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atividade 1 - Educação do Campo

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
JAILDA ALVES LOBO
LEILANE ARAÚJO VELOSO DE ANDRADE
ILHÉUS-BAHIA
2018
JAILDA ALVES LOBO
LEILANE ARAÚJO VELOSO DE ANDRADE
	
Atividade I apresentada como requisito de crédito, disciplina Movimentos Sociais e Educação no curso de Licenciatura em Pedagogia, na UESC/UAB/EAD. 
Área de concentração: Educação
 Professor: Arlete Ramos dos Santos
ILHÉUS-BAHIA
2018
ATIVIDADE 1
Para Gohn (2007, p.13), movimentos sociais são ações coletivas de caráter sociopolítico e cultural que viabilizam distintas formas da população se organizar e representar suas demandas. São várias as formas dessas ações se manifestarem, de maneira direta e indireta, podendo ser exemplificados com mobilizações, marchas, passeatas, atos de desobediência, entre outros. Já para Souza, Os movimentos sociais compreendem e exploram pedagogicamente as tensões e contradições da sociedade. Isto porque, “onde há tensões as pessoas são obrigadas a repensarem, a reaprenderem e a mudarem valores, concepções e práticas” (SOUZA, 2006, p.11).
Diante disso, concluo que os movimentos sociais podem ser estabelecidos como um ato lutador dos agentes das classes sociais ou atos resultantes de ações sociais discordantes com a ordem social, ou seja, toda e qualquer mobilização social de massas humanas que reivindicam qualquer coisa do Estado e/ou de determinados segmentos da própria sociedade civil são movimentos sociais.
Esses movimentos possuem qualidades cruciais para modificar a composição do sistema do poder estatal, quer seja por intermédio de manifestações radicais ou tranqüilas. De modo que, estes movimentos integraram-se na luta pela educação e alcançaram como vitória uma educação característica para o homem e a mulher do campo, denominada de Educação do Campo.
Há dois tipos de teorias dos movimentos: a teoria da Mobilização de Recursos (MR), onde o ponto central permeava nos movimentos que tratavam dos direitos civis, das guerras e das mulheres e a teoria da Mobilização Política (MP), que se subdivide em teoria neomarxista e teoria dos Novos Movimentos Sociais (NMS), onde cada movimento social preocupa-se exclusivamente com os seus propósitos, deixando de lado a mudança da sociedade na sua totalidade.
Com o a discussão acerca dos Novos Movimentos Sociais (NMS), os estudos surgidos na Europa, tem como noções elementares a rejeição ao marxismo ortodoxo como meio de esclarecer as práticas coletivas direcionadas às lutas sociais, ou seja, refere-se ao neomarxismo, onde as categorias de análise desse novo contexto dos movimentos sociais globalizado são: a cultura, a ideologia, a solidariedade, as lutas sociais e a identidade. Tendo em vista que a política passou a se inserir em todas as ações coletivas, deixando de lado o sujeito pré-determinado, hierarquizado, “o poder começou a fazer parte da esfera pública da sociedade civil, e não só do Estado, como observa Foucault”. (OFFE, 1988, p. 10). Outro aspecto de grande relevância nesse novo contexto globalizado é o processo identitário que passa a ser muito valorizado, tanto no âmbito individual, quanto no coletivo. 
Hall (2005) analisa a centralidade da identidade na sociedade como forma de cada grupo específico se distinguir dos demais e, ao mesmo tempo, participar da inclusão no mundo globalizado. Isso implica na criação do nascimento histórico, que ficou conhecido como a política de identidade – uma identidade para cada movimento. Vale salientar, que o movimento social não tem duração permanente, visto que, após alcançar os seus objetivos perde – se o sentido de existir.
No que diz respeito, aos movimentos sociais no Brasil, tivemos inúmeros movimentos que tiveram impacto no âmbito nacional. Dentre alguns se destacam: Canudos - de origem messiânica e religiosa, aconteceu na região do Rio Vaza-Barris, município de Canudos (BA) e teve como líder Antônio Conselheiro que lutou contra o aumento abusivo de impostos que prejudicavam a população. Seus principais inimigos eram a igreja, os latifundiários e o Estado. A resistência de Canudos durou o período compreendido entre 1874 e 1897, e este só foi vencido na quinta expedição militar; a Guerra do Contestado, de caráter político-religioso, que aconteceu entre os estados de Paraná e Santa Catarina. Teve como principal liderança o monge José Maria e o objetivo era a conquista da terra para as pessoas que foram expropriadas de suas terras na área de construção da ferrovia São Paulo – Rio Grande pela empresa norte-americana Railway Company; as Ligas Camponesas na década de 1940, organizadas na região de Engenho da Galileia, Pernambuco. As Ligas foram uma organização política de camponeses proprietários, posseiros e meeiros que resistiram à expropriação, à expulsão das terras e ao assalariamento. 
No período de 2000 a 2008, houve registros de 95 movimentos sócios territoriais, dos quais, temos: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que é fruto das lutas e do amadurecimento político/ideológico dos sujeitos envolvidos com as lutas pela terra no campo brasileiro, tem três frentes de luta: quebrar as cercas do latifúndio, quebrar as cercas da ignorância e fazer a transformação social. O marco inicial do movimento foi o dia 7 de setembro de 1979, onde 110 famílias ocuparam a Gleba Macali, no município de Ronda Alta, Rio Grande do Sul. Tem sua estruturação nos seguintes setores: Frente de Massa, Produção, Educação, Comunicação, Formação, Saúde, Finanças, Gênero, Projetos Nacionais. Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) - está organizada em 27 Federações de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR), com 3.982 sindicatos, tem como finalidade representar os objetivos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, assalariados, permanentes ou temporários assentados pela reforma agrária ou não, ou ainda dos que trabalham em atividades extrativistas. Suas atribuições são: avaliar o desempenho do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais; analisar as condições de vida e de trabalho da categoria; analisar as situações política, social e econômica do País; fixar diretrizes de atuação do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais; fixar formas de luta unitária visando: a) fortalecer a organização dos trabalhadores; b) assegurar o acesso coletivo dos trabalhadores à terra; c) melhorar as condições de vida e trabalho da categoria; d) assegurar o pleno exercício da atividade sindical; eleger a Diretoria e o Conselho Fiscal, alterar, por maioria simples, os Estatutos Sociais; Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) - essa mobilização foi chamada de ocupação branca, principalmente porque não desafiava abertamente o poder do Estado, sendo os limites e as regras ditados pela secretaria do governo responsável por SUAPE, possui mais de 50 mil famílias organizadas em Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Maranhão, Tocantins, Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, visam democratizar a terra e construir o poder popular, porque elas são o primeiro passo dos Sem-Terra para garantir sua sustentabilidade econômica, sua libertação social e o seu desenvolvimento político, ideológico e cultural, como construtores de uma nova sociedade;Comissão Pastoral da Terra (CPT) - é um órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que foi fundada durante a ditadura militar, em junho de 1975, durante um encontro de Pastoral na Amazônia, em resposta à grave situação dos posseiros, peões, trabalhadores rurais, índios que lutam pela terra, faz estudos referentes a vários assuntos como conflitos de terra, violência, educação;Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF) - criada numa fase de importantes discussões entre trabalhadores e trabalhadoras do campo, baseadas em propostas de um novo sindicalismo da CUT, é a estrutura organizativa que se constitui a partir da base, tanto no campo sindical quanto na organização econômicada produção familiar, seus principais objetivos são: Fortalecer e ampliar a representação dos agricultores e agricultoras familiares do Brasil; Unificar a ação sindical cutista, tendo como eixo central o fortalecimento da agricultura familiar; Construir um projeto de desenvolvimento Sustentável e Solidário. A Federação trabalha com os princípios de liberdade de expressão, pela democracia e por mais espaço de participação; Federação dos trabalhadores na Agricultura (FETAG) - organiza os trabalhadores em torno da luta pela terra, desenvolve várias lutas junto a outros movimentos sociais em busca de políticas públicas, a exemplo de cursos do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrário, prioriza a educação do campo, não apenas junto às escolas municipais e estaduais, mas, também, participando na formação e na preparação do homem, da mulher e do jovem no campo e a Organização de Luta pelo Campo (OLC) - fundado em 2003, está localizado apenas no estado de Pernambuco, desde a Zona da Mata até o Médio São Francisco, é uma organização política e luta pela terra, movimento expressivo no país, alcançando a 6ª posição nacional, com 9.572 famílias e um total de 84 ocupações.
Referencias
DALMAGRO, Sandra Luciana. MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO: UMA RELAÇÃO FECUNDA. Trabalho Necessário – Ano 14, Nº 25/2016 Disponível em: http://www.uff.br/trabalhonecessario/images/ARTIGO_5.pdf 
GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais na Contemporaneidade - Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 47 maio-ago. 2011. Universidade Estadual de Campinas - Universidade Nove de Julho. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v16n47/v16n47a05.pdf 
ROSAR, Maria de Fátima Felix. Educação e Movimentos Sociais: avanços e recuos Entre o Século XX e o Século XXI, Educação em Revista, Marília, v.12, n.2, p. 145-162, Jul.-Dez., 2011 Disponível em: http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/educacaoemrevista/article/view/2492/2029 
SANTOS, Arlete Ramos dos.; SILVA, Geovani de Jesus.; SOUZA, Gilvan dos Santos. Educação do Campo - Pedagogia | Módulo 7 | Volume 4 –Ilhéus, BA, Editus 2013, 137 p.

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