com foco nos motivos de indeferimento do pedido de auxílio emergencial - é possível analisar a situação do solicitante, pelo reconhecimento do pedido, dispensa de atos processuais ou pela apresentação de defesa, quando não comprovado o atendimento ao requisito da renda familiar total ou por pessoa. COMPROVAÇÃO DE RESIDÊNCIA NO BRASIL comprovante de residência no Brasil declaração do Departamento de Polícia Federal CUMPRIMENTO DE PENA EM REGIME FECHADO declaração/certidão da Vara de Execução Penal a respeito do regime atual de cumprimento da pena OUTROS REQUISITOS LEGAIS - TESES DE DEFESA E INSTRUÇÃO PROBATÓRIA A par do que acima mencionado, há que se chamar atenção para o que previsto no artigo 8º da Portaria PGU 10/2020: Art. 8º Os titulares dos órgãos de execução e os Diretores de Departamento da Procuradoria-Geral da União, bem como os Coordenadores temáticos, podem identificar situações que, mesmo se enquadrando nas hipóteses de dispensa de atuação e de desistência de recursos previstas nesta Portaria, justifiquem a apresentação de defesa ou a interposição de recurso. Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput, os Advogados da União devem atuar no processo,praticando todos os atos necessários à defesa da União, independentemente dos valores envolvidos, quando as peculiaridades do caso concreto assim recomendarem, como nas situações de abuso de direito pela parte autora e de alta probabilidade de êxito da tese de defesa da União. Nesse ínterim, diante do que já apontado pelo Ministério da Cidadania, alguns pontos - requisitos - devem ser objeto de maior atenção pela representação judicial da União, todos descritos ( c o m defesa jurídica já elaborada) nas INFORMAÇÕES REFERENCIAIS nº 00778/2020/CONJUR- MC/CGU/AGU (00405.012441/2020-53): exigência CPF regular cota em dobro para homens provedores de família monoparental Quando os processos veicularem pretensões de afastamento/revisão dos critérios acima, deve ser apresentada defesa, jurídica, de mérito, com utilização das teses já levantadas, desnecessária a solicitação de subsídios de direito. Isso porque os casos enfrentam vedação legal, de concessão do auxílio emergencial. IDENTIFICAÇÃO DO NÚCLEO FAMILIAR E DA CONDIÇÃO, DA MULHER, DE RESPONSÁVEL Tema mais sensível, e de maior dificuldade da produção documental a respeito, diz respeito aos seguintes 'motivos de indeferimento' (aqui retirado da plataforma de consulta DATAPREV): Até 2 (duas) cotas do Auxílio Emergencial por Família Requerente ou membro da família com Auxílio Emergencial pelo Cadastro Único e não pertencente ao Bolsa Família Requerente ou membro da família com Auxílio Emergencial pelo Cadastro Único e pertencente ao Bolsa Família Grupo familiar do requerente não contemplado em outras análises do auxilio emergencial Para identificação inicial ao CadÚnico, há base de consulta aos sistemas desenvolvidos pela DATAPREV (que indica os membros do grupo familiar e eventualmente se recebem o auxílio), é também possível consulta ao site MEUCADUNICO: https://meucadunico.cidadania.gov.br/meu_cadunico/ Na questão, há parâmetro normativo e temporal estabelecido para aqueles integrantes do CadÚnico, relacionado com a data da edição da Lei que instituiu o auxílio emergencial (02/04/2020), previsto no Decreto 10.316/2020: § 1º Para fins de pagamento do auxílio emergencial de que trata o caput, será utilizada a base de dados do Cadastro Único: I ‐ em 2 de abril de 2020, como referência para o processamento da primeira folha de pagamento do auxílio emergencial devida às famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família; e II - em 11 de abril de 2020, para verificação do responsável familiar das famílias que tiveram membros elegíveis como referência para as demais folhas de pagamento do auxílio emergencial. Vale destacar como a Lei 13.982/2020 trata o conceito de renda familiar em seu artigo 2º, §6º: renda familiar é a soma dos rendimentos brutos auferidos por todos os membros da unidade nuclear composta por um ou mais indivíduos, eventualmente ampliada por outros indivíduos que contribuam para o rendimento ou que tenham suas despesas atendidas por aquela unidade familiar, todos moradores em um mesmo domicílio. De forma que se mostra relevante observar, em primeiro lugar, a data da alteração da composição familiar, se antes ou posterior a 02 de abril de 2020 - algo possível de verificação por meio de análise documental (atos da vida civil: casamento/união estável, divórcio, nascimento, óbito; bem como mera alteração de residência). Nesses casos, tem-se alteração, anterior à edição da lei federal, que não refletida no CadÚnico, e que pode ser superada por meio da comprovação documental acima delineada; mas que deve ser sempre cotejada com eventual alteração de outros grupos familiares. Alterações posteriores, porém, devem ser tratadas com maior cuidado, exatamente para se evitar mudanças propositadas para enquadramento nos requisitos legais; não se trata, aqui, de equívocos nas bases de dados - que precisariam de fato possuir um corte temporal para início da análise automatizada, única maneira de processar em tão breve espaço de tempo número relevante de solicitações. Em ambos os casos, reforça-se, há que se atentar para os limites de cotas por grupos familiares e para o reflexo daquela alteração na composição familiar (nova família) na família antiga/original; tudo a fim de garantir-se o atendimento à situação fática existente. A correção de tais informações, aqui realizada por meio de prova documental, vai ao encontro do que estabelecido no acordo judicial homologado na ACP 1017635-57.2020.4.01.3800,entre União, DPU e MPF, em que são elencadas como hipóteses de nova solicitação as seguintes situações - descritas no site/app: você marcou que era chefe de família mas não informou nenhum membro da sua família houve divergência entre os membros da família que você e que outra pessoa da sua família informou você informou alguma pessoa da sua família que possui indicativo de óbito em alguma base do Governo Federal De forma que, como tais pontos permitem nova solicitação via DATAPREV, tais detalhes devem ser levados ao Juízo; importante em tais casos observar a completude da informação quanto à composição familiar do interessado e seu impacto em outros núcleos familiares eventualmente alterados. CASOS COM RESPOSTA INCONCLUSIVA Outra hipótese que se mostra ocorrente são os casos com resposta inconclusiva(em processamento, ou demandando ao autor novos dados/informações), que, na prática, devem refletir em manifestação da União, judicial ou extrajudicial, pela necessidade de saneamento da solicitação indicando-se, a ausência de interesse de agir - já que inexiste pretensão resistida, ou mesmo interesse processual - bem como quais os documentos ou informações que devem ser apresentados. O que chama aplicação do entendimento do Supremo Tribunal Federal a respeito da inexistência de interesse de agir, em decisão: Tema 350 - Prévio requerimento administrativo como condição para o acesso ao Judiciário. Relator: MIN. ROBERTO BARROSO, Leading Case: RE 631240 I - A concessão de benefícios previdenciários depende de requerimento do interessado, não se caracterizando ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação e indeferimento pelo INSS, ou se excedido o prazo legal para sua análise. É bem de ver, no entanto, que a exigência de prévio requerimento não se confunde com o exaurimento das vias administrativas; II – A exigência de prévio requerimento administrativo não deve prevalecer quando o entendimento da Administração for notória e reiteradamente contrário à postulação do segurado; III – Na hipótese de pretensão de revisão, restabelecimento ou manutenção de benefício anteriormente concedido, considerando que o INSS tem o dever legal de conceder a prestação mais vantajosa possível, o pedido poderá ser formulado diretamente em juízo – salvo se depender da análise de matéria de fato ainda não levada ao conhecimento da Administração –, uma vez que, nesses casos, a conduta do INSS já configura o não acolhimento ao menos tácito da pretensão; IV – Nas ações ajuizadas antes da conclusão do julgamento do RE 631.240/MG (03/09/2014) que não tenham sido instruídas por prova do prévio requerimento administrativo, nas hipóteses em que exigível, será observado o seguinte: (a) caso a ação tenha sido ajuizada no âmbito de Juizado Itinerante, a ausência de anterior pedido administrativo não deverá implicar a extinção do feito; (b) caso o INSS já tenha apresentado contestação de mérito, está caracterizado o interesse em agir pela resistência à pretensão; e (c) as demais ações que não se enquadrem nos itens (a) e (b) serão sobrestadas e baixadas ao juiz de primeiro grau, que deverá intimar o autor a dar entrada no pedido administrativo em até 30 dias, sob pena de extinção do processo por falta de interesse em agir. Comprovada a postulação administrativa, o juiz intimará o INSS para se manifestar acerca do pedido em até 90 dias. Se o pedido for acolhido administrativamente ou não puder ter o seu mérito analisado devido a razões imputáveis ao próprio requerente, extingue-se a ação. Do contrário, estará caracterizado o interesse em agir e o feito deverá prosseguir; V – Em todos os casos acima – itens (a), (b) e (c) –, tanto a análise administrativa quanto a judicial deverão levar em conta a data do início da ação como data de entrada do requerimento, para todos os efeitos legais. Em tais casos, devem ser apresentada defesa nos casos, pela ausência de interesse de agir, após confirmação da ausência de decisão administrativa a respeito do requerimento apresentado. RESUMO E PROCEDIMENTO PARA ATUAÇÃO JUDICIAL DA REPRESENTAÇÃO DA UNIÃO Como se observou acima, diversas ferramentas de consulta, parâmetros e documentos se mostram à disposição, a fim de agilizar e objetivar a análise dos casos, permitindo inclusive a dispensa de solicitação de maiores informações fáticas aos órgãos públicos envolvidos com os casos. De plano, para triagem inicial dos casos, sugere-se seja sempre consultado, na base de dados da DATAPREV, o motivo do indeferimento. Diante do motivo do indeferimento e da pretensão apresentada, é relevante observar, na forma acima, se o autor trouxe aos autos documentos aptos a infirmar - diante do motivo da decisão administrativa de indeferimento - o fundamento trazido pela DATAPREV; da mesma forma, relevante se identificar se se trata de discussão pelo afastamento de requisitos apontados como de defesa necessária (resistência à pretensão). De forma que, com os parâmetros acima, estabelecidos também pela autoridade administrativa como aptos à comprovação do atendimento aos requisitos legais para concessão/recebimento do auxílio emergencial, na forma da Portaria AGU 487/2016 (com alterações da Portaria AGU 160/2020), resta possível aos Advogados da União reconhecer a procedência do pedido. Em tais casos, na forma do artigo 10 da Portaria AGU 487/2020 (com as alterações da Portaria AGU 160/2020), cabe o peticionamento no feito esclarecendo ao Juízo a respeito da presente dispensa. Em acréscimo, diante dos valores envolvidos, tendo em vista o caráter alimentar, emergencial e transitório das verbas, bem como da baixa probabilidade de acolhimento de fundamentos recursais relacionados aos requisitos de fumus boni iuris e periculum in mora nos Tribunais, entende-se em todos os casos pela dispensa de interposição de recursos de agravo de instrumento ou semelhantes para os Tribunais Regionais Federais e Turmas Recursais, bem como de recursos em segundo grau de jurisdição. Objetiva-se, com o presente Parecer Referencial, além do atendimento aos parâmetros legais, propiciar racionalidade e eficiência na atuação desta Procuradoria-Geral da União, levando ao Poder Judiciário as teses de defesa quanto apenas houver fundamentos documentais e jurídicos para resistência à pretensão formulada - e nesses casos apontando o não atendimento aos requisitos legais e o impacto da decisão em análises de outros solicitantes ou grupos familiares, como acima destacado. Como a instrução documental acima, amparada no primado da autodeclaração e suprindo em alguns casos a desatualização inevitável (por peculiaridades da formação da base de dados e da dinâmica social envolvida) das bases de dados federais com documentos que possuem previsão legal, garante segurança quanto ao atendimento aos requisitos legais, entende atendidos os critérios de racionalidade e eficiência na atuação da União. Para identificação dos motivos do indeferimento do auxílio emergencial, sem que se dependa de solicitação de subsídios de fato à DATAPREV ou ao Ministério da Cidadania, encontra-se disponível consulta pela internet, em dois níveis: PÚBLICO - https://consultaauxilio.dataprev.gov.br/consulta/#/ MEDIANTE CADASTRO (já encaminhada solicitação ao Ministério da Cidadania, após contato com as PRUs e encaminhamento de dados dos Advogados/Servidores) - https://consultaauxiliogestores.dataprev.gov.br/consultaauxilio/#/ Quanto à solicitação de subsídios de fato, com o acesso ao sistema de consulta detalhada desenvolvido pela DATAPREV, resta desnecessária a solicitação de informações ao Ministério da Cidadania (já que as informações sobre o CADÚNICO já estão ali inseridas); já em relação à DATAPREV, devem ser solicitadas informações apenas sobre detalhamento dos dados que constam no CNIS (CNPJ do vínculo de emprego, datas do vínculo etc.), para fins de levantamento de vínculos empregatícios e dados sobre renda (pessoal ou familiar). Para tanto, sugere-se às Unidades desta Procuradoria-Geral da União, com a utilizaçãodas ferramentas de consulta acima e dos parâmetros documentais aqui destacados e constantes da PORTARIA Nº 423/GM/MC, adotem as seguintes rotinas: 1) TRIAGEM DOS CASOS 2) APLICAÇÃO DO QUE PREVISTO NA PORTARIA AGU 487/2016 Art. 12. As desistências previstas nesta portaria poderão ser efetivadas mediante a realização de mutirões, desde que observada, se for o caso, as respectivas orientações da Secretaria-Geral do Contencioso ou da Procuradoria-Geral da União. 3) APRESENTAÇÃO DE PETIÇÃO COM RECONHECIMENTO PEDIDO [3] Art. 10. Na hipótese de abstenção de contestação, os Advogados da União deverão peticionar no feito no prazo da defesa, seja para reconhecer a procedência do pedido, seja para justificar a abstenção de contestação, com fulcro nos termos desta portaria. 4) ELABORAÇÃO, A TEMPO E MODO, DE PARECER DE FORÇA EXECUTÓRIA PARA A CONJUR- MCIDADANIA. Para fins de registro no Sapiens[4], devem ser utilizadas as seguintes atividades: PROCEDÊNCIA DO PEDIDO, PETIÇÃO DE RECONHECIMENTO DA (JUDICIAL) - com apresentação de petição (MODELO id.328813) RECURSO, PETIÇÃO DE ABSTENÇÃO DE (JUDICIAL) - com dispensa do peticionamento PORTARIA 487/2016, ART. 8º, CAPUT COMPLEMENTO: PORTARIA 487/2016, ART. 8º, CAPUT, '0026/2020' (número do presente Parecer Referencial) Por fim, tal qual previsto no artigo 9º da Portaria PGU 10/2020 [5], importante seja dada ciência do presente ao Departamento Eleitoral e de Estudos Jurídicos (DEE), para fins de análise da viabilidade de realização de acordos nos casos, especialmente no que diz respeito à pretensões que eventualmente cumulem pedido de indenização por dano moral. À consideração da Sra. Diretora do Departamento de Serviço Público, com sugestão de submissão do presente ao Gabinete do Procurador-Geral da União, sendo dada ciência ao DEE e à CONJUR - Ministério Cidadania. Brasília, 22 de junho de 2020. MARCELO MOURA DA CONCEIÇÃO ADVOGADO DA UNIÃO COORDENADOR-GERAL DE DIREITO ECONÔMICO, SOCIAL E INFRAESTRUTURA DEPARTAMENTO DE SERVIÇO PÚBLICO - PGU De acordo. Brasília, 22 de junho de 2020. CRISTIANE SOUZA FERNANDES CURTO ADVOGADA DA UNIÃO DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇO PÚBLICO Notas 1. ^ https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-06/guedes-confirma-prorrogacao-do- auxilio-emergencial-por-dois-meses;https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/06/09/governo- confirma-prorrogacao-do-auxilio-emergencial-por-dois-meses.ghtml 2. ^ Conforme documento anexo (DATAPREV - 'motivos de inelegibilidade') 3. ^ Para os casos de abstenção de interposição de recurso, aplica-se a dispensa prevista no art. 11, parágrafo único da Portaria AGU 487/2016, sendo dispensado o peticionamento 4. ^ Portaria PGU 10/2020Art. 12. Ressalvada a hipótese prevista no art. 3º, o Advogado da União deve justificar a abstenção do ato processual ou a desistência do recurso interposto com base nesta Portaria preenchendo os campos correspondentes no Sapiens - Sistema AGU de Inteligência Jurídica, sem a necessidade de autorização da chefia imediata. 5. ^ Art. 9º A autorização de que trata esta Portaria não obsta a análise do cabimento de proposta de acordo ou a realização de outras medidas visando à autocomposição, observadas as orientações e os atos normativos específicos. Documento assinado eletronicamente por MARCELO MOURA DA CONCEICAO, de acordo com os normativos legais aplicáveis. A conferência da autenticidade do documento está disponível com o código 441986181 no endereço eletrônico http://sapiens.agu.gov.br. Informações adicionais: Signatário (a): MARCELO MOURA DA CONCEICAO. Data e Hora: 22-06-2020 19:35. Número de Série: 37898334023641176825431139264. Emissor: Autoridade Certificadora SERPRORFBv5. Documento assinado eletronicamente por CRISTIANE SOUZA FERNANDES CURTO, de acordo com os normativos legais aplicáveis. A conferência da autenticidade do documento está disponível com o código 441986181 no endereço eletrônico http://sapiens.agu.gov.br. Informações adicionais: Signatário (a): CRISTIANE SOUZA FERNANDES CURTO. Data e Hora: 22-06-2020 19:57. Número de Série: 17210076. Emissor: Autoridade Certificadora SERPRORFBv5. ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO PROCURADORIA-GERAL DA UNIÃO GABINETE PGU (GAB) SAS, QUADRA 03, LOTE 5/6, 10° ANDAR - AGU SEDE I EDIFÍCIO MULTIBRASIL CORPORATE FONES: (61) 2026-8633/8635 BRASÍLIA/DF - CEP: 70.070-030 DESPACHO n. 08410/2020/PGU/AGU NUP: 00485.002588/2020-92 (REF. 1013871-54.2020.4.01.3900) INTERESSADOS: RITA DE CASSIA CARDOSO DIAS E OUTROS ASSUNTOS: BENEFÍCIO ASSISTENCIAL (ART. 203,V CF/88) E OUTROS 1. Aprovo os termos do PARECER REFERENCIAL n. 00026/2020/PGU/AGU ( Seq. 58), que versa sobre o o auxílio emergencial, instituído pela Lei 13.982/2020. 2. Assim, devolvo os autos ao Departamento de Serviço Público - DSP/PGU para ciência deste despacho e adote as seguintes providências administrativas: a) abertura de tarefa à Comissão Temática responsável pela inclusão das orientações necessárias à aplicação dos entendimentos fixados nos pertinentes Sumários de Conhecimento, bem como para acompanhar a aplicação dos modelos e teses e identificar oportunidades de aperfeiçoamento das orientações e estratégias processuais correlatadas, conforme suas taxas de sucesso e uniformização (arts. 7º, 11 e 12 da Portaria nº 10, de 4 de dezembro de 2018). b) adotadas as medidas indicadas no item "a", abertura de tarefa à Coordenação-Geral de Gestão Judicial - CGJUD/PGU, informando o número identificador ("ID") dos entendimentos no Sumário de Conhecimento, para que se confira publicidade ao entendimento fixado mediante a expedição e o registro, na intranet, de e-mail circular a todos os Advogados da União em exercício nos órgãos da Procuradoria-Geral da União. 3. Encaminhe-se ao Departamento Eleitoral e de Estudos Jurídicos - DEE, para fins de análise da viabilidade de realização de acordos nos casos, especialmente no que diz respeito à pretensões que eventualmente cumulem pedido de indenização por dano moral. 4. Dê-se ciência à Consultoria Jurídica junto ao Ministério Cidadania. Brasília, 22 de junho de 2020. (documento assinado digitalmente) KAROLINE BUSATTO Advogada da União Subprocuradora-Geral da União Documento assinado eletronicamente por KAROLINE BUSATTO, de acordo com os normativos legais aplicáveis. A conferência da autenticidade do documento está disponível com o código 447202642 no endereço eletrônico http://sapiens.agu.gov.br. Informações adicionais: Signatário (a): KAROLINE BUSATTO. Data e Hora: 23-06-2020 08:46. Número de Série: 13492247. Emissor: Autoridade Certificadora SERPRORFBv4.
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