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Princípios II
DIREITO PENAL – PARTE GERAL
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PRINCÍPIOS II
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
O princípio da anterioridade encontra previsão no mesmo dispositivo em que se encontra 
o princípio da legalidade ou reserva legal.
Previsão constitucional e legal:
• CF/1988, Art. 5º, XXXIX – “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem 
prévia cominação legal;”
• CP, Art. 1º – “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia 
cominação legal."
Assim, não basta que exista uma lei definindo uma conduta como crime, pois ela deve ser 
anterior à prática da conduta.
Se um sujeito pratica hoje uma conduta e somente amanhã ela vem a ser considerada 
como um crime, não pode esse sujeito ser punido por ela.
Percebe-se, dessa forma, que os princípios da anterioridade e da legalidade são bastante 
próximos, tanto que são previstos nos mesmos dispositivos legais e formam, juntos, o princí-
pio da legalidade em sentido amplo.
O princípio da anterioridade é considerado um direito fundamental de 1ª geração (dimen-
são), que limita o poder punitivo do Estado.
Cláusula pétrea – Art. 60, § 4º, CF/1988:
“Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: (...) IV – os direi-
tos e garantias individuais.”
Exemplos:
1. No dia 16/01, a conduta A era considerada fato atípico. No dia 17/01, a Lei X torna a con-
duta A um fato típico, punível com pena de reclusão, de dois a quatro anos. Em 18/01, Marcelo 
pratica a conduta A no dia 18/01 e João pratica a mesma conduta no dia 16/01.
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Princípios II
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Nesse caso, como Marcelo praticou a conduta A em um momento em que a Lei X já estava 
valendo, ele poderá responder pelo crime. Já no caso de João, como a prática da conduta foi 
em período anterior à vigência da Lei X, não se pode responsabilizá-lo pelo crime.
2. No dia 20/08, o agente pratica a conduta de enviar uma mensagem de celular ao dirigir, 
que é considerada apenas uma infração administrativa.
No dia 21/08, o legislador cria a Lei Y, que dispõe como crime a conduta de enviar uma 
mensagem de celular enquanto dirige, punindo os infratores com pena de reclusão, de um a 
dois anos.
Entretanto, essa Lei Y conta com um período de vacatio legis de 30 dias, ou seja, somente 
passará a ser efetivamente aplicada no dia 21/09.
No dia 01/09, João foi flagrado digitando uma mensagem no celular enquanto dirigia. 
Nesse caso, João pode ser punido?
A resposta certa é não, pois, durante a vacatio legis, em que pese a lei ter sido publicada, 
ela não terá aplicação prática. Em função disso, caso João fosse penalizado pela sua conduta 
no dia 01/09, isso seria considerado um desrespeito ao princípio da anterioridade penal.
Assim, só é possível incriminar as condutas a partir do dia 21/09, data em que finaliza o 
período de vacatio legis. Caso contrário, haverá desrespeito ao princípio da anterioridade.
DIRETO DO CONCURSO
1. (IBEG/2016/PREFEITURA DE TEIXEIRA DE FREITAS – BA/PROCURADOR MUNICIPAL) 
O princípio da legalidade é uma garantia constitucional fundamental do homem: “não há 
crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal” (CF/1988, art. 
5º, XXXIX e Código Penal, art. 1º). Sobre esse princípio, analise as assertivas abaixo e 
indique a incorreta.
a. De acordo com a maioria da doutrina, há no princípio da legalidade embutidos dois prin-
cípios diferentes: o da reserva legal, reservando para o estrito campo da lei a existência 
do crime e sua correspondente pena e o da anterioridade, exigindo que a lei esteja em 
vigor no momento da prática da infração penal.
b. O princípio da legalidade veda o uso da analogia in malam partem, e a criação de crimes 
e penas pelos costumes.
c. O Estado é a única fonte de produção do Direito Penal, já que compete privativamente à 
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União legislar sobre normas gerais em matéria penal, ressaltando que, excepcionalmen-
te, lei estadual (ou distrital) poderá tratar sobre questões específicas de Direito Penal, 
desde que permitido pela União por meio de lei complementar.
d. O princípio da legalidade não se aplica às medidas de segurança, pois não possuem 
natureza de pena e a parte geral do Código Penal se refere apenas aos crimes e con-
travenções penais.
e. Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando 
em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
COMENTÁRIO
O princípio da legalidade se aplica às penas em sentido amplo. Isso, portanto, inclui as 
medidas de segurança. 
PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA
Previsão legal:
CF/1988, Art. 5º, XLVI – “a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, 
as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação 
social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos;”
O princípio da individualização da pena significa que, a cada conduta, será aplicada uma 
pena individualizada. Em que pese existirem parâmetros para as penas, o quantitativo da 
pena que será aplicada ao indivíduo dependerá de uma série de situações.
Este princípio deve ser observado nos seguintes planos:
• Plano legislativo – ao estabelecer as penas em abstrato;
• Plano judicial – aplicação da lei ao fato concreto; e
• Plano administrativo – execução da pena.
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PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU DA INTRANSCENDÊNCIA
Previsão legal:
CF/1988, Art. 5º, XLV – “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obri-
gação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendi-
das aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;”
No plano penal, jamais alguém pode ser responsabilizado, punido ou sofrer qualquer con-
sequência em razão de um ato praticado por outra pessoa.
Exemplo:
João matou uma pessoa e foi processado e julgado por essa conduta. Ficou determinado 
que, pelo seu crime, João irá cumprir pena restritiva de liberdade de 10 anos e precisará pagar 
uma indenização à família da vítima no valor de R$ 100.000,00.
Entretanto, no dia que João seria preso, ele resolve se matar.
João tinha apenas um carro como patrimônio, sendo esse veículo avaliado em R$ 
50.000,00. Entretanto, João possui um filho, que será o único herdeiro desse carro.
Nesse caso, ao saber da morte de João, a família da vítima acabou procurando a Justiça 
para questionar o pagamento da indenização.
Apesar de o filho de João ser uma pessoa bastante rica, ele não poderá ser condenado a 
pagar a indenização devida por seu falecido pai à família da vítima do homicídio, entretanto, o 
valor desse carro deverá ser utilizado para pagar essa indenização, pois trata-se de um bem 
patrimonial transferido pelo de cujus.
DIRETO DO CONCURSO
2. (DELEGADO/PC-SE/2018) Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individu-
ais e coletivos e às garantias constitucionais.
O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa 
do condenado, razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcança-
rão parentes do autor do delito.
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COMENTÁRIO
É preciso ter cuidado para não confundir os nomes dos princípios aplicáveis ao Direito 
Penal. Na realidade,o que o item descreve é o princípio da intranscendência e não o da 
individualização da pena.
PRINCÍPIO DA ALTERIDADE
Criador: Claus Roxin.
Ninguém será punido por ofender somente bens jurídicos próprios.
De acordo com esse princípio, se o agente pratica uma conduta que venha a prejudicar 
somente bens jurídicos que lhe pertençam, então não há crime.
Conforme o princípio da alteridade, para que haja crime, o agente deve ofender bens jurí-
dicos alheios. 
Vale destacar: no Direito Penal, só há crime quando o sujeito ativo atinge bens jurídi-
cos alheios.
DIRETO DO CONCURSO
3. (CESPE/2019/TJ-DFT/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS – REMO-
ÇÃO) Aplicado no direito penal brasileiro, o princípio da alteridade
a. determina que o juiz analise as especificidades do fato e do autor do fato durante o pro-
cesso dosimétrico.
b. assevera que a pena não passará da pessoa do condenado.
c. afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir que não haverá crime sem 
ofensa significativa ao bem tutelado.
d. reconhece que o direito penal deve abarcar o máximo de bens possíveis para promover 
a paz.
e. assinala que, para haver crime, a conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens 
de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do pró-
prio autor.
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Princípios II
DIREITO PENAL – PARTE GERAL
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COMENTÁRIO
a) O item dispõe sobre o princípio da individualização da pena.
b) O item dispõe sobre o princípio da intranscendência.
c) O item trata do princípio da insignificância.
d) O item dispõe exatamente o oposto da fragmentariedade do Direito Penal, ou seja, o 
princípio da intervenção mínima.
GABARITO
 1. d
 2. E
 3. e
����������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Érico Palazzo. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material.
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