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ANTI PROJETO SOBRE PRODUÇÃO TEXTUAL

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
Departamento de Ciências Humanas e Tecnológicas - DCHT
Campus XX - Brumado - BA	
Curso: Letras Vernáculas VI Semestre Vespertino
DAIANA SANTOS DO VALE
A PRODUÇÃO TEXTUAL COMO PROCESSO DE CONTRIBUIÇÃO PARA AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO
BRUMADO – BA
2012
DAIANA SANTOS DO VALE
“A PRODUÇÃO TEXTUAL COMO PROCESSO DE CONTRIBUIÇÃO PARA AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO"
	Pré-Projeto solicitado pelo docente André Luís Pedreira do Departamento de Ciências Humanas e Tecnológicas da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus XX, Brumado, como requisito para obtenção do crédito do componente curricular Seminário Interdisciplinar de Pesquisa VI, em dezembro de 2012.
BRUMADO - BA
2012
SUMÁRIO
	1. OBJETO
	04
	
	
	2. JUSTIFICATIVA
	06
	
	
	3. PROBLEMÁTICA
	07
	
	
	4. HIPÓTESE
	08
	
	
	5. METODOLOGIA
	09
	
	
	6. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	09
	
	
	7. CRONOGRAMA
	11
	
	
	8. REFERÊNCIAS
	12
OBJETO
		Textualidade ou textura é o que faz de uma sequência linguística um texto e não uma sequência ou um amontoado aleatório de frases ou palavras. A sequência é percebida como texto quando aquele que a recebe é capaz de percebê-la como unidade significativa global. (KOCH, 2002. P. 26).
Assim como coloca Koch (2002) que o texto escrito não é um amontoado de frases e palavras, pode-se dizer que texto pra ser texto precisa ser logicamente construído e encadeado com suas ideias e para isso é importante levar em consideração alguns aspectos como o vocabulário, a pontuação, a ortografia uma vez que o texto, além de possibilitar o senso crítico do aluno, irá mostra também a ideologia do sujeito que o produz, ou seja, os valores, crenças e posturas de um indivíduo podem ser refletidos na sua produção textual.
A temática A produção textual como processo de contribuição para aquisição do conhecimento pretende verificar quais são os critérios utilizados pelos professores de Língua Portuguesa e/ou Redação no 3º do Ensino Médio de um Colégio da rede pública do município de Brumado-Ba.
O conhecimento e o domínio da linguagem são elementos vitais para uma formação significativa do aluno dentro da sala de aula, principalmente durante o Ensino Médio, pois o mesmo terá de ter um senso argumentativo em alta, e para que isso aconteça o professor deve desenvolver nos alunos sua competência discursiva e a capacidade de compreender e produzir/dissertar textos orais e escritos. 
Destarte, o professor irá fazer com que o aluno compreenda que o texto escrito possui maior densidade lexical que o texto falado, densidade essa que se baseia em marcas linguísticas de subjetividade, intertextualidade, interdiscursividade, voltado para aspectos fonológicos, sintáticos e semânticos situando adequadamente o texto em seu momento histórico de produção, se utilizando da linguagem como meio de organizar e transmitir de forma específica o seu pensamento. Os Parâmetros Curriculares Nacionais ressalta:
A compreensão da arbitrariedade da linguagem pode permitir aos alunos a problematização dos modos de “ver a si mesmo e ao mundo”, das categorias de pensamento, das classificações que são assimiladas como dados indiscutíveis. A linguagem permeia o conhecimento e as formas de conhecer, o pensamento e as formas de pensar, a comunicação e os modos de comunicar, a ação e os modos de agir. Ela é a roda inventada, que movimenta o homem e é movimentada pelo homem. Produto e produção cultura, nascida por força das práticas sociais, a linguagem humana e, tal como o homem, destaca-se pelo seu caráter criativo, contraditório, pluridimensional, múltiplo e singular, a um só tempo. (BRASIL, 1999, p.125).
O estudo terá como finalidade, analisar o ato de ler e escrever dentro das estratégias de ensino da produção textual no Colégio, buscando também coletar dados de professores que ministram a disciplina, verificando qual o posicionamento dos alunos com relação à temática que está sendo cobrada em sala de aula e por fim analisar problemas encontrados no estudo das produções textuais, apontando possíveis soluções para os problemas encontrados.
OBJETIVOS:
OBJETIVO GERAL: 
· A produção textual vista como uma contribuição para o conhecimento;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
· Promover o conceito de Leitura e Escrita;
· Priorizar o texto, a leitura e a escrita como fonte de conhecimento e informação;
· Identificar as características da Produção Textual;
· Analisar o conceito e requisitos da Textualidade efetivada em sala de aula;
JUSTIFICATIVA
O objeto desta pesquisa Produção Textual como Processo de Contribuição para Aquisição do Conhecimento visa analisar as práticas educacionais conteudistas, processo que envolve não só o ato de ler, mas que também desperta compreensão crítica, que não se esgota na decodificação da palavra ou linguagem escrita.
Trata-se, portanto, de uma pesquisa que está situada no campo da Linguística Textual, exatamente por incorporar “elementos que vão constituir a estrutura superficial da linguística do texto” (KOCH, 2002, p.54). Pode-se dizer então que o linguista tem como objetivo buscar as marcas de composição textual que a língua se utiliza para resolver os problemas de interpretação que seu uso pode gerar.
A busca pela compreensão do texto consiste num processo gradual que um bom leitor procura uma configuração de esquemas que representem adequadamente cada passagem que vai lendo, interpretando-as e fazendo uma ponte entre o conteúdo de determinado texto com o seu conhecimento de mundo.
Segundo Koch (2003), o nosso conhecimento de mundo desempenha um papel importante dentro do texto, pois se o mesmo se tratar de assuntos que absolutamente não conhecemos, será difícil avaliarmos o seu sentido e ele nos parecerá destituído de coerência, a qual só existe se houver uma relação entre os conheci O ato de dissertar vincula-se a uma forma de redação em que se apresentam considerações a respeito de tema/assunto para explanar, explicar ou interpretar ideias.
O ato de dissertar vincula-se a uma forma de redação em que os estudantes apresentam considerações a respeito de tema/assunto para explanar, explicar ou interpretar ideias. É importante ressaltar que a leitura faz parte desse processo atuando como um meio que irá permitir que, o aluno entre em contato com outros mundos, amplie seus horizontes, desenvolva a compreensão e a comunicação, e se torne participativo e comprometido dentro da comunidade escolar, possibilitando que este se torne leitor e escritor reflexivo e crítico. Geraldi em O Texto na Sala de Aula, fala sobre a importância dos professores em sala de aula:
Buscam integrar o trabalho com a linguagem em sala de aula, através da leitura ou da produção de textos que levem o aluno a assumir crítica e criativamente a sua função de sujeito do discurso, seja enquanto falante ou escritor, seja enquanto ouvinte ou leitor-intérprete. (GERALDI, 2006, p.19).
Percebe-se então que os temas recorrentes a leitura estão cada vez mais presentes em discussões no campo da educação, pois o ato de ler traz inúmeros benefícios como: conhecimento, informação, entretenimento, deleite, fazer a leitura de gestos, de uma situação.
PROBLEMÁTICA
As atividades de produção textual têm sido uma das grandes inquietações dos professores nas instituições educacionais e escolas, principalmente no Ensino Médio, quando os alunos já se encontram no processo de pré-vestibular e precisam escrever uma boa redação para ser aprovado. 
A prática da leitura e a escrita é uma exigência indispensável dentro das instituições de ensino, pois com a integralização da mesma os alunos podem fazer uma reflexão sobre o ato de escrever, sua utilidade, valores e funções sociais. 
Sobre a leitura é importante dizer que ela é parte fundamental da vida de uma comunidade e sociedade. Um leitor assíduo possui uma alta capacidade de compreensão, interpretação, interação com crítica detendo assim, o poder da escrita. Com isso, a leitura passa a fazer parte do convívio social do leitor, fazendo com que o mesmoingresse em um desenvolvimento intelectual que estará lhe propiciando o ato de escrever, com mais facilidade e desenvoltura do que um indivíduo que não lê.
A escrita faz parte de um processo pelo qual todos enfrentam dificuldades, as quais aparecem quando se faz necessário escolher o vocabulário, organizar as frases, na aplicação da ortografia das palavras, na sintaxe, etc. Dificuldades estas vivenciadas por quem está começando a escrever.
As produções textuais devem ser constantemente cobradas, pois será através delas que o professor poderá analisar o incentivo do aluno para com a leitura, a escrita e o conhecimento gramatical. A partir disso surge à problemática: “Em que medida as produções textuais podem contribuir na vida do aluno como aquisição de conhecimento?”.
É importante advertir que, para os alunos deterem um grau elevado de leitura, irá precisar de um suporte teórico e incentivador por parte de seus professores de Língua Portuguesa e Redação, os quais devem estar levando para a sala de aula textos e livros que faça parte dos vestibulares e provas que tem durante todo o ano letivo.
HIPÓTESES
O ato de escrever um texto para muitos estudantes vem a ser uma das tarefas mais difíceis. São poucos os alunos que têm familiaridade com o assunto ou temática solicitada e, o desenvolvimento da escrita ainda é algo pouco cobrado nas escolas. Com isso, os estudantes sentem dificuldades nos processos seletivos, como vestibulares e concursos, onde a redação é um dos pontos de mais relevância.
A partir disso, surge a hipótese de que, as dificuldades apresentadas por determinados estudantes podem estar ligadas aos problemas encontrados no processo pedagógico da escola, e não na aprendizagem do aluno, ou seja, tal problema pode decorrer de um déficit de cobrança por parte do professor atuante em sala de aula. 
Há também a suposição de que, essa falha no sistema esteja vinculada a falta de comprometimento do aluno para com a leitura, pois o processo de aprendizagem nasce e culmina com o ato de ler, ou seja, o estudante deve buscar ler clássicos brasileiros tendo assim um pouco mais de autonomia na busca de obras variados para leitura extraclasse.
Contudo, o estudante que ler, desenvolve com mais rapidez a escrita e consequentemente suas produções de textos serão coerentes, coesas e criativas, e se tornaram alunos capazes de influenciar na sua própria aprendizagem, ampliando o seu senso crítico e buscando expressar-se oralmente com clareza, objetividade e desenvoltura.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada será através de duas pesquisas, a primeira de caráter teórico para assim ser feito um estudo sobre o conceito de leitura e produção textual e a segunda que será de campo, composta por entrevista e análise de redações, com os principais objetivos de perceber a leitura, a escrita e interpretação dos alunos dentro da sala de aula.
Para embasamento deste estudo, serão utilizados os seguintes teóricos Antunes (2009), Koch (2011), Medeiros (2009), Zilberman (2004) e Fávero (2003) nos quais darão suporte para investigar as causas da problematização das produções textuais.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Produzir um texto é uma tarefa complexa, mas constante em nossa vida. Produzimos texto ao conversarmos, quando descrevemos uma cena ou objeto, ao contarmos uma história ou casos, ou seja, estamos através destes expondo o nosso ponto de vista sobre determinado assunto. Destarte adotamos um método natural que é do ser humano: o de formular ideias e de manifestá-las através da linguagem se utilizando da leitura e da produção escrita. 
Segundo Koch (2011), o sentido do texto é formado e construído na interação texto-sujeito e não a nada que preexista a essa interação. A leitura é então, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza com base nos elementos linguísticos presentes no plano textual e na sua forma de organização, mas que exige um vasto conjunto de saberes no interior do fato comunicativo.
Vale ressaltar que a leitura e a escrita, é um compromisso de todo professor, pois o mesmo desempenha na escola um papel crucial, ou seja, ele atua como mediador do conhecimento. É o professor que irá incentivar o aluno a produção de textos e a apresentação de materiais que irão auxiliar o mesmo a solucionar os problemas em relação ao que escrevem. Com isso Regina Zilberman e Theodoro da Silva, articulam: “No caso da leitura, repercute no comportamento do professor e, portanto, no espaço por onde começa a trajetória do indivíduo na situação de leitor: a sala de aula”.
A prática da leitura começa dentro da sala de aula, cabe então, ao professor o desenvolvimento da mesma, pois a importância de aprender a ler resume-se a condições de requisitos indispensáveis para a ascensão de novos graus de ensino, sociedade e intelectualidade. 
A concepção de texto se baseia em toda ação comunicativa (oral ou escrita) produzida por meio de recursos linguísticos, discursivos e através de conhecimentos socioculturais, por usuários da língua, cujos objetivos vincula-se a situações e interações privativas de nosso uso, mantendo assim uma relação leitor/ouvinte o que Koch em Desvendando os Segredos de Texto, diz:
O ouvinte/leitor de um texto mobilizará todos os componentes do conhecimento e estratégias cognitivas que tem ao seu alcance para ser capaz de interpretar o texto como dotado de sentido. Isto é, espera-se sempre um texto para o qual se possa produzir sentidos e procura-se, a partir da forma como ele se encontra linguísticamente organizado, construir uma representação coerente, ativando, para tanto, os conhecimentos prévios e/ou tirando as possíveis conclusões para as quais o texto aponta. O processamento textual quer em termos de produção, quer de compreensão, depende assim, essencialmente, de uma interação – ainda que latente – entre produtor e interpretador. (KOCH, 2011. p.18)
Pode-se dizer então que o texto é um fenômeno social que deve possuir características para evidenciar seu produtor, ou seja, um sujeito que o criou ao mesmo tempo em que se identifica com o interlocutor. Considerando também que o texto não é um aglomerado de palavras ou frases soltas desconexas, mas sim uma unidade linguística portadora de uma carga semântica. 
A Textualidade pode ser definida como o conjunto de características que fazem com que um texto seja texto, e não uma sequência de frases. É fundamental para que haja textualidade a presença de sete fatores que são a coerência, coesão, que se relacionam com o material conceitual e linguístico do texto, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e a intertextualidade. Sobre coesão e coerência Leonor Fávero relata:
A coesão manifestada no nível micro textual refere-se aos modos como os componentes do universo textual, isto é, as palavras que ouvimos ou vemos, estão ligados entre si dentro de uma sequência. A coerência, por sua vez, manifesta em grande parte macro textualmente, refere-se aos modos como os componentes do universo textual, isto é, os conceitos e relações subjacentes ao texto de superfície, se unem numa configuração, de maneira reciprocamente acessível e relevante. Assim coerência é o resultado de processos cognitivos operantes entre os usuários e não mero traço dos textos. (FÁVERO, 2003. p. 10).
Um texto é considerado coerente quando se consegue dar sentido a ele. Este sentido “é construído não só pelo produtor como também pelo recebedor, que precisa deter os conhecimentos necessários a sua interpretação” (VAL, 1999, p.06). Com relação à coesão, esta tem a ver com a unidade formal do texto, ela é construída através dos mecanismos gramaticais e lexicais.
CRONOGRAMA
	
ANO
___________
SEMESTRE
	
2012.2
	
2013.1
	
2013.2
	
6º
	
Preparação do Pré-Projeto
	
Orientações com o professor
	
Análise das Produções Textuais 
	
7°
	
Preparação do Projeto
Levantamento da bibliografia.
	
Preparação do 1º Capítulo
	
Preparação do 3º 
Capítulo e ajustes finais do Trabalho.
	
8º
	
Apresentação do Projeto para o Professor (a)Orientador (a)
	
Preparação do 2º Capítulo
	
Apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
REFERÊNCIAS 
ANTUNES, Irandé. Língua, Texto e Ensino. Outra escola possível. Parábola Editorial. São Paulo. 2009.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da educação, 1999.
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e Coerência Textuais. 9ªEd. Editora Ática. São Paulo. 2003.
GERALDI, João Wanderley. O Texto na Sala de Aula. 3ªEd. Editora Ática. São Paulo. 2006.
KOCH, Ingedore Villaça. A Coerência Textual. Repensando a Língua Portuguesa. São Paulo. 15ª Ed. 2003.
___________, Desvendando os Segredos de Texto. Editora Cortez. 7ª Ed. São Paulo. 2011.
___________, Ler e Compreender os sentidos do texto. Editora Contexto. 3ª Ed. São Paulo. 2011.
___________, Texto e Coerência. Editora Cortez. 8ªEd. São Paulo. 2002.
MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. A Prática de Fichamentos, Resumos, Resenhas. Editora Atlas. 11ªEd. São Paulo. 2009.
SILVA E ZILBERMAN. Ezequiel Theodoro e Regina. Leitura perspectivas interdisciplinares. Editora Ática. Série Fundamentos. 5ª Edição. São Paulo, 2004.
SOARES, Magda. Linguagem e Escola. Uma perspectiva social. 17ªEd. Editora Ática. Série Fundamentos. São Paulo. 2002.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
ZILBERMAN, Regina, Ezequiel Silva. Leitura Perspectivas Interdisciplinares. Editora Ática. Série Fundamentos. São Paulo. 2004.
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