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Resumo Fisiologia - Introdução à Fisiologia Renal + Filtração Glomerular + SRAA

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Fisiologia 
Juliana Almeida – Medicina UNIRIO 
Introdução à Fisiologia Renal + Filtração Glomerular 
Características Gerais 
• A função renal se dá de forma intermitente – 24h/dia. 
• Ramificações das artérias renais direita e esquerda dão origem às arteríolas – vão 
distribuir o sangue para cerca de um milhão de néfrons presentes em cada rim. 
• De fora para dentro dos rins: cápsula renal → córtex renal → medula renal. 
• Pirâmides renais – estão relacionadas aos cálices renais, que vão se fundir na 
pelve renal (coleta urina de todo o conjunto de néfrons). 
• Da pelve, a urina é drenada pelo ureter até a bexiga urinária. 
Artérias e Arteríolas Renais 
› A artéria renal é um vaso único – cada rim é alimentado a partir de uma artéria 
renal (direita e esquerda). 
› À medida em que a artéria penetra o rim, ela vai formando ramos com diâmetros 
menores e em número maior. 
› Essas ramificações dão origem à artéria arqueada (próxima ao córtex). 
 A artéria arquada se ramifica para dar origem às arteríolas renais 
aferentes. 
› Cada arteríola aferente transporta um determinado volume de sangue que será 
utilizado para formar urina em um néfron. 
› Cada arteríola é relacionada com ramificações que dão origem ao glomérulo 
renal → constitui uma das partes da estrutura do néfron. 
 
Fonte: Margarida de Mello Aires, Fisiologia. 4ª edição. 
› Portanto, a arteríola aferente se ramifica em vários capilares (compõem o 
glomérulo) e esses capilares drenam para a arteríola eferente. 
› Arteríola eferente – se ramifica, formando uma rede de capilares, os capilares 
peritubulares → ficam em volta do próprio néfron. 
Funções Renais 
› Formação de urina e eliminação de escórias metabólicas (resíduos do 
metabolismo). 
 3 resíduos principais regularmente excretados: ureia, ácido úrico (ambos 
derivados do metabolismo de aa) e creatinina (metabolismo da creatina). 
› Regulação a partir da formação de urina os rim regulam: 
 O volume de líquidos corporais; 
 O volume de plasma sanguíneo – os rins têm contribuição para a volemia; 
 A pressão arterial – contribuição de longa duração; 
 O pH sanguíneo – o pH da urina também varia de acordo com o pH 
sanguíneo, para que se possa estabelecer a homeostasia. 
› Funções que não estão diretamente relacionadas à formação de urina: 
 Síntese de eritropetina – hormônio endócrino que atua na medula óssea, 
estimulando a formação de novos eritrócitos. 
 Ativação da vitamina D – envolve também a ação do paratormônio. 
 Gliconeogênese – formação de glicose a partir de substratos de origem 
não glicídica; acontece para o uso dos próprios rins. 
Néfron 
› Unidade funcional renal constituída de duas porções: glomérulo e túbulo renal. 
› Glomérulo renal: conjunto de capilares (formados a partir da ramificação da 
arteríola eferente) enovelados e cobertos pela cápsula de Bowman. 
› Túbulo renal: denominação muda de acordo com as diferentes partes do túbulo. 
 Porção alargada inicial – túbulo contorcido proximal. 
 Alça de Henle – ramo descendente e ramos ascendentes delgado e 
espesso. 
 Túbulo contorcido distal. 
 
Fonte: Tratado de Fisiologia. 13ª Edição. 
› O túb. distal desemboca no ducto coletor → recebe urina que foi formada em 
cerca de 20-25 néfrons (não é uma estrutura individual). 
› Néfrons corticais (80%) – possuem praticamente toda a sua estrutura alojada no 
córtex renal, apenas uma pequena parte da Alça de Henle está na medula. 
› Néfrons justamedulares – possuem o glomérulo na parte cortical e têm sua alça 
de Henle longas, que se aprofundam para a porção medular. 
>> capilares peritubulares acompanham todo o entorno dos túbulos renais – vasos 
relacionados ao processamento da urina dentro dos túbulos. 
Processos de Formação da Urina 
• Filtração glomerular. 
• Reabsorção tubular. 
• Secreção tubular. 
o Permite a transferência de materiais dos capilares peritubulares para 
dentro do túbulo renal. 
>> filtração é um evento restrito ao glomérulo, já a reabsorção acontece ao longo de 
todo o túbulo. 
>> a urina excretada é um balanço desses três eventos. 
Filtração Glomerular 
• Capilares com poros, que conferem um alto grau de permeabilidade. 
o Moléculas de baixo peso molecular atravessam a membrana filtrante sem 
dificuldades. 
• Em essência, todos os solutos presentes no sangue e a água podem atravessar 
essa membrana de filtração – menos as proteínas plasmáticas (macromoléculas). 
• Quando a filtração ocorre, cai na cápsula de Bowman um fluido – possui tudo 
que tem no plasma, exceto as proteínas plasmáticas. 
o Por isso, esse fluido tem uma composição muito diferente da urina que 
eliminamos – então, é chamado de filtrado glomerular. 
• Filtrado glomerular: fluido que cai no espaço de Bowman, resultado do 
movimento de moléculas de baixo peso molecular e água do interior dos 
capilares para dentro do túbulo. 
o É isosmótico ao plasma sanguíneo. 
o Qualitativa e quantitativamente semelhante ao plasma. 
o Contém glicose, aminoácidos, eletrólitos (Na+, K+), bicarbonato, água. 
• Toda glicose, todo aminoácido filtrados são devolvidos à circulação. 
• Parte do sódio, parte do cloreto, bicarbonato, boa parte dos eletrólitos e da água 
são devolvidos à corrente sanguínea. 
>> essa devolução ocorre através dos mecanismos de reabsorção no decorrer do túbulo. 
>> a urina em si vai ser constituída principalmente de ureia, ácido úrico e creatinina + 
excedente de eletrólitos e de água. 
 
 
 
Forças de Starling 
› Atuam dentro dos capilares e na cápsula de Bowman. 
› Forças que favorecem a filtração: 
 Pressão hidrostática capilar (reflete a pressão sanguínea). 
 Pressão coloidosmótica da cápsula de Bowman. 
› Foças que dificultam a filtração: 
 Pressão coloidosmótica do capilar. 
 Pressão hidrostática da cápsula de Bowman. 
› Em condições fisiológicas, o balanço dessas forças (que favorecem e dificultam) 
gera uma força resultante, a pressão efetiva de filtração (~10mmHg no sentido 
a favor da filtração). 
 Essa pressão que gera o movimento dos solutos de baixo peso molecular 
e da água do interior dos capilares para o espaço glomerular. 
Aparelho Justaglomerular e o 
Sistema Renina-angiotensina-aldosterona 
• Máluca densa – um grupo de células da parede do túbulo distal. 
• As células da mácula densa, juntamente com as células da parede das arteríolas, 
constituem o aparelho justaglomerular. 
• Essas células são sensíveis à concentração de NaCl presente no fluido tubular. 
o Elas identificam os níveis de NaCl – céls. sensores de cloreto de sódio. 
• Quando a [NaCL] no fluido tubular está baixa, indica que há pouco fluxo 
sanguíneo para os rins. 
o O volume de sangue renal é correlacionado com a volemia plasmática. 
o Quando o fluxo de sangue diminui, o fluxo do espaço de Bowman 
diminui. 
o Isso diminui a formação de urina – o que é prejudicial ao organismo, uma 
vez que teria um acúmulo do que deveria ser excretado. 
• Portanto, a mácula densa, quando identifica a redução dos níveis de NaCl, indica 
que a pressão arterial sanguínea está baixa. 
• Assim, as células da mácula densa liberam substância de ação parácrina – atuam 
sobre as células que formam a parede das arteríolas renais. 
o Aí, essas células da parede, liberam uma substância chamada renina. 
• A renina é liberada no sangue e atua sobre uma molécula presente no sangue, o 
angiotensinogênio. 
o Pela ação da renina, essa molécula é convertida em angiotensina I (tem 
uma ação vasoconstritora leve). 
• A ANGI é usada como substrato de uma outra enzima encontrada nos vasos 
pulmonares, a ECA (enzima conversora de angiotensina). 
• Pela ação da ECA, a ANGI é convertida em angiotensina II (vasoconstritor muito 
potente). 
o Promove eventos de vasocontrição a nível sistêmico. 
>> a vasoconstrição contribui para o aumento da pressão arterial. 
• Além disso, a ANGII estimula as glândulas suprarrenais a liberarem no sangue o 
hormônio aldosterona. 
o Esse hormônioage nos túbulos renais, estimulando processos de 
reabsorção de sódio e, consequentemente, de água. 
o Isso contribui para aumentar a volemia. 
• A ANGII atua no hipotálamo – estimula o mecanismo da sede (contribui para 
aumentar o volume de água na circulação e, assim, a volemia). 
o Contribui para o ajuste da taxa de filtração glomerular – recuperação dos 
níveis de reabsorção de NaCl e a formação de urina no nível adequado.

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