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Livro_Empreendedorismo_e_Planejamento-3

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Ensino a Distância
Disciplina
Empreendedorismo e Planejamento
Autora
Dalva Santana
Design / Diagramação
Tina Perrone
Guilherme Cruz da Silveira
Atendimento ao Aluno EAD
DDG 0800.0514131
DDG: 0800.6426363
E-mail: alunoead@ulbra.br
Campus Canoas: 
Av. Farroupilha, 8001 · Prédio 11 · 2º andar - Corredor central - Sala 130 · Canoas/RS
Atendimento de segunda-feira a sexta-feira: Manhã/Tarde/Noite: Das 8:00hs às 22:30hs
Atendimento aos sábados: Manhã: 8:00hs às 12:00hs 
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Apresentação Geral do conteúdo
Estimados alunos!
O objetivo principal desta etapa é proporcionar a vocês 
conhecimentos sobre o termo empreendedorismo e também sobre 
como ser empreendedor. Além disso, veremos as características 
empreendedoras que devem ser construídas ao longo do aprendizado 
e a diferenciação sobre empreendimentos em si e abertura do 
próprio negócio. Algumas temáticas estão vinculadas a inovação, a 
criatividade, ao potencial empreendedor, ao conceito de empresa, 
tipos de empreendedores e ao processo de empreender. Outro foco da 
disciplina será o Plano de Negócios, que todo empreendedor deve não 
somente conhecer, mas executá-lo ao pensar seu futuro negócio.
Esperamos que os objetivos propostos neste módulo sejam 
alcançados e que os assuntos aqui tratados passem a ser de domínio 
permanente de vocês, futuros profissionais executivos do mercado e 
empreendedores.
Dalva Santana
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Professora Autora
Dalva Santana: é formada em Administração pela Universidade Luterana 
do Brasil (ULBRA), com especialização em Estratégia Empresarial 
e Gestão de Projetos. Mestre em Educação com a temática sobre 
Empreendedorismo Juvenil. Professora do curso de Logística da ULBRA 
Canoas/RS. Atualmente, preside a Diretoria de Logística Reversa e Meio 
Ambiente do Núcleo de Logística do RS. Possui sua própria consultoria 
na área de Logística, atuando em projetos empresariais, bem como 
em treinamentos e palestras nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-
Oeste do país. Também atua como palestrante na área de Logística e 
Empreendedorismo.
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SUMÁRIO
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1. Conceitos básicos sobre Empreendedorismo
2. O Empreendedorismo: conceito de empresa, 
tipos de empresa e escolha de negócio
3. As trajetórias e os papéis do empreendedor
4. O perfil empreendedor
5. Tipologias de empreendedorismo
6. Empreendedorismo: uma perspectiva processual
7. Liderança e empreendedorismo
8. O que é plano de negócios
9. Descrevendo a estrutura do plano de negócios 
10. Empreendedorismo, Comunicação e Inovação 
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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO
Capítulo 1
Conceitos básicos sobre empreendedorismo
Neste capítulo são abordados os conceitos do termo empreendedorismo.
Você, ao terminar o capítulo, deve ser capaz de:
•	 compreender os conceitos de empreendedorismo;
•	 conhecer a cronologia histórica do termo empreendedorismo.
Alguns apontamentos sobre o termo empreendedorismo1
A pessoa que assume o risco de começar uma empresa é um empreendedor. 
Empreendedor é uma palavra que vem do latim imprendere, que significa “decidir realizar 
tarefa difícil e laboriosa” (Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001), “colocar em 
execução” (Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo significado da palavra francesa 
entrepreneur, que deu origem à inglesa entrepreneurship. Esta última é utilizada para 
designar o comportamento do empreendedor (MAXIMIANO, 2006, p.1).
É comum escutarmos em diferentes programas de televisão ou lermos em textos 
da mídia impressa os termos “oportunidade”, “desafio”, “criatividade” e “liberdade”. 
Imagina-se o empreendedorismo como algo que deve “ser criativo”, e é condição para 
“ser mais livre” na dimensão profissional. 
Este conjunto de termos se vincula diretamente à ideia de empreendedorismo. 
Há também um imperativo contemporâneo, expresso na palavra conecte-se, que 
empresta significados ao termo empreendedorismo – para ser empreendedor é preciso 
“estar conectado”, participar deste novo mundo virtual e, ao mesmo tempo, “estar 
antenado”, ligado, por dentro das tendências atuais do mundo e do trabalho. 
Dornelas (2001) informa que Richard Cantillon, escritor e economista francês do 
século XVII, foi um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assume 
riscos) e o capitalista (aquele que fornece o capital). Posteriormente, com a Revolução 
Industrial do século XVIII, a diferenciação entre investir e empreender ganha contornos 
bem mais expressivos. 
1 Excerto de Dissertação de Mestrado – Dalva Santana com a temática: “Aprendendo a ser jovem e empreendedor em tempos 
líquidos: uma análise da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios”.
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O autor supracitado destaca um exemplo significativo: de acordo com ele, Thomas 
Edison pôde desenvolver suas pesquisas em química e eletricidade graças ao auxílio de 
investidores, que financiavam seus projetos. O empreendedor, aqui, é Thomas Edison, 
que tem a iniciativa mas não o capital, e os investidores, por sua vez, são aqueles que 
apostaram (financeiramente) nos projetos inovadores e num retorno lucrativo.
Cabe ressaltar que, muitas vezes, um empresário ou um administrador é visto 
também – e necessariamente – como um empreendedor. No entanto, vale destacar 
que os atributos que definem um sujeito empreendedor vinculam-se à flexibilidade, ao 
assumir riscos, ao constante movimento, e nem todo empresário administra seu negócio 
com este perfil.
Na formulação dada por Shane e Baron (2007):
Empreender significa entender como surgem as oportunidades para criar algo novo (novos 
produtos ou serviços, novos mercados, novos processos de produção ou matérias-primas, 
novas formas de organizar as tecnologias existentes); como são descobertas ou criadas por 
indivíduos específicos que, a seguir, usam meios diversos para explorar ou desenvolver essas 
coisas novas, produzindo assim uma ampla gama de efeitos. (P.6)
Neste sentido, o empreendedorismo se vincula a capacidades cognitivas e ao 
hábil aproveitamento dos recursos e condições disponíveis para explorar novos campos 
de produção e consumo. O empreendedor seria capaz de ler as conjunturas e definir 
estratégias e utilizar o que está disponível, preparando seu negócio, provocando uma gama 
de efeitos. Não é, portanto, apenas uma questão de tentativa ou iniciativa, é também (e 
especialmente) uma questão de êxito e de sucesso. Pensando, também, sobre o sujeito 
que se lança na “aventura” do empreendedorismo, Maximiano (2006) desta que:
A ideia de um espírito empreendedor está de fato associada a pessoas realizadoras, que 
mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações de negócios. Embora existam 
empreendedores em todas as áreas da atividade humana, em seu sentido restrito a palavra 
designa a pessoa que cria uma empresa – uma organização de negócios. (P.2)
Nesta acepção, voltada especificamente para o empreendimento em negócios 
específicos,como uma empresa, por exemplo, o sujeito empreendedor é descrito como 
aquele que está disposto a realizar coisas e a correr riscos. 
Articulando os dois excertos, pode-se dizer que empreender requer que o 
sujeito analise as circunstâncias, identifique oportunidades, utilize meios de produzir, 
imagine algo novo e calcule os riscos minimizados necessários para prosperar. Nas mais 
diversas atividades, os profissionais são interpelados por estas ideias – aproveitar as 
oportunidades, explorar novos nichos, desenvolver novos produtos ou serviços. Para 
exemplificar, trago aqui um fragmento da reportagem publicada no caderno Empregos & 
Oportunidades do jornal Zero Hora, na edição de 31 de maio de 2009:
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Funcionários que sugerem inovações e melhorias para a empresa são uma raridade no mercado 
de trabalho. Os chamados intraempreendedores, aqueles que apresentam uma postura 
engajada no meio corporativo, correspondem a apenas 0,6% dos trabalhadores brasileiros, 
de acordo com a pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 
Dessa forma, “ser empreendedor” também se vincula, atualmente, a uma atitude 
de engajamento no local de trabalho. 
Dados históricos do empreendedorismo
Desde os primórdios, já no mundo de negócios, houve o espírito empreendedor. 
Ou seja, já existiam pessoas com ideias que usavam sua criatividade.
A fase introdutória representa um compacto da origem do empreendedorismo. 
Empreender: como faço para ser empreendedor?
Empreender é sair para ação.
Ser um empreendedor é buscar mais, e para isso é necessário conhecer, 
planejar, encontrar o melhor caminho, comprometer-se, acreditar e calcular os 
riscos que se quer correr. Ser empreendedor é saber que tudo depende somente de 
você!
Temos uma evolução no empreendedorismo: desde os primórdios da humanidade 
já existiam ideias criativas.
Exemplo 1: após a Revolução Industrial, a produtividade encadeou diversas 
mudanças na maneira de como se organizar as empresas, e, no final do século 
XIX, tivemos Henry Ford, um dos maiores empreendedores do século XX, 
inovando com muita criatividade a indústria automobilística. Como? A meta 
de Ford: fazer com que todas as pessoas pudessem ter um automóvel. E ele 
foi além disso! Ford criou várias soluções: padronização das peças, horas de 
trabalho, linha de montagem.
Exemplo 2: o barão de Mauá foi um dos grandes empreendedores do Brasil. 
Criou a Companhia de Navegação do Amazonas, estendeu os cabos de 
telégrafos no Rio de Janeiro na época de D. Pedro II, ajudou na fundação do 
Banco do Brasil e estava sempre procurando novos desafios.
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Mas, afinal, o que é empreendedorismo?
O empreendedor precisa saber gerenciar os recursos físicos e humanos e 
estabelecer metas. Shane e Baron (2006, p.10) definem: 
Empreendedorismo – um campo de estudos que busca entender como surgem as oportunidades 
para criar novos produtos ou serviços, novos mercados, processos de produção, formas de 
organizar as tecnologias existentes ou matérias-primas e como são descobertas por pessoas 
específicas, que então usam vários meios para explorá-las ou desenvolvê-las.
Entende-se por essa interpretação que, para entender o empreendedorismo 
como um processo e como uma atividade nas quais os empreendedores se envolvem, 
precisamos considerar os seguintes aspectos:
1. as condições econômicas, tecnológicas e sociais das quais as oportunidades 
surgem;
2. as pessoas que reconhecem essas oportunidades (empreendedoras);
3. as técnicas de negócios e estruturas jurídicas que elas usam para desenvolvê-las;
4. os efeitos sociais e econômicos produzidos por tal desenvolvimento. 
Revisando alguns conceitos importantes
Na visão de Drucker (1998), o empreendedorismo é direcionado às mudanças, e 
o empreendedor está sempre em busca de novas oportunidades. É o indivíduo inovador, 
transformador e criativo. Segundo o autor, a nova ordem é a sociedade do conhecimento, 
baseada na mudança das condições humanas (KUAZAQUI, 2006, p.46). 
Ainda nessa perspectiva, Drucker (1974) explana que empreendedorismo é: 
prática; visão de mercado; evolução, e diz, ainda: 
O trabalho específico do empreendedorismo numa empresa de negócios é fazer os negócios 
de hoje serem capazes de fazer o futuro, transformando-se em um negócio diferente [...] 
Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática.
Ser empreendedor significa, acima de tudo, a capacidade de realizar coisas novas, 
pôr em prática ideias próprias. 
Segundo a teoria do empresário inovador, economista Joseph Schumpeter, o 
empreendedor precisa ter a capacidade de inovar, revigorando o sistema econômico, 
expandindo o horizonte. Para ele o empreendedor deixa como símbolo a destruição 
criativa, sendo que a postura profissional mexe com desafios e grandes mudanças da 
economia.
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Já para Dornelas (2005, p.21) os empreendedores são pessoas diferenciadas, que 
possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser 
mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, 
querem deixar um legado. Desse modo, ser empreendedor é ter visão. A palavra visão 
vem do termo inglês vision, que tem origens religiosas e significa ver algo que os demais 
não veem. A capacidade de percepção e intuição permite que certas pessoas enxerguem 
o que os demais não percebem. Podemos então dizer que o empreendedor precisa ter 
visão de futuro. As visões de futuro são de grande valor para um empreendedor, para 
nortear decisões e ações a serem tomadas no presente.
Assim, o empreendedorismo costuma ser definido como o processo pelo qual 
indivíduos iniciam e desenvolvem novos negócios. Pode ser considerado como um 
complexo fenômeno que envolve o empreendedor, a empresa e o ambiente no qual o 
processo ocorre.
Segundo a definição de Dolabela (1999), desenvolvida dentro de um amplo 
contexto econômico, “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha 
uma relação com a prosperidade da empresa”. Em outras palavras, um empreendedor 
tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa como alguém comprometido 
com a inovação de empresas já constituídas. O ponto principal dessa definição é que o 
empreendedorismo (nos casos de empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas) 
torna-se fator primordial, fazendo com que os negócios sobrevivam e prosperem num 
ambiente econômico e de mudanças (culturais, sociais, geográficas). Nessa direção, 
o autor argumenta que o empreendedorismo seria um processo contínuo, ou seja, as 
novas oportunidades são percebidas pelos indivíduos com visão empreendedora e as 
exploram, assim como conseguem transformar os problemas em grandes e destacáveis 
oportunidades.
Segundo Timmons (apud DOLABELA, 1999, p.29), “o empreendedorismo é uma 
revolução silenciosa que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi 
para o século XX”.
Sabe-se que o empreendedorismo é um fenômeno cultural, e, segundo Dolabela 
(1999), 
[...] é fruto dos hábitos, práticas e valores das pessoas. Existem famílias mais 
empreendedoras do que outras, assim como cidades, regiões, países. Na verdade, 
aprende-se a ser empreendedor pela convivência com outros empreendedores [...] o 
empreendedor aprende em um clima de emoção e é capaz de assimilar a experiência de 
terceiros.
O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela 
introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização 
ou pela exploração de novos recursos e materiais (DORNELAS, 2005, p.39).
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A evolução do empreendedorismo
O empreendedorismo tem uma evolução cronológica que destacamos a seguir:
Segundo Kuazaqui (2006, p.7),
Em 1895, H. G. Wells escreveu A máquina do tempo, em que pontuava e comparava o 
presente situacional e um provável futuro totalmente diferente. Assim, no que se refere 
às empresas, pode-se dizer que elas podem optar por um futuro provável, ao qual poderão 
se adaptar e no qual poderão se inserir, utilizando seus recursos a partir da percepção. Mas 
também pode optar por um futuro ideal, que será construído no presente, para que nele 
possa atuar no futuro.
Muito significativo neste ponto é lembrar de Henry Ford. Quem era ele? Não foi 
nem um gênio administrativo e nem um tecnólogo, mas sim um homem de visão. Ele 
teve a capacidade de constatar que os automóveis fabricados em linhas de montagem 
teriam redução de custos e que assim o produto estaria ao alcance de maior número de 
clientes. Assim sendo, a fabricação industrial do automóvel favoreceu uma grande fatia 
da população.
Analisando a indústria de informática, até a década de 80, a produção era de 
hardware, o que era considerado o centro de negócio. Os fabricantes de hardware 
desenvolviam os softwares e assim eram compatíveis apenas com a sua própria 
fabricação. Mas com o tempo começaram a vender soluções corporativas.
Assim o resultado era:
Como negócio se apresentava um pequeno volume com preços e margens 
muito altos.
Os produtos estavam acessíveis para serem adquiridos por grandes empresas, 
bancos, laboratórios de pesquisas e instituições de ensino.
Nos dias atuais, podemos citar como exemplo a Microsoft, que é o resultado do 
talento empreendedor de Bill Gates. A visão de Bill Gates não era para hardware, mas a 
ideia era para software. Foi então que criou a Microsoft e até hoje continua fabricando-a 
de forma que se compatibiliza com hardware. Assim, podemos comparar:
Bill Gates da informática com Henry Ford dos automóveis, pois seus produtos 
acessíveis para poucos conquistaram um mercado de massa.
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Já o empresário inovador Joseph Schumpeter é conhecido como o empreendedor 
de senso de oportunidade. Ele possui a capacidade de desafiar novos mercados. A 
diferença deste empreendedor está na habilidade de lidar com o conjunto de necessidades 
para gerir bons negócios, tais como capital, tecnologia, etc.
Uma citação para lembrarmos o que significa empreendedorismo: “Boa parte 
do progresso americano é produto do indivíduo que teve uma ideia, foi atrás dela, 
modelou-a, ateve-se firmemente a ela durante todas as adversidades e então produziu 
essa ideia, vendendo-a e lucrando com ela” (Hubert Humphrey, 1966). Nesse sentido, 
Lenzi (2009) argumenta que o empreendedorismo configura-se como principal fator de 
desenvolvimento econômico e social de um país. O autor considera que é através desse 
fenômeno que iniciativas isoladas ou conjugadas poderão reverter em crescimento ao 
país e sua população.
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Recapitulando
Empreendedor é uma palavra que vem do latim imprendere, que significa 
“decidir realizar tarefa difícil e laboriosa” (Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 
2001), “colocar em execução” (Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo significado da 
palavra francesa entrepreneur, que deu origem à inglesa entrepreneurship. Esta última 
é utilizada para designar o comportamento do empreendedor (MAXIMIANO, 2006, p.1).
Neste sentido, o empreendedorismo se vincula a capacidades cognitivas e ao 
hábil aproveitamento dos recursos e condições disponíveis para explorar novos campos 
de produção e consumo. O empreendedor seria capaz de ler as conjunturas e definir 
estratégias e utilizar o que está disponível, preparando seu negócio, provocando uma 
gama de efeitos.
Para Shane e Baron (2006, p.10) o conceito pode ser definido: 
Empreendedorismo – um campo de estudos que busca entender como surgem as oportunidades 
para criar novos produtos ou serviços, novos mercados, processos de produção, formas de 
organizar as tecnologias existentes ou matérias-primas e como são descobertas por pessoas 
específicas, que então usam vários meios para explorá-las ou desenvolvê-las.
Entende-se por essa interpretação que, para entender o empreendedorismo 
como um processo e como uma atividade nas quais os empreendedores se envolvem, 
precisamos considerar os seguintes aspectos:
1.as condições econômicas, tecnológicas e sociais das quais as oportunidades 
surgem;
2.as pessoas que reconhecem essas oportunidades (empreendedoras);
3.as técnicas de negócios e estruturas jurídicas que elas usam para desenvolvê-las;
4.os efeitos sociais e econômicos produzidos por tal desenvolvimento. 
Segundo a definição de Dolabela (1999), desenvolvida dentro de um amplo 
contexto econômico, “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha 
uma relação com a prosperidade da empresa”. Em outras palavras, um empreendedor 
tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa como alguém comprometido 
com a inovação de empresas já constituídas. O ponto principal dessa definição é que o 
empreendedorismo (nos casos de empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas) 
torna-se fator primordial, fazendo com que os negócios sobrevivam e prosperem num 
ambiente econômico e de mudanças (culturais, sociais, geográficas).
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Atividades
1. De quem é esse conceito? O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica 
existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas 
de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais:
a) Drucker
b) Dolabela
c) Dornelas
d) Maximiano
e) Baron e Shane
2. Complete: Na visão de o empreendedorismo é direcionado às 
mudanças, e o empreendedor está sempre em busca de novas oportunidades. É o 
indivíduo inovador, transformador e criativo.
a) Hubert Humphrey
b) Schumpeter
c) Dolabela
d) Drucker
e) Bill Gates
3. Entende-se por essa interpretação que, para entender o empreendedorismo como 
um processo e como uma atividade nos quais os empreendedores se envolvem, 
precisamos considerar os seguintes aspectos. Marque a correta:
a) As condições econômicas, tecnológicas e sociais das quais as oportunidades 
surgem.
b) As pessoas que não reconhecem essas oportunidades (empreendedoras).
c) As técnicas de negócios e estruturas jurídicas que elas usam para não desenvolvê-
las.
d) Os efeitos sociais e econômicos não são produzidos por tal desenvolvimento. 
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4. Segundo a definição de Dolabela (1999), desenvolvida dentro de um amplo contexto 
econômico, “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma 
relação com a prosperidade da empresa”. Em outras palavras, um empreendedor 
tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa como alguém comprometido 
com a inovação de empresas já constituídas. Pensando nisso, podemos dizer que:
a) O ponto principal dessa definição é que o empreendedorismo (nos casos de 
empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas) torna-se fator primordial, 
fazendo com que os negócios sobrevivam e prosperem num ambiente econômico 
e de mudanças (culturais, sociais, geográficas)
b) As novas oportunidades são percebidas pelos indivíduos com visão empreendedora 
e as exploram, assim como conseguem transformar os problemas em grandes e 
destacáveis oportunidades.
c) O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução 
de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização.
d) A capacidade de percepção e intuição permite que certas pessoas enxerguem o 
que os demais não percebem. Podemos então dizer que o empreendedor precisa 
ter visãode futuro.
5. Ser empreendedor significa acima de tudo:
a) ter a capacidade de saber o cenário organizacional
b) a capacidade de realizar coisas novas, pôr em prática ideias próprias.
c) a capacidade de somente colocar em prática o que já conhece
d) ter a capacidade de elaborar um bom projeto
Gabarito: 1. c / 2. d / 3. a / 4. a / 5. b
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gr
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ca
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Referências Comentadas
Na construção desse capítulo, destacamos autores principais que permeiam o 
mesmo:
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, 
inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, XII, 
2005. Dornelas argumenta alguns conceitos atuais de empreendedorismo e os exemplifica 
no cotidiano.
MAXIMIANO, Amaru César Antônio. Administração para empreendedores. 1 ed. São 
Paulo: Prentice Hall, 2006.
MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à 
revolução digital. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. O autor Maximiano nessas duas obras 
enriquece com alguns conceitos de Administração, de empresa e depois utilizamos seu livro 
de empreendedorismo para construirmos alguns conceitos acerca do empreendedorismo.
BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo – uma visão do processo. 1 ed. 
São Paulo: Thomson, 2006. Nessa obra utilizamos os conceitos de empreendedorismo e 
origens.
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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO
Neste capítulo abordaremos aspectos ligados ao empreendedorismo e seus 
primeiros usos na história, os tipos de empresa por porte, tipo de produção e quanto à 
propriedade e a escolha do negócio através do reconhecimento das oportunidades.
A palavra empreendedor (entrepreneur)2 tem origem francesa e quer dizer aquele 
que assume riscos e começa algo novo. Antes de partir para algumas definições mais 
utilizadas e aceitas, é importante fazer uma análise histórica do desenvolvimento da 
teoria do empreendedorismo (HISRISH, 1986). 
 Primeiro uso do termo empreendedorismo
Um primeiro exemplo de definição de empreendedorismo pode ser creditado 
a Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como 
empreendedor, Marco Polo assinou um contrato com um homem que possuía dinheiro 
(hoje mais conhecido como capitalista) para vender as mercadorias deste. Enquanto o 
capitalista era alguém que assumia riscos de forma passiva, o aventureiro empreendedor 
assumia papel ativo, correndo todos os riscos físicos e emocionais.
Idade Média
Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava 
grandes projetos de produção. Esse indivíduo não assumia grandes riscos, e apenas 
gerenciava os projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente provenientes do 
governo do país. 
2 DORNELAS, 2005.
Capítulo 2
O Empreendedorismo: 
conceito de empresa, tipos de empresa e escolha de negócio
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Século XVII
Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram 
nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo 
para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Como geralmente os preços eram 
prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor. Richard Cantillon, 
importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos como um 
dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar 
o empreendedor – aquele que assumia riscos –, do capitalista – aquele que fornecia o 
capital.
Século XVIII
Nesse século, o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, 
provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo. Um exemplo 
foi o caso das pesquisas referentes à eletricidade e à química, de Thomas Edison. 
Séculos XIX e XX
No fim do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente 
confundidos com os gerentes ou administradores (o que ocorre até os dias atuais), sendo 
analisados meramente de um ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a 
empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas 
na organização, mas sempre a serviço do capitalista. 
Para Dornelas (2005) todo empreendedor necessariamente deve ser um bom 
administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um 
empreendedor. O empreendedor tem algo mais, algumas características e atitudes 
que o diferenciam do administrador tradicional. Mas, para entender quais são estas 
características adicionais, é preciso entender o que faz o administrador.
Essas são algumas diferenciações entre empreendedor e administrador que devem 
ser consideradas na gestão de um negócio. 
Conceitos de Empresa
Parece ser algo natural conceituarmos o que é uma empresa, mas será que 
realmente entender a complexidade que esse conceito envolve? Você sabia, por exemplo, 
que a empresa teria duas funções ao nascer? Uma empresa tem as funções do lucro, 
uma vez que se pretende ter lucratividade na atividade além do retorno financeiro 
do investimento. Entretanto, tem a função social que estaria voltada a quantidade de 
postos de trabalho consegue ampliar na atividade. Tem uma responsabilidade social na 
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geração de empregos. A partir de uma lógica empresarial clássica, as empresas teriam, 
ao serem criadas, duas finalidades estratégicas: uma delas é a de cumprir uma função 
social articulada à geração de empregos e a outra a de gerar lucros, conforme Stoner e 
Freeman (1999). 
Para Maximiano (2006, p. 7), uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de 
fornecer produtos e serviços para atender a necessidades de pessoas, ou de mercados, e 
com isso obter lucro. O autor enfatiza ainda que para obter lucro e atender o compromisso 
com sua prosperidade, o empreendedor precisa adquirir recursos, estruturar um sistema 
de operações e assumir a satisfação do cliente. 
Bernardi (2011) enfatiza que a empresa moderna deve fazer a sua estruturação 
fundamentada nos preceitos da aprendizagem de convivência com as mudanças, com o 
caos, com a diversificação, variedade, conflitos e paradoxos e dilemas que envolvem os 
dias atuais. Nesse sentido, o autor explica que para isso, necessitaria de novas abordagens 
e muita percepção, intuição e flexibilidade3 e isso a começar pelo empreendedor. Ser 
flexível é uma das características desejáveis quando falamos em empreendedorismo e 
negócios.
Para conseguirmos o compromisso com a satisfação do cliente precisamos ver 
como funciona uma empresa. Para isso, uma empresa precisa de “Recursos” (informações 
e conhecimento, pessoas e recursos materiais), de um “Sistema de Operações” e 
“Resultados” (entendido como lucro do empreendedor, compromisso com a satisfação 
do cliente e outras partes interessadas que poderá ser os investidores, clientes, governo, 
comunidade, etc.), de acordo com Maximiano (2006).
Para medirmos o sucesso da empresa podemos partir de alguns itens considerados 
relevantes. Para Maximiano (2006) os indicadores para uma empresa de sucesso seriam:
- Competência gerencial do empreendedor (eficiência, qualidade e as pessoas);
- Satisfação dos clientes;
- Desempenho financeiro
Quando falamos na eficiência seria importante considerarmos que indicar a 
produtividade, ou seja, fazer mais com menos recursos. A qualidade pode ser entendida 
como fazer certo e padronizado na primeira vez e por último, saber gerenciar as 
pessoas da sua equipe. Esses indicadores podem garantir a competência gerencial do 
empreendedor. É importante o empreendedor estar atento e fazer essareflexão quanto 
aos indicadores.
3 Flexibilidade designa essa capacidade de ceder e recuperar-se da árvore, o teste e restauração de sua forma. Em termos ideais, 
o comportamento humano flexível deve ter a mesma força tênsil: ser adaptável a circunstâncias variáveis, mas não quebrado por 
elas. A sociedade hoje busca meios de destruir os males da rotina com a criação de instituições mais flexíveis (SENNETT, 2008). 
Retirado do Artigo: Entrelaçamentos entre Docência e Empreendedorismo na Revista Nova Escola apresentado em Congresso na UEL 
– Universidade Estadual de Londrina em 2010.
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A satisfação dos clientes seria uma meta a ser perseguida pelo empreendedor 
e de forma recorrente estar se perguntando o quanto o seu negócio está voltando ao 
cliente realmente. Podemos estar nos perguntando que isso seria o “óbvio” da gestão 
do empreendedor, entretanto, o dia-a-dia nos empreendimentos têm nos mostrado isso 
de forma diferente. Um exemplo disso seriam os dados de falência das empresas e este 
seria um dos motivos. 
Em um negócio é relevante saber o que deseja o cliente, gerenciar na ótica 
do cliente e não apenas na sua perspectiva. Há uns três atrás, o programa Pequenas 
Empresas & Grandes Negócios, da Rede Globo aos domingos, apresentou uma livraria 
na Grande São Paulo que estava com problemas nas suas vendas. O estoque de loja não 
girava e a empresária não sabia o que acontecia. Na reportagem é perguntado a ela como 
eram feitas as compras, por qual metodologia, se ela tinha uma pesquisa de mercado, 
se pesquisava com os clientes quando vinham até a loja. A resposta a essa indagação foi 
que não se fazia pesquisa e que ela comprava conforme seu “gosto” pessoal.
Cabe lembrar que o empreendedor pode ser intuitivo, mas deve levar em 
consideração às perspectivas dos clientes, pois vimos nesse capítulo que uma das funções 
estratégicas das empresas é a busca do lucro. Estar voltado ao cliente é atender às suas 
necessidades. Nem sempre, como empreendedor o “gosto” pessoal será imperativo para 
o cliente. O empreendedor deve buscar a pesquisa de mercado, a qualificação na sua 
atividade e lembrar que suas ideologias pessoais nem sempre podem expandir-se dentro 
do seu negócio.
Voltamos ao conceito de flexibilidade em que o empreendedor também deve 
adaptar-se às necessidades dos clientes e as mudanças de mercado. Para isso, Bernardi 
(2011) explica que a quantidade e velocidade das mudanças nos tempos atuais e as 
profundas transformações nos ambientes (social, político, cultural, econômico e 
empresarial) parecem apontar na necessidade de buscar caminhos e alternativas na 
forma de gerir seu negócio como uma forma de satisfazer o cliente e a lucratividade.
Por último, o desempenho financeiro seria a diferença que “sobra” entre receitas e 
despesas. Essa sobra pode ser entendida como o lucro que pode ter algumas destinações, 
inclusive um percentual pode ser reinvestido no negócio. Para Maximiano (2006, p. 11), 
o lucro pode ser considerado como a medida básica do desempenho de qualquer negócio 
e seria determinante na satisfação do acionista.
Classificações das Empresas
 
Segundo CHIAVENATO (2006), as empresas classificam-se em:
•	 Quanto à propriedade, as empresa são:
- Pública: São as empresas de propriedade do Estado. Seu objetivo é prestar 
serviços públicos fundamentais a coletividade (saneamento básico, segurança 
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pública, energia elétrica, etc.) e, por esta razão quase sempre tem a finalidade 
não lucrativa. São criadas por lei e são de responsabilidade do Estado. Quase 
sempre requerem investimentos elevados e apresentam retorno lento, sendo 
pouco atrativas para a iniciativa particular.
- Privada: São as empresas de propriedade particular. Seu objetivo é produzir 
produtos ou prestar serviços a fim de obter lucro suficiente para remunerar o 
capital investido pelos investidores particulares.
•	 Quanto ao tipo de produção:
- Primárias ou extrativas: São as empresas dedicadas às atividades agropecuárias 
e extrativas (vegetais e minerais), como as empresas agrícolas, de mineração, de 
perfuração e extração de petróleo.
- Secundárias ou de transformação: São as empresas que produzem bens físicos 
por meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com 
o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos. É o caso das indústrias, 
construção civil e geração de energia.
- Terciárias ou prestadoras de serviços: são empresas especializadas em serviços 
(como o comércio, bancos, financeiras, empresas de comunicações, hospitais, 
escolas, etc.). Seu objetivo é prestar serviços para a comunidade (empresas 
estatais) ou para obter lucro (quando são particulares ou privadas).
Para Maximiano (2006, p. 9), as empresas podem ser classificadas quanto ao seu 
porte em:
•	 Quanto ao tamanho:
- Empresas Grandes: Requerem uma estrutura organizacional composta de vários 
níveis hierárquicos de administração e de vários departamentos. Segundo a Caixa 
Econômica Federal é considerada uma empresa de grande porte, aquela que possui 
um faturamento anual acima de R$ 35.000.000,00. São organizadas na forma de 
sociedades anônimas de capital aberto, com ações livremente negociáveis nas 
bolsas de valores.
- Empresas Médias: Deve possuir um faturamento a partir de R$1.200.000,00 até 
R$ 35.000.000,00.
- Empresas Pequenas: Nas pequenas e médias empresas, os proprietários 
habitualmente dirigem seus negócios. As pequenas empresas, geralmente 
organizam-se na forma de sociedades por cotas, com responsabilidade limitada, 
ou sob a forma de sociedade anônima. Geralmente para ser considerada uma 
empresa de pequeno porte seu faturamento anual deverá ser até R$ 1.200.000.
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- Microempresas: Segundo a Lei 9.841 de 05/10/99, considera-se microempresa a 
pessoa jurídica que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00. 
De acordo com os artigos 170 e 179 da Constituição Federal, fica assegurada às 
microempresas e às empresas de pequeno porte tratamento jurídicas diferenciadas 
e simplificadas nos campos administrativas, tributário, previdenciário, trabalhista, 
creditício e de desenvolvimento empresarial, visando seu o funcionamento e 
assegurando o fortalecimento de sua participação no processo de desenvolvimento 
econômico social.
A escolha do Negócio
A escolha de um negócio está voltada ao fato de o empreendedor saber reconhecer 
as oportunidades. Essa condição colabora na escolha do negócio. Para isso, trazemos 
Degen (2009) que enfatiza que para identificar essas “oportunidades” que estão por ai, o 
empreendedor precisará ter “predisposição” e “criatividade” e “saber o que quer”. Sem 
isso, dificilmente o candidato a empreendedor conseguirá encontrar o negócio certo.
Ainda nessa direção, Degen (2009, p. 31) argumenta que o candidato a 
empreendedor deve ir além de observar e conhecer os negócios a sua volta, ele precisa 
reconhecer as fórmulas de sucesso, de mediocridade e de fracasso. Nesse sentido, 
o autor sinaliza que para ajudar a esse candidato o empreendedor a direcionar-se a 
procura de oportunidades e identificá-las, apontam-se três caminhos que podem ajudar 
nessa procura:
1. Entender as necessidades dos clientes dos negócios e procurar necessidades 
não atendidas.
2. Observar deficiências no atendimento das necessidades dos clientes e atender 
melhor.
3. Entender as tendências que mudam as necessidades dos clientes e atender a 
suas novas necessidades.
Pode-sedizer que as etapas nessa caminhada rumo à escolha do negócio seriam: 
observar os negócios > predisposição > criatividade > saber o que quer > escolher o 
negócio.
As ideias podem alavancar grandes oportunidades. Para isso, Maximiano (2006, 
p. 21) argumenta que todas as fontes de ideias pertencem a duas categorias principais:
a) A criatividade do empreendedor;
b) O mercado, que, em seu sentido mais amplo, é o ambiente geral da sociedade.
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 Para o autor, um novo negócio pode ser com base num conceito novo ou um 
novo negócio com base em conceito existente. Os negócios novos partindo de novos 
conceitos seriam para empreendedores que abrem negócios totalmente inéditos e que a 
partir dele tem-se uma ampla gama de efeitos; já os novos negócios fundamentados em 
conceitos existentes seriam aqueles empreendedores que criam negócios reinventando 
de negócios que já existem no mercado. De acordo com Maximiano (2006, p. 21), algumas 
fontes de oportunidades de negócios:
- novo negócio com base em novo conceito
- novo negócio com base em conceito existente
- necessidades dos consumidores
- aperfeiçoamento do negócio
- exploração de hobbies
- derivação da ocupação (negócio baseado na experiência profissional do 
empreendedor)
- observação de tendências
Com base nisso, podemos afirmar que muitos negócios podem ser alavancados e 
fundamentados em conceitos que já existem e ainda serem aperfeiçoados; os negócios 
podem partir da experiência profissional daquele que empreende ou ainda, podem ser 
totalmente serem criados dentro de um novo conceito. São algumas variações de como 
os negócios podem ser impulsionados e criados.
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Recapitulando
Conceito de empresa:
 A partir de uma lógica empresarial clássica, as empresas teriam, ao serem criadas, 
duas finalidades estratégicas: uma delas é a de cumprir uma função social articulada à 
geração de empregos e a outra a de gerar lucros, conforme Stoner e Freeman (1999). 
Para Maximiano (2006, p. 7), uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de 
fornecer produtos e serviços para atender a necessidades de pessoas, ou de mercados, e 
com isso obter lucro. O autor enfatiza ainda que para obter lucro e atender o compromisso 
com sua prosperidade, o empreendedor precisa adquirir recursos, estruturar um sistema 
de operações e assumir a satisfação do cliente. 
Bernardi (2011) enfatiza que a empresa moderna deve fazer a sua estruturação 
fundamentada nos preceitos da aprendizagem de convivência com as mudanças, com o 
caos, com a diversificação, variedade, conflitos e paradoxos e dilemas que envolvem os 
dias atuais.
Para medirmos o sucesso da empresa podemos partir de alguns itens considerados 
relevantes. Para Maximiano (2006) os indicadores para uma empresa de sucesso seriam:
−	 Competência gerencial do empreendedor (eficiência, qualidade e as pessoas);
−	 Satisfação dos clientes;
−	 Desempenho financeiro.
Classificação das empresas:
•	 Quanto à propriedade, as empresa são: pública ou privada
•	 Quanto ao tipo de produção: Primárias ou extrativas, Secundárias ou de 
transformação e Terciárias ou prestadoras de serviços.
•	 Quanto ao tamanho: Empresas Grandes, empresas médias, empresas pequenas 
ou microempresas.
A escolha de um negócio está voltada ao fato de o empreendedor saber reconhecer 
as oportunidades. Essa condição colabora na escolha do negócio. Para isso, trazemos 
Degen (2009) que enfatiza que para identificar essas “oportunidades” que estão por ai, o 
empreendedor precisará ter “predisposição” e “criatividade” e “saber o que quer”. Sem 
isso, dificilmente o candidato a empreendedor conseguirá encontrar o negócio certo.
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1. Entender as necessidades dos clientes dos negócios e procurar necessidades 
não atendidas.
2. Observar deficiências no atendimento das necessidades dos clientes e atender 
melhor.
3. Entender as tendências que mudam as necessidades dos clientes e atender a 
suas novas necessidades.
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Atividades
1. Para Maximiano (2006, p. 7), uma empresa é uma que tem o objetivo de 
fornecer produtos e serviços para atender a de pessoas, ou de mercados, 
e com isso obter lucro. Complete a frase:
a) atividade, iniciativa
b) necessidades, atividade
c) iniciativa, necessidades
d) atividade, necessidades
2. Para medirmos o sucesso da empresa podemos partir de alguns itens considerados 
relevantes. Para Maximiano (2006) os indicadores para uma empresa de sucesso 
seriam:
a) Satisfação dos clientes
b) Competência gerencial do gerente
c) Desempenho de Marketing
d) Satisfação dos próprios empreendedores
3. As empresas quanto ao modelo de produção podem ser. Assinale a opção correta:
a) Secundárias ou de transformação: São as empresas que não produzem bens físicos 
por meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com 
o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos.
b) Terciárias ou prestadoras de serviços: são empresas especializadas em produtos 
(como o comércio, bancos, financeiras, empresas de comunicações, hospitais, 
escolas, etc.).
c) Secundárias ou de serviços: São as empresas que produzem bens físicos por meio 
da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com o auxílio 
de máquinas, ferramentas e equipamentos.
d) Primárias ou extrativas: São as empresas dedicadas às atividades agropecuárias 
e extrativas (vegetais e minerais), como as empresas agrícolas, de mineração, de 
perfuração e extração de petróleo.
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4. As empresas quanto seu tamanho pode ser classificado em:
a) Empresas Médias: Requerem uma estrutura organizacional composta de vários 
níveis hierárquicos de administração e de vários departamentos. Segundo a Caixa 
Econômica Federal é considerada uma empresa de grande porte, aquela que 
possui um faturamento anual acima de R$ 35.000.000,00.
b) Empresas Pequenas: Deve possuir um faturamento a partir de R$1.200.000,00 
até R$ 35.000.000,00.
c) Microempresas: Segundo a Lei 9.841 de 05/10/99, considera-se microempresa 
a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00.
d) Empresas Grandes: Nas pequenas e médias empresas, os proprietários 
habitualmente dirigem seus negócios. As pequenas empresas, geralmente 
organizam-se na forma de sociedades por cotas, com responsabilidade limitada, 
ou sob a forma de sociedade anônima. Geralmente para ser considerada uma 
empresa de pequeno porte seu faturamento anual deverá ser até R$ 1.200.000.
5. Pode-se dizer que as etapas nessa caminhada rumo à escolha do negócio seriam:
a) Predisposição> criatividade > observar os negócios > escolher o negócio
b) Observar os negócios > predisposição > criatividade > saber o que quer > escolher 
o negócio
c) Saber o que quer > criatividade > escolher o negócio > predisposição
d) Predisposição > observar os negócios > criatividade > escolher o negócio > saber 
o que quer
Gabarito: 1. c / 2. a / 3. d / 4. c / 5. b
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Referências Comentadas
Na construção desse capítulo, destacamos três autores principais que permeiam 
o mesmo:
BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, 
estratégias e dinâmicas. – 1. Ed. – 11. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2011. A utilização 
dessa obra configura uma importante referência nesse capítulo em que explicamos 
os conceitos de empresa, os formatos de empresa, a escolha do negócio. Nessa obra, 
Bernardi trata o empreendedorismo como um verdadeiromanual do empreendedor.
DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2009. O autor Degen empresta sua obra nesse capítulo para podermos 
construir o conceito de empresa, a importância da escolha do negócio, identificação 
da oportunidade na escolha do negócio e o empreendedorismo como uma opção de 
carreira.
MAXIMIANO, Amaru César Antônio. Administração para empreendedores. 1 ed. São 
Paulo: Prentice Hall, 2006. Maximiano trata o empreendedorismo nessa obra como se 
fosse um manual em que fornece subsídios na construção do empreendedorismo prático. 
Nesse capítulo fizemos a apropriação de conceitos acerca da empresa, das formas que a 
empresa pode assumir, porte, segmento de atuação da empresa.
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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO
Este capítulo discutirá os conceitos do administrador, do empreendedor e suas 
relações em termos de cargos, níveis e atuação profissional.
Conceitos da Administração
O conceito de Administração e seus significados são uma construção ao longo 
do tempo. A palavra administração é utilizada de forma frequente e parece não haver 
dúvidas com relação ao seu significado. Segundo Maximiano (2008, p. 6), administração 
é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo 
administrativo abrange cinco tipos principais de decisões também chamadas de funções: 
planejamento, organização, liderança, execução e controle. Para Chiavenatto (2004, 
p. 8), a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de 
recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais.
 A palavra administração sofreu alterações no seu uso e entendimento e atualmente 
está vinculada a objetivos que assegurem a competitividade no mundo dos negócios 
cada vez mais complexo e concorrencial.
Atuações do Empreendedor
Empresário
Para iniciarmos esse subcapítulo podemos definir o conceito de Empresário 
fundamentado na lei como “atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços” (Código Civil, art. 966).
O empresário pode ser uma pessoa física (empresário individual) ou uma pessoa 
jurídica (sociedade) que dá existência concreta a uma empresa, abre seu negócio, 
planeja, organiza uma atividade econômica para a produção ou circulação de bens 
ou de serviços. Para Coelho (2007), a produção de bens é a fabricação de produtos e 
mercadorias e a circulação de serviços é intermediar a prestação de serviços.
Capítulo 3
As trajetórias e os papéis do empreendedor
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Para Degen (2009, p. 08) é aquele que procura um bom negócio e, quando o 
encontra, está disposto a arriscar o seu dinheiro e o de outros investidores para obter 
os lucros esperados. A sua realização é o lucro do negócio. Por definição, o empresário é 
aquele que pratica atividade econômica de modo habitual e profissional com o objetivo 
de lucro.
Administrador
O conceito de administrador oriunda das teorizações que envolvem à Administração 
e que também se diferencia do conceito de empreendedor. O administrador é aquele 
que faz a administração pensando nas questões estratégicas, táticas e operacionais 
da organização. Para constituir tal responsabilidade do Administrador reportamo-nos 
aos atos da Administração: planejar, organizar, direcionar e controlar em que cabe à 
profissão.
Desse modo, podemos afirmar que as funções do Administrador são as seguintes:
Planejar: em que o mesmo deverá pensar a longo, médio e curto prazo e 
estabelecer os objetivos e metas que se quer alcançar e aonde quer chegar;
Organizar: seria o “arranjo” das atividades e recursos para alcançar o que foi 
planejado e isso poderá ocorrer em três níveis: macro (desenho organizacional) e micro 
(desenho de cargos, atribuições);
Direcionar: são as orientações das pessoas e atribuições no sentido de atender 
os objetivos traçados no planejamento e isso poderá envolver aspectos importantes que 
circundam o conceito de administração: liderança, incentivos, motivação, comunicação, 
promoção, etc. Também ocorrerá em níveos macros e micros da organização.
Controlar: visa assegurar e garantir através de monitoramento sistemático o 
que foi planejado. Essa função permeia pelas funções de planejamento, organização e 
direção a fim de garantir se estão ajustadas e adequadas aos objetivos previstos. Podem 
ocorrer em três níveis: estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional 
(curtíssimo prazo leia-se: as tarefas/rotinas diárias).
A atuação dos administradores se dá em três níveis, a saber: estratégicos que 
são aqueles executivos de comando da organização, responsáveis por todo o escopo 
organizacional. Em suas atribuições estão incluídas o desenvolvimento dos objetivos/
metas e planejamento da empresa; táticos que são os administradores que atuam nos 
segmentos gerenciais da empresa no que tange ao planejamento de médio prazo e por 
fim, os administradores operacionais que se envolvem com as operações e rotinas de 
cunho diário, ou seja, de curto prazo.
O administrador também desenvolver algumas habilidades que se reportam 
ao seu modo de agir e atitudes diante dos cenários que se apresentariam. Para isso, 
apresentamos a seguir as três habilidades do Administrador:
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Figura 1: As três habilidades do Administrador
Fonte: Chiavenatto, (2004, p. 3).
As habilidades técnicas se referem ao uso de conhecimento, métodos, técnicas, 
experimentos práticos, realização de tarefas, operações que fazem parte do rol da 
experiência profissional. São habilidades conectadas as formas de realizar o trabalho. As 
habilidades humanas estão ligadas a maneira de como esse administrador se relaciona 
com as pessoas na organização. O modo que cria e gera interatividade entre as pessoas 
num processo ou operação de trabalho. O perfil da liderança também compõe essa 
habilidade humana. Por fim, as habilidades conceituais seriam aquelas capacidades 
cognitivas no planejamento da organização. Importaria a gestão do conhecimento no 
que se refere ao planejamento, a coordenação, ao raciocínio, ao aproveitamento e 
produção de conhecimento, a inovação e solução de problemas. 
Nessa direção, Chiavenatto (2004) argumenta que para as três habilidades há 
que se terem as competências que seriam as qualidades de quem é capaz de analisar 
uma situação, balancear um cenário, apresentar soluções e resolver problemas. O autor 
alerta que o segredo de um administrador seria de aquisição e desenvolvimento ao 
longo da carreira dessas competências: o conhecimento (saber constante, atualizações), 
perspectiva (saber fazer fundamentada pela visão pessoal e experiências) e por fim, 
a atitude (saber fazer acontecer, o desenvolvimento de atitudes de proatividade e 
iniciativa).
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O administrador tem um papel importante nos processos de gestão das organizações. 
Para isso, Chiavenatto (2004) aponta-nos os dez papéis que o administrador assume 
dentro do contexto organizacional:
Figura 2: Os dez papéis do Administrador
Fonte: Chiavenatto, 2004.
Assim, o administrador assume nos cenários atuais um importante papel na 
gestão e liderança nas organizacionais em que está focado em como o mesmo interage 
no processo, em como ele intermedia os processos e as informações que permeiam o 
âmbito interno e externo da empresa e, por fim, em como se vale, das informações para 
“tecer” suas decisões que, em grande medida, impulsionará uma gama de efeitos por 
toda a organização.
Gestor
Atualmente o uso da palavra “Administração” parece se confundir com a 
palavra “gestão”, entretanto, são palavras para usos distintos. Nessa direção, a palavra 
administração4 vem perdendoespaço para a palavra gestão, seja nos discursos da mídia, 
ou em cursos acadêmicos ou, ainda, no planejamento empresarial. Atuando no campo 
da Administração, observo que esta área consistia de técnicas seguras, estáveis e com 
4 Excerto retirado da Dissertação de Mestrado de Dalva Santana.
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embasamento científico, pois ela nasceu para permitir que o futuro fosse, de certo 
modo, administrável. Por outro lado, a palavra gestão aparece em situações de curto 
prazo, mais flexíveis e recheadas de incertezas. Cabe ainda ressaltar os diferentes usos 
dessas palavras, por exemplo: “conhecimento sistematizado” estaria vinculado à palavra 
administração e o “saber fazer” mais a palavra gestão. 
Além disso, a palavra gestão pode estar relacionada a gerência das funções 
da administração em todas as atividades da empresa. Um gestor também precisaria 
exercitar o planejamento sistemático e as visões macro e micro da organização.
Consultor
Uma das funções e atuações de um empreendedor seria a consultoria. Para 
Rocha et al (2011), a palavra consultoria é recorrente e discutida no mundo empresarial 
e sua utilização, teria um sentido geral, envolvendo várias funções. Desse modo, o 
processo de consultoria teria como objetivo a inovação ou melhoria de algum processo.
O consultor seria o profissional que orienta ou aconselha uma pessoa, uma 
empresa, um grupo de pessoas no sentido de assessorar na inovação ou melhoria de 
um processo. Lembramos que esse profissional não teria poder de decisão e sim de 
aconselhamento. Ele participaria da elaboração e revisão dos projetos de acordo com 
a sua área de atuação em processos chamados “gargalos” da empresa. O papel do 
consultor é de auxiliar na solução de problemas apresentando modelos, atua como um 
facilitador, educador no contexto da sua atuação organizacional.
Pode-se dizer que a consultoria é ser um parceiro do cliente, é ter uma postura de 
facilitador no alcance dos objetivos e metas de quem o contratou e o comprometimento 
no apontamento das “falhas” valendo-se do seu expertise como consultor.
Auditor
A auditoria surgiu da necessidade de confirmação por parte dos investidores e 
proprietários dos valores descritos no patrimônio das empresas que possuíam ou que 
queriam investir. O auditor é aquele profissional que examina, revisa e acompanha a 
gestão nas organizações. A auditoria também pode ser realizada pelo Administrador no 
que se refere às atribuições de sua competência e em outras competências teremos 
outros profissionais (contadores, advogados, engenheiros, etc.).
Segundo Attie (1996), a “auditoria é uma especialização contábil voltada a testar 
a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar 
uma opinião sobre determinado dado”. As auditorias podem ser internas (realizada pela 
própria empresa) e externas (independentes).
Gerente
A palavra gerente se refere ao ato de gerenciar. Podemos “gerenciar” um setor, 
um departamento, uma loja, um projeto em diversas áreas. O gerente administra, 
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em grande medida, a si próprio e a outros em diversas áreas da empresa, caso seja 
demandado. São considerados os responsáveis pelos objetivos e metas estabelecidos no 
planejamento estratégico.
Autônomo
Conforme o art. 12 da Lei 8.212/91 que define o trabalhador autônomo como 
“pessoa física que exerce por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, 
com fins lucrativos ou não”. Para Martins (2011, p. 160), o trabalhador autônomo é, 
portanto, a pessoa física que presta serviços habitualmente por conta própria a uma ou 
mais de uma pessoa, assumindo os riscos de sua atividade econômica. 
Empregado
O conceito de empregado pode ser entendido como aquele profissional que atua 
mediante remuneração, atividades estabelecidas de acordo com a sua função e sob 
supervisão de um gestor. Martins (2011, p. 139) esclarece que o empregado poderia 
ser considerado, num sentido amplo, o que está pregado na empresa, o que é por ela 
utilizado. No art. 3º da CLT – Consolidação das Leis de Trabalho é considerada “empregado 
toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a 
dependência deste e mediante salário”. De acordo com Martins (2011, p. 139) tem-
se cinco requisitos na definição de empregado: pessoa física, não eventualidade na 
prestação de serviços, dependência (subordinação), pagamento de salário ( todo trabalho 
deve ser remunerado) e prestação pessoal de serviços.
O empregado pode assumir uma atuação mais empreendedora no seu local de 
trabalho. Ser um funcionário com características empreendedoras, ou seja, empreende 
através de ideias que impulsionam o seu departamento ou setor. O Intraempreendedor 
nada mais é do que uma pessoa, funcionário de uma organização, que de uma maneira 
inovadora trouxe benefícios financeiros e/ou melhorou o ambiente de trabalho 
aumentando a produtividade da empresa. Isso pode acontecer tanto com uma alteração 
significativa do processo produtivo quanto na criação de um novo produto, ampliação do 
mercado consumidor, reutilização de recursos que antes não eram aproveitados.
O empreendedor pode atuar num amplo leque de possibilidades e ressaltamos 
que ser empreendedor tem distinção de ser administrador. Nem todo administrador 
pode ser considerado empreendedor e vice-versa, entretanto, podemos ter um perfil 
empreendedor na excelência quando o assunto é administrar. Quando esses dois mundos 
se encontram, pode-se dizer que o termo empreender se completa.
Por fim, Degen (2009) sinaliza que a atuação como empreendedor seria aquele 
que tem a visão do negócio e não mede esforços para realizar o empreendimento. A sua 
realização é ver a sua ideia concretizada em seu negócio. Podemos ressaltar que em 
cada atuação, as motivações e realizações são diferentes.
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Recapitulando
O processo administrativo abrange cinco tipos principais de decisões também 
chamadas de funções: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Para 
Chiavenatto (2004, p. 8), a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e 
controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais.
Empresário:
O empresário pode ser uma pessoa física (empresário individual) ou uma pessoa 
jurídica (sociedade) que dá existência concreta a uma empresa, abre seu negócio, 
planeja, organiza uma atividade econômica para a produção ou circulação de bens ou 
de serviços.
Administrador:
O administrador é aquele que faz a administração pensando nas questões 
estratégicas, táticas e operacionais da organização.
Gestor:
A palavra gestão pode estar relacionada a gerência das funções da administração 
em todas as atividades da empresa. Um gestor também precisaria exercitar o planejamento 
sistemático e as visões macro e micro da organização.
Empreendedor:
Empreendedor seria aquele que tem a visão do negócio e não mede esforços para 
realizar o empreendimento. A sua realização é ver a sua ideia concretizada em seu negócio.
Empregado:
O conceito de empregado pode ser entendido como aquele profissional que 
atua mediante remuneração, atividades estabelecidas de acordo com a sua função e 
sob supervisão de um gestor. No art. 3º da CLT – Consolidação das Leis de Trabalho 
é considerada “empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não 
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
O empregado pode assumir uma atuação mais empreendedora no seu local de 
trabalho. Ser um funcionário com características empreendedoras, ou seja, empreende 
através de ideias que impulsionam o seu departamento ou setor. O Intraempreendedor 
nada mais é do que uma pessoa, funcionário de uma organização,que de uma maneira 
inovadora trouxe benefícios financeiros e/ou melhorou o ambiente de trabalho 
aumentando a produtividade da empresa.
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Atividades
1. Segundo Maximiano (2008, p. 6), administração é o processo de tomar decisões sobre 
objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos 
principais de decisões também chamadas de funções. Aponte a seguir a sequencia 
correta conforme o autor:
a) Planejamento, controle, organização e execução
b) Planejamento, organização, liderança, execução e controle
c) Controle, planejamento, liderança, organização
d) Liderança, organização, planejamento e execução
2. Complete a frase: O empresário pode ser uma (empresário individual) 
ou uma (sociedade) que dá existência concreta a uma empresa, 
abre seu negócio, planeja, organiza para a produção ou circulação 
de bens ou de serviços.
a) Pessoa jurídica, pessoa física, uma atividade econômica
b) Pessoa física, uma atividade econômica e pessoa jurídica
c) Somente pessoa física
d) Apenas uma atividade econômica
3. O administrador é aquele que faz a administração pensando nas questões estratégicas, 
táticas e operacionais da organização. Desse modo, podemos afirmar que as funções 
do Administrador são as seguintes:
a) Controlar: em que o mesmo deverá pensar a longo, médio e curto prazo e 
estabelecer os objetivos e metas que se quer alcançar e aonde quer chegar;
b) Planejar: seria o “arranjo” das atividades e recursos para alcançar o que foi 
planejado e isso poderá ocorrer em três níveis: macro (desenho organizacional) e 
micro (desenho de cargos, atribuições);
c) Direcionar: são as orientações das pessoas e atribuições no sentido de atender os 
objetivos traçados no planejamento e isso poderá envolver aspectos importantes 
que circundam o conceito de administração: liderança, incentivos, motivação, 
comunicação, promoção, etc. Também ocorrerá em níveos macros e micros da 
organização.
d) Organizar: visa assegurar e garantir através de monitoramento sistemático o que 
foi planejado. Essa função permeia pelas funções de planejamento, organização e 
direção a fim de garantir se estão ajustadas e adequadas aos objetivos previstos. 
Podem ocorrer em três níveis: estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e 
operacional (curtíssimo prazo leia-se: as tarefas/rotinas diárias).
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4. Nessa direção, argumenta que para as três habilidades há que se 
terem as competências que seriam as qualidades de quem é capaz de analisar uma 
situação, balancear um cenário, apresentar soluções e resolver problemas. Quem é 
o autor dessa frase?
a) Drucker
b) Degen
c) Baron e Shane
d) Chiavenato
5. Conforme o art. 12 da Lei 8.212/91 que define o como “pessoa física 
que exerce por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins 
lucrativos ou não”. Complete a frase:
a) Empreendedor
b) Consultor
c) Empregado
d) Autônomo
Gabarito: 1. b / 2. a / 3. c / 4. d / 5. d
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Referências comentadas
Na construção desse capítulo, destacamos três autores principais que permeiam 
o mesmo:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão 
abrangente da moderna administração das organizações. 2ª reimp. 3. Ed. – Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2004. Nesta obra, Chiavenato aborda de forma ampla as teorias 
da administração. Nesse capítulo apropriamo-nos de alguns conceitos para explanar 
a trajetória e atuação do empreendedor, diferenciações entre administrador, 
empreendedor e outros.
DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson 
Prentice Hall, 2009. O autor nesta obra explana o empreendedorismo como uma opção 
de carreira e por isso fazemos uso dessa obra nesse capítulo porque há ilustrações 
significativas das atuações do empreendedor.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. – 27ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2011. Nesta 
obra oriunda de um autor teórico da área jurídica, fazemos algumas apropriações 
teóricas quanto aos conceitos de empresa, empresário, empregado e demais atuações do 
empreendedor. É uma obra interessante já que os empreendedores também permeiam 
pela área jurídica em questões de abertura de empresa, contratos e direito do trabalho.
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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO
Este capítulo aborda temas importantes que mostrarão o perfil que o empreendedor 
deve desenvolver para almejar sucesso.
Características do empreendedor
A seguir, algumas características que fazem parte do processo de ser empreendedor:
Aceitação moderada de risco Determinação
Alta necessidade de realização Dureza e pragmatismo
Alto nível de energia Rupturas no passado
Autoconfiança Exploração de oportunidades
Autoconhecimento Imaginação
Boas relações Independência
Capacidade analítica Inovação
Capacidade de pesquisa Otimismo
Capacidade de previsão Ressentimento contra a autoridade
Conhecimento prático Trabalho duro
Crença no controle de seu destino Visão
A capacidade de comunicar-se, seduzir e entusiasmar pessoas para se unirem 
demonstra que o empreendedor está desenvolvendo o seu espírito de líder.
Capítulo 4
O perfil empreendedorismo
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Dessa forma, destacamos algumas características dos empreendedores de sucesso, 
segundo Dornelas (2005):
•	 são visionários;
•	 sabem tomar decisões;
•	 são indivíduos que fazem a diferença;
•	 sabem explorar ao máximo as oportunidades;
•	 são determinados e dinâmicos;
•	 são dedicados;
•	 são otimistas e apaixonados pelo que fazem;
•	 são independentes e constroem o próprio destino;
•	 ficam ricos;
•	 são líderes e formadores de equipes;
•	 são bem relacionados (networking);
•	 são organizados;
•	 planejam, planejam, planejam;
•	 possuem conhecimento;
•	 assumem riscos calculados;
•	 criam valor para a sociedade.
Os seres humanos não são iguais, assim como as empresas também não são iguais. 
Os indivíduos possuem suas qualidades exclusivas. A soma de inúmeras qualidades trazem 
à empresa verdadeiros sucessos nos negócios.
É dentro deste contexto que trago as características do perfil empreendedor5 
para dar sentido à palavra empreendedorismo. 
Observo que as expressões, tais como: aceitação moderada de risco, exploração de 
oportunidades, alta necessidade de realização, inovação, autoconfiança, determinação, 
imaginação, e estes parecem ser alguns imperativos contemporâneos.
Olhando o conjunto de expressões, pode-se dizer que um empreendedor define-
se por atributos como: ser criativo, fazer de forma diferente aquilo que todos fazem de 
uma forma igual, pensar uma nova maneira, mais prática, melhor, mais barata ou mais 
rápida de fazer as suas atividades, para conseguir atingir os resultados esperados achar 
novas soluções para os problemas do dia-a-dia. 
Cabe salientar que, na contemporaneidade, um produto, uma ideia ou um 
projeto se torna vendável quando investido de um bom aparato publicitário. Em grande 
medida, quem tiver a melhor equipe de vendas e ativar melhor uma rede de consumo 
tornará sua ideia ou seu produto vendável ainda que não necessariamente seja este 
produto ou ideia imprescindível ou, ainda, a melhor opção disponível no mercado.
5 Excerto retirado da minha Dissertação de Mestrado: “Aprendendo a ser jovem e empreendedor em tempos líquidos: uma análise 
da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios”. 
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Nesse cenário, Predebon (2002, p.28) relata sobre uma qualidade que é a 
criatividade:
A capacidade de cada um é utilizada e desenvolvida em função do meio, de seus estímulos, 
daslimitações que apresenta e de bloqueios que impõe. Há muitas limitações, às vezes 
enormes (...), o simples rompimento dos bloqueios ou a prática pela tentativa, que tende a 
desenvolver a capacidade, serão suficientes para que o comportamento criativo se destaque 
da média.
Segundo Drucker (2003, p.277),
à medida que um novo empreendimento se desenvolve e cresce, os papéis e os relacionamentos 
dos empreendedores originais sofrem mudanças inexoravelmente. “Se os fundadores recusam-
se a aceitar esse fato, eles tolhem o negócio e podem até mesmo destruí-lo.”
Há necessidade de que existam critérios de mediação e capacidade de manter os 
diferentes talentos nas fases do ciclo de vida profissional.
Potencial empreendedor
Quando falamos em potencial do empreendedor, podemos lembrar de várias formas, mas 
existem algumas questões que são básicas para averiguar esse potencial em um teste 
específico. Há alguns itens que podem servir para questionamento, dentre os quais:
 
1. Você pode lidar com a incerteza? A estabilidade (por exemplo, um salário 
regular) é importante, ou você está disposto a viver com a incerteza econômica 
e de outros tipos?
2. Você tem disposição? Você tem o vigor e a boa saúde necessários para trabalhar 
por longas horas durante grandes períodos de tempo para atingir os objetivos que 
acredita serem importantes?
3. Você acredita em si e em suas capacidades? Você se considera capaz de atingir 
o que deseja e aprender o que precisa ao longo do caminho?
4. Você pode lidar bem com contratempos e falhas? Como reage a resultados 
negativos com desânimo, ou com compromisso renovado de ser bem-sucedido da 
próxima vez e aprender com seus erros?
5. Você tem paixão por seus objetivos ou por sua visão? Assim que você estabelece 
um objetivo ou uma visão de onde quer estar, está disposto a sacrificar quase 
tudo para chegar lá, pois fazer isso é realmente uma paixão sua?
6. Você é bom com outras pessoas?
Você consegue persuadi-las a enxergar o mundo da sua forma? Você se dá bem 
com elas (por exemplo, lida com conflitos, gera confiança)?
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7. Você é adaptável? Consegue fazer “correções no meio do caminho” facilmente? 
Por exemplo, você é capaz de admitir que errou e redirecionar seu caminho para 
corrigir o erro?
8. Você está disposto a assumir riscos ou saltar no escuro? Assim que estabelece 
um objetivo, está disposto a assumir riscos razoáveis para atingi-lo? Em outras 
palavras, está disposto a fazer o que puder para minimizar os riscos e, uma vez 
tendo tomado todas as ações preparatórias, dar o passo adiante?
São indagações importantes de serem feitas, pois, em grande medida, implicam 
responder ao empreendedor o que ele seria capaz de fazer para alcançar essa 
flexibilidade, velocidade, maleabilidade e desapego ao passado na busca pelo sucesso. 
O empreendedor contemporâneo é marcado por essas expressões que consolidam o 
perfil e o potencial de quem empreende novos negócios. 
O ambiente do empreendedor
O ambiente de negócios no atual contexto está modificado. Estas modificações 
são decorrentes da globalização, dos avanços científicos e tecnológicos. As fortes 
concorrências resultaram em grandes mudanças no mundo dos empreendedores.
O número de empresas vem crescendo drasticamente ao longo dos anos. Podemos 
citar como exemplo de crescimento as empresas de: segurança, serviços terceirizados 
de limpeza, manutenção, atendimentos domiciliares, equipamentos hospitalares, 
alimentação, etc.
O crescimento de empresas terceirizadas trouxe oportunidades para inúmeros 
empreendedores, porém houve uma evolução relacionada com tecnologia e mão de obra 
que direcionou para um novo perfil no papel de empreendedor. Para Kuazaqui (2006, p.46),
O empreendedor é aquele indivíduo que agiliza e compatibiliza o atendimento ao cliente de 
acordo com o perfil dele, ou seja, de uma forma personalizada. O cliente solicita o serviço, 
desenha o produto, repete a ação de compra e também avalia, rejeita ou aceita. Enfim, esse 
é o novo ambiente de negócios.
O novo espaço para empreendimento é atender a população mais envelhecida, 
que sofre de expressivo consumismo, considerando o poder aquisitivo. A rede de turismo 
e lazer obteve uma fatia de mercado significativa nesta mudança no ambiente do 
empreendedorismo.
O novo espaço do empreendedor deve ser propício à criatividade e à inovação. 
Um exemplo disso seria o modo com se reconfiguram os espaços de trabalho: a edição 
251 da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (dezembro de 2009, p.16-17) 
traz uma reportagem intitulada Meu escritório, que relata como o empresário Eduardo 
El Kobbi investiu na descontração de um ambiente onde, conforme ele mesmo afirma, 
criatividade é sinônimo de dinheiro. Assim, remodelar os ambientes da empresa seria o 
mesmo que investir em lucratividade. 
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 No texto da reportagem, se explica: “À primeira vista, a agência poderia 
facilmente passar por um parque de diversões disfarçado de escritório. Mas o ambiente 
descontraído, com redes e bonecos, foi planejado para provocar ainda mais a imaginação 
dos funcionários” (Edição 251, 2009, p.16). Chama a minha atenção o seguinte aspecto: 
“Um escorregador liga o mezanino ao térreo. Mas só para descer: a subida é feita 
por escada. Apesar de inusitada, a instalação transmite a ideia de discrição e não de 
espalhafato” (idem, p.17). 
Alguns temas a partir de filmes, músicas, programas de TV trazidos para o contexto 
do trabalho podem aguçar a imaginação e fomentar um ambiente criativo e inovador. 
Na entrada da Agência, conforme nos informa a reportagem “Bom humor faz parte da 
decoração”, destaca-se uma mascote: uma estátua em tamanho natural do personagem 
Swackhammer, do filme Space Jam. A reportagem ainda mostra um cantinho especial 
na empresa, dedicado à hora do descanso, que conta com redes, cestas de frutas que 
são repostas duas vezes ao dia, tudo “para que ninguém fique com sono ou com fome”, 
informa o empresário. O investimento nesse ambiente especial foi contabilizado em 
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e, de acordo com a reportagem, o empresário 
acredita que um ambiente harmonioso incentiva as ideias e amplia a cumplicidade entre 
os integrantes da equipe. O empresário informa que todo o investimento utilizado nessa 
modificação do espaço já teve seu retorno.
Outro exemplo são as remodelações em outros segmentos: a rede bancária 
modificou o seu estilo, não encontramos mais a massa nos bancos, pois os pagamentos 
podem ser feitos em lotéricas, supermercados, etc., o que resultou em novos 
negócios para pequenos empreendedores. Também outro item de destaque são as 
situações ambientais que são vistas de uma forma inovadora no mundo dos negócios. A 
conscientização voltada para a preservação trouxe para dentro das grandes empresas, 
como para inúmeras pequenas empresas, espaços para negócios.
No mundo globalizado os gestores devem estar abertos para inovar no mundo 
dos negócios. Há necessidade de que conheçam e estejam conectados com o mercado 
internacional.
Para Carreiro (2003), algumas características moldam a visão multidisciplinar da 
empresa e demonstram ao empreendedor critérios aplicáveis em seu planejamento:
Tendências: são aquelas afirmações que embasam as organizações e seu desenvolvimento 
futuro:
- velocidade e mudanças constantes da tecnologia;
- pesquisas e desenvolvimento;
- aprendizado constante;
- sobrevivência e adaptação às mudanças;
- recursos humanos como força motriz;
- vantagem competitiva pelas pessoas.
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Reflexões: são aquelas afirmativas que desenham o futuro das organizações:
- pessoas, e não tecnologia;
- relacionamento interpessoal, em vez de conflitos, para obtenção do sucesso 
empresarial.
Dilemas: são as afirmativas

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