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Biomateriais utilizados na Implantodontia - Relatório

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Flávia Guedes - Odontologia 
 
RELATÓRIO SOBRE A PALESTRA: 
“Biomateriais utilizados na Implantodontia” 
 
Atualmente existe uma grande variedade de biomateriais utilizados na 
Odontologia. Mas, antes de falar sobre seus tipos e sobre a sua utilização, o que seria um 
BIOMATERIAL? Um biomaterial é justamente uma substância ou mesmo uma mistura 
de substâncias que possui a finalidade de tratar, aumentar ou substituir órgãos, tecidos ou 
funções do organismo. Esses materiais podem ser sintéticos ou naturais, com 
propriedades biológicas e físicas compatíveis. 
Nessa perspectiva, um tópico importante pontuado foi a questão do estudo do 
coágulo como um mecanismo natural de neoformação de tecido em pacientes submetidos 
a cirurgias, por exemplo. Foi a partir da observação da formação de um coágulo e de seu 
arcabouço que se começou a pensar e a estudar sobre materiais sintéticos que 
conseguissem reproduzir o mecanismo de ação e a própria composição do coágulo e que 
pudessem, também, ser produzidos industrialmente. Assim, esses biomateriais 
começaram a ganhar destaque no meio Odontológico, sendo considerados, inclusive, 
como grandes aliados de muitos Cirurgiões-Dentistas atualmente. 
Em relação à utilização desses materiais, destaque-se seu uso no preenchimento 
de defeitos ósseos e gengivais, de alvéolos pós-exodontia, de espaços entre os implantes 
e as paredes do alvéolo e, por fim, no preenchimento também do seio maxilar. 
Nos dias atuais, a reabilitação através da Implantodontia está cada vez mais 
protagonista e atuante no meio odontológico. Tal fato reafirma ainda mais a importância 
dos avanços em relação aos estudos sobre biomateriais, a partir do momento que esses 
produtos apresentam uma aplicação extremamente ampla, podendo funcionar como 
dispositivos de aplicação em tecidos moles e como implantes faciais e conjuntivos. 
Assim, evidencia-se dispositivos para aplicações ortopédicas e odontológicas como, por 
exemplo, implantes dentários, enxertos ósseos e parafusos e pinos inseridos no osso. 
Por sua vez, a classificação dos biomateriais se baseia em seu mecanismo de ação 
e em sua origem. Além disso, a composição química desses materiais leva em 
consideração uma diferenciação entre biomateriais artificiais e naturais. Logo, os 
biomateriais artificiais podem ser de cerâmica, de polímeros, de metais e de compósitos; 
e os biomateriais naturais podem ser representados pelo colágeno, pela elastina, pela 
matriz bovina-porcina e por fatores de crescimento. 
Em relação ao mecanismo de ação desses materiais sintéticos, quatro tipos se 
destacam: os osteoindutores, os osteocondutores, os osteogênicos e os de osteopromoção. 
Quando ele é osteogênico, o material vai permitir o crescimento ósseo em função das 
células viáveis, transferidas dentro do osso. Já os osteocondutores funcionam como 
arcabouço de orientação e substrato para o crescimento ósseo. Por sua vez, os 
Flávia Guedes - Odontologia 
osteopromotores são meios físicos que vão promover o isolamento anatômico de um 
local, permitindo a seleção e a proliferação de um grupo de células, predominantemente 
osteoblastos, a partir do leito receptor e, simultaneamente, impedem a ação de fatores 
concorrentes inibitórios ao processo de regeneração. Por fim, os osteoindutores, induzem 
a formação de um novo osso por meio da estimulação e da conversão de células imaturas 
da área receptora em pré-osteoblastos, ou seja, a osteogênese é induzida e envolve a 
formação de novo osso a partir do recrutamento de células imaturas e sua diferenciação 
em células osteoprogenitoras. 
A origem dos biomateriais é um outro ponto muito importante a ser trabalhado 
quando se utiliza na prática esses materiais. Assim, evidencia-se quatro tipos de origem: 
autógena, alógena, xenógena e sintética. Nessa perspectiva, o biomaterial autógeno tem 
como suas principais características as seguintes: necessidade de dois acessos cirúrgicos, 
são materiais obtidos do próprio indivíduo, padrão ouro, osteoindutor, osteocondutor e 
osteogênico, há limitação na disponibilidade, necessidade de um segundo sítio, 
possibilidade de complicações pós-operatórias, alta morbidade e aumento do tempo 
operatório. Já o material alógeno é obtido de outro indivíduo, é osteocondutor, apresenta 
grande disponibilidade e a sua utilização evita dois acessos cirúrgicos. Por outro lado, as 
desvantagens da utilização desse material precisam ser consideradas também: 
possibilidade de reações imunológicas e transmissão de doenças, elevado custo, baixa 
capacidade osteogênica. O material xenógeno, por sua vez, pode ser de espécies diferentes 
(bovino e suíno), é biocompatível e a sua fonte é abundante. Porém, apesar da sua alta 
eficiência, tal material tem um custo muito elevado, precisa ser aceito pelo paciente e 
apresenta risco de transmissão de doenças. Por fim, o material sintético é limitado, 
apresenta diversas formas e tamanhos, possibilita uma redução do tempo cirúrgico, não 
transmite doenças e é osteocondutor. 
Portanto, percebe-se que a utilização dos biomaterias na Implantodontia vem 
sendo crescente e extremamente importante nos últimos anos, devido suas inúmeras 
vantagens quando relacionados a diversos procedimentos odontológicos que fazem parte 
do cotidiano de muitos cirurgiões-dentistas.

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