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2 www.ulbra.br/ead Dicas para utilizar o PDF COMO PESQUISAR NO TEXTO COMO UTILIZAR O ZOOM COMO IMPRIMIR Clique em editar => Localizar ou clique Ctrl + F. Na barra de ferramentas, digite sua pesquisa na caixa de texto localizar. Selecione Visualizar => Aplicar Zoom e selecione a opção desejada ou clique na barra de ferramentas + ou - para alterar o zoom. Você ainda pode escolher Ferramentas => Selecionar e zoom => Zoom dinâmico e arraste para aumentar uma área. Clique no ícone imprimir , ou selecione arquivo => imprimir. Se preferir clique em Ctrl + p para imprimir o arquivo. Selecione visualizar => modo de leitura ou modo tela cheia para ler com mais facilidade o arquivo. Para retornar à página anterior ou ir para a próxima página clique nos seguintes ícones: Obtenha maiores informações selecionando Ajuda => Como => Fundamentos do Adobe Reader. 3www.ulbra.br/ead Ensino a Distância Disciplina Empreendedorismo e Planejamento Autora Dalva Santana Design / Diagramação Tina Perrone Guilherme Cruz da Silveira Atendimento ao Aluno EAD DDG 0800.0514131 DDG: 0800.6426363 E-mail: alunoead@ulbra.br Campus Canoas: Av. Farroupilha, 8001 · Prédio 11 · 2º andar - Corredor central - Sala 130 · Canoas/RS Atendimento de segunda-feira a sexta-feira: Manhã/Tarde/Noite: Das 8:00hs às 22:30hs Atendimento aos sábados: Manhã: 8:00hs às 12:00hs 4 www.ulbra.br/ead Apresentação Geral do conteúdo Estimados alunos! O objetivo principal desta etapa é proporcionar a vocês conhecimentos sobre o termo empreendedorismo e também sobre como ser empreendedor. Além disso, veremos as características empreendedoras que devem ser construídas ao longo do aprendizado e a diferenciação sobre empreendimentos em si e abertura do próprio negócio. Algumas temáticas estão vinculadas a inovação, a criatividade, ao potencial empreendedor, ao conceito de empresa, tipos de empreendedores e ao processo de empreender. Outro foco da disciplina será o Plano de Negócios, que todo empreendedor deve não somente conhecer, mas executá-lo ao pensar seu futuro negócio. Esperamos que os objetivos propostos neste módulo sejam alcançados e que os assuntos aqui tratados passem a ser de domínio permanente de vocês, futuros profissionais executivos do mercado e empreendedores. Dalva Santana 5www.ulbra.br/ead Professora Autora Dalva Santana: é formada em Administração pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), com especialização em Estratégia Empresarial e Gestão de Projetos. Mestre em Educação com a temática sobre Empreendedorismo Juvenil. Professora do curso de Logística da ULBRA Canoas/RS. Atualmente, preside a Diretoria de Logística Reversa e Meio Ambiente do Núcleo de Logística do RS. Possui sua própria consultoria na área de Logística, atuando em projetos empresariais, bem como em treinamentos e palestras nas Regiões Sul, Sudeste e Centro- Oeste do país. Também atua como palestrante na área de Logística e Empreendedorismo. 6 www.ulbra.br/ead Su m ár io SUMÁRIO 7 18 30 40 51 61 72 83 100 110 1. Conceitos básicos sobre Empreendedorismo 2. O Empreendedorismo: conceito de empresa, tipos de empresa e escolha de negócio 3. As trajetórias e os papéis do empreendedor 4. O perfil empreendedor 5. Tipologias de empreendedorismo 6. Empreendedorismo: uma perspectiva processual 7. Liderança e empreendedorismo 8. O que é plano de negócios 9. Descrevendo a estrutura do plano de negócios 10. Empreendedorismo, Comunicação e Inovação 7www.ulbra.br/ead EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO Capítulo 1 Conceitos básicos sobre empreendedorismo Neste capítulo são abordados os conceitos do termo empreendedorismo. Você, ao terminar o capítulo, deve ser capaz de: • compreender os conceitos de empreendedorismo; • conhecer a cronologia histórica do termo empreendedorismo. Alguns apontamentos sobre o termo empreendedorismo1 A pessoa que assume o risco de começar uma empresa é um empreendedor. Empreendedor é uma palavra que vem do latim imprendere, que significa “decidir realizar tarefa difícil e laboriosa” (Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001), “colocar em execução” (Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo significado da palavra francesa entrepreneur, que deu origem à inglesa entrepreneurship. Esta última é utilizada para designar o comportamento do empreendedor (MAXIMIANO, 2006, p.1). É comum escutarmos em diferentes programas de televisão ou lermos em textos da mídia impressa os termos “oportunidade”, “desafio”, “criatividade” e “liberdade”. Imagina-se o empreendedorismo como algo que deve “ser criativo”, e é condição para “ser mais livre” na dimensão profissional. Este conjunto de termos se vincula diretamente à ideia de empreendedorismo. Há também um imperativo contemporâneo, expresso na palavra conecte-se, que empresta significados ao termo empreendedorismo – para ser empreendedor é preciso “estar conectado”, participar deste novo mundo virtual e, ao mesmo tempo, “estar antenado”, ligado, por dentro das tendências atuais do mundo e do trabalho. Dornelas (2001) informa que Richard Cantillon, escritor e economista francês do século XVII, foi um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assume riscos) e o capitalista (aquele que fornece o capital). Posteriormente, com a Revolução Industrial do século XVIII, a diferenciação entre investir e empreender ganha contornos bem mais expressivos. 1 Excerto de Dissertação de Mestrado – Dalva Santana com a temática: “Aprendendo a ser jovem e empreendedor em tempos líquidos: uma análise da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios”. 8 www.ulbra.br/ead Gestão Empresarial e Empreendedorismo C on ce ito s b ás ic os so br e em pr ee nd ed or is m o O autor supracitado destaca um exemplo significativo: de acordo com ele, Thomas Edison pôde desenvolver suas pesquisas em química e eletricidade graças ao auxílio de investidores, que financiavam seus projetos. O empreendedor, aqui, é Thomas Edison, que tem a iniciativa mas não o capital, e os investidores, por sua vez, são aqueles que apostaram (financeiramente) nos projetos inovadores e num retorno lucrativo. Cabe ressaltar que, muitas vezes, um empresário ou um administrador é visto também – e necessariamente – como um empreendedor. No entanto, vale destacar que os atributos que definem um sujeito empreendedor vinculam-se à flexibilidade, ao assumir riscos, ao constante movimento, e nem todo empresário administra seu negócio com este perfil. Na formulação dada por Shane e Baron (2007): Empreender significa entender como surgem as oportunidades para criar algo novo (novos produtos ou serviços, novos mercados, novos processos de produção ou matérias-primas, novas formas de organizar as tecnologias existentes); como são descobertas ou criadas por indivíduos específicos que, a seguir, usam meios diversos para explorar ou desenvolver essas coisas novas, produzindo assim uma ampla gama de efeitos. (P.6) Neste sentido, o empreendedorismo se vincula a capacidades cognitivas e ao hábil aproveitamento dos recursos e condições disponíveis para explorar novos campos de produção e consumo. O empreendedor seria capaz de ler as conjunturas e definir estratégias e utilizar o que está disponível, preparando seu negócio, provocando uma gama de efeitos. Não é, portanto, apenas uma questão de tentativa ou iniciativa, é também (e especialmente) uma questão de êxito e de sucesso. Pensando, também, sobre o sujeito que se lança na “aventura” do empreendedorismo, Maximiano (2006) desta que: A ideia de um espírito empreendedor está de fato associada a pessoas realizadoras, que mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações de negócios. Embora existam empreendedores em todas as áreas da atividade humana, em seu sentido restrito a palavra designa a pessoa que cria uma empresa – uma organização de negócios. (P.2) Nesta acepção, voltada especificamente para o empreendimento em negócios específicos,como uma empresa, por exemplo, o sujeito empreendedor é descrito como aquele que está disposto a realizar coisas e a correr riscos. Articulando os dois excertos, pode-se dizer que empreender requer que o sujeito analise as circunstâncias, identifique oportunidades, utilize meios de produzir, imagine algo novo e calcule os riscos minimizados necessários para prosperar. Nas mais diversas atividades, os profissionais são interpelados por estas ideias – aproveitar as oportunidades, explorar novos nichos, desenvolver novos produtos ou serviços. Para exemplificar, trago aqui um fragmento da reportagem publicada no caderno Empregos & Oportunidades do jornal Zero Hora, na edição de 31 de maio de 2009: 9www.ulbra.br/ead C on ce ito s b ás ic os so br e em pr ee nd ed or is m o Gestão Empresarial e Empreendedorismo Funcionários que sugerem inovações e melhorias para a empresa são uma raridade no mercado de trabalho. Os chamados intraempreendedores, aqueles que apresentam uma postura engajada no meio corporativo, correspondem a apenas 0,6% dos trabalhadores brasileiros, de acordo com a pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Dessa forma, “ser empreendedor” também se vincula, atualmente, a uma atitude de engajamento no local de trabalho. Dados históricos do empreendedorismo Desde os primórdios, já no mundo de negócios, houve o espírito empreendedor. Ou seja, já existiam pessoas com ideias que usavam sua criatividade. A fase introdutória representa um compacto da origem do empreendedorismo. Empreender: como faço para ser empreendedor? Empreender é sair para ação. Ser um empreendedor é buscar mais, e para isso é necessário conhecer, planejar, encontrar o melhor caminho, comprometer-se, acreditar e calcular os riscos que se quer correr. Ser empreendedor é saber que tudo depende somente de você! Temos uma evolução no empreendedorismo: desde os primórdios da humanidade já existiam ideias criativas. Exemplo 1: após a Revolução Industrial, a produtividade encadeou diversas mudanças na maneira de como se organizar as empresas, e, no final do século XIX, tivemos Henry Ford, um dos maiores empreendedores do século XX, inovando com muita criatividade a indústria automobilística. Como? A meta de Ford: fazer com que todas as pessoas pudessem ter um automóvel. E ele foi além disso! Ford criou várias soluções: padronização das peças, horas de trabalho, linha de montagem. Exemplo 2: o barão de Mauá foi um dos grandes empreendedores do Brasil. Criou a Companhia de Navegação do Amazonas, estendeu os cabos de telégrafos no Rio de Janeiro na época de D. Pedro II, ajudou na fundação do Banco do Brasil e estava sempre procurando novos desafios. 10 www.ulbra.br/ead Gestão Empresarial e Empreendedorismo C on ce ito s b ás ic os so br e em pr ee nd ed or is m o Mas, afinal, o que é empreendedorismo? O empreendedor precisa saber gerenciar os recursos físicos e humanos e estabelecer metas. Shane e Baron (2006, p.10) definem: Empreendedorismo – um campo de estudos que busca entender como surgem as oportunidades para criar novos produtos ou serviços, novos mercados, processos de produção, formas de organizar as tecnologias existentes ou matérias-primas e como são descobertas por pessoas específicas, que então usam vários meios para explorá-las ou desenvolvê-las. Entende-se por essa interpretação que, para entender o empreendedorismo como um processo e como uma atividade nas quais os empreendedores se envolvem, precisamos considerar os seguintes aspectos: 1. as condições econômicas, tecnológicas e sociais das quais as oportunidades surgem; 2. as pessoas que reconhecem essas oportunidades (empreendedoras); 3. as técnicas de negócios e estruturas jurídicas que elas usam para desenvolvê-las; 4. os efeitos sociais e econômicos produzidos por tal desenvolvimento. Revisando alguns conceitos importantes Na visão de Drucker (1998), o empreendedorismo é direcionado às mudanças, e o empreendedor está sempre em busca de novas oportunidades. É o indivíduo inovador, transformador e criativo. Segundo o autor, a nova ordem é a sociedade do conhecimento, baseada na mudança das condições humanas (KUAZAQUI, 2006, p.46). Ainda nessa perspectiva, Drucker (1974) explana que empreendedorismo é: prática; visão de mercado; evolução, e diz, ainda: O trabalho específico do empreendedorismo numa empresa de negócios é fazer os negócios de hoje serem capazes de fazer o futuro, transformando-se em um negócio diferente [...] Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática. Ser empreendedor significa, acima de tudo, a capacidade de realizar coisas novas, pôr em prática ideias próprias. Segundo a teoria do empresário inovador, economista Joseph Schumpeter, o empreendedor precisa ter a capacidade de inovar, revigorando o sistema econômico, expandindo o horizonte. Para ele o empreendedor deixa como símbolo a destruição criativa, sendo que a postura profissional mexe com desafios e grandes mudanças da economia. 11www.ulbra.br/ead C on ce ito s b ás ic os so br e em pr ee nd ed or is m o Gestão Empresarial e Empreendedorismo Já para Dornelas (2005, p.21) os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Desse modo, ser empreendedor é ter visão. A palavra visão vem do termo inglês vision, que tem origens religiosas e significa ver algo que os demais não veem. A capacidade de percepção e intuição permite que certas pessoas enxerguem o que os demais não percebem. Podemos então dizer que o empreendedor precisa ter visão de futuro. As visões de futuro são de grande valor para um empreendedor, para nortear decisões e ações a serem tomadas no presente. Assim, o empreendedorismo costuma ser definido como o processo pelo qual indivíduos iniciam e desenvolvem novos negócios. Pode ser considerado como um complexo fenômeno que envolve o empreendedor, a empresa e o ambiente no qual o processo ocorre. Segundo a definição de Dolabela (1999), desenvolvida dentro de um amplo contexto econômico, “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa”. Em outras palavras, um empreendedor tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa como alguém comprometido com a inovação de empresas já constituídas. O ponto principal dessa definição é que o empreendedorismo (nos casos de empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas) torna-se fator primordial, fazendo com que os negócios sobrevivam e prosperem num ambiente econômico e de mudanças (culturais, sociais, geográficas). Nessa direção, o autor argumenta que o empreendedorismo seria um processo contínuo, ou seja, as novas oportunidades são percebidas pelos indivíduos com visão empreendedora e as exploram, assim como conseguem transformar os problemas em grandes e destacáveis oportunidades. Segundo Timmons (apud DOLABELA, 1999, p.29), “o empreendedorismo é uma revolução silenciosa que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para o século XX”. Sabe-se que o empreendedorismo é um fenômeno cultural, e, segundo Dolabela (1999), [...] é fruto dos hábitos, práticas e valores das pessoas. Existem famílias mais empreendedoras do que outras, assim como cidades, regiões, países. Na verdade, aprende-se a ser empreendedor pela convivência com outros empreendedores [...] o empreendedor aprende em um clima de emoção e é capaz de assimilar a experiência de terceiros. O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais (DORNELAS, 2005, p.39). 12 www.ulbra.br/ead Gestão Empresarial e Empreendedorismo C on ce ito s b ás ic os so br e empr ee nd ed or is m o A evolução do empreendedorismo O empreendedorismo tem uma evolução cronológica que destacamos a seguir: Segundo Kuazaqui (2006, p.7), Em 1895, H. G. Wells escreveu A máquina do tempo, em que pontuava e comparava o presente situacional e um provável futuro totalmente diferente. Assim, no que se refere às empresas, pode-se dizer que elas podem optar por um futuro provável, ao qual poderão se adaptar e no qual poderão se inserir, utilizando seus recursos a partir da percepção. Mas também pode optar por um futuro ideal, que será construído no presente, para que nele possa atuar no futuro. Muito significativo neste ponto é lembrar de Henry Ford. Quem era ele? Não foi nem um gênio administrativo e nem um tecnólogo, mas sim um homem de visão. Ele teve a capacidade de constatar que os automóveis fabricados em linhas de montagem teriam redução de custos e que assim o produto estaria ao alcance de maior número de clientes. Assim sendo, a fabricação industrial do automóvel favoreceu uma grande fatia da população. Analisando a indústria de informática, até a década de 80, a produção era de hardware, o que era considerado o centro de negócio. Os fabricantes de hardware desenvolviam os softwares e assim eram compatíveis apenas com a sua própria fabricação. Mas com o tempo começaram a vender soluções corporativas. Assim o resultado era: Como negócio se apresentava um pequeno volume com preços e margens muito altos. Os produtos estavam acessíveis para serem adquiridos por grandes empresas, bancos, laboratórios de pesquisas e instituições de ensino. Nos dias atuais, podemos citar como exemplo a Microsoft, que é o resultado do talento empreendedor de Bill Gates. A visão de Bill Gates não era para hardware, mas a ideia era para software. Foi então que criou a Microsoft e até hoje continua fabricando-a de forma que se compatibiliza com hardware. Assim, podemos comparar: Bill Gates da informática com Henry Ford dos automóveis, pois seus produtos acessíveis para poucos conquistaram um mercado de massa. 13www.ulbra.br/ead C on ce ito s b ás ic os so br e em pr ee nd ed or is m o Gestão Empresarial e Empreendedorismo Já o empresário inovador Joseph Schumpeter é conhecido como o empreendedor de senso de oportunidade. Ele possui a capacidade de desafiar novos mercados. A diferença deste empreendedor está na habilidade de lidar com o conjunto de necessidades para gerir bons negócios, tais como capital, tecnologia, etc. Uma citação para lembrarmos o que significa empreendedorismo: “Boa parte do progresso americano é produto do indivíduo que teve uma ideia, foi atrás dela, modelou-a, ateve-se firmemente a ela durante todas as adversidades e então produziu essa ideia, vendendo-a e lucrando com ela” (Hubert Humphrey, 1966). Nesse sentido, Lenzi (2009) argumenta que o empreendedorismo configura-se como principal fator de desenvolvimento econômico e social de um país. O autor considera que é através desse fenômeno que iniciativas isoladas ou conjugadas poderão reverter em crescimento ao país e sua população. www.ulbra.br/ead R ec ap itu la nd o Gestão Empresarial e Empreendedorismo 14 Recapitulando Empreendedor é uma palavra que vem do latim imprendere, que significa “decidir realizar tarefa difícil e laboriosa” (Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001), “colocar em execução” (Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo significado da palavra francesa entrepreneur, que deu origem à inglesa entrepreneurship. Esta última é utilizada para designar o comportamento do empreendedor (MAXIMIANO, 2006, p.1). Neste sentido, o empreendedorismo se vincula a capacidades cognitivas e ao hábil aproveitamento dos recursos e condições disponíveis para explorar novos campos de produção e consumo. O empreendedor seria capaz de ler as conjunturas e definir estratégias e utilizar o que está disponível, preparando seu negócio, provocando uma gama de efeitos. Para Shane e Baron (2006, p.10) o conceito pode ser definido: Empreendedorismo – um campo de estudos que busca entender como surgem as oportunidades para criar novos produtos ou serviços, novos mercados, processos de produção, formas de organizar as tecnologias existentes ou matérias-primas e como são descobertas por pessoas específicas, que então usam vários meios para explorá-las ou desenvolvê-las. Entende-se por essa interpretação que, para entender o empreendedorismo como um processo e como uma atividade nas quais os empreendedores se envolvem, precisamos considerar os seguintes aspectos: 1.as condições econômicas, tecnológicas e sociais das quais as oportunidades surgem; 2.as pessoas que reconhecem essas oportunidades (empreendedoras); 3.as técnicas de negócios e estruturas jurídicas que elas usam para desenvolvê-las; 4.os efeitos sociais e econômicos produzidos por tal desenvolvimento. Segundo a definição de Dolabela (1999), desenvolvida dentro de um amplo contexto econômico, “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa”. Em outras palavras, um empreendedor tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa como alguém comprometido com a inovação de empresas já constituídas. O ponto principal dessa definição é que o empreendedorismo (nos casos de empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas) torna-se fator primordial, fazendo com que os negócios sobrevivam e prosperem num ambiente econômico e de mudanças (culturais, sociais, geográficas). 15www.ulbra.br/ead A tiv id ad es Gestão Empresarial e Empreendedorismo Atividades 1. De quem é esse conceito? O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais: a) Drucker b) Dolabela c) Dornelas d) Maximiano e) Baron e Shane 2. Complete: Na visão de o empreendedorismo é direcionado às mudanças, e o empreendedor está sempre em busca de novas oportunidades. É o indivíduo inovador, transformador e criativo. a) Hubert Humphrey b) Schumpeter c) Dolabela d) Drucker e) Bill Gates 3. Entende-se por essa interpretação que, para entender o empreendedorismo como um processo e como uma atividade nos quais os empreendedores se envolvem, precisamos considerar os seguintes aspectos. Marque a correta: a) As condições econômicas, tecnológicas e sociais das quais as oportunidades surgem. b) As pessoas que não reconhecem essas oportunidades (empreendedoras). c) As técnicas de negócios e estruturas jurídicas que elas usam para não desenvolvê- las. d) Os efeitos sociais e econômicos não são produzidos por tal desenvolvimento. 16 www.ulbra.br/ead A tiv id ad es Gestão Empresarial e Empreendedorismo 4. Segundo a definição de Dolabela (1999), desenvolvida dentro de um amplo contexto econômico, “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa”. Em outras palavras, um empreendedor tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa como alguém comprometido com a inovação de empresas já constituídas. Pensando nisso, podemos dizer que: a) O ponto principal dessa definição é que o empreendedorismo (nos casos de empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas) torna-se fator primordial, fazendo com que os negócios sobrevivam e prosperem num ambiente econômico e de mudanças (culturais, sociais, geográficas) b) As novas oportunidades são percebidas pelos indivíduos com visão empreendedora e as exploram, assim como conseguem transformar os problemas em grandes e destacáveis oportunidades. c) O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização. d) A capacidade de percepção e intuição permite que certas pessoas enxerguem o que os demais não percebem. Podemos então dizer que o empreendedor precisa ter visãode futuro. 5. Ser empreendedor significa acima de tudo: a) ter a capacidade de saber o cenário organizacional b) a capacidade de realizar coisas novas, pôr em prática ideias próprias. c) a capacidade de somente colocar em prática o que já conhece d) ter a capacidade de elaborar um bom projeto Gabarito: 1. c / 2. d / 3. a / 4. a / 5. b 17www.ulbra.br/ead R ef er ên ci as B ib lio gr áfi ca s Gestão Empresarial e Empreendedorismo Referências Comentadas Na construção desse capítulo, destacamos autores principais que permeiam o mesmo: DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, XII, 2005. Dornelas argumenta alguns conceitos atuais de empreendedorismo e os exemplifica no cotidiano. MAXIMIANO, Amaru César Antônio. Administração para empreendedores. 1 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. O autor Maximiano nessas duas obras enriquece com alguns conceitos de Administração, de empresa e depois utilizamos seu livro de empreendedorismo para construirmos alguns conceitos acerca do empreendedorismo. BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo – uma visão do processo. 1 ed. São Paulo: Thomson, 2006. Nessa obra utilizamos os conceitos de empreendedorismo e origens. 18 www.ulbra.br/ead EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO Neste capítulo abordaremos aspectos ligados ao empreendedorismo e seus primeiros usos na história, os tipos de empresa por porte, tipo de produção e quanto à propriedade e a escolha do negócio através do reconhecimento das oportunidades. A palavra empreendedor (entrepreneur)2 tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo. Antes de partir para algumas definições mais utilizadas e aceitas, é importante fazer uma análise histórica do desenvolvimento da teoria do empreendedorismo (HISRISH, 1986). Primeiro uso do termo empreendedorismo Um primeiro exemplo de definição de empreendedorismo pode ser creditado a Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como empreendedor, Marco Polo assinou um contrato com um homem que possuía dinheiro (hoje mais conhecido como capitalista) para vender as mercadorias deste. Enquanto o capitalista era alguém que assumia riscos de forma passiva, o aventureiro empreendedor assumia papel ativo, correndo todos os riscos físicos e emocionais. Idade Média Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para definir aquele que gerenciava grandes projetos de produção. Esse indivíduo não assumia grandes riscos, e apenas gerenciava os projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente provenientes do governo do país. 2 DORNELAS, 2005. Capítulo 2 O Empreendedorismo: conceito de empresa, tipos de empresa e escolha de negócio 19www.ulbra.br/ead O E m pr ee nd ed or is m o: c on ce ito d e em pr es a, tip os d e em pr es a e es co lh a de n eg óc io Gestão Empresarial e Empreendedorismo Século XVII Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Como geralmente os preços eram prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor. Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor – aquele que assumia riscos –, do capitalista – aquele que fornecia o capital. Século XVIII Nesse século, o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo. Um exemplo foi o caso das pesquisas referentes à eletricidade e à química, de Thomas Edison. Séculos XIX e XX No fim do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores (o que ocorre até os dias atuais), sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista. Para Dornelas (2005) todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. O empreendedor tem algo mais, algumas características e atitudes que o diferenciam do administrador tradicional. Mas, para entender quais são estas características adicionais, é preciso entender o que faz o administrador. Essas são algumas diferenciações entre empreendedor e administrador que devem ser consideradas na gestão de um negócio. Conceitos de Empresa Parece ser algo natural conceituarmos o que é uma empresa, mas será que realmente entender a complexidade que esse conceito envolve? Você sabia, por exemplo, que a empresa teria duas funções ao nascer? Uma empresa tem as funções do lucro, uma vez que se pretende ter lucratividade na atividade além do retorno financeiro do investimento. Entretanto, tem a função social que estaria voltada a quantidade de postos de trabalho consegue ampliar na atividade. Tem uma responsabilidade social na 20 www.ulbra.br/ead O E m pr ee nd ed or is m o: c on ce ito d e em pr es a, tip os d e em pr es a e es co lh a de n eg óc io Gestão Empresarial e Empreendedorismo geração de empregos. A partir de uma lógica empresarial clássica, as empresas teriam, ao serem criadas, duas finalidades estratégicas: uma delas é a de cumprir uma função social articulada à geração de empregos e a outra a de gerar lucros, conforme Stoner e Freeman (1999). Para Maximiano (2006, p. 7), uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de fornecer produtos e serviços para atender a necessidades de pessoas, ou de mercados, e com isso obter lucro. O autor enfatiza ainda que para obter lucro e atender o compromisso com sua prosperidade, o empreendedor precisa adquirir recursos, estruturar um sistema de operações e assumir a satisfação do cliente. Bernardi (2011) enfatiza que a empresa moderna deve fazer a sua estruturação fundamentada nos preceitos da aprendizagem de convivência com as mudanças, com o caos, com a diversificação, variedade, conflitos e paradoxos e dilemas que envolvem os dias atuais. Nesse sentido, o autor explica que para isso, necessitaria de novas abordagens e muita percepção, intuição e flexibilidade3 e isso a começar pelo empreendedor. Ser flexível é uma das características desejáveis quando falamos em empreendedorismo e negócios. Para conseguirmos o compromisso com a satisfação do cliente precisamos ver como funciona uma empresa. Para isso, uma empresa precisa de “Recursos” (informações e conhecimento, pessoas e recursos materiais), de um “Sistema de Operações” e “Resultados” (entendido como lucro do empreendedor, compromisso com a satisfação do cliente e outras partes interessadas que poderá ser os investidores, clientes, governo, comunidade, etc.), de acordo com Maximiano (2006). Para medirmos o sucesso da empresa podemos partir de alguns itens considerados relevantes. Para Maximiano (2006) os indicadores para uma empresa de sucesso seriam: - Competência gerencial do empreendedor (eficiência, qualidade e as pessoas); - Satisfação dos clientes; - Desempenho financeiro Quando falamos na eficiência seria importante considerarmos que indicar a produtividade, ou seja, fazer mais com menos recursos. A qualidade pode ser entendida como fazer certo e padronizado na primeira vez e por último, saber gerenciar as pessoas da sua equipe. Esses indicadores podem garantir a competência gerencial do empreendedor. É importante o empreendedor estar atento e fazer essareflexão quanto aos indicadores. 3 Flexibilidade designa essa capacidade de ceder e recuperar-se da árvore, o teste e restauração de sua forma. Em termos ideais, o comportamento humano flexível deve ter a mesma força tênsil: ser adaptável a circunstâncias variáveis, mas não quebrado por elas. A sociedade hoje busca meios de destruir os males da rotina com a criação de instituições mais flexíveis (SENNETT, 2008). Retirado do Artigo: Entrelaçamentos entre Docência e Empreendedorismo na Revista Nova Escola apresentado em Congresso na UEL – Universidade Estadual de Londrina em 2010. 21www.ulbra.br/ead O E m pr ee nd ed or is m o: c on ce ito d e em pr es a, tip os d e em pr es a e es co lh a de n eg óc io Gestão Empresarial e Empreendedorismo A satisfação dos clientes seria uma meta a ser perseguida pelo empreendedor e de forma recorrente estar se perguntando o quanto o seu negócio está voltando ao cliente realmente. Podemos estar nos perguntando que isso seria o “óbvio” da gestão do empreendedor, entretanto, o dia-a-dia nos empreendimentos têm nos mostrado isso de forma diferente. Um exemplo disso seriam os dados de falência das empresas e este seria um dos motivos. Em um negócio é relevante saber o que deseja o cliente, gerenciar na ótica do cliente e não apenas na sua perspectiva. Há uns três atrás, o programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios, da Rede Globo aos domingos, apresentou uma livraria na Grande São Paulo que estava com problemas nas suas vendas. O estoque de loja não girava e a empresária não sabia o que acontecia. Na reportagem é perguntado a ela como eram feitas as compras, por qual metodologia, se ela tinha uma pesquisa de mercado, se pesquisava com os clientes quando vinham até a loja. A resposta a essa indagação foi que não se fazia pesquisa e que ela comprava conforme seu “gosto” pessoal. Cabe lembrar que o empreendedor pode ser intuitivo, mas deve levar em consideração às perspectivas dos clientes, pois vimos nesse capítulo que uma das funções estratégicas das empresas é a busca do lucro. Estar voltado ao cliente é atender às suas necessidades. Nem sempre, como empreendedor o “gosto” pessoal será imperativo para o cliente. O empreendedor deve buscar a pesquisa de mercado, a qualificação na sua atividade e lembrar que suas ideologias pessoais nem sempre podem expandir-se dentro do seu negócio. Voltamos ao conceito de flexibilidade em que o empreendedor também deve adaptar-se às necessidades dos clientes e as mudanças de mercado. Para isso, Bernardi (2011) explica que a quantidade e velocidade das mudanças nos tempos atuais e as profundas transformações nos ambientes (social, político, cultural, econômico e empresarial) parecem apontar na necessidade de buscar caminhos e alternativas na forma de gerir seu negócio como uma forma de satisfazer o cliente e a lucratividade. Por último, o desempenho financeiro seria a diferença que “sobra” entre receitas e despesas. Essa sobra pode ser entendida como o lucro que pode ter algumas destinações, inclusive um percentual pode ser reinvestido no negócio. Para Maximiano (2006, p. 11), o lucro pode ser considerado como a medida básica do desempenho de qualquer negócio e seria determinante na satisfação do acionista. Classificações das Empresas Segundo CHIAVENATO (2006), as empresas classificam-se em: • Quanto à propriedade, as empresa são: - Pública: São as empresas de propriedade do Estado. Seu objetivo é prestar serviços públicos fundamentais a coletividade (saneamento básico, segurança 22 www.ulbra.br/ead O E m pr ee nd ed or is m o: c on ce ito d e em pr es a, tip os d e em pr es a e es co lh a de n eg óc io Gestão Empresarial e Empreendedorismo pública, energia elétrica, etc.) e, por esta razão quase sempre tem a finalidade não lucrativa. São criadas por lei e são de responsabilidade do Estado. Quase sempre requerem investimentos elevados e apresentam retorno lento, sendo pouco atrativas para a iniciativa particular. - Privada: São as empresas de propriedade particular. Seu objetivo é produzir produtos ou prestar serviços a fim de obter lucro suficiente para remunerar o capital investido pelos investidores particulares. • Quanto ao tipo de produção: - Primárias ou extrativas: São as empresas dedicadas às atividades agropecuárias e extrativas (vegetais e minerais), como as empresas agrícolas, de mineração, de perfuração e extração de petróleo. - Secundárias ou de transformação: São as empresas que produzem bens físicos por meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos. É o caso das indústrias, construção civil e geração de energia. - Terciárias ou prestadoras de serviços: são empresas especializadas em serviços (como o comércio, bancos, financeiras, empresas de comunicações, hospitais, escolas, etc.). Seu objetivo é prestar serviços para a comunidade (empresas estatais) ou para obter lucro (quando são particulares ou privadas). Para Maximiano (2006, p. 9), as empresas podem ser classificadas quanto ao seu porte em: • Quanto ao tamanho: - Empresas Grandes: Requerem uma estrutura organizacional composta de vários níveis hierárquicos de administração e de vários departamentos. Segundo a Caixa Econômica Federal é considerada uma empresa de grande porte, aquela que possui um faturamento anual acima de R$ 35.000.000,00. São organizadas na forma de sociedades anônimas de capital aberto, com ações livremente negociáveis nas bolsas de valores. - Empresas Médias: Deve possuir um faturamento a partir de R$1.200.000,00 até R$ 35.000.000,00. - Empresas Pequenas: Nas pequenas e médias empresas, os proprietários habitualmente dirigem seus negócios. As pequenas empresas, geralmente organizam-se na forma de sociedades por cotas, com responsabilidade limitada, ou sob a forma de sociedade anônima. Geralmente para ser considerada uma empresa de pequeno porte seu faturamento anual deverá ser até R$ 1.200.000. 23www.ulbra.br/ead O E m pr ee nd ed or is m o: c on ce ito d e em pr es a, tip os d e em pr es a e es co lh a de n eg óc io Gestão Empresarial e Empreendedorismo - Microempresas: Segundo a Lei 9.841 de 05/10/99, considera-se microempresa a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00. De acordo com os artigos 170 e 179 da Constituição Federal, fica assegurada às microempresas e às empresas de pequeno porte tratamento jurídicas diferenciadas e simplificadas nos campos administrativas, tributário, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial, visando seu o funcionamento e assegurando o fortalecimento de sua participação no processo de desenvolvimento econômico social. A escolha do Negócio A escolha de um negócio está voltada ao fato de o empreendedor saber reconhecer as oportunidades. Essa condição colabora na escolha do negócio. Para isso, trazemos Degen (2009) que enfatiza que para identificar essas “oportunidades” que estão por ai, o empreendedor precisará ter “predisposição” e “criatividade” e “saber o que quer”. Sem isso, dificilmente o candidato a empreendedor conseguirá encontrar o negócio certo. Ainda nessa direção, Degen (2009, p. 31) argumenta que o candidato a empreendedor deve ir além de observar e conhecer os negócios a sua volta, ele precisa reconhecer as fórmulas de sucesso, de mediocridade e de fracasso. Nesse sentido, o autor sinaliza que para ajudar a esse candidato o empreendedor a direcionar-se a procura de oportunidades e identificá-las, apontam-se três caminhos que podem ajudar nessa procura: 1. Entender as necessidades dos clientes dos negócios e procurar necessidades não atendidas. 2. Observar deficiências no atendimento das necessidades dos clientes e atender melhor. 3. Entender as tendências que mudam as necessidades dos clientes e atender a suas novas necessidades. Pode-sedizer que as etapas nessa caminhada rumo à escolha do negócio seriam: observar os negócios > predisposição > criatividade > saber o que quer > escolher o negócio. As ideias podem alavancar grandes oportunidades. Para isso, Maximiano (2006, p. 21) argumenta que todas as fontes de ideias pertencem a duas categorias principais: a) A criatividade do empreendedor; b) O mercado, que, em seu sentido mais amplo, é o ambiente geral da sociedade. 24 www.ulbra.br/ead O E m pr ee nd ed or is m o: c on ce ito d e em pr es a, tip os d e em pr es a e es co lh a de n eg óc io Gestão Empresarial e Empreendedorismo Para o autor, um novo negócio pode ser com base num conceito novo ou um novo negócio com base em conceito existente. Os negócios novos partindo de novos conceitos seriam para empreendedores que abrem negócios totalmente inéditos e que a partir dele tem-se uma ampla gama de efeitos; já os novos negócios fundamentados em conceitos existentes seriam aqueles empreendedores que criam negócios reinventando de negócios que já existem no mercado. De acordo com Maximiano (2006, p. 21), algumas fontes de oportunidades de negócios: - novo negócio com base em novo conceito - novo negócio com base em conceito existente - necessidades dos consumidores - aperfeiçoamento do negócio - exploração de hobbies - derivação da ocupação (negócio baseado na experiência profissional do empreendedor) - observação de tendências Com base nisso, podemos afirmar que muitos negócios podem ser alavancados e fundamentados em conceitos que já existem e ainda serem aperfeiçoados; os negócios podem partir da experiência profissional daquele que empreende ou ainda, podem ser totalmente serem criados dentro de um novo conceito. São algumas variações de como os negócios podem ser impulsionados e criados. 25www.ulbra.br/ead R ec ap itu la nd o Gestão Empresarial e Empreendedorismo Recapitulando Conceito de empresa: A partir de uma lógica empresarial clássica, as empresas teriam, ao serem criadas, duas finalidades estratégicas: uma delas é a de cumprir uma função social articulada à geração de empregos e a outra a de gerar lucros, conforme Stoner e Freeman (1999). Para Maximiano (2006, p. 7), uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de fornecer produtos e serviços para atender a necessidades de pessoas, ou de mercados, e com isso obter lucro. O autor enfatiza ainda que para obter lucro e atender o compromisso com sua prosperidade, o empreendedor precisa adquirir recursos, estruturar um sistema de operações e assumir a satisfação do cliente. Bernardi (2011) enfatiza que a empresa moderna deve fazer a sua estruturação fundamentada nos preceitos da aprendizagem de convivência com as mudanças, com o caos, com a diversificação, variedade, conflitos e paradoxos e dilemas que envolvem os dias atuais. Para medirmos o sucesso da empresa podemos partir de alguns itens considerados relevantes. Para Maximiano (2006) os indicadores para uma empresa de sucesso seriam: − Competência gerencial do empreendedor (eficiência, qualidade e as pessoas); − Satisfação dos clientes; − Desempenho financeiro. Classificação das empresas: • Quanto à propriedade, as empresa são: pública ou privada • Quanto ao tipo de produção: Primárias ou extrativas, Secundárias ou de transformação e Terciárias ou prestadoras de serviços. • Quanto ao tamanho: Empresas Grandes, empresas médias, empresas pequenas ou microempresas. A escolha de um negócio está voltada ao fato de o empreendedor saber reconhecer as oportunidades. Essa condição colabora na escolha do negócio. Para isso, trazemos Degen (2009) que enfatiza que para identificar essas “oportunidades” que estão por ai, o empreendedor precisará ter “predisposição” e “criatividade” e “saber o que quer”. Sem isso, dificilmente o candidato a empreendedor conseguirá encontrar o negócio certo. www.ulbra.br/ead R ec ap itu la nd o Gestão Empresarial e Empreendedorismo 26 1. Entender as necessidades dos clientes dos negócios e procurar necessidades não atendidas. 2. Observar deficiências no atendimento das necessidades dos clientes e atender melhor. 3. Entender as tendências que mudam as necessidades dos clientes e atender a suas novas necessidades. 27www.ulbra.br/ead A tiv id ad es Gestão Empresarial e Empreendedorismo Atividades 1. Para Maximiano (2006, p. 7), uma empresa é uma que tem o objetivo de fornecer produtos e serviços para atender a de pessoas, ou de mercados, e com isso obter lucro. Complete a frase: a) atividade, iniciativa b) necessidades, atividade c) iniciativa, necessidades d) atividade, necessidades 2. Para medirmos o sucesso da empresa podemos partir de alguns itens considerados relevantes. Para Maximiano (2006) os indicadores para uma empresa de sucesso seriam: a) Satisfação dos clientes b) Competência gerencial do gerente c) Desempenho de Marketing d) Satisfação dos próprios empreendedores 3. As empresas quanto ao modelo de produção podem ser. Assinale a opção correta: a) Secundárias ou de transformação: São as empresas que não produzem bens físicos por meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos. b) Terciárias ou prestadoras de serviços: são empresas especializadas em produtos (como o comércio, bancos, financeiras, empresas de comunicações, hospitais, escolas, etc.). c) Secundárias ou de serviços: São as empresas que produzem bens físicos por meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos. d) Primárias ou extrativas: São as empresas dedicadas às atividades agropecuárias e extrativas (vegetais e minerais), como as empresas agrícolas, de mineração, de perfuração e extração de petróleo. 28 www.ulbra.br/ead A tiv id ad es Gestão Empresarial e Empreendedorismo 4. As empresas quanto seu tamanho pode ser classificado em: a) Empresas Médias: Requerem uma estrutura organizacional composta de vários níveis hierárquicos de administração e de vários departamentos. Segundo a Caixa Econômica Federal é considerada uma empresa de grande porte, aquela que possui um faturamento anual acima de R$ 35.000.000,00. b) Empresas Pequenas: Deve possuir um faturamento a partir de R$1.200.000,00 até R$ 35.000.000,00. c) Microempresas: Segundo a Lei 9.841 de 05/10/99, considera-se microempresa a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00. d) Empresas Grandes: Nas pequenas e médias empresas, os proprietários habitualmente dirigem seus negócios. As pequenas empresas, geralmente organizam-se na forma de sociedades por cotas, com responsabilidade limitada, ou sob a forma de sociedade anônima. Geralmente para ser considerada uma empresa de pequeno porte seu faturamento anual deverá ser até R$ 1.200.000. 5. Pode-se dizer que as etapas nessa caminhada rumo à escolha do negócio seriam: a) Predisposição> criatividade > observar os negócios > escolher o negócio b) Observar os negócios > predisposição > criatividade > saber o que quer > escolher o negócio c) Saber o que quer > criatividade > escolher o negócio > predisposição d) Predisposição > observar os negócios > criatividade > escolher o negócio > saber o que quer Gabarito: 1. c / 2. a / 3. d / 4. c / 5. b 29www.ulbra.br/ead R ef er ên ci as B ib lio gr áfi ca s Gestão Empresarial e Empreendedorismo Referências Comentadas Na construção desse capítulo, destacamos três autores principais que permeiam o mesmo: BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. – 1. Ed. – 11. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2011. A utilização dessa obra configura uma importante referência nesse capítulo em que explicamos os conceitos de empresa, os formatos de empresa, a escolha do negócio. Nessa obra, Bernardi trata o empreendedorismo como um verdadeiromanual do empreendedor. DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. O autor Degen empresta sua obra nesse capítulo para podermos construir o conceito de empresa, a importância da escolha do negócio, identificação da oportunidade na escolha do negócio e o empreendedorismo como uma opção de carreira. MAXIMIANO, Amaru César Antônio. Administração para empreendedores. 1 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. Maximiano trata o empreendedorismo nessa obra como se fosse um manual em que fornece subsídios na construção do empreendedorismo prático. Nesse capítulo fizemos a apropriação de conceitos acerca da empresa, das formas que a empresa pode assumir, porte, segmento de atuação da empresa. 30 www.ulbra.br/ead EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO Este capítulo discutirá os conceitos do administrador, do empreendedor e suas relações em termos de cargos, níveis e atuação profissional. Conceitos da Administração O conceito de Administração e seus significados são uma construção ao longo do tempo. A palavra administração é utilizada de forma frequente e parece não haver dúvidas com relação ao seu significado. Segundo Maximiano (2008, p. 6), administração é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos principais de decisões também chamadas de funções: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Para Chiavenatto (2004, p. 8), a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais. A palavra administração sofreu alterações no seu uso e entendimento e atualmente está vinculada a objetivos que assegurem a competitividade no mundo dos negócios cada vez mais complexo e concorrencial. Atuações do Empreendedor Empresário Para iniciarmos esse subcapítulo podemos definir o conceito de Empresário fundamentado na lei como “atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços” (Código Civil, art. 966). O empresário pode ser uma pessoa física (empresário individual) ou uma pessoa jurídica (sociedade) que dá existência concreta a uma empresa, abre seu negócio, planeja, organiza uma atividade econômica para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Para Coelho (2007), a produção de bens é a fabricação de produtos e mercadorias e a circulação de serviços é intermediar a prestação de serviços. Capítulo 3 As trajetórias e os papéis do empreendedor 31www.ulbra.br/ead A s t ra je tó ria s e o s p ap éi s d o em pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo Para Degen (2009, p. 08) é aquele que procura um bom negócio e, quando o encontra, está disposto a arriscar o seu dinheiro e o de outros investidores para obter os lucros esperados. A sua realização é o lucro do negócio. Por definição, o empresário é aquele que pratica atividade econômica de modo habitual e profissional com o objetivo de lucro. Administrador O conceito de administrador oriunda das teorizações que envolvem à Administração e que também se diferencia do conceito de empreendedor. O administrador é aquele que faz a administração pensando nas questões estratégicas, táticas e operacionais da organização. Para constituir tal responsabilidade do Administrador reportamo-nos aos atos da Administração: planejar, organizar, direcionar e controlar em que cabe à profissão. Desse modo, podemos afirmar que as funções do Administrador são as seguintes: Planejar: em que o mesmo deverá pensar a longo, médio e curto prazo e estabelecer os objetivos e metas que se quer alcançar e aonde quer chegar; Organizar: seria o “arranjo” das atividades e recursos para alcançar o que foi planejado e isso poderá ocorrer em três níveis: macro (desenho organizacional) e micro (desenho de cargos, atribuições); Direcionar: são as orientações das pessoas e atribuições no sentido de atender os objetivos traçados no planejamento e isso poderá envolver aspectos importantes que circundam o conceito de administração: liderança, incentivos, motivação, comunicação, promoção, etc. Também ocorrerá em níveos macros e micros da organização. Controlar: visa assegurar e garantir através de monitoramento sistemático o que foi planejado. Essa função permeia pelas funções de planejamento, organização e direção a fim de garantir se estão ajustadas e adequadas aos objetivos previstos. Podem ocorrer em três níveis: estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional (curtíssimo prazo leia-se: as tarefas/rotinas diárias). A atuação dos administradores se dá em três níveis, a saber: estratégicos que são aqueles executivos de comando da organização, responsáveis por todo o escopo organizacional. Em suas atribuições estão incluídas o desenvolvimento dos objetivos/ metas e planejamento da empresa; táticos que são os administradores que atuam nos segmentos gerenciais da empresa no que tange ao planejamento de médio prazo e por fim, os administradores operacionais que se envolvem com as operações e rotinas de cunho diário, ou seja, de curto prazo. O administrador também desenvolver algumas habilidades que se reportam ao seu modo de agir e atitudes diante dos cenários que se apresentariam. Para isso, apresentamos a seguir as três habilidades do Administrador: 32 www.ulbra.br/ead A s t ra je tó ria s e o s p ap éi s d o em pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo Figura 1: As três habilidades do Administrador Fonte: Chiavenatto, (2004, p. 3). As habilidades técnicas se referem ao uso de conhecimento, métodos, técnicas, experimentos práticos, realização de tarefas, operações que fazem parte do rol da experiência profissional. São habilidades conectadas as formas de realizar o trabalho. As habilidades humanas estão ligadas a maneira de como esse administrador se relaciona com as pessoas na organização. O modo que cria e gera interatividade entre as pessoas num processo ou operação de trabalho. O perfil da liderança também compõe essa habilidade humana. Por fim, as habilidades conceituais seriam aquelas capacidades cognitivas no planejamento da organização. Importaria a gestão do conhecimento no que se refere ao planejamento, a coordenação, ao raciocínio, ao aproveitamento e produção de conhecimento, a inovação e solução de problemas. Nessa direção, Chiavenatto (2004) argumenta que para as três habilidades há que se terem as competências que seriam as qualidades de quem é capaz de analisar uma situação, balancear um cenário, apresentar soluções e resolver problemas. O autor alerta que o segredo de um administrador seria de aquisição e desenvolvimento ao longo da carreira dessas competências: o conhecimento (saber constante, atualizações), perspectiva (saber fazer fundamentada pela visão pessoal e experiências) e por fim, a atitude (saber fazer acontecer, o desenvolvimento de atitudes de proatividade e iniciativa). 33www.ulbra.br/ead A s t ra je tó ria s e o s p ap éi s d o em pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo O administrador tem um papel importante nos processos de gestão das organizações. Para isso, Chiavenatto (2004) aponta-nos os dez papéis que o administrador assume dentro do contexto organizacional: Figura 2: Os dez papéis do Administrador Fonte: Chiavenatto, 2004. Assim, o administrador assume nos cenários atuais um importante papel na gestão e liderança nas organizacionais em que está focado em como o mesmo interage no processo, em como ele intermedia os processos e as informações que permeiam o âmbito interno e externo da empresa e, por fim, em como se vale, das informações para “tecer” suas decisões que, em grande medida, impulsionará uma gama de efeitos por toda a organização. Gestor Atualmente o uso da palavra “Administração” parece se confundir com a palavra “gestão”, entretanto, são palavras para usos distintos. Nessa direção, a palavra administração4 vem perdendoespaço para a palavra gestão, seja nos discursos da mídia, ou em cursos acadêmicos ou, ainda, no planejamento empresarial. Atuando no campo da Administração, observo que esta área consistia de técnicas seguras, estáveis e com 4 Excerto retirado da Dissertação de Mestrado de Dalva Santana. 34 www.ulbra.br/ead A s t ra je tó ria s e o s p ap éi s d o em pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo embasamento científico, pois ela nasceu para permitir que o futuro fosse, de certo modo, administrável. Por outro lado, a palavra gestão aparece em situações de curto prazo, mais flexíveis e recheadas de incertezas. Cabe ainda ressaltar os diferentes usos dessas palavras, por exemplo: “conhecimento sistematizado” estaria vinculado à palavra administração e o “saber fazer” mais a palavra gestão. Além disso, a palavra gestão pode estar relacionada a gerência das funções da administração em todas as atividades da empresa. Um gestor também precisaria exercitar o planejamento sistemático e as visões macro e micro da organização. Consultor Uma das funções e atuações de um empreendedor seria a consultoria. Para Rocha et al (2011), a palavra consultoria é recorrente e discutida no mundo empresarial e sua utilização, teria um sentido geral, envolvendo várias funções. Desse modo, o processo de consultoria teria como objetivo a inovação ou melhoria de algum processo. O consultor seria o profissional que orienta ou aconselha uma pessoa, uma empresa, um grupo de pessoas no sentido de assessorar na inovação ou melhoria de um processo. Lembramos que esse profissional não teria poder de decisão e sim de aconselhamento. Ele participaria da elaboração e revisão dos projetos de acordo com a sua área de atuação em processos chamados “gargalos” da empresa. O papel do consultor é de auxiliar na solução de problemas apresentando modelos, atua como um facilitador, educador no contexto da sua atuação organizacional. Pode-se dizer que a consultoria é ser um parceiro do cliente, é ter uma postura de facilitador no alcance dos objetivos e metas de quem o contratou e o comprometimento no apontamento das “falhas” valendo-se do seu expertise como consultor. Auditor A auditoria surgiu da necessidade de confirmação por parte dos investidores e proprietários dos valores descritos no patrimônio das empresas que possuíam ou que queriam investir. O auditor é aquele profissional que examina, revisa e acompanha a gestão nas organizações. A auditoria também pode ser realizada pelo Administrador no que se refere às atribuições de sua competência e em outras competências teremos outros profissionais (contadores, advogados, engenheiros, etc.). Segundo Attie (1996), a “auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”. As auditorias podem ser internas (realizada pela própria empresa) e externas (independentes). Gerente A palavra gerente se refere ao ato de gerenciar. Podemos “gerenciar” um setor, um departamento, uma loja, um projeto em diversas áreas. O gerente administra, 35www.ulbra.br/ead A s t ra je tó ria s e o s p ap éi s d o em pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo em grande medida, a si próprio e a outros em diversas áreas da empresa, caso seja demandado. São considerados os responsáveis pelos objetivos e metas estabelecidos no planejamento estratégico. Autônomo Conforme o art. 12 da Lei 8.212/91 que define o trabalhador autônomo como “pessoa física que exerce por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não”. Para Martins (2011, p. 160), o trabalhador autônomo é, portanto, a pessoa física que presta serviços habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa, assumindo os riscos de sua atividade econômica. Empregado O conceito de empregado pode ser entendido como aquele profissional que atua mediante remuneração, atividades estabelecidas de acordo com a sua função e sob supervisão de um gestor. Martins (2011, p. 139) esclarece que o empregado poderia ser considerado, num sentido amplo, o que está pregado na empresa, o que é por ela utilizado. No art. 3º da CLT – Consolidação das Leis de Trabalho é considerada “empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. De acordo com Martins (2011, p. 139) tem- se cinco requisitos na definição de empregado: pessoa física, não eventualidade na prestação de serviços, dependência (subordinação), pagamento de salário ( todo trabalho deve ser remunerado) e prestação pessoal de serviços. O empregado pode assumir uma atuação mais empreendedora no seu local de trabalho. Ser um funcionário com características empreendedoras, ou seja, empreende através de ideias que impulsionam o seu departamento ou setor. O Intraempreendedor nada mais é do que uma pessoa, funcionário de uma organização, que de uma maneira inovadora trouxe benefícios financeiros e/ou melhorou o ambiente de trabalho aumentando a produtividade da empresa. Isso pode acontecer tanto com uma alteração significativa do processo produtivo quanto na criação de um novo produto, ampliação do mercado consumidor, reutilização de recursos que antes não eram aproveitados. O empreendedor pode atuar num amplo leque de possibilidades e ressaltamos que ser empreendedor tem distinção de ser administrador. Nem todo administrador pode ser considerado empreendedor e vice-versa, entretanto, podemos ter um perfil empreendedor na excelência quando o assunto é administrar. Quando esses dois mundos se encontram, pode-se dizer que o termo empreender se completa. Por fim, Degen (2009) sinaliza que a atuação como empreendedor seria aquele que tem a visão do negócio e não mede esforços para realizar o empreendimento. A sua realização é ver a sua ideia concretizada em seu negócio. Podemos ressaltar que em cada atuação, as motivações e realizações são diferentes. www.ulbra.br/ead R ec ap itu la nd o Gestão Empresarial e Empreendedorismo 36 Recapitulando O processo administrativo abrange cinco tipos principais de decisões também chamadas de funções: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Para Chiavenatto (2004, p. 8), a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais. Empresário: O empresário pode ser uma pessoa física (empresário individual) ou uma pessoa jurídica (sociedade) que dá existência concreta a uma empresa, abre seu negócio, planeja, organiza uma atividade econômica para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Administrador: O administrador é aquele que faz a administração pensando nas questões estratégicas, táticas e operacionais da organização. Gestor: A palavra gestão pode estar relacionada a gerência das funções da administração em todas as atividades da empresa. Um gestor também precisaria exercitar o planejamento sistemático e as visões macro e micro da organização. Empreendedor: Empreendedor seria aquele que tem a visão do negócio e não mede esforços para realizar o empreendimento. A sua realização é ver a sua ideia concretizada em seu negócio. Empregado: O conceito de empregado pode ser entendido como aquele profissional que atua mediante remuneração, atividades estabelecidas de acordo com a sua função e sob supervisão de um gestor. No art. 3º da CLT – Consolidação das Leis de Trabalho é considerada “empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. O empregado pode assumir uma atuação mais empreendedora no seu local de trabalho. Ser um funcionário com características empreendedoras, ou seja, empreende através de ideias que impulsionam o seu departamento ou setor. O Intraempreendedor nada mais é do que uma pessoa, funcionário de uma organização,que de uma maneira inovadora trouxe benefícios financeiros e/ou melhorou o ambiente de trabalho aumentando a produtividade da empresa. 37www.ulbra.br/ead A tiv id ad es Gestão Empresarial e Empreendedorismo Atividades 1. Segundo Maximiano (2008, p. 6), administração é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos principais de decisões também chamadas de funções. Aponte a seguir a sequencia correta conforme o autor: a) Planejamento, controle, organização e execução b) Planejamento, organização, liderança, execução e controle c) Controle, planejamento, liderança, organização d) Liderança, organização, planejamento e execução 2. Complete a frase: O empresário pode ser uma (empresário individual) ou uma (sociedade) que dá existência concreta a uma empresa, abre seu negócio, planeja, organiza para a produção ou circulação de bens ou de serviços. a) Pessoa jurídica, pessoa física, uma atividade econômica b) Pessoa física, uma atividade econômica e pessoa jurídica c) Somente pessoa física d) Apenas uma atividade econômica 3. O administrador é aquele que faz a administração pensando nas questões estratégicas, táticas e operacionais da organização. Desse modo, podemos afirmar que as funções do Administrador são as seguintes: a) Controlar: em que o mesmo deverá pensar a longo, médio e curto prazo e estabelecer os objetivos e metas que se quer alcançar e aonde quer chegar; b) Planejar: seria o “arranjo” das atividades e recursos para alcançar o que foi planejado e isso poderá ocorrer em três níveis: macro (desenho organizacional) e micro (desenho de cargos, atribuições); c) Direcionar: são as orientações das pessoas e atribuições no sentido de atender os objetivos traçados no planejamento e isso poderá envolver aspectos importantes que circundam o conceito de administração: liderança, incentivos, motivação, comunicação, promoção, etc. Também ocorrerá em níveos macros e micros da organização. d) Organizar: visa assegurar e garantir através de monitoramento sistemático o que foi planejado. Essa função permeia pelas funções de planejamento, organização e direção a fim de garantir se estão ajustadas e adequadas aos objetivos previstos. Podem ocorrer em três níveis: estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional (curtíssimo prazo leia-se: as tarefas/rotinas diárias). 38 www.ulbra.br/ead A tiv id ad es Gestão Empresarial e Empreendedorismo 4. Nessa direção, argumenta que para as três habilidades há que se terem as competências que seriam as qualidades de quem é capaz de analisar uma situação, balancear um cenário, apresentar soluções e resolver problemas. Quem é o autor dessa frase? a) Drucker b) Degen c) Baron e Shane d) Chiavenato 5. Conforme o art. 12 da Lei 8.212/91 que define o como “pessoa física que exerce por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não”. Complete a frase: a) Empreendedor b) Consultor c) Empregado d) Autônomo Gabarito: 1. b / 2. a / 3. c / 4. d / 5. d 39www.ulbra.br/ead R ef er ên ci as B ib lio gr áfi ca s Gestão Empresarial e Empreendedorismo Referências comentadas Na construção desse capítulo, destacamos três autores principais que permeiam o mesmo: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 2ª reimp. 3. Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Nesta obra, Chiavenato aborda de forma ampla as teorias da administração. Nesse capítulo apropriamo-nos de alguns conceitos para explanar a trajetória e atuação do empreendedor, diferenciações entre administrador, empreendedor e outros. DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. O autor nesta obra explana o empreendedorismo como uma opção de carreira e por isso fazemos uso dessa obra nesse capítulo porque há ilustrações significativas das atuações do empreendedor. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. – 27ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2011. Nesta obra oriunda de um autor teórico da área jurídica, fazemos algumas apropriações teóricas quanto aos conceitos de empresa, empresário, empregado e demais atuações do empreendedor. É uma obra interessante já que os empreendedores também permeiam pela área jurídica em questões de abertura de empresa, contratos e direito do trabalho. 40 www.ulbra.br/ead EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO Este capítulo aborda temas importantes que mostrarão o perfil que o empreendedor deve desenvolver para almejar sucesso. Características do empreendedor A seguir, algumas características que fazem parte do processo de ser empreendedor: Aceitação moderada de risco Determinação Alta necessidade de realização Dureza e pragmatismo Alto nível de energia Rupturas no passado Autoconfiança Exploração de oportunidades Autoconhecimento Imaginação Boas relações Independência Capacidade analítica Inovação Capacidade de pesquisa Otimismo Capacidade de previsão Ressentimento contra a autoridade Conhecimento prático Trabalho duro Crença no controle de seu destino Visão A capacidade de comunicar-se, seduzir e entusiasmar pessoas para se unirem demonstra que o empreendedor está desenvolvendo o seu espírito de líder. Capítulo 4 O perfil empreendedorismo 41www.ulbra.br/ead O p er fil e m pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo Dessa forma, destacamos algumas características dos empreendedores de sucesso, segundo Dornelas (2005): • são visionários; • sabem tomar decisões; • são indivíduos que fazem a diferença; • sabem explorar ao máximo as oportunidades; • são determinados e dinâmicos; • são dedicados; • são otimistas e apaixonados pelo que fazem; • são independentes e constroem o próprio destino; • ficam ricos; • são líderes e formadores de equipes; • são bem relacionados (networking); • são organizados; • planejam, planejam, planejam; • possuem conhecimento; • assumem riscos calculados; • criam valor para a sociedade. Os seres humanos não são iguais, assim como as empresas também não são iguais. Os indivíduos possuem suas qualidades exclusivas. A soma de inúmeras qualidades trazem à empresa verdadeiros sucessos nos negócios. É dentro deste contexto que trago as características do perfil empreendedor5 para dar sentido à palavra empreendedorismo. Observo que as expressões, tais como: aceitação moderada de risco, exploração de oportunidades, alta necessidade de realização, inovação, autoconfiança, determinação, imaginação, e estes parecem ser alguns imperativos contemporâneos. Olhando o conjunto de expressões, pode-se dizer que um empreendedor define- se por atributos como: ser criativo, fazer de forma diferente aquilo que todos fazem de uma forma igual, pensar uma nova maneira, mais prática, melhor, mais barata ou mais rápida de fazer as suas atividades, para conseguir atingir os resultados esperados achar novas soluções para os problemas do dia-a-dia. Cabe salientar que, na contemporaneidade, um produto, uma ideia ou um projeto se torna vendável quando investido de um bom aparato publicitário. Em grande medida, quem tiver a melhor equipe de vendas e ativar melhor uma rede de consumo tornará sua ideia ou seu produto vendável ainda que não necessariamente seja este produto ou ideia imprescindível ou, ainda, a melhor opção disponível no mercado. 5 Excerto retirado da minha Dissertação de Mestrado: “Aprendendo a ser jovem e empreendedor em tempos líquidos: uma análise da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios”. 42 www.ulbra.br/ead O p er fil e m pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo Nesse cenário, Predebon (2002, p.28) relata sobre uma qualidade que é a criatividade: A capacidade de cada um é utilizada e desenvolvida em função do meio, de seus estímulos, daslimitações que apresenta e de bloqueios que impõe. Há muitas limitações, às vezes enormes (...), o simples rompimento dos bloqueios ou a prática pela tentativa, que tende a desenvolver a capacidade, serão suficientes para que o comportamento criativo se destaque da média. Segundo Drucker (2003, p.277), à medida que um novo empreendimento se desenvolve e cresce, os papéis e os relacionamentos dos empreendedores originais sofrem mudanças inexoravelmente. “Se os fundadores recusam- se a aceitar esse fato, eles tolhem o negócio e podem até mesmo destruí-lo.” Há necessidade de que existam critérios de mediação e capacidade de manter os diferentes talentos nas fases do ciclo de vida profissional. Potencial empreendedor Quando falamos em potencial do empreendedor, podemos lembrar de várias formas, mas existem algumas questões que são básicas para averiguar esse potencial em um teste específico. Há alguns itens que podem servir para questionamento, dentre os quais: 1. Você pode lidar com a incerteza? A estabilidade (por exemplo, um salário regular) é importante, ou você está disposto a viver com a incerteza econômica e de outros tipos? 2. Você tem disposição? Você tem o vigor e a boa saúde necessários para trabalhar por longas horas durante grandes períodos de tempo para atingir os objetivos que acredita serem importantes? 3. Você acredita em si e em suas capacidades? Você se considera capaz de atingir o que deseja e aprender o que precisa ao longo do caminho? 4. Você pode lidar bem com contratempos e falhas? Como reage a resultados negativos com desânimo, ou com compromisso renovado de ser bem-sucedido da próxima vez e aprender com seus erros? 5. Você tem paixão por seus objetivos ou por sua visão? Assim que você estabelece um objetivo ou uma visão de onde quer estar, está disposto a sacrificar quase tudo para chegar lá, pois fazer isso é realmente uma paixão sua? 6. Você é bom com outras pessoas? Você consegue persuadi-las a enxergar o mundo da sua forma? Você se dá bem com elas (por exemplo, lida com conflitos, gera confiança)? 43www.ulbra.br/ead O p er fil e m pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo 7. Você é adaptável? Consegue fazer “correções no meio do caminho” facilmente? Por exemplo, você é capaz de admitir que errou e redirecionar seu caminho para corrigir o erro? 8. Você está disposto a assumir riscos ou saltar no escuro? Assim que estabelece um objetivo, está disposto a assumir riscos razoáveis para atingi-lo? Em outras palavras, está disposto a fazer o que puder para minimizar os riscos e, uma vez tendo tomado todas as ações preparatórias, dar o passo adiante? São indagações importantes de serem feitas, pois, em grande medida, implicam responder ao empreendedor o que ele seria capaz de fazer para alcançar essa flexibilidade, velocidade, maleabilidade e desapego ao passado na busca pelo sucesso. O empreendedor contemporâneo é marcado por essas expressões que consolidam o perfil e o potencial de quem empreende novos negócios. O ambiente do empreendedor O ambiente de negócios no atual contexto está modificado. Estas modificações são decorrentes da globalização, dos avanços científicos e tecnológicos. As fortes concorrências resultaram em grandes mudanças no mundo dos empreendedores. O número de empresas vem crescendo drasticamente ao longo dos anos. Podemos citar como exemplo de crescimento as empresas de: segurança, serviços terceirizados de limpeza, manutenção, atendimentos domiciliares, equipamentos hospitalares, alimentação, etc. O crescimento de empresas terceirizadas trouxe oportunidades para inúmeros empreendedores, porém houve uma evolução relacionada com tecnologia e mão de obra que direcionou para um novo perfil no papel de empreendedor. Para Kuazaqui (2006, p.46), O empreendedor é aquele indivíduo que agiliza e compatibiliza o atendimento ao cliente de acordo com o perfil dele, ou seja, de uma forma personalizada. O cliente solicita o serviço, desenha o produto, repete a ação de compra e também avalia, rejeita ou aceita. Enfim, esse é o novo ambiente de negócios. O novo espaço para empreendimento é atender a população mais envelhecida, que sofre de expressivo consumismo, considerando o poder aquisitivo. A rede de turismo e lazer obteve uma fatia de mercado significativa nesta mudança no ambiente do empreendedorismo. O novo espaço do empreendedor deve ser propício à criatividade e à inovação. Um exemplo disso seria o modo com se reconfiguram os espaços de trabalho: a edição 251 da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios (dezembro de 2009, p.16-17) traz uma reportagem intitulada Meu escritório, que relata como o empresário Eduardo El Kobbi investiu na descontração de um ambiente onde, conforme ele mesmo afirma, criatividade é sinônimo de dinheiro. Assim, remodelar os ambientes da empresa seria o mesmo que investir em lucratividade. 44 www.ulbra.br/ead O p er fil e m pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo No texto da reportagem, se explica: “À primeira vista, a agência poderia facilmente passar por um parque de diversões disfarçado de escritório. Mas o ambiente descontraído, com redes e bonecos, foi planejado para provocar ainda mais a imaginação dos funcionários” (Edição 251, 2009, p.16). Chama a minha atenção o seguinte aspecto: “Um escorregador liga o mezanino ao térreo. Mas só para descer: a subida é feita por escada. Apesar de inusitada, a instalação transmite a ideia de discrição e não de espalhafato” (idem, p.17). Alguns temas a partir de filmes, músicas, programas de TV trazidos para o contexto do trabalho podem aguçar a imaginação e fomentar um ambiente criativo e inovador. Na entrada da Agência, conforme nos informa a reportagem “Bom humor faz parte da decoração”, destaca-se uma mascote: uma estátua em tamanho natural do personagem Swackhammer, do filme Space Jam. A reportagem ainda mostra um cantinho especial na empresa, dedicado à hora do descanso, que conta com redes, cestas de frutas que são repostas duas vezes ao dia, tudo “para que ninguém fique com sono ou com fome”, informa o empresário. O investimento nesse ambiente especial foi contabilizado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e, de acordo com a reportagem, o empresário acredita que um ambiente harmonioso incentiva as ideias e amplia a cumplicidade entre os integrantes da equipe. O empresário informa que todo o investimento utilizado nessa modificação do espaço já teve seu retorno. Outro exemplo são as remodelações em outros segmentos: a rede bancária modificou o seu estilo, não encontramos mais a massa nos bancos, pois os pagamentos podem ser feitos em lotéricas, supermercados, etc., o que resultou em novos negócios para pequenos empreendedores. Também outro item de destaque são as situações ambientais que são vistas de uma forma inovadora no mundo dos negócios. A conscientização voltada para a preservação trouxe para dentro das grandes empresas, como para inúmeras pequenas empresas, espaços para negócios. No mundo globalizado os gestores devem estar abertos para inovar no mundo dos negócios. Há necessidade de que conheçam e estejam conectados com o mercado internacional. Para Carreiro (2003), algumas características moldam a visão multidisciplinar da empresa e demonstram ao empreendedor critérios aplicáveis em seu planejamento: Tendências: são aquelas afirmações que embasam as organizações e seu desenvolvimento futuro: - velocidade e mudanças constantes da tecnologia; - pesquisas e desenvolvimento; - aprendizado constante; - sobrevivência e adaptação às mudanças; - recursos humanos como força motriz; - vantagem competitiva pelas pessoas. 45www.ulbra.br/ead O p er fil e m pr ee nd ed or Gestão Empresarial e Empreendedorismo Reflexões: são aquelas afirmativas que desenham o futuro das organizações: - pessoas, e não tecnologia; - relacionamento interpessoal, em vez de conflitos, para obtenção do sucesso empresarial. Dilemas: são as afirmativas
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